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Chapter 8 - Capítulo 8 Mansão do Dragão Verde

Hera chamou um táxi e seguiu para a Mansão do Dragão Verde. Esta opulenta propriedade destacava-se em nítido contraste com o antigo apartamento de Hera, cujo aluguel exorbitante alcançava milhões, se não bilhões. A Mansão do Dragão Verde simbolizava um nível de luxo reservado exclusivamente para as famílias mais abastadas.

O proprietário de todo o distrito oeste, onde ficava a Mansão do Dragão Verde, permanecia um mistério para todos. O que era de conhecimento comum, no entanto, era a dificuldade em garantir um lugar naquela área prestigiosa, mesmo com fundos amplos. Apenas aqueles com convites e recomendações de figuras estimadas em círculos superiores eram concedidos acesso.

No entanto, como Hera cresceu com os comuns, ela não sabia totalmente que táxis não são permitidos dentro da propriedade.

— Senhorita, eu pensei que você estava brincando comigo mais cedo. Mas você realmente pretende que eu entre direto na Mansão do Dragão Verde? — disse o motorista com uma expressão complicada.

Hera ficou confusa. — Sim, há algum problema? —

O motorista coçou a parte de trás da cabeça, ponderando por um momento se a jovem mulher no banco de trás era ou incrivelmente desinformada ou simplesmente não estava raciocinando direito. — Bem, — ele começou cautelosamente, — apenas inquilinos e carros privados são permitidos através deste imenso portão de metal imponente.

Hera seguiu seu olhar, o portão de metal de 15 pés de altura estava gravado com dois dragões chineses no topo segurando uma bola verde. 'Seria jade de verdade?' A bola era do tamanho da cabeça de uma criança e o portão era folheado a ouro. Realmente era imponente e extravagante.

— Ah! — Caiu a ficha para Hera, seu rosto em um rubor de constrangimento. 'Vejo agora. Então, eu suponho que precisarei comprar um carro para conveniência,' ela admitiu timidamente em sua mente.

— Peço desculpas pelo descuido, senhor. Ainda estou me familiarizando com a área. —

O motorista compreendeu graciosamente o esquecimento de Hera e ofereceu-lhe um sorriso caloroso. Hera pagou a sua corrida através do código QR que estava colado na parte de trás do banco do motorista e do passageiro e fez questão de deixar uma generosa gorjeta de 500 dólares, atenta ao equilíbrio correto. Ela sabia que gorjetas excessivamente grandes às vezes poderiam deixar os motoristas desconfortáveis, levando-os potencialmente a recusar a gratificação extra.

Ela estava bem ciente desta dinâmica porque também havia trabalhado como motorista para indivíduos abastados como parte de seu trabalho de meio período.

O motorista verificou a transferência de saldo em sua conta, mas ficou surpreso que o valor excedeu a tarifa esperada do táxi, e instantaneamente olhou para trás. — Senhorita, isso..... — Mas Hera já havia descido do táxi e agora caminhava em direção ao portão da frente.

Ao receber a generosa gorjeta de Hera, os olhos do motorista encheram-se de lágrimas de gratidão. Mal sabia Hera, ele estava lutando para comprar o medicamento de que sua esposa tanto precisava. Para ele, Hera parecia um anjo enviado dos céus para ajudá-lo em seu momento de necessidade. Ele sentiu uma sensação avassaladora de apreço por ela.

Desconhecido para Hera, seu simples ato de generosidade em dar gorjeta foi percebido como um ato profundo de bondade pelo motorista. Infelizmente, ela já havia partido e estava inconsciente do impacto que seu gesto fazia na vida do motorista.

Enquanto Hera caminhava em direção à guarita situada ao lado do portão imponente, ela foi prontamente interceptada pelo vigilante guarda ali estacionado, impedindo-a de prosseguir.

— Senhorita, peço desculpas, mas apenas proprietários têm permissão além deste ponto, — informou o guarda a Hera com um tom educado, mas firme.

Sentindo-se dividida sobre o próximo passo, Hera decidiu ligar para Alfonse. Sua ligação foi atendida imediatamente após o primeiro toque. — Tio Alfonse, estou do lado de fora do portão. Como posso entrar e onde exatamente preciso ir? —

— Peço desculpas por qualquer inconveniência, jovem senhorita. Irei até você imediatamente, — respondeu Alfonse com urgência.

— Ah, por favor, não se preocupe. Você pode simplesmente me orientar, e eu irei direto para lá para poupar-lhe o trabalho de ir e vir. —

— Não, não, não é trabalho nenhum. Vou pegar um carrinho de golfe, garantindo uma chegada rápida. —

— Ah, seria possível eu utilizar um carrinho de golfe em sua localização e encontrar você lá em vez disso? —

Reconhecendo que era a opção mais prática, Alfonse assentiu. — Muito bem, jovem senhorita. Entrarei em contato com o gerente geral para fazer os arranjos para você. —

— Obrigada, Tio Alfonse. Por favor, não se incomode demais por minha causa, — disse Hera com um sorriso tímido. Ela ainda se sentia um pouco desconfortável com a ideia de depender muito dos outros. Independência tinha sido seu caminho por tanto tempo quanto podia lembrar-se, e a mudança repentina parecia desconhecida e incômoda.

