- E agora o que eu faço?
Olho para a janela, levanto da cadeira, saio pela porta dos fundos e pulo o muro da casa ao lado.
- Seu moleque! O que pensa que está fazendo, pulando o muro da minha casa?! - diz a minha vizinha, ao me encontrar no seu quintal.
- Espera vizinha! - grito ela, antes que ela pega alguma coisa para me bater. - Preciso falar com um amigo, mas o meu colega levou a chave da casa e eu perdir a minha. Por isso é que eu estou passando por aqui!
Fico em silêncio, esperando convence-la.
- Anda, vai!
- Muito obrigado!
Ela me acompanha até o portão da sua casa e me deixa passar.
~
Um dos nossos policiais consegue abrir o portão e conseguimos entrar. Chegando no quarto, encontramos o computador ligado.
- Olhem na casa toda! - dou ordens e os policiais obedecem e começam a procurar.
- Nada aqui, delegado! - diz um dos policiais
- Droga! - dou um tapa na mesa, onde um computador de última geração está ligado. - Vamos levar esse computador!
- Sim senhor!
Fico parado em silêncio, olhando os policiais desmontarem e carregarem o computador. Por dentro, eu estava extremamente furioso, em ter deixado o Pietro Cauê fugir.
...
Cheguei em uma casa abandonada, dessas com uma decoração bem antiga e acabada. Abro a porta e entro dentro da casa. Do lado de dentro, há uma outra porta de aço, abro-a e entro.
- Nos ferramos! - digo para um garoto de 17 anos de idade, sentado em frente a uns quatro computadores interligados um no outro. Havia dois em cima da mesa e dois acima dos que estão na mesa.
- Os policiais foram atrás de você.
- Como você sabe?! - Ele gira a cadeira e ficamos frente a frente um com o outro.
- Não tem nada que não consigo descobrir! - diz ele esticando suas duas mãos e mostrando a imagem de uma câmera na rua em que eu moro; sendo passada no monitor que fica em cima, no lado direito.
- Você hakiou a câmera da minha rua? - digo enfurecido em saber que ele estava me vigiando também.
- Preciso vigiar meus lacaios, vai que algum deles resolve me trair.
- Você é um canalha, Kleber!
Parto para cima dele, seguro em sua camisa e puxo, mas ele aperta um botão vermelho em cima da mesa e um dos seguranças que está sempre junto com ele e participa de tudo que ele manda fazer, entra na sala, me puxa pelo braço e me empurra no chão.
- O que você pretende fazer?! Me entregar ou acabar com a vida do Juliano? - Kleber fala com um sorriso maléfico.
Kleber aperta um botão no teclado e aparece a imagem da câmera do prédio que o Juliano mora, em um dos seus monitores do computador. Na imagem, aparece o Juliano saindo do prédio junto com o seu irmãozinho e Beatriz a sua namorada.
- Claro que é acabar com a vida desse desgraçado! - digo furioso olhando o Juliano no monitor.
- Ótimo! - Kleber estica a mão, eu me levanto do chão e seguro na mão dele, e encaramo-nos.
...
- Quando você me ligou, pensei que você tinha descobrido algo novo! - digo enquanto sento na cadeira e olho para o Giu fechando a porta do quarto.
- Por que você trouxe o Giu?! - Brian pergunta olhando para o Giu, indo sentar na cama ao lado dele.
- A Débora não está em casa, e eu não posso deixar ele só com tudo que está acontecendo.
- O que está acontecendo? - Giu pergunta.
Brian olha para me, levanta da cama. - Giu, quero mostrar um jogo novo para você. - Diz Brian vindo em direção ao computador e eu levanto da cadeira.
- Eu não quero jogar! Vocês estão escondendo alguma coisa e eu quero saber!
- Você não tem idade para saber nada disso.
- Beleza! - diz o Brian voltando para a cama e sentando. - Eu vou no passeio com você!
- Você tem certeza?
- Que passeio? - Giu pergunta curioso.
Seguro o Giu no braço puxo ele para perto de me, e fecho os seus ouvidos com as minhas duas mãos.
- Vou investigar a mansão só. Preciso que você cuida dele para mim!
- Para Juliano! - Giu puxa as minhas mãos da sua orelha. - Você está muito estranho!
Olho para o Giu furioso e dou para rir, ele fica com raiva e começa a me bater.
...
- O Juliano disse mais alguma coisa? - Débora pergunta, olhando fixamente para mim.
- Não! Ele vai ir hoje à tarde. Ele foi levar o Giu para ficar com o Brian, para ele poder ir.
- Certo! Enquanto isso, devemos planejar a nossa atuação na investigação de amanhã.
- Já tenho algumas ideias! - digo toda animada, já que atuar é algo que gosto muito de fazer.
Ela olha para me e sorrir, um sorriso meigo e confiante.
...
- Vou indo nessa! - saio no portão e despeço do Brian.
- Beleza!
Coloco o capuz do casaco na cabeça e vou andando pela rua, ao virar na esquina da rua em que o Brian mora, dou de cara com seis homens.
" Essa não!"
Volto correndo e atravesso a rua para o outro lado, e eles correm atrás de me.
" Droga! Tenho que levá-los para longe da casa do Brian!"
Ao atravessar a rua, um carro quase me atropelou, não atropelou porque o motorista freio de vez e segurei no carro. Olhei para trás e continuei a correr ao ver que os homens estavam vindo.
" O que eles querem?"
Olhei para trás e percebi que eles eram diferentes dos lacaios do Pietro.
" Esses homens... não são os homens do Pietro. Eles trabalham para o Kleber."
De longe avistei uma construção de um prédio sendo construído, corrir em direção ao local, e me escondir atrás de uma pilha de blocos, os homens não me viram escondendo e passaram direto.
" Espero que deu certo! Porque eu não vou conseguir vencer seis de uma vez!"
Olho para a frente e respiro ofegante de tanto correr.