Harry sempre soube que sua cicatriz era diferente das outras. Não era apenas uma marca de sua sobrevivência à maldição da morte lançada por Lord Voldemort, pois cicatrizes fazem o que seu nome já indica, elas cicatrizam, mas a dele nunca cicatrizou, sempre esteve viva e cortada como se fosse uma ferida recém-obtida, e com essa base é que Harry vinha estudando desde que pisou no castelo e teve acesso à seção restrita. Diga-se de passagem, ele sempre manteve inata sua habilidade de memória fotográfica, sempre estudando tópicos centrais e catalogando em sua mente para referências futuras, por isso ele parecia não dar bola para o mundo mortal, até se esquecendo de coisas dele de vez em quando, sua mente trabalhava a todo momento, ocupada demais catalogando informações, criando seu próprio mundo mental como se fosse um emprego de escala 6x1 que tornava sua memória fotográfica destinada a todas as questões que ele não tinha respostas, e eram muitas questões.
Porém, agora, agora ele estava estagnado, sabia de ponta a ponta tudo que tinha na biblioteca milenar de Hogwarts e sua seção restrita, usou por um ano de um vira tempo que forneceu a ele a capacidade de mapear toda biblioteca e seus livros, dos mais velhos aos mais atualizados, dos mais sensíveis aos mais obscuros e por mais que todo ano surgissem tópicos e conteúdos novos pela exímia capacidade de gestão que Irma Pince tinha em seu ambiente de trabalho, não, ambiente de trabalho era pouco, era o reino daquela mulher, como se tudo fosse dela e ela mantinha em ordem da maneira mais incrível que uma biblioteca pudesse ser.
Harry em momento algum encontrou algo relacionado a cicatrizes amaldiçoadas por imperdoáveis e muito menos a capacidade de desbloqueio de feitiços inéditos que alcançavam uma escala tão grande quanto a das duas vezes que acidentalmente utilizou do Shinra Tensei na floresta. Sendo esse o motivo do mesmo estar se sentando de frente ao lago negro, buscando contatar seus mentores no Guia de Campo.
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-- Aliança Suprema --
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Pessoal. Eu preciso da ajuda de vocês. Estou tendo uns problemas com a minha cicatriz.
- Vlád Drácula Tepes: Que tipo de problemas, Harry?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: O porra, tá de dia ainda, você não devia estar dormindo?
- Vlád Drácula Tepes: Fiquei entediado, aliás, você vem hoje à noite?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Claro, nossa poção está quase lá. Quero ver se consigo me tornar um dragão.
- Vlád Drácula Tepes: Tá mais para um Wyvern recém-nascido e mal treinado.
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Não fode, eu ainda não consegui fazer o Norbert me obedecer, tá bom…, ele só quer saber de comer, beber e dormir.
- Perenell Alucard Flamel: Crianças, foco…, quais problemas você tem se metido, querido?
- Niklaus Flamel: Perai? O Harry está visitando o castelo do Drácula e não me convidou?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Você é o único casado do role, e atrair a fúria da vampira mais sanguinária que gosta de se chamar de ALUCARD só para botar medo em suas vítimas, não me parece bem atraente.
- Niklaus Flamel: Mas você flertou com ela... e eu nunca vi alguém sofrer tanto nas mãos dela no último século.
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: É, é, eu sei… mas ela se parecia tanto com a Belona, a deusa da guerra romana daqueles livros, não deu para deixar de tentar... e a surra valeu cada segundo.
- Vlád Drácula Tepes: Masoquista.
- Niklaus Flamel: Masoquista.
- Perenell Alucard Flamel: Crianças! Foco.
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Tá bem! Vocês sabem que a minha cicatriz é uma tatuagem rúnica egípcia da qual minha mãe forjou em mim para me proteger de Voldemort, certo?
- Niklaus Flamel: Sim, nós sabemos. O sogrão que descobriu isso, lembra?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Sim, eu lembro. E eu agradeço muito por isso. Mas tem mais uma coisa que eu não sabia, e que recentemente vem ocorrendo.
