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Chapter 16 - TENTATIVA DE ASSASSINATO

Não consegui dormir a noite! Não sei como essa pessoa descobriu, mas, parece que tem mais pessoas envolvidas. Estávamos tendo muito cuidado, não conversávamos em qualquer lugar, e concentamos a investigação mais no digital.

- Tudo bem, Ju?! - pergunta o meu pai, ao perceber minha distração.

- Tudo bem! - tomo o meu café da manhã em silêncio, pensando no meu próximo passo.

Ao terminarmos o café da manhã, entrei para o meu quarto e encontro a empregada doméstica, que trabalha na casa do meu pai, olhando às folhas com o nome dos alunos do CJP.

- Esses papéis é do meu amigo que estuda na CJP.

Ela olha para mim. - Por que o nome do meu sobrinho está riscado com uma caneta vermelha e as dos outros, estão limpo? - pergunta ela aterrorizada.

Pego o papel da mão dela. - O Pietro Cauê é seu sobrinho?

- Ele é sim!

- A senhora pode me dizer o porquê dele ter saído do CJP?

- Ele foi expulso por ter brigado com o Samuel Sampaio, o filho do herdeiro do escritório de advocacia Sampaio.

"Bingo!"

- Por que você quer saber?

- Por nada! A senhora tem alguma foto dele?

- Tenho sim! - Ela pega o seu celular e me mostra a foto dele.

Na foto o Pietro Cauê aparenta ser da minha altura e tem o corpo de atleta, parecido com o corpo do merendeira que envenenou o Ryan. Foi o que pensei imaginar.

- Obrigado!

Pego o meu celular e saio sem dizer mais nada.

Atrás de me, a empregada fica sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo.

...

- Como você está? - pergunto para Beatriz, sentada no sofá na varanda da sua casa.

- Estou tentando ficar bem! - Ela deita em meu colo e eu acaricio a sua cabeça.

- Todos os dias vou vim visitá-la! E a partir de hoje, estarei investigando sozinho!

Ela levanta e olha apavorada para mim. - Você está maluco! O perigo vai ser o mesmo se estivermos juntos.

- Mesmo assim...eu vou atrás do Pietro Cauê só!

- Como você vai atrás dele?

- Eu sei aonde a empregada do meu pai mora e hoje irei no local.

...

Depois de ter recebido a ameaça, saio de casa com medo. Se eu pudesse, nem de casa eu sairia. Infelizmente, preciso ir para o colégio.

Quando fui atravessar a rua, veio um carro em alta velocidade, com a intenção de me atropelar mesmo, voltei rapidamente para a calçada, mas acabei caindo e machuquei o pé. Olhei ao redor, sentado no chão mesmo, e o carro já não estava lá.

- Isso foi perigoso! - Apoiei a mão no chão e levantei, mas comecei desequilibrar por causa da dor e fui amparado por uma pessoa.

Olhei e era o Juliano.

- Você está bem! - Diz ele segurando em minhas costas e passando o braço atrás do seu pescoço.

- Ele quise me atropelar de propósito!

- Vamos para dentro da casa! Lá você me conta como tudo aconteceu!

O Juliano me levou, apoiado em seu braço até dentro da casa dos meus pais.

Quando estávamos entrando, a minha mãe correu espantada para me socorrer, assim que me viu andando sob o apoio de Juliano.

- Brian! - Diz ela passando o meu outro braço atrás do seu pescoço. - O que aconteceu?

- Quase fui atropelado por uma carro e acabei machucando o tornozelo ao tentar desviar. E agora estou sem conseguir apoiá-lo no chão. - Eles me sentam no sofá.

- Vou chamar o motorista para levá-lo ao médico.

Minha mãe sai e Juliano fica só, comigo.

- Agora me conta...como tudo aconteceu.

- Bem...Eu estava saindo de casa, assustado com a mensagem da ameaça, e não percebi a presença do carro estacionado perto de casa. Assim que fui atravessar a rua, o carro veio com tudo para me atropelar, eu percebendo a intenção do motorista, voltei correndo para trás e acabei tropeçando o meu pé e cair. Quando olhei, o carro não estava mais lá.

- E como você embaraçou o seu pé? - hesitei um pouco ante de continuar.

- Embaraçei em uma pedra!

- Essa tentativa de te atropelar, tá claro que foi uma tentativa de assassinato! - O Juliano encara o chão e coloca as duas mãos no rosto, irritado com a situação.

- E agora...? O que vamos fazer? - olho temeroso para ele.

- Nem você e nem Beatriz vão sair de casa! E esse acidente com o seu pé foi bom, porque assim você tem uma desculpa para faltar o colégio.

- E você?

- Eu sei me virar! Além do mais, eu ainda não sou o alvo deles. Quero saber o porquê eu não ser o alvo, sendo que eu sou o que está liderando essa investigação.

- Talvez tem algo em você, que eles não podem fazer nada ainda?

- Você vai para o médico e eu vou indo, tenho algumas coisas para resolver. - Juliano levanta e despede-se de mim.

...

"Por que meus amigos e minha namorada e eu não! Será que a pessoa que está por trás é alguém próximo a mim?!" - refletir enquanto andava pela calçada.

...

Assim que cheguei em um bar, no bairro que a empregada doméstica do meu pai, mora. Encontro o Pietro Cauê, jogando sinuca.

Vou no balcão e peço uma latinha de refrigerante, Pietro e eu trocamos olhares, ele para de jogar e vem falar comigo.

- O que um playboy como você está fazendo aqui?

- Vim falar com você!

- Comigo?! O que você quer que eu faça?! - diz ele sarcasticamente

Realmente, o Pietro Cauê é da mesma estatura minha, só o corpo dele é bem mais forte que o meu.

- Nada demais! - falo friamente

Pietro olha para os lados, segura na gola da minha blusa e puxa par perto do seu rosto.

- Escuta aqui, Juliano Hernandes! Sei bem das coisas que você anda fazendo e aconselho você ficar longe, pelo seu próprio bem e das pessoas que você ama.

Ele tentava me por medo, mas isso não funcionou comigo. Eu li tanto manhwa e mangá de ação, assisti muitos animes do gênero, que já sei como intimidar uma pessoa.

- Não tenho medo de você! - seguro em suas mãos e puxo para fora do meu corpo. - Você é quem deveria ter medo de mim!

Olho bem dentro dos seus olhos, friamente e tento ser ameaçador, algo que ensaiei hoje por algumas horas, com a ajuda de Beatriz. A minha frieza no tom das palavras e na expressão, fez-o recuar um pouco.