Chapter 17 - Clube-De-Duelos. (PT 01)

Primeiro de novembro de 1992, outrora Harry acordava, iniciava sua manhã tomando um banho quente, escovava os dentes, se olhava no espelho embaçado e recitava um mantra que começara desde que descobrira seu nome, estampava um sorriso no rosto e seguia com sua rotina ocultando tudo o eu havia de mais feio em sua personalidade, atualmente, ele já não se importava, sua família que deveria estar lá para apoiá-lo não existia, a única chance de felicidade que ele sentiu que poderia obter, foi tirada de si por suas próprias mãos, e perdido em meio a saltos temporais do vira-tempo em seu pescoço junto a sua personalidade conturbada no que ele não sabia qual era o problema, foi que o mesmo enfim abandonou seu ritual matinal e focou apenas em uma única coisa, checar com veracidade a data em questão em prol de não se perder no tempo e no seu espaço mental como ocorreu anteriormente, não iria se permitir deixar o tempo passar enquanto ele nem mesmo controlava isso, era até irônico, a única pessoa do castelo com um vira-tempo, se perdendo nisso mesmo ao não ver o tempo passar.

O ar frio e o aroma de folhas secas preenchiam o terreno de Hogwarts. Para Harry, esse dia representava o início de um desafio diferente de tudo que ele já enfrentara.

Após conversar com seus mentores em respeito as habilidades magicas que nunca ele ou seus mentores viu, Harry recebeu uma proposta inesperada pelo guia de campo:

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-- Aliança Suprema --

 

- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: O que devo fazer então? Não sei de onde essa magia estrangeira está vindo.

 

- Perenell Alucard Flamel: Estamos aqui para apoiá-lo e guiar você, mas não ensinaremos mais nada de novo até que você complete essas matérias básicas do castelo. É uma oportunidade para você demonstrar sua dedicação e habilidades. Lembre-se... de nada adianta tentar controlar magias avançadas quando não se tem nem mesmo um controle de feitiçarias básica que lecionam no castelo.

 

- Niklaus Flamel: Nós acreditamos em você, Harry, mas é hora de você também acreditar em si e parar de querer só aprender a se defender... busque o melhor de si como demonstrou em nosso treinamento, não siga o pensamento retrogrado dessa raça que depende de suas incursões para ficar mais forte, obtenha o domínio completo de toda bruxaria dos anos escolares de Hogwarts e assim seguiremos com seu avanço na arte da feitiçaria.

 

- Vlad Drácula Tepes: Você tem dois meses inteiros pela frente para dominar com maestria todo o currículo do segundo ano. Use-o sabiamente... viaje através do tempo, não deixe que ele viaje mediante você... até lá, eu cuido de nossa poção e com base em seu desenvolvimento poderemos dar sua primeira dose de Animagia.

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Aquelas palavras ecoaram na mente de Harry, para muitos era como se tivessem cobrando demais de um adolescente normal, mas tudo o que Harry não era, é normal. Nunca que ele se permitiria ser normal, não quando seus parentes se declaram o epítome da normalidade humana e com certeza Harry cortaria os pulsos antes de se tornar como os porcos patéticos de merda que eram seus tios.

Não! não... sem pensamentos desse tipo, Harry estava se dosando com remédios para evitar isso, ele era médico para isso? Claro... só não era credenciado, e se os humanos não se importavam de entregar suas dosagens mensais do verdinho e rosinha. Bom, quando perguntado do porquê dele viajar tanto para Hogsmeade, Harry somente dizia que estava indo visitar seus amigos Zoloft e Prozac, então sim... não é como se os professores de Hogwarts fossem o impedir de ir para Hogsmeade quando estudantes só podiam ir a partir do terceiro ano, no estado que todos viam ele, o que o rapaz mais precisava era da presença de amigos e se esses dois amigos que ele tanto usava o apelido de padrinhos mágicos, não iriam interromper tal relação que mantinha ele tão contente e focado nas aulas, como muitas crianças deveriam ser ao rir, comer, brincar e seguir com suas vidas inocentes. Mal sabendo eles que não existiam amigos, e que esses nomes eram algo específicos da sociedade No-mag, mas como estavam bem longe de lá, ninguém iria descobrir, talvez Hermione, mas ela tinha seus próprios problemas dos quais Harry estava buscando melhorar a si para então conseguir ajudar sua amiga mais fiel.