- Perenell Alucard Flamel: Que seria?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Eu tenho feito magia acidental com frequência a cada momento que fico meio desligado, imerso nos meus pensamentos.
- Vlád Drácula Tepes: O que tem? O que magia acidental pode acarretar além do básico com qualquer criança ou pré-adolescente?
- Niklaus Flamel: Drácula, o Harry não tem mais limitadores comuns da raça mágica..., na verdade, com base em nossos cálculos o que a mãe dele fez acarretou todos os laços naturais de uma criança bruxa se desfazendo numa idade tão prematura, e algo seguinte acarretou nele tendo seu magoi selado a força intencionalmente de forma artificial.
- Perenell Alucard Flamel: E não para por aí, ele praticamente nadou pelo véu de nossa ilha e desfigurou todos esses selos de sua magia junto a mais uma coisinha..., nós resolvemos e o Harry criou um limitador com chave e cadeado disponíveis consigo mesmo, um feito incrível devo lembrá-lo novamente, mas isso quer dizer...
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: O que quer dizer é que se eu tendo meu magoi selado estou causando magia acidental quando fico imerso em pensamentos e preciso extravasar longe da população, o que vai ocorrer quando eu decidir soltar um pouco dos laços do Hogyoku?
- Niklaus Flamel: Então os terremotos, tempestades e devastação de uma floresta foi mesmo você? Sabe que estão achando que um novo Lorde das Trevas surgiu, não é? Você colocou um país todo em estado de alerta e todo um ministério alucinado com obliviações e controle populacional... tá de parabéns, todo mundo aqui já se tornou inimigo n.º1 da humanidade uma vez na vida.
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: É, e não só isso, quando eu pego minha varinha recebo informações de feitiços que acidentalmente usei, é como um daqueles games com desbloqueio de poderes, só que aqui é acidental em grande escala e das duas vezes que ocorreu foi por pouco que não me descontrolei perto de crianças e civis.
- Niklaus Flamel: Será que consegue virar um Super Saiyajin?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Não Niklaus, não tem como eu virar a porra de um Super Saiyajin, aliás você assistiu ao último filme que lançou?
- Niklaus Flamel: Claro que sim, aquela Genkidama que o Goku usou fundida a seu Super Saiyajin, que coisa linda.
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Sim, Super Saiyajin não tem como… mas um Kaioken até que seria possível de se criar, eu acho...
- Vlád Drácula Tepes: Então vamos lá, Harry. Vamos começar do princípio hoje à noite, iremos estudar tudo a respeito de sua mãe, tudo a respeito do que ela entendia de magia, a origem egípcia de sua cicatriz e como ela parece ser algum tipo de dimensão de bolso com energia suficiente para gerar a moldagem de feitiços.
- Perenell Alucard Flamel: Eu levo a pizza então, que tal as 20:00?
- Niklaus Flamel: Eu levo as bebidas, não seria melhor as 22:00?
- Harryson James Potter Peverell Pendragon Black: Sobe logo para meia-noite, tenho aula de Astronomia e ainda acertar as contas com a porra da fraude que é meu professor de DCAT.
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[ ... ]
Harry estava cansado de ouvir as mentiras de seu professor Lockhart, que se gabava de ser seu mestre e de ter enfrentado inúmeras criaturas mágicas em seu nome. Harry sabia que esse homem era um bardo, cantor e impostor, que roubava as histórias de outros feiticeiros e as apagava de suas memórias, obtendo para si o crédito, não foi difícil de descobrir, não quando Harry em seu Alter Ego viajando pelo mundo mágico em missões, visou usar um pouco de seu tempo para investigar os locais de tais ocorridos e feitos, descobrindo no processo algumas coisas muito interessantes que se ligavam em um padrão, e se Harry desconfiava de algo, era que Albus fez o mesmo, pois aonde ele ia, as pessoas diziam admiradas como o grande Albus Dumbledore esteve lá recentemente. Se fosse outra pessoa ele iria querer buscar justiça, mas tudo que Harry queria era que esse merdinha parasse com a propaganda de ódio contra criaturas magicas que seu ministério magico insistia tanto em chamar de criaturas das trevas, até porque ele mesmo era parte disso.
