- Juliano, me responda!
A situação em que eu estva nesse momento, não tinha por onde escapar, qualquer desculpa que eu dissesse, seria em vão, o Brian não acreditaria. A única solução era contar toda a história para ele.
Respirei profundamente antes de começar a falar.
- Tudo bem! Não vou mentir para você.
Brian sentou-se na cama e eu virei a cadeira para ficar frente a frente com ele.
- Eu realmente estou investigando a morte do Ryan.
- Por quê?
- Porque o dia em que tudo aconteceu, eu vir uma pessoa estranha na cantina e desde então, não quero sossegar enquanto eu não encontrar o suspeito.
- Só por isso?!
- Não...O Ryan era como um irmão para me, ele foi o único amigo que tive depois do primário.
Não consegui olhar no rosto do Brian nesse momento. Ao falar do Ryan, dentro do quarto dele, sentado na cadeira dele e em frente ao irmão dele, me fez sentir um aperto enorme no meu peito.
- Entendo! Realmente vocês eram bem próximos. E quem mais está investigando?
- A Beatriz, a garota que era namorada da primeira vítima, o Samuel.
Brian olhou para me, meio duvidoso.
- E o que Beatriz tem a ver com tudo isso, ela não deveria entrar nessa, ela não sabe no que ela está se envolvendo e o mesmo digo para você.
Nesse momento de fala do Brian, eu percebi que ele sabia de alguma coisa e eu tinha que tentar descobrir através dele.
- Você sabe de alguma coisa?
- Não muito.
- Me conta o que você sabe.
- O Ryan e o Samuel eram próximos no CJP, eles não estudavam na mesma sala, mas eles costumavam jogar um jogo online juntos e sempre eram vistos juntos na hora do intervalo.
Saber dessa proximidade deles era a chave para desbloquear o grupo misterioso.
- Eles se afastaram por quê?
- Não sei direito, mas parece que houve uma briga entre eles dois e eles acabaram distanciando um do outro.
- E você sabe o nome do jogo, que eles costumavam jogar?
- Não. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro!
- Posso investigar com vocês?
Olhei para a tela do meu celular e vir que Beatriz continuava conectada, ouvindo nossa conversa.
- O que você acha, Beatriz?
- Acho uma boa ideia. Ele ainda é aluno da CJP?
- Sou sim.
- Perfeito! Seja bem vindo ao nosso mundo de investigadores.
Abrir um leve sorriso, enquanto o meu coração batia um pouco mais rápido.
...
Após o término das aulas do dia, Beatriz, Brian e eu fomos nós encontrar na sorveteria.
- Saber que eles eram amigos, foi um choque para mim.
Diz Beatriz, enquanto como o seu sorvete de morango.
- O que eu queria descobrir é qual jogo eles jogavam.
Apoio meus dois braços na mesa e ergo um pouco do meu corpo para frente.
- Infelizmente, isso não vou poder ajudar. Na época eu ainda era uma criança.
- Brian, irei dar a sua primeira missão. Espero que esteja disposto em cumpri-la.
- Pode dizer, irei fazer o que mandar.
Brian ficou em silêncio, ouvindo tudo que eu dizia, enquanto Beatriz não parava de comer o seu sorvete.
...
Depois que o Juliano me designou para essa missão, estou todo animado para cumpri-la.
- Estou me tornando um investigador!
Souto uma risada de felicidade pelo sentimento enérgico que está correndo pelo meu corpo.
Entro no portão da escola e vou diretamente no vestiário, tentar encontrar alguma coisa por lá, antes que os outros alunos cheguem.
- O Samuel era do time de futebol, além dele, outro que fazia parte é o Nicolas.
Abrir o armário do Nicolas, tirei seus pertences cuidadosamente para não fazer barulho.
- O Nicolas nunca deixa esse armário trancado.
O Nicolas era muito próximo do Samuel, e eles também eram amigos.
- Parece que não tem nada aqui.
Guardo tudo novamente, saio do vestiário, vou para a quadra do Colégio, pego o meu celular e passo uma mensagem de voz para Juliano.
" Juliano, não encontrei nada no armário do Nicolas. Mais tarde vou ver se encontro alguma coisa com o Vitor. "
Desliguei o celular, guardei na bolsa novamente e voltei para dentro do colégio.
...
Sentado em frente ao computador, continuo investigando o grupo misterioso, tudo que quero é descobrir as pessoas por traz desses niknames.
- Pesquisa o nome do Nicolas.
Dentada na minha cama, está a Beatriz que insistiu em vim me ajudar a investigar os niknames.
- Você acha que o Nicolas é um desses niknames?
- Você não...?
- Vou buscar alguma coisa para comermos.
Assim que o Juliano saiu do quarto, peguei uma foto dele em cima da escrivaninha e fiquei olhando aquela foto de um garoto aparentemente solitário, escondido por trás de seus óculos de grau e uma aparência séria.
- Só encontrei essa pizza no congelador e essas latinhas de refrigerante. Você aceita comê-la e bebe a refrigerante.
Quando entrei no quarto, vi Beatriz guardando minha foto rapidamente e voltando a sentar-se na cama. Fingir que não vir nada e apenas falei do lanche.
- Aceito sim!
Ela pega o prato e uma refrigerante, e eu retorno para pegar a minha pizza e a minha refrigerante, chegando na cozinha, apoio minhas duas mãos na mesa e começo a sorrir de alegria por ter visto Beatriz olhando minha foto e tentar disfarçar ao me ver.
- Será que ela está interessada em mim?
Balanço a minha cabeça negativamente ao pensar interiormente.
" Não...Isso é impossível....Eu sou um nerdola antissocial e ela é super popular, cheia de amigos e desejada por todos os meninos do colégio. "
Peguei a minha refrigerante e a minha pizza e retornei para o quarto.
Algumas horas depois de olhar os arquivos de Ryan, acabei encontrando uma pasta de jogos antigos.
- Beatriz. Olha isso aqui!
Beatriz levantou-se da cama e veio verificar o que eu tinha encontrado. A proximidade dela em me, estava me deixando nervoso e elevando cada vez mais os meus batimentos cardíaco.
- Essa é uma pasta de jogos antigos?
- Exato! E veja só esse aqui!
Cliquei no jogo.
- Não pode ser?!
Beatriz ficou extremamente espantada, assim como eu, mas ao contrário dela, eu estava escondendo a minha emoção de surpreso, não por ela estava por perto, mas porque eu já tinha me acostumado com muito coisa nessa investigação.