Então imerso em tais pensamentos foi que o mesmo suspirou profundamente nessa manhã e enfim deu entrada ao castelo após uma seção matinal de musculação que o deixara muito suado e exausto, precisando claramente de um pós-treino e alguma coisinha a mais que o deixara mais animado.

As horas no salão comunal da Sonserina se transformavam em dias de concentração total em cada matéria do currículo do segundo ano, imerso em seu mundinho solitário na masmorra escura e aconchegante que servira para o mesmo se afastar de tudo e todos. Lendo livros, revisando anotações de pergaminhos e praticando feitiços repetidamente que eram inseridos em seu Guia de Campo, buscando aperfeiçoar suas habilidades por um todo do que era considerado o currículo escolar do segundo ano e até mesmo além, dos quais estudantes do sétimo ano se aproximavam do mesmo e o instruíam, claro... nunca de graça, mas não é como se fosse reclamar e isso também o tem aliviado muito de tudo o que vem tomando, mantendo-o controlado e saciado.

Era incrível como mesmo imerso em seu mundinho pessoal, sua rotina do dia a dia não era interferida, quase como se ele agisse automaticamente as pessoas ao seu redor, isso quando o mesmo treinava feitiços atraindo a atenção de colegas na Grifinória e Sonserina que pareciam ajudar bastante quando todos se juntaram no grupo de estudos de Astronomia, o que antes eram somente ele e sua turma, aumentou para o time de Quadribol da Grifinória e Sonserina, Neville, Luna e até mesmo Cedric, que era mais velho se juntou quando os pegou se esgueirando pelo castelo após o toque de recolher, tendo o Potter levando cada um em segurança para seus salões comunais.

Conforme o primeiro mês chegava ao fim, Harry sentia que estava progredindo. Suas habilidades mágicas estavam mais refinadas, sua compreensão das matérias era mais profunda na adaptação de cada feitiço de seu repertório junto a melhor maneira dele utilizar e de seus colegas utilizarem, pois diferente do mesmo que tinha muito Magoi para explorar sem preocupação, as crianças eram bem nerfadas nesse quesito e o mesmo não conseguia entender como era viver sabendo que usar uns dez feitiços era capaz de te drenar quase por completo, talvez tivesse se viciado muito em Dragon Ball e nas revistas em quadrinhos que Niklaus o presenteou, mas estava muito mais adepto a seguir o caminho de ser OverPower do que contido de repertório humilde que no máximo o faria se tornar a porra de um funcionário público do governo magico britânico e seus Aurores.

Com o mês de dezembro alcançado, Harry sabia que o próximo desafio seria ainda maior. Ele não estava apenas completando o currículo do segundo ano, mas também buscando matérias novas da seção restrita que a bibliotecária favorita dele o aconselhava no melhor foco de estudo para suas próprias criações magicas das quais ele mostrou brilhantemente ao querer ser um inventor de feitiços, dando a ela em troca um de seus feitiços originais de levitação sônica, do qual incrivelmente o fez se aproximar ainda mais da linda bibliotecária Irma Pince.

Com domínio de seu segundo e terceiro ano escolar, ao mesmo tempo que o mundo mágico da Dimensão Espelho R-I dormia, Harry e Vlad se encontravam nas madrugadas silenciosas trabalhando em um projeto especial. Se unindo para criar uma poção de animagia, uma poção que permitiria a transformação parcial na busca de seu animal interior e que burlava todo o atraso que o ritual tradicional de animagia requeria. Ambos reuniam os ingredientes raros e misteriosos necessários para a poção dos quais Vlad enviava Harry em explorações pelas sociedades mágica, um método de missões como as de um vídeo game que Harry completava em prol de obter livros antigos da biblioteca do vampiro, junto a experiência de campo em explorar o mundo, pois se Vlad via algo em Harry, é que ele estava tão quebrado quanto o vampiro esteve no dia que sua esposa foi queimada viva pela raça humana centenas de anos no passado, e olhando o rapaz e sua sede de conhecimento nessa verdadeira personalidade que só era apresentada aos adultos, foi que ele via em Harry o mesmo intelecto de sua alma gêmea, Lisa Tepes.