E foi com isso que Harry no salão comunal nas masmorras da Sonserina, simplesmente girou seu braço direito em movimentos circulares que faiscavam ao abrir um portal interdimensional, com foco na sala de aulas de Defesa e local pessoal que ele havia invadido noite passada com sua capa para essa técnica funcionar, foi que o mesmo viu através do véu translúcido de seu portal o bardo tocando e se assustando com tal magia estrangeira.
- Harry? O que você está fazendo aqui? - Perguntou Lockhart, tentando disfarçar seu medo com o olhar sem emoção de seu aluno a qual ultrapassava tal portal. - E minha nossa, que tipo de magia é essa?
- Nunti. - Harry explicou em voz baixa enquanto estudava ao escritório pessoal do professor, sob seu portal se apagando.
- Nunti? - Gilderoy indagou confuso.
- Nunti interessa porra. - Harry cortou o mesmo, e com um virar rápido estendeu seu braço num sussurro, tendo cinco cobras surgindo dali ao investir contra o professor. - Fique à vontade para se soltar daí, mas saiba que se machucar as cobras eu mesmo irei retribuir o favor dez vezes mais forte. - Seus olhos tremeluziram em pura transformação obscura, onde logo retornou ao padrão base.
- Mas o que significa isso? Eu sou seu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas… eu! Gilderoy Jaskier Lockhart, Ordem de Merlim Terceira Classe, Membro Honorário da Liga Contra as Artes das Trevas e cinco vezes vencedor do Prêmio Sorriso Mais Atraente do Semanário das Bruxas. - Gilderoy disse de forma pomposa, enquanto fazia graça ao caminhar sem perder a pose para sua cadeira. - Aliás, sabe que isso não ficará assim, não é? O que acha que seu diretor irá achar do garoto de ouro dele agindo todo sombrio ao entrar na Sonserina?
- Eu acho que ele vai adorar, digo... Albus parece ter um passado com bruxinhos das trevas e ele parece bem interessado quando saio da persona de leal e acolhedor... ah, é até cansativo às vezes ficar sorrindo, sabe como a noite minhas bochechas doem só de forçar isso para que essas crianças sigam suas vidas? É estranho, esse ano não está sendo nenhum pouco produtivo aqui no castelo se for levar o quesito amizade em questão, mas só foi surgir o risco dessa câmara secreta ser aberta, que já senti certos olhares e sussurros de que sou suspeito. - Harry desabafava enquanto massageava as têmporas e via uma garrafa de Whisky na mesa ao lado. - Bom gosto, eu meio que me viciei em Glen Mackenna nos últimos anos, mas Jack Daniels também é ótimo.
- Mas sabe, Uric, Flávio, Glenda, Quong, Sacharissa e Harry Potter... sabe o que essas pessoas têm em comum? - Harry disse com o rosto de seu professor se empalidecendo, e Harry sorrindo enquanto servia um copo de Whisky, entregando na mesa de seu professor. - Todos obliviados, até mesmo eu... bom, ou é o que consta em nossa aventura da qual caçamos uma horda de Metamorfos, onde eu tive uma concussão extremamente grave causando amnésia e assim o senhor, o grande Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlim, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga Contra as Artes das Trevas e cinco vezes vencedor do Prêmio Sorriso Mais Atraente do Semanário das Bruxas. - Disse Harry com seu olhar se acendendo em puro esmeralda. - Meu salvador e guardião magico que teve a bondade de me dar férias muito necessárias antes de começar meu primeiro ano escolar em Hogwarts. - Continuou Harry com sua esclera se obscurecendo e seu poder de luta se multiplicando dez vezes mais.
ss*Podem soltá-lo, minhas queridas.*ss
Harry disse na linguagem das cobras, sob arregalar ainda maior dos olhos de seu professor e de uma figura oculta na sala de aula ali fora.
