Chereads / Uma investigação perigosa / Chapter 5 - INVESTIGANDO NA CASA DO SAMUEL

Chapter 5 - INVESTIGANDO NA CASA DO SAMUEL

- Como você planeja essa investigação?

Apoiei meus braços em cima da mesa, aproximei-me dela. Ela olha para os lados espantada, em como eu olhava para ela, com medo de alguém estar nos vendo, e aproximou-se de me também.

- Eu não vou! Você vai só! - digo autoritariamente.

Beatriz volta o corpo para trás, totalmente assustada com a minha ideia, bem antes que eu terminasse de falar como vai ser o plano.

- O que?! Você está falando sério?! - pergunta ela aterrorizada com a ideia.

- Se eu for, a mãe do Samuel irá desconfiar, já que eu sou só um desconhecido e nunca fui lá, enquanto você, pode dar qualquer desculpa e entrar tranquilamente.

- Isso é verdade!

" Ela concordou comigo facilmente! Pensei de tentar dar alguma desculpa para me levar junto!"

Penso durante o momento em que olho para ela comendo o seu sorvete, e olhando para me, com preocupação.

- Você vai topar essa missão mesmo? - pergunto.

- Já estou nessa com você e não quero fugir! Sua decisão era confiante, que até passei o acreditar que eu não sou nenhum louco por estar investigando a morte do meu amigo.

Explico o plano para ela, e ela escuta tudo em silêncio.

...

Hoje é sábado, e no sábado é dia de folga, ou seja, não tem aula. O Juliano ficou na asa dele, enquanto eu vim para a casa do Samuel, para poder investigar.

- Estou nervosa! Mas preciso descobrir a verdade sobre o meu ex namorado.

Cheguei em uma casa de tamanho média, dois andares, nas cores branca e marrom. Toquei a campainha duas vezes, até uma senhora de 40 anos, ou mais, que é a empregada doméstica da casa, abrir o portão e me atender.

- Oi Bia! - diz a senhora feliz em me ver.

- Oi senhora Maria! Tudo bem? - comprimento-a

- Tudo bem querida! Entra!

Entro e espero ela fechar o portão para podermos entrarmos para dentro da casa.

Na sala, encontro uma foto do Samuel, pregado em um quadro na parede, de quando ele participou do campeonato de futebol e ganhou a medalha como o melhor jogador.

- Ele faz muita falta! - diz ela, com voz nostálgica, parada ao meu lado.

- Sim! - digo limpando as lágrimas que começaram a descer em meu rosto.

Nesse momento, meu sentimento de saudade e lembranças do Samuel, foi interrompido pelo o tocar do celular.

Peguei o celular, olhei a mensagem de texto e vir que a mensagem é do Juliano.

"Já encontrou alguma pista?" - pergunta Juliano

"Acabei de chegar, vou começar agora."

Guardo o celular em minha bolsa novamente, olho para a senhora Maria e pergunto-a:

- Senhora Maria, posso ir ao quarto do Sam? Quero pegar um presente que dei para ele.

- Claro! - Ela consente e eu subir as escadas, com passos rápidos.

  ...

Abro a porta do quarto do Samuel, entro e olho para a cama dele, assim que olho para a cama, parecia que ele estava deitado lá jogando pelo celular. Como sempre o via fazendo, quando eu vinha para a casa dele.

RingRing

O meu celular toca novamente, era outra vez, mensagem do Juliano.

"Posso ligar para você?"

Suspirei fundo com a impaciência do Juliano.

"Vou ligar por vídeo para você"

Liguei para o Juliano por vídeo, e logo em seguida a sua imagem, sentado em uma cadeira, apareceu na tela do meu celular.

"Você é impaciente, Juliano!"

"Você precisa ser mais rápida antes que os pais do Samuel cheguem do trabalho"

Por mais que a impaciência do Juliano me irritava, ele estava certo.

Apoiei o celular, escorado ao lado do computador, com a câmera frontal virada para me, e fui procurar pistas. Assim nossas conversas foi indo, enquanto eu procurava por pistas.

- Aqui não estou encontrando nada! - digo ao olhar a prateleira de livros do Samuel.

Uma coisa que o Samuel e o Juliano tem em comum, é o vício por histórias asiáticas. Enquanto o Juliano gosta de ler webtoons chinês e sul coreano, através do celular. O Samuel já gosta de colecionar mangás japoneses; e a prateleira que parece ser livros, é só mangá.

"Procura no computador." - diz Juliano.

- Impossível! Eu não sei a senha do computador dele!

E o celular dele?! Está por aí?"

- Não, os policiais devem ter levado!

"Então procura no computador."