A magia era intensa, os caldeirões borbulhavam e faíscas estáticas permeavam a atmosfera do ambiente enquanto eles meticulosamente seguiam cada etapa do processo de fermentação, não como as poções que Harry aprendia com Severus, mas sim uma junção de magia, alquimia e ciência, uma evolução de tudo que ele já via enquanto o vampiro mais poderoso do mundo atuava como seu professor e mentor a cada passo que se encontravam, sendo essa uma das poções mais longas com base no conhecimento de seu mentor, pois se tudo desse certo, o tempo estimado da primeira etapa de fermentação seria adquirida pouco antes do natal para enfim conseguir desbloquear uma ou mais habilidades bestiais para o repertório magico do Potter.

Durante esses encontros eles falavam pouco, cada um tendo seus pensamentos próprios, sabendo que a concentração e a precisão eram essenciais para o sucesso da poção. A presença silenciosa de Vlad era reconfortante para Harry, que o que mais se sentia à vontade era quando não o ficavam importunando se ele estava bem, se queria companhia, conversar e todas essas merdas de expor seus sentimentos para alguma figura terapêutica, que porra de sentimentos quando tudo o que ele sentia foi suprimido pela casa de seus parentes no dia que sua filha foi assassinada?

Não, o que ele precisava era de espaço para poder se virar como sempre fez em sua vida, pois se algo ele sabia, era que confiar nos adultos sobre sentimentos e problemas, só levavam a mais problemas e distanciamentos, caso como o de seu primo Duda Dursley que abandonou tudo o que Harry lhe ensinou e educou, em prol de seguir o caminho dos pais medíocres que ele tinha, ou até o de Ron Weasley, que se afastou dele só dele ter ido para Sonserina e agora falava mal dele junto aqueles dois rapazes da Grifinória. Uma vez tudo bem, normal, duas vezes era um padrão, e ele não permitiria uma terceira, nunca.

A não... se continuasse nesse pensamento ele iria começar a querer usar sua espada e olhos negros como quando no passado quase chegou ao ponto de degolar um Válter Dursley abusivo, e seus pensamentos sempre voltavam para àquela raça... aqueles primatas sem magia, patéticos demais em suas existências e rotinas medíocr... Não, espera! Isso não!

Isso era o vício do feitiço das trevas que ele outrora acabara de dominar, o primeiro feitiço das trevas que serviu para Severus mostrar a ele do porquê de Arte das Trevas ser tão viciante, quase como uma droga No-mag potente que te vicia em um curto período, tornando o dependente disso, entorpecendo seus sentidos e personalidade na busca de mais e mais, nem que isso significasse que ele entregasse tudo de si para conseguir um pouquinho mais dessa sensação tão boa que mais parecia a de um orgasmo após anos de seca.

Massivamente amassando esse sentimento abominável pela raça humana de primatas, foi que o mesmo suprimiu todo ódio e indiferença, mas não era como se fosse possível de excluir tudo, pois Arte das Trevas não trazia algo do nada na pessoa, somente potencializava algo que já estava ali, o ressentimento, a indiferença, assim Harry manteve um rastro que manteria sua varinha mais poderosa em controle, pois sempre que ele tentava ser passivo demais, humilde demais, nobre demais, uma figura honrosa que não se aproveita das oportunidades que se apresentam a ele, ela acabava o censurando com queimaduras dolorosas no braço, como se ela mesma se aquecesse para marcar onde constantemente ficava fixada em seu braço... é deixe os primatas lá, eles têm seu livre arbítrio para desperdiçar em suas guerras e preconceitos contra a própria raça só devido à melanina diferente na pele, orientações sexuais ou até a falta disso, deixe-os com suas vidinhas curtas para perder tempo e seguir sendo pastoreados pelo governo corrupto deles.