ss*Ah, sim, eles suspeitam de mim como Herdeiro da Sonserina só porque decidi dormir nas masmorras e os ataques começaram, imagine a merda se soubessem que sou Ofidioglota.*ss
- Oh perdão... espero que meus filhotes não tenham apertado muito forte. - Harry disse vendo os braços levemente roxos de seu professor. - Às vezes é complicado controlar o que não deve ser controlado e até mesmo me perco nos idiomas por ter mais contatos com meus filhotes do que com... bom... o resto de primatas que são vocês. - Harry finalizou com um estilo tendencioso e de menosprezo pela raça humana ou bruxa como somente um feiticeiro já demonstrou.
- Eu... eu não sei do que você está falando, Harry. Você deve estar confuso. Isso, é o choque de ter sua mente embaralhada, e você é meu discípulo mais talentoso. Nós vivemos aventuras incríveis juntos, e eu as escrevi em meus livros para inspirar as futuras gerações. - A cada palavra dita, as sombras ao redor dos dois parecia fluir malevolamente sob temor do bardo. - Estou procurando com todas minhas forças uma maneira de recuperar sua memória, mas...
- Não minta para mim, Lockhart! - Harry interrompeu seu discurso improvisado, com sua voz sempre tão paternalista e motivante, saindo apavorante no que um rosnado parecia ressoar ao fundo. - Eu sei a verdade sobre você. A porra de um covarde, um charlatão, um ladrão de memórias. Você nunca fez nada do que diz que fez. Você só se aproveita dos outros e se faz de herói, e ainda tem a audácia de se alegar meu guardião magico? Faz as pessoas acreditarem que nasci e cresci em berço de ouro quando fui abandonado na porra da sociedade No-mag. Criando uma campanha de ódio em meu nome no qual esses tradicionalistas ensinam seus filhos a odiarem criaturas que nem mesmo se quer eu vi ou tenho algum contato e pensamento crítico sobre suas raças e tradições.
Harry pegou um dos livros de Lockhart, que estava na cômoda, e o abriu em uma página aleatória que continha uma dessas besteiras:
- Como eu salvei Harry Potter de um bando de lobisomens furiosos e o acolhi como meu aprendiz magico. - Harry riu sarcasticamente. - Não fode, Lockhart. Você nunca me salvou de nada. Eu quem tive que me virar desde cedo, eu quem tive de encarar o mundo de verdade enquanto merdinhas como você lucravam as minhas custas e ainda mancham o nome de minha família no processo com essas fantasias ilusórias e preconceituosas. - Harry disse estranhando como normalmente um charlatão estaria agindo descontroladamente ao ser posto contra a parede, mas seu professor somente pegou o copo de Whisky, bebeu e suspirou como se estivesse... exausto?
- Meu caro Harry, você não entende. - Lockhart disse com um olhar muito diferente do tendencioso e egocêntrico que via no homem. - Eu não sou um mentiroso, eu sou um justiceiro. Eu uso essas histórias para acabar com as verdadeiras farsas do mundo. Isso inspirado na caçadora da morte, sua mãe.
- Do que está falando? - Perguntou Harry, confuso com esse estilo diferente do mesmo de agir.
- Todos os que roubei as histórias eram bruxos que passaram impunes de crimes hediondos só por serem puro-sangue. Eles se achavam superiores aos outros, mas, na verdade, eram covardes e cruéis. Eu os fiz pagar pelo que fizeram. Eu apaguei totalmente a memória deles e os tornei um nada. E cresci em cima disso, ganhando fama e fortuna só para ir atrás de mais deles na última década. - Explicou Lockhart. - Assim como Lility Evans, a caçadora genocida que exterminou praticamente toda a facção de comensais da morte do Lorde das Trevas, isso é claro antes dela se tornar uma reclusa e disso nascer o milagre da magia, Harry Potter, O-Menino-Que-Sobreviveu! - Gilderoy disse com uma euforia doente, feito um crente defendendo sua religião e quaisquer pecados que elas realizam em nome de Deus.