No entanto, ela compreendeu a importância de aprender a confiar mais em seus subordinados. Era essencial para ela superar este desconforto, assegurando um manejo mais suave dos assuntos da empresa no futuro com a ajuda dos seus auxiliares de confiança.

Em questão de momentos, os guardas estacionados na guarita diante de Hera receberam uma chamada pelo rádio instruindo-os a escoltá-la ao Edifício Jade do Dragão, amplamente considerado a estrutura mais prestigiosa dentro da Mansão do Dragão Verde. A notícia deixou-os visivelmente surpresos, apenas lembrando a importância do tal edifício, que estava localizado na região mais interna e era o mais caro.

— Quem é essa garota? — um dos guardas sussurrou incrédulo. — Quase a desconsideramos e arriscamos irritá-la. — Felizmente, eles atentaram à sabedoria do guarda mais velho, que aconselhava contra julgar as pessoas exclusivamente pela aparência. Eles felizmente mantiveram uma postura respeitosa e cortês ao se comunicarem com ela anteriormente.

Sem hesitação, eles prontamente guiaram Hera ao carrinho de golfe mais próximo, convenientemente localizado logo além do pequeno portão atrás deles.

Eles dirigiram por mais ou menos 20 minutos e chegaram ao Edifício Jade do Dragão. O guarda que a enviou fez um gesto respeitoso para Hera seguir para o interior do edifício.

Hera assentiu para o guarda, seu sorriso gentil enquanto ela caminhava graciosamente em direção ao saguão. O espaço exibia uma fusão cativante de design Oriental e moderno, atraindo-a com sua intrigante mescla de estilos.

Perto da entrada, bambu chinês flanqueava ambos os lados enquanto fontes montadas na parede adornavam cada canto, transmitindo uma atmosfera serena ao espaço. Iluminação quente envolvia todo o lobby, realçando a fusão de estéticas Oriental e moderna. Ao entrar, o ambiente exalava uma mistura encantadora de tradição e inovação. Mais à frente, um balcão de recepção saudava os visitantes, ocupado por duas recepcionistas prontas para ajudar.

Em seus vinte e poucos anos, as duas recepcionistas usavam uma maquiagem calorosa, aumentando sua aparência alegre e acolhedora. Sua aparência jovial complementava sua disposição amigável enquanto elas atendiam um homem vestido com um traje extravagante, ostentando tons de laranja e vermelho.

Apenas um olhar e você saberia que sua roupa já gritava riqueza por si só, ele estava segurando um grande buquê de rosas vermelhas. As duas recepcionistas do balcão pareciam estar lutando para atendê-lo, enquanto Hera pacientemente esperava sua vez atrás dele.

A voz do homem soava rouca, mas de uma maneira forçada, e disse. — Já lhes disse, eu sou o namorado da gerente geral, e vim vê-la! —

— Senhor, não podemos conceder-lhe entrada sem a aprovação prévia da nossa gerente geral, especialmente considerando seu compromisso atual com um indivíduo proeminente. Esperamos que compreenda, — explicou a garota, sua voz com um leve toque de súplica.

Ao ouvir suas palavras, o ímpeto do homem para ver a gerente geral intensificou-se.

O homem começou a disparar insultos à recepção quando elas não mostraram sinais de ceder, o que logo se transformou em xingamentos.

Há outras pessoas sentadas no sofá perto das fontes montadas nas paredes, elas estão bebendo café enquanto conversam entre si. A súbita confusão na recepção chamou a atenção delas, fazendo com que olhassem curiosas naquela direção.

Uma das recepcionistas rapidamente pegou o telefone para chamar a segurança, enquanto a outra corajosamente saiu de trás de seu balcão para ajudar fisicamente o homem. Apesar de seus olhos avermelhados e a luta para conter as lágrimas, as duas mulheres perseveraram através do confronto com determinação e profissionalismo.

Movido por extrema insatisfação e raiva, o homem partiu para cima, atingindo a atendente do balcão com o buquê que segurava. Sua força descontrolada fez as pétalas vermelhas se espalharem pela área, deixando pequenos cortes no rosto da garota com seus delicados espinhos. Seu cabelo, antes penteado çoatingindo ordenadamente, agora pendia desalinhado pelos ombros, um testemunho da severidade do encontro.

Lágrimas escorreram pelo rosto da garota enquanto ela segurava sua bochecha sangrenta, parecia horrível. Mas o homem não parecia ter se acalmado o suficiente ao descontar sua raiva; ele estendeu a mão, preparado para desferir outro golpe, desta vez um tapa.

Tendo presenciado o suficiente à distância, Hera não poderia ficar indiferente por mais tempo. Tendo trabalhado em atendimento ao cliente, ela entendia os desafios de lidar com clientes irracionais que recorrem à violência. Ciente da natureza unilateral da situação, onde funcionários eram proibidos de reagir ou falar, Hera reconheceu a vulnerabilidade da garota e decidiu intervir para protegê-la.

Com um ágil passo lateral, Hera agarrou a mão estendida do homem e a gola, jogando-o por cima de seu ombro com uma demonstração surpreendente de força. A súbita reviravolta deixou todos ao redor atônitos, incertos sobre o que acabara de acontecer. No entanto, uma pessoa observou as ações de Hera com interesse aguçado, seu olhar persistindo nela com curiosidade.