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Chapter 7 - INVESTIGANDO NA CASA DO RYAN

Após o intervalo da merenda, Beatriz e eu marcamos de nos encontrar na biblioteca. Assim que cheguei a vir no corredor olhando um livro de capa dura e volumoso, entrei no mesmo corredor que ela está, virei as costas para ela e fiquei olhando os livros na prateleira, sem pega-los para lê.

- Conseguiu fazer a prova?

- Acho que sim, mas não garanto uma nota boa.

- Você é inteligente,  tenho certeza que ao menos uma nota média você vai tirar.

Sorrir discretamente com o que Beatriz disse, snti nesse momento que talvez euestivesse enganado com ela, antes de nos aproximar.

- Eu não chamei você aqui para falar sobre a prova...

Ela me interrompe.

- Eu sei! Só perguntei porque você estava nervoso na hora da prova.

Sua reação de alto defesa fez eu olhar para ela espantado por sua voz alterada poder chamar a atenção.

- Fala mais baixo.

- Desculpa!

- Agradeço que você ficou preocupada comigo, mas devemos dar continuidadeao nosso próximo plano.

Ela olha para me, coloca as duas mãos atrás das costas, escora no estante e suspira. Assim como ela, viro de frente para ela, coloco uma das mãos no bolso e escoro no estante.

- Quando você vai lá?

- Hoje a tarde.

- E qual é o seu plano?

                                     ...

Enquanto eu me preparava para ir na casa do Ryan hoje a tarde, fui pesquisar um pouco mais sobre os alunos da CJP, e eu não conseguia encontrar nenhuma foto do Ryan. Fiz uma pesquisa um pouco maisprofunda no computador e encontrei uma única foto do Ryan ao lado de um outro rapaz, parecendo o mesmo que vimos no jardim com a Marta.

- Não pode ser! Aquele rapaz era amigo do Ryan?!

Tirei o print da foto e guardei em um pasta separada que criei especificamente para a investigação.

Desliguei o computador, vestir um casaco preto, peguei o pen-drive na gaveta, e saí.

                                     ...

Chegando em frente de uma casa de andar único, mas bem grande, cor amarela e portão de madeira cor marrom. Parei em frente do portão e antes de tocar acampainha, peguei o meu celular no bolso e enviei uma mensagem para Beatriz.

- Acabei de chegar na casa do Ryan!

- Certo, assim que terminar me avisa.

- Beleza!

Toquei a campainha, esperei um pouco, o portão se abre e o Brian, o irmão mais novo do Ryan, veio atender.

- Oi Juliano!

- Oi Brian! Beleza!

Tocamos às nossas mãos uma na outra, em cumprimento.

O Brian é mais novo três anos que o Ryan, mas parecem ter a mesma idade.

- Entra!Entrei na casa, e encontrei sentada no sofá  na sala, a mãe do Ryan

- Oi dona Lúcia!

- Oi Juliano, tudo bem!

Ela levantou-se e veio me cumprimentar, na entrada da sala.

- Senta, por favor!

Dona Lúcia é uma mulher muito apegada aos filhos e a morte do Ryan causou uma destruição na vida dela, o Brian me falou  que ela foi diagnosticada com depressão e está tomando antidepressivo.

Olhar a casa que sempre frequentei, sem o Ryan, parece até vazia.

- Eu vim pegar umas coisas minha que deixei com o Ryan.

-Sim, Juliano! Pode ir pegar. Brian, acompanha ele.

Ela me deu uma permissão bem vaga, expressando uma nostalgia intensa na sua voz.

O Brian me acompanhou até o quarto e assim que entrei, ele foi para o quarto dele. A família do Ryan me considera como integrante da família, eles tem uma confiança mútua sobre me, e isso me deixa tranquilo para investigar a vontade aqui no quarto dele.

O quarto do Ryan é bem simples, e assim como o meu, a única coisa que ocupa mais espaço no ambiente é a mesa game dele, a cama é uma cama de solteiro, bem ao lado da parede, o guarda-roupa é pequeno e simples. É meu amigo...você faz falta, mas eu vou descobrir quem fez isso com você.

Puxei a cadeira, sentei, liguei o computador e iniciei o processo de tentar descobrir a senha. Como eu convivi muito com ele, não foi difícil descobrir a senha do computador.

Peguei o pen-drive no bolso da minha calça, conectei no computador e iniciei o processo de cópia dos arquivos do computador para o pen-drive.

Enquanto os arquivos estavam sendo copiado para o pen-drive, fui ver as fotos dele na galeria do competição para ver se tinha alguma foto dele com o rapaz que estava no jardim com Marta.

- Sem fotos com ele! O Ryan realmenteodiava tirar fotos.

Uma hora e meia depois, os arquivos foi copiado para o pen-drive com sucesso. Desconectei o pen-drive do computador, desliguei-o, peguei o meu celular no bolso da calça e liguei para Beatriz.

- Oi Beatriz, missão cumprida!

- Eu sabia que para você não ia ser difícil, embora demorou duas horas e quinze minutos para me avisar.

- Você acha que é fácil  descobrir a senha de um computador sem uma ferramenta?! Além do mais, o processo de cópia demorou uma hora e meia.

- Nossa! A Internet aí é ruim assim?!

- Claro que não! A demora foi porque existe muitos arquivos.

- E isso é bom?!

Sorrir de felicidade por ter muitos arquivos para investigar.

- É mais que bom. Isso é incrível!

- Você é maluco mesmo!

- Quanto mais arquivos, melhor para achar pistas sobre Ryan e assim eu conseguir investigar a sua morte mais rápido.

- Você está investigando a morte do meu irmão?

Tirei o celular da orelha, olhei para o Brian em pé perto da porta me encarando de forma assustadora, Beatriz também silenciou do outro lado e ficamos sem saber o que falar para o Brian.

- Fala logo! Você e quem mais está investigando a morte do Ryan?

Ver o Brian ouvir nossa conversa me levou a um estado de temor, e a aceleração do meu coração foi para 110 por segundo, número esse que aparecia no meu relógio de pulso, que não parava de piscar sua luz vermelha de alerta.