- Uric - O Esquisitão, um bruxo puro-sangue que enfrentou um dragão e um troll sozinho, mas foi considerado louco por seus colegas e em um ato de descontrole emocional atacou uma cidadezinha, escapando impune de seus crimes só porque o ministério considerou desnecessário escutar a sociedade trouxa contra um de seus partidários aliados a causa puro-sangue. - Lockhart explicou com Harry vendo-o tirar um livro da escrivaninha. - Essa é minha edição de Viagens com Trolls e adivinha quem é o herói principal que auxiliou o valente Uric? No qual inesperadamente perdeu sua memória e se tornou uma pessoa totalmente moldável a partir do zero, como uma criança recém-nascida sem experiência, habilidades ou até feitiços mágicos.
- Flávio Belby, um bruxo puro-sangue que sobreviveu a um ataque de um Lethifold, uma criatura das trevas que se assemelha a um manto negro. Bom, é isso que o ministério disse, mas quem usava o manto negro era uma criança meio-sangue de doze anos que fingia ser um bicho-papão brincando com o filho de Flávio, no qual trouxe tal criança para sua mansão nas férias de natal, e imagine a catástrofe para a família que nunca mais ouviu falar de seu filho, com o ministério se negando a investigar, pois tudo o que ocorreu no natal de 1985 na mansão de Flávio era simplesmente que ele lutou bravamente contra um Lethifold e nunca teve nenhuma criança sangue-ruim presente lá. - Lockhart explicou puxando outro livro da escrivaninha. - Essa é minha edição de Férias com Bruxas Malvadas. Eu! Gilderoy Jaskier Lockhart fui contratado para livrar a Nobre Família Belby de um Lethifold, uma pena e tragédia que o patriarca de uma família tão importante perdeu a memória quando teve contato com a criatura, e a esposa abdicou de todo poder político e nobre que sua família tinha no Wizengamot em prol de financiar meus investimentos na cura de seu lorde, encerrando assim toda uma linhagem com séculos de histórias, pois não existe método de recuperar uma mente apagada, uma mente confusa, sim, uma mente iludida, com trabalho e esforço, com certeza, mas memórias deletadas, deixando um buraco na mente do alvo, isso não tem como recuperar... uma vez feito, já era.
- Glenda Crook, uma feiticeira puro-sangue mordida por um lobisomem que conseguiu se curar com uma poção antes da primeira lua cheia. O que ninguém sabe é que foi ela quem atacou uma família miserável de lobisomens e buscou escravizá-los. - Gilderoy disse puxando outro livro. - Essa é minha edição de Viagens com Lobisomens. Aqui, eu o grande Gilderoy Jaskier Lockhart encontrei a debilitada Glenda Crook, usei de minhas incríveis habilidades para curá-la de sua Licantropia antes que ela passasse pela primeira incursão da primeira lua cheia, porém com efeito colateral de sua mente não aguentar toda pressão mágica desse milagre, assim se apagando em pura proteção, tornando-a um bebê preso no corpo de uma adulta. A família escravizada foi "expulsa" das terras escandinavas e nunca mais voltou, e eu me tornei o herói mais uma vez por auxiliar uma puro-sangue... já a família de lobisomens caso você esteja interessado nessa expulsão? Estão vivendo do outro lado do mundo trouxa, usando de toda fortuna da Glenda em prol de aproveitar suas vidas que até o momento eram descartadas como lixo pela sociedade e seu governo.
- Quong Po, um bruxo puro-sangue que capturou um Kappa, uma criatura aquática que habita os lagos do Japão, novamente ninguém sabe a verdade de que esse escroto de merda era um pedófilo com tendências de zoofilia no qual sequestrou uma Kappa filhote. - Explicou Gilderoy puxando sua edição de Ano Sabático com Seres das Sombras. - Novamente eu em meu incrível intelecto neutralizei a ameaça, obliviei ele, seus amigos no corpo de Aurores e até mesmo a criatura magica abusada que nunca nem se quer ter noção do que sofreu nas mãos daquele homem, tudo o que ela sabe é que foi encontrada pelos pais nos quais são eternamente gratos e se permitiram manter em silêncio com a honra e mérito de mim "salvar" um herdeiro puro-sangue da inevitável morte, assim a garotinha seguiu a vida com os pais.