Paro e buffo de raiva, da insistência do Juliano.

- Como você é insistente! Eu já disse que não sei a senha...

Interrompo a minha própria fala ao olhar para o lado do computador e encontrar o antigo celular do Samuel, o celular que ele usava apenas para jogar.

" Liga o computador dele e eu lhe ajudo daqui!"

Peguei o celular, parei em frente a câmera do celular e mostrei-o para Juliano. Juliano para de falar e olha para o celular em minha mão, sem entender nada.

- Esse celular é o antigo dele, acho que ele só usava para jogar!

"Ótimo! Consegue trazer ele?"

- Consigo sim! Ninguém vai sentir falta, já que ele não usava com frequência, acho que até os seus pais nem sabe da existência desse celular.

"Vou desligar agora! Estou esperando você no jardim perto do colégio."

Juliano desliga o celular. Olho mais uma vez para o quarto, antes de sair e encontro em cima da escrivaninha, ao lado do computadore, o colar que dei de presente para ele, no dia dos namorados.

Ele sempre usava nos dias de jogo, ele dizia que o dava sorte. Pego o colar, coloco na bolsa, juntamente com os dois celulares e saio do quarto.

  ...

Chego no jardim e encontro o Juliano, sentado no banco em baixo de um arbusto.

- Consegui!

- Eu sabia que você ia conseguir.

Fiquei surpresa em ouvir essas palavras do Juliano, a impaciência que ele estava, eu jurava que ele estava desacreditado em minha capacidade investigadora.

- Aqui está o celular! - entrego-o e ele recebe da minha mão.

- Assim que eu chegar em casa, vou tentar descobrir a senha.

Juliano levantou-se, guardou o celular no bolso da calça e nos despedimos.

- Tchau!

-Tchau!

Enquanto ele andava, eu encarava-o e pensei: "quem é o nerdola da nossa sala de verdade?"

  ...

Ao chegar em casa, entrei no meu quarto, fechei a porta para ninguém incomodar e sentei na cadeira.

Liguei o computador, e enquanto o monitor carregava, peguei o cabo USB do meu celular dentro da gaveta da escrivaninha, e liguei o celular de Samuel para ver que tipo de senha era.

- A senha dele é PIN! Isso vai ser moleza!

Assim que o computador termina de carregar suas configurações, conecto o cabo USB no celular e a outra parte no monitor.

Entro em um software de cibersegurança e dou início ao processo de quebra de senha. 1 hora depois, o celular está desbloqueado.

Desconecto o celular do cabo USB, entro nos apps de jogos e vou diretamente verificar as conversas dele dentro do chat.

- Nenhuma conversa suspeita!

Entrei novamente nas redes sociais dele, para ver suas conversas privadas. Também não havia nada que poderia ser utilizado como suspeita.

Como não encontrei nada nas redes sociais e nem nos chat dos jogos, a minha última opção é os aplicativos de mensagem e por incrível que pareça, o Samuel utiliza três apps de mensagem. Olhei dois e no último, encontrei três grupos de conversa.

Fui primeiro no grupo manos da quebrada, o grupo que chamou mais a minha atenção.

- Que sem graça, é um grupo de futebol! As conversas é só sobre futebol.

Sair do grupo manos da quebrada e fui ver as conversas de outro grupo.

- Vamos ver esse agora: " Lendas urbanas "!

Achei graça, o nome além de ser esquisito, era um grupo de troca de memes e piadas.

- Que coisa mais sem graça! Parece que esse grupo não é mais utilizado há uns dois anos.

Olhei o nome das pessoas que participavam do grupo, e todos eles pareciam ter desligado do grupo há muito tempo.

- Será que eles ainda mantiveram contato após afastarem do grupo? - pensei nessa possibilidade, mas não tinha nada suspeito no grupo.

Nesse momento, a porta do meu quarto é aberta e a Jenifer entra.

- Juliano, o almoço já está pronto!

- Beleza! - Me levanto da cadeira e vou almoçar.

Jenifer puxa a porta, sai e eu saio logo atrás dela.

Após eu terminar de almoçar, ir ao banheiro, escovar os dentes. Retorno para o meu quarto, para dar continuidade as investigações.

Pego o celular, deito na cama e começo a verificar os grupos novamente. Agora só resta um único grupo.

- Por fim, o último! Olhei o último, que não tem nenhum nome, só dois traços e um emoji.

Fiquei assustado, ao ver duas trocas de mensagens e os nomes do grupo.

- Que tipo de grupo é esse?! - pensei incabulado com o que eu estava vendo. - Se há possibilidade de ter um grupo suspeito, esse é o grupo?! - digo olhando as mensagens.