Harry não iria ligar para os primatas No-mag, iria focar na raça dos primatas mágicos, na dimensão mágica que estava construída em um plano externo do que humanidade existia e conhecia, mas que incrívelmente e pateticamente eles seguiam a mesma ideologia de pensamentos, preconceitos de ovelhas pastoreadas por um governo magico que os mantém nerfado nesse estado tão inferior e patético dos quais iludem esses lordes como se fossem o centro do universo por nobrezas antigas e ancestrais que não significam nada no grande esquema das coisas, os vulgo abençoados pelas divindades capazes de manusear feitiços com um graveto magico que pode moldar a realidade, mas que se contentam em disparar faíscas coloridas, dos quais se tirar isso de suas mãos, se tornam tão inferiores quanto os primatas No-mag, talvez até mais se o fato dele perceber que nenhum bruxo se exercita fisicamente ou que cuidam direito de suas esposas gostosas, preferindo dar festas e bailes para expor suas esposas troféus, mas que nunca servem para dar um trato que elas tanto querem, abandonando-as dentro de mansões luxuosas e as impedindo de explorar seu potencial em carreiras de sucesso ou até evoluções do conhecimento exotérico magico dessa sociedade contemporânea... ah bando de primatas mágicos eunucos com fetiche por moedinhas de ouro e ideologia sanguíneas..., porra, para!

É... Harry não iria se importar com nenhum lado, não quando ambas as raças de primatas estavam sendo guiadas a mais uma guerra ou extermínio, seja os próprios humanos em suas guerras mundiais e conflitos de quererem saber qual a cor mais pura, ou os bruxos com seus lordes das trevas que mais era uma resposta dessa sociedade tão corrupta.

Ou até pior, Harry não queria nem ver quando os bruxos se tornassem incapazes de obliviar toda humanidade, pois se continuassem crescendo nessa escala descontrolada, a raça mínima dos bruxos com seu preconceito iria acabar levando-os a serem descobertos, e se Harry e Vlad compactuavam de um pensamento, é que os humanos nunca, nunca mesmo iriam permitir outra raça "alienígena" andar livre por aí em seu "domínio planetário"... e com uma mínima desculpa e método de invadir os pontos mágicos espalhados pelo mundo que não tinham a mesma proteção que a Dimensão Espelho R-I, com certeza usariam de bombas nucleares e Harry não via chance dos mágicos nesse nível conseguir sobreviver, não quando são frágeis, sedentários, gordos, nerfados, patéticos de merda que começaram a desconfiar dele ser algum herdeiro da Sonserina que está causando caos no castelo, só porque ele decidiu mudar de ares e dormir nas masmorras com a Casa Sonserina e seu vulgo melhor amigo fica falando mal dele pelas costas?... Criaturinhas medíocres.

Droga!

 Chega de pensamentos depreciativos, não é problema dele, seu foco é Marte, levar raças magicas de criaturas incríveis para lá, um paraíso longe de ambas as sociedades, foque no que é importante, seus colegas... é, comece na incrivelmente fofa Hermione Jean Maximoff Granger que o seguia para todo lado como um cachorrinho buscando a atenção do dono... sim! Tinha coisas melhores do que se perder em negativismo e acabar sucumbindo a algo que no passado seu mentor se entregou quando exterminou aqueles humanos responsáveis pelo assassinato da maravilhosa Lisa Tepes.