- Sacharissa Tugwood, uma bruxa puro-sangue, a primeira a descobrir as propriedades curativas do pus de bubotúbera. - Gilderoy disse essa com sarcasmo. - Essa é minha edição de Guia de Gilderoy Jaskier Lockhart para o Lar Doméstico. Não vou dizer que Sacharissa foi algum tipo de puro-sangue genocida, assassina, carrasca de lobisomens e muito menos pedófila com tendências de zoofilia, não! Na real foi ela quem veio até mim, nos namoramos e a vagabunda tentou me obliviar para roubar todo mérito que eu tinha, assim ela obteria respeito do papai puro-sangue que havia escolhido o filho mais novo como herdeiro nobre só por ele ser homem e ela mulher... é, ela estava certa em querer evitar que o usurpador conseguisse sua herança e nobreza, porém essa sociedade de merda é assim mesmo, não é só o sangue que para eles importam.
- Então essa última foi uma vingança mesquinha contra a ex? - Harry indagou fascinado e enojado com tudo que escutava e como as atitudes desse cara serviu para muita gente seguir com a vida, lógico, ambicioso e ganancioso, mas qual o problema quando ele fez bem mais do que o próprio governo que só parecia querer foder com as vítimas, tudo por conta do estado sanguíneo delas.
- Olhe Harry, você é jovem e não entende ainda. - Gilderoy disse com um sorriso malicioso ao se levantar e andar de forma vangloriosa. - Posso ter namorado ela pela beleza cativante, mas essa mulher é tão nojenta e podre quanto o pai tradicionalista, e também quem ela acha que era para querer obliviar o grande Gilderoy Jaskier Lockhart, ele quem obliviou mais de mil pessoas, incluindo puro-sangue, aurores, membros tradicionalistas da facção das trevas, criaturas magicas e o próprio grande Harry James Potter! - Gilderoy disse loucamente quando em um movimento rápido sacou uma varinha secundaria oculta de suas vestes, apontando diretamente para a mão que Harry já levantava uma varinha.
- Expelliarmus. - Disse o professor com vitória, mas que logo arregalou os olhos com a varinha de Harry nem se mexendo de sua mão, tendo ele tomando uma cabeçada potente de Harry.
- Ah, filho da puta maldito. - Harry riu com graça quando viu a testa de seu professor abrir uma fissura grande pela força de Harry estar dez vezes mais forte do que em seu estado base. - Depois de todo esse discurso de justiceiro e homenagem a minha mãe, você ainda tem essa audácia? Que foi, sua mãe não te ensinou respeito?
- Respeito não faz história! Faz história quem tem coragem, inteligência e talento para usar do que quiser em prol de ser o melhor de si... e eu tenho tudo isso! - Gilderoy esbravejou quando se ajeitou novamente, agora em posição de duelo. - Você tem potencial, Harry. Você poderia ser grande, como eu. Você poderia ser meu parceiro, meu sucessor, meu herdeiro. Nós dois poderíamos dominar o mundo mágico juntos. - Disse Lockhart, tentando seduzir Harry, que só pode sorrir, achando engraçado tudo isso.
- Até que faz falta. - Harry disse respirando fundo como se aproveitasse algo que só ele sentia, e assim soltando todo o ar dos pulmões.
- Oque? - Gilderoy perguntou tentando achar uma brecha, porém era como se Harry fosse protegido pelas sombras, como se tudo isso fosse esperado e ele estivesse no controle de tudo, mesmo com o professor muito mais experiente empunhando uma varinha mágica.
