Assim que o sinal tocou, indicando o término das aulas e os alunos saírem da sala. O meu plano entrou em ação.
Beatriz ficou responsável em averiguar a escola para ver a quantidade de aluno que tinha na escola para ela poder me avisar e formos para a cantina, então ela saiu com as suas amigas, despediu delas ao sair na porta da sala e foi para um outro lado, e eu fiquei dentro da sala, mexendo com o celular, lendo uma webtoon que eu tinha comecado a ler hoje, esperando ela voltar e me chamar.
Quando ela voltou, eu já estava lendo um segundo capítulos da webtoon.
- Vamos! Os alunos já saíram, só restam alguns alunos do primeiro ano que estão saindo da aula de educação física.
- Vamos! - Levantei, peguei a minha bolsa, que eu já deixei no jeito em cima da mesa, coloquei nas costas e rompi na frente da Beatriz.
No corredor, passamos por duas garotas, que também já estavam indo embora e três rapazes com a roupa de educação física.
A minha distância entre Beatriz, era de uns cinco metros, não estávamos andando próximos um do outro e nem tendo qualquer tipo de contato, e assim seguimos o caminho em direção a cantina.
...
- Têm alguém aí? - Beatriz pergunta, escondida logo atrás de mim.
- Não! Vamos! - digo, após ter observado toda a cantina, atrás da parede.
Fui na frente e ela veio logo atrás de mim. Ao aproximar d porta de entrada para a cozinha, empurrei-a e entrei. Dentro da cozinha estava escuro, liguei a luz e entrei.
- Eu olho na despensa e você olha por aqui.
- Como assim?! Você quer que eu seja pega primeiro?!
- Não! Se você ouvir algum barulho, corre para a despensa.
- Tá bom!
Assim que ela me obedeceu, ela abaixa, em baixo da pia, e começou a procurar alguma pista por lá. Eu abrir a porta da despensa, e assimcomo a cozinha, a despensa também estava toda escura, e para conseguirmos esconder, decidi nãoligar a luz.
Peguei o meu celular, no bolso da calça, liguei a luz do celular e comecei a olhar aos lados, da despensa, depois fui para as prateleiras de alimentos, olhei com cuidado para não deixar nada cair e fazer algum barulho.
Ouço um barulho vindo de fora e Beatriz entra na despensa, correndo e assustada.
- É o faxineiro. - Diz ela em sussurro.
Segurei na mão dela. - Vem comigo. - E escondemos atrás de uma caixa grande, em baixo de uma janela, pequena.
O faxineiro entrou na despensa, segurando uma lanterna em sua mão, olhou aos arredores da despensa e saio, ao perceber que não havia nada estranho no local.
A proximidade que Beatriz é eu estávamos, era possível sentir a respiração um do outro.
Beatriz e eu ficamos tão próximos um do outro que dava para sentir a respiração um do outro.
Assim que o perigo passou, saímos do esconderijo. Liguei a lanterna do celular novamente, olhei para Beatriz, e ela estava desesperada, com a mão na boca, andando de um lado para o outro, ansiosamente, parecia que ela estava tendo uma crise de pânico.
Aproximei-me dela, segurei em sua mão que estava na boca e baixei.
- Calma! Vou conseguir nos tirar daqui! - tentei acalma-la com essas palavras, mas não era o suficiente para acalmar alguém em estado de crise de pânico.
- Como você vai nos tirar? Eu sabia que isso ia acontecer! - Ela estava completamente ansiosa, e já estava começando a tremer.
Tive outra reação, e puxei ela e abracei-a calorosamente, para passar algum tipo de apoio e proteção para ela. No momento em que eu estava abraçado com ela, olhei para cima e vir a janela, acima da caixa.
- A janela! - falo me soltando dela.
- Qual janela?! - Diz ela já mais calma.
Mostro a janela para ela. - Vou passar por essa janela.
Subir em cima da caixa, empurrei a janela.
- Como você vai passar por aí? - Beatriz pergunta.
- Eu vou passar e você passa depois de mim.
Ela não disse nada, parece que ela sabia que não tínhamos outra saída e era o jeito fazer o que eu disse.
Guardei o meu celular na bolsa e joguei a bolsa pela janela.
- Liga a lanterna do seu celular.
Beatriz ligou a lanterna do seu celular e iluminou em minha direção. Passei primeiramente as pernas e depois o resto do corpo. Pulei a janela e cair em cima dos sacos de lixo que ainda estavam lá, e amorteceu a minha queda.