Apoiado pela presença silenciosa de um ser tão experiente e poderoso, Harry conseguiu suprimir toda sensação malévola e odiosa que um mero feitiço das trevas quase fez Harry sucumbir na maldade de pensamentos psicóticos, deixando ele agora com a mente limpa e até ofegante de como isso foi opressor, quase como se a todo momento algo dentro dele tentasse o levar para um caminho obscuro, talvez se ele mesmo não fosse um obscuro controlado na fusão de feiticeiro e obscurial, talvez ele tivesse sucumbido, buscando mais feitiços, mais magia, mais capacidade de cortar alguém tão horrendamente até a morte em um banheiro destruído, mas ele não era isso, talvez em outro lugar fosse, mas aqui ele é melhor, ele é único, e se os outros dizem o contrário, então que todos se fodam... mal sabendo ele como sua presença e pensamento eram captados pelo vampiro mais forte do mundo, que ria em conforto de ver um rapaz que mesmo perdido estava conseguindo achar suas próprias respostas, não sucumbindo ao ódio e ressentimento, igual sua esposa demonstrou mesmo em seus momentos finais, quando ela implorou para Drácula não culpar os humanos, claro, ele não deu bola para isso e os exterminou mesmo assim, mas Harry demonstrava grande semelhança com Lisa e isso era reconfortante demais ao vampiro ancestral que já sentia uma centelha de carinho e proteção pelo rapaz, algo que ele só sentiu por sua filha e o alquimista a qual ela se casou em um ritual de almas gêmeas, e isso foi algo único de muito tempo atrás.

As noites se transformavam em dias, que era quando Vlad ia dormir e Harry voltava para a Dimensão Espelho R-I, enquanto ele fermentava tudo longe de Hogwarts, ao mesmo tempo, uma versão sua dormia no dormitório da Sonserina, e quando acordava, outras versões estavam camufladas por seu Alter Ego em partes diferentes do mundo explorando e buscando objetos raros, estudando, trabalhando e acelerando todos os planos que Harry tinha. Assim não vivendo uma vida, mas sim cinco vidas ao mesmo tempo que eram mantidas ativas pelo simples fato de sempre ter um retorno no tempo que fazia o rapaz dormir durante um dia inteiro na masmorra da Sonserina, isso é claro oculto por seus múltiplos Alter Ego, que mantinha sua identidade oculta de tudo, criando não uma reputação só a ele, mas sim várias em cada personalidade distinta que já começava a atrair atenção no mundo No-mag e do mundo mágico, mal sabendo os primatas das duas sociedades, que tais figuras eram tudo a mesma pessoa que dormia calmamente em Hogwarts.

[ ... ]

No salão principal, o clima estava animado e repleto de expectativa para a primeira aula prática de Defesa Contra as Artes das Trevas do famoso Gilderoy Jaskier Lockhart. Harry estava entre os alunos ansiosos, mas, ao mesmo tempo, cético em relação ao professor.

Com um sorriso brilhante e um ar autoconfiante, Lockhart começou a aula, contando histórias de suas supostas façanhas e feitos heroicos enquanto caminhava pela escadaria sob olhar de todos, não só alunos do segundo ano, mas de todos os anos que queriam ver o grande Gilderoy em ação.

Harry, no entanto, percebeu que isso se devia mais àquele feitiço compulsivo que atraia muitas garotas ansiosas que pareciam querer um autógrafo de um grande astro, sendo só os garotos mantidos ao fundo enquanto assistiam sem graça toda a situação. Enquanto Lockhart continuava a falar, Harry não conseguia deixar de notar que o professor evitava qualquer menção de habilidades práticas, ele falava com entusiasmo sobre enfrentar criaturas mágicas e ameaças das trevas, mas raramente mencionava como lidar com essas situações.

A impaciência começou a se instalar em Harry e principalmente em sua varinha que estava começando a esquentar no seu braço. Ele queria aprender a se defender de verdade, a estar preparado para os desafios que realmente enfrentaria, não estava interessado em ouvir histórias exageradas e vazias da glória de um Bardo que criava suas canções com tais histórias e as tocava no Beco Diagonal ou Hogsmeade.

Finalmente, após muita vanglória de Gilderoy, chegou o momento em que ele finalmente anunciou que a aula prática começaria e vendo todos os garotos já desanimados, foi que o mesmo sorriu e assim as portas do salão se abriram, tendo todo o corpo docente de Hogwarts junto ao diretor entrando.

Com Minerva balançando sua varinha, todas as quatro grandes mesas se transfiguraram em mesas com carpetes para duelo, formando o que pareciam quatro grandes arenas retangulares na cor das quatro casas.

