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Chapter 11 - UM TERCEIRO ASSASSINATO

- Precisamos de mais provas! Só essa conversa não é o suficiente para julgar a conduta do Ryan, como um traficante. - digo, ao  ir em direção ao Brian.

Brian levantou-se da cadeira, cedendo o lugar para mim.

 

                                   ...

Eu andava despreocupado pelo corredor do colégio, ouvindo música através dos fones, quando escutei alguns gritos vindo do banheiro feminino.

Corrir até lá, para ver o que estava acontecendo e encontro com Beatriz que também estava indo para o mesmo lugar. - Oi!

- Oi! Você entra, eu não posso entrar porque é banheiro feminino. - Beatriz entra no banheiro.

Atrás de me, as pessoas estavam igual formiga, todos curiosos para saber o que estava acontecendo.

- Gente, acalme-se! - Gritei e algumas pessoas ficaram quietas, enquanto outras continuaram sua baderna.

Beatriz saiu do banheiro,  segurou em minha mão e saímos do local.

                                ...

Sentamos na arquibancada da quadraesportiva do colégio.

- A Marta foi morta com um tiro na cabeça! Pelo sangue, já tem mais de duas horas que isso aconteceu.

Está perto de Beatriz, depois do que aconteceu ontem, era meio constrangedor.

- E o que Marta veio fazer cedo no colégio?

- Que eu saiba, ela é filha da faxineira e sempre vinha cedo para ajudar a mãe na limpeza das salas. E parece que ela estava limpando o banheiro, porque ela está com luvas de faxina.

- E a mãe dela?!

- Não sei!

- Você fica aqui, eu vou procurar pela mãede Marta! - Levantei, peguei minha bolsa e voltei para dentro do colégio.

Andei por todo lado procurando por algum faxineiro e não encontrei nenhum, parecia que a escola estava escasso de faxineiros.

Subi a escada para o segundo andar do prédio, olhei em todas as salas e não tinha ninguém. Retornei para o primeiro andar e fui no deposo de produtos de faxina. Assim que me aproximava do lugar, ouvir gritos e baques vindo do deposo.

Aprecei meus passos. - Tem alguém aí? - perguntei mesmo sabendo que tinha.

- Sim garoto! - disse um homem.

- Nos tira daqui, por favor! - brandou uma mulher desesperadamente. - Vou tirar vocês daí! Não se preocupe!

O problema é que na porta não tinha chaves, e eu não podia quebrar a porta, porque eu poderia ser expulso do colégio.

Olhei dentro da minha bolsa, tentando encontrar algo que pudesse abrir a porta, mas não encontrei nada. Peguei o celular, no bolso da calça e liguei para Beatriz.

" Beatriz, preciso de você no deposo dos produtos de faxina!"

" Estou indo!"

Desliguei o celular e guardei novamente.

Beatriz chega correndo. - Aconteceu alguma coisa? - diz ela, aproximando-se de mim.

Afasto-me da parede, em que eu estava escorado, enquanto esperava por ela.

- Os faxineiros estão trancados dentro do deposo! - Ela olha para a porta. - Você tem alguma coisa que possa abrir a porta?

- Tenho!

- Quem são vocês? - pergunta o homem.

- Somos, Beatriz Gomes e o Juliano Hernandes do segundo ano. - Beatriz pega um grampo na bolsa, enfia na fechadura e começa a abrir à porta.

- Bia e o nerd que só vive com o celular namão?! - diz a mulher.

- Somos nós mesmos!

Saber que sou conhecido como um nerd, não me abala nenhum pouco, sinto-me orgulho de ser visto assim.

A porta destrava, empurro e os faxineiros saem e nos abraca, felizes por termos salvado-os.

- Obrigada!

- Obrigado! Vocês são nossos heróis!

Quando eles estavam saindo, segurei no braço da faxineira e não deixei ela ir, e deixei o faxineiro ir só.

- Precisamos falar com a senhora! - dizBeatriz,  seriamente, enquanto seguro o braço da faxineira e olho fixamente seus olhos assustados.

- A senhora é a mãe da Marta? - pergunto para ela.

- Sou eu sim! Aconteceu alguma coisa com a minha filha?

Beatriz e eu trocamos olhares e respiramos profundamente antes de falar.

Soltei o braço dela. - A Marta foi encontrada morta no banheiro feminino!

A mulher entra em choque e sai correndo.

- Isso é jeito de falar!

Ela dar um tapa em meu ombro e correatrás da mulher, pego a minha bolsa que está escorada na parede ao lado, e vou atrás delas.

                              ...

Chego ao banheiro e encontro alguns alunos e dois professores, a maioria já tinham espalhado-se pelo colégio. Na porta do banheiro havia dois policiais homens, interditando-o com uma fita amarela.

- Aonde levaram a Marta? - pergunto para um aluno ao meu lado.

- Acabaram de levar para a perícia!

Volto para trás e vou para à entrada do colégio. Ao sair na porta, vejo Beatriz abraçada com a mãe da Marta, que estácom a cabeça escorada em seus ombros, aos plantos, e o corpo de Marta enrolado, sendo colocado na ambulância da perícia.

Uma mulher segura no braço da mãe e a leva para a ambulância, para poder acompanhá-los.

Beatriz vem em minha direção e sou surpreendido com seus braços envolvendo o meu corpo e sua cabeça escorando em meus peitos, retribuir seu abraço, carinhosamente. Mesmo estando atordoado com tudo, tê-la por perto era um calmante para mim.

                                     ...

Com todos os alunos reunidos no pátio, o diretor anunciou que não haverá aula por duas semanas, até esse atentado forresolvido.

- Não acho que vão resolver! - falo calmamente para Beatriz, em pé ao meu lado.

- Tenho certeza que apenas Marta saberia quem foi que fez isso.

- Vamos falar com o faxineiro?!

- Vamos! - Ela concorda e vai junto comigo.

Quando estávamos saindo, uma das suas amigas aborda-a.

- Amiga, você está namorando com o Juliano? - Beatriz olha para mim e olha novamente para a amiga.

- Estou sim! Ele é uma pessoa muito boa, e já está na hora de esquecer o Samuel e partir para outra. - Ela segura minha mão. - Vamos amor!

Olho para ela com o coração acelerado ao ouvir ela me chamar de amor.

- Vamos! - Saímos de mãos dadas igual um casal de namorados.

Olhei para trás, e vir suas amigas nos encarando bastante surpresas em ver Beatriz comigo.

A expressão em meu rosto era de alguém explodindo de felicidade em poder mostrar para aqueles que zoaram comigo, que eu posso subir de nível também.