- Juliano, você está bem? - Beatriz grita do outro lado, preocupada se deu tudo certo eu ter pulado a janela.
- Estou, agora é sua vez. Pode pular! -Beatriz jogou a sua bolsa pela janela, e pulou, caindo em cima de mim.
O baque da queda dela sob me, fez meus óculos sair do meu rosto e cair no chão. Nossos rostos ficou um minuto olhando um para o outro, ela me via normalmente, mas eu a via toda embaçada.
Ela saiu de cima de me, pegou sua bolsa e foi andando, em direção ao portão, indo embora e me deixando desesperado, procurando pelos óculos.
- Beatriz, me ajuda a encontrar meu óculos. - grito ela e ela retorna para me ajudar.
- Ahh! Desculpa! - Ela voltou, pegou o óculos e me entregou.
- Tchau!
- Tchau!
Após despedirmos, fui pegar a minha bolsa, e acabei encontrando uma embalagem pequena, de cor amarela e o rótulo escrito em Inglês.
- Veneno para insetos! Proibido à venda por ser letal ao ser humano.
Peguei o meu caderno, arranquei uma folha, enrolei a embalagem na folha, guardei na bolsa e sair imediatamente.
...
Assim que cheguei em casa, fui pesquisar na internet e eu só encontrava noticias negativas a respeito do produto. E todas elas eram noticias de sites internacionais, onde o idioma é o inglês.
- Esse veneno não é do nosso país! Quem comprou, comprou de forma ilegal.- Parei para pensar um pouco.
- Ele so pode ter comprado na dark web. Aonde venderia um produto proibido.
Fiquei todo entusiasmado, com a ipotese de ter descoberto nossa primeira pista. Instalei o sistema operacional que dá acesso a dark web e comecei a pesquisar sem fazer login.
Logo de cara, encontrei sites vendendo o produto. - Eu sabia!
Peguei o celular e liguei para Beatriz.
" Beatriz, me encontra na sorveteria, tenho algo para te mostrar."
Desliguei o celular, entrei no banheiro, tomei banho, sai do banheiro enrolado na toalha, peguei o celular em cima da escrivaninha, tirei uma foto do frasco de veneno que deixei em cima da mesa, me vestir e sair para encontrar com a Beatriz.
...
- Quando foi que você encontrou esse frasco de veneno para insetos? - Beatriz me perguntou ao mesmo tempo que olha a imagem no meu celular, do frasco do veneno que tirei antes de vim encontrar com ela.
- Logo depois, que você saiu e me deixou só, em cima das sacolas de lixo! No momento em que fui pegar minha bolsa, vir esse frasco em baixo de uma das sacolas.
- Eu tive que sair logo daquele lugar, antes que alguém nos visse, além disso, eu precisava tomar banho, porque eu estava toda fedendo a comida estragada e sei láo que mais tinha naquelas sacolas de lixo. - diz ela com cara de nojo.
Dei para rir dela.
- Do que você está rindo?! Posso saber?!
- Da sua cara de nojo!
- Para de rir!
Beatriz ficou vermelha de vergonha por eu está rindo dela, então parei de rir, para não deixá-la mais envergonhada ainda.
- Você preferia ficar preza na despensa comigo e ser encontrada pelas merendeiras amanhã?!
- Agora me diga! Você traduziu por algum tradutor o que está escrito aqui?
- Traduzir! - Eu disse sarcasticamente.
- E esse tradutor, que você usou é confiável?
Ela continuou perguntando, encarada a foto no celular e sem olhar para mim.
- É o tradutor mais confiável que eu conheço. - Eu estava me divertindo com a situação, dela não percebendo o meu sarcasmo.
- Qual o nome do tradutor?
- Juliano. - Ela finalmente olhou para me, assustada e desconfiada.
- Desde quando você sabe inglês?!
- Desde quando eu comecei a ler webtoons em inglês.
Ver a cara de Beatriz, com uma mistura de fúria e surpresa ao mesmo tempo, me fez rir novamente.
- Para com isso Juliano! Você está parecendo uma criança com essa brincadeira besta.
- Foi mal! Não vou fazer denovo, foi ficar sério agora.
Beatriz fecha os olhos e suspira um pouco antes de falar. - Melhor! Bom... Já sabe aonde será a nossa próxima investigação?
- Na casa do Samuel! Ainda não temos pistas que liga a morte dos dois.
- E você já planejou tudo?!
- Já!
Trocamos olhares, durante o misto de emoções que sentíamos em nossos corpos, sem dizer nada um para o outro.