Dumbledore deu um sorriso afetuoso de vovozinho e chamou a atenção de todos, pedindo para que se reunissem em torno do pódio:

- Meus caros alunos, como sabem nossa escola é dividida em quatro casas, cada uma com suas características únicas e distintas. Mas hoje, gostaríamos de propor algo especial. - Começou Dumbledore, com seu olhar azul brilhante. - Em vez de mantermos as competições entre as casas, gostaríamos de unir todos vocês em um clube de duelos. Será uma oportunidade para vocês aprenderem e se divertirem juntos, independentemente de suas casas e que irão nos permitir enfim trazer de volta o Clube de Duelos que a muito tempo foi dissolvido da grade curricular de nosso castelo.

- Estaremos aqui para orientar e garantir que todos pratiquem em um ambiente seguro e controlado. - Complementou Filius Flitwick, ansioso demais para voltar ao que era quando ainda duelava profissionalmente.

Severus Snape, embora de semblante sério, revelou:

- E, claro, será uma oportunidade para vocês aprimorarem o que viram nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, caso o professor Lockhart não tenha sido muito esclarecedor e precisem de algo a mais para reforçar suas habilidades.

Os alunos riram, sabendo que as palavras de Snape continham uma pitada de sarcasmo.

Para melhor organizar as atividades e garantir um ambiente mais adequado para o desenvolvimento das habilidades de cada aluno, o corpo docente passou a explicar o sistema criado na classificação dos duelistas. As mesas foram preparadas no Salão Principal, cada uma designada para atender a um nível específico de aprendizado e estariam disponíveis daquela maneira todos os domingos que era quando tinham folga, sendo administrados pelos Monitores em caso dos professores estarem fora, mas que seria um método de lazer e aprendizado num dia que ninguém teria aulas, isso é claro quando não fosse os horários das refeições.

Na primeira mesa, estavam os alunos dos primeiros, segundos e terceiros anos. Eles se reuniam em uma área mais reservada, com o suporte próximo dos professores para orientá-los em suas técnicas de aprendizado dos feitiços básicos.

Na segunda mesa, estavam os quartos e quintos anos. Esses alunos, mais experientes, já haviam enfrentado alguns desafios em Hogwarts e estavam ansiosos para demonstrar seus avanços em duelos mais complexos, isso é claro fariam em clubes de duelo ocultos, mas que agora o corpo docente pareceu ter percebido como era perigoso e eles mesmo tomaram controle da situação, de maneira que ninguém ficasse descontente.

A terceira mesa abrigava os sextos e sétimos anos. Esses estudantes eram os mais experientes e estavam num ponto de se graduarem e sair para o mundo, demonstrando suas habilidades refinadas e estratégias aprimoradas que Hogwarts com certeza não podia deixá-los se envergonharem, pois se havia um fato na sociedade mágica, era que cada escola era rival uma das outras, principalmente Hogwarts que vivia em uma dimensão magica separada do planeta terra, quase como se fosse uma terra paralela, porém que seu diâmetro somente se enquadrava no território que um dia foi o Reino da Inglaterra, tendo hoje a Grã-Bretanha evoluindo no que é da sociedade No-mag e suas estruturas com estradas no ano 1992, e a Dimensão Espelho R-I mantendo o terreno e estruturas idênticos ao que foi no passado do antigo reinado, tendo apenas algumas portas de acesso magico que se conectam ao planeta terra.

Por fim, na última mesa, estava a área de duelo profissional, onde o corpo docente se apresentava aos alunos. Os professores, incluindo Severus Snape, Minerva McGonagall, Filius Flitwick e os outros mestres de suas áreas, demonstravam suas habilidades mágicas excepcionais e estratégias avançadas para aqueles formandos que desejam seguir carreira profissional disso e necessitavam de mentorias para onde seguir quando saíssem do castelo com seus diplomas.

Com a aula decorrendo e Harry não sentindo vontade de brincar igual estavam os pré-adolescentes de sua classe que disparavam faíscas na primeira mesa, foi que o mesmo se sentou ao canto e abriu seu guia de campo para dar uma boa revisada no que adquiriu até agora:

Parte 02 no próximo Capítulo devido ao limite de palavras da postagem do capítulo.