- A sensação que vem antes da morte, a adrenalina, palpitação, coração acelerado e a porra da minha varinha queimando em meu braço ao me induzir a explodir você em uma polpa de sangue na parede. - Harry riu sadicamente. - Sabe, ultimamente as pessoas têm acreditado no surgimento de um Lorde das Trevas pelos cataclismas ocorridos nos últimos meses, sem ao menos saberem que o "herói e salvador" deles é o responsável... e devo te contar que ser intitulado de vilão para mim não parece ter o menor problema, mas eu não divido palco com ninguém... e um professorzinho de merda que usa compulsões nas menininhas da escola para elevar sua fama não parece algo atrativo. - Harry disse caminhando até o professor que tremia não de medo, mas sim da incapacidade de se mover quando pisou na sombra do chão e algo pareceu o manter inerte ali. - Vou te explicar uma vez só Gilderoy, eu te respeito pelo que fez contra esses puro-sangue e não irei interferir nos seus negócios... mas a partir de hoje o senhor vai abandonar toda e quaisquer compulsões que afetem as meninas e mulheres desse castelo, se tem algo que não tenho paciência é com quem seduz algo a força então já deixo avisado para não ultrapassar a linha, minha melhor amiga está com problemas pessoais dela e você mexendo com seus sentimentos nessa magia furreca de charme atrativo de um galante só tem atrapalhado. - Harry ficou cara a cara com o homem. - Por fim deixo você avisado, isso não é uma ameaça minha, é um aviso de que algo muito pior irá cair sob esse castelo se você continuar mexendo com Hermione Jean Maximoff Granger, já foi apresentado um gostinho no caldeirão furado quando todo o caos se instaurou na briga, não pense por um momento que aquela cena toda foi acidental quando aquela mulher estava mexendo as cordas por trás dos panos, e agora com você mexendo logo com a filha dela... então não abusa ou nem eu e muito menos o Albus seremos capazes de proteger esse lugar do caos que irá se instaurar.
- Enfim, boa noite, meu caro professor... aguardo ansiosamente nossa aula de amanhã. - Harry disse por fim com um sorriso e voz novamente acolhedor que muito vinha usando dentro do castelo, com seu braço girando na criação de um portal e assim ele sumindo castelo afora quando o atravessou.
Gilderoy se deixou cair no chão frio de seu escritório quando as últimas faíscas esmeralda desapareceram, pouco escutando a porta de seu escritório se abrindo abruptamente e um estudante vindo correndo de sua sala de aula junto ao diretor que surgia em uma explosão de chamas da fênix pendurada em seu ombro, sentindo o suor frio escorrer pelo seu rosto, as pernas e braços tremendo. Sabia que acabara de escapar por pouco, ainda incrédulo com o que acontecera e com a ameaça de que não só Harry faria algo contra ele, como existia alguém muito pior lá fora, era mesmo possível? Alguém mais poderoso que o próprio diretor do castelo e líder da luz?
Ele pensara que Harry era apenas uma criança ingênua, que ele poderia manipular e usá-lo para aumentar a sua fama, ele subestimara o jovem bruxo, que era mais esperto e corajoso do que ele imaginara, parecendo tão lunático e com falta de filtro igual à mãe dele foi no passado. Harry descobrira o seu segredo, e aparentemente a garota Granger carregava um perigo oculto muito maior ao ponto de fazê-lo dar um ultimato desses.
Gilderoy sentiu um arrepio ao lembrar do olhar frio e determinado de Harry, que o ameaçara com a sua varinha, com seus olhos demoníacos, com as sombras se moldando a vontade dele e incapacitando um adulto totalmente formado em magia de se mover. Ele sabia que Harry tinha uma fama de fazer qualquer coisa com as lendas ilusórias e fantasiosas publicadas, mas estar inerte nas sombras e de frente a um homem com tamanho poder e autoridade. Harry parecia mais perigoso do que o próprio diretor que amparava o estudante que estava de detenção e assistiu toda a cena em choque e pressão de toda magia que vinha do tom de voz e idioma das cobras a qual Harry expôs sem nenhum cuidado.
- Você tem uma escolha, Gilderoy - Dissera o diretor, com uma voz grave e séria. - Você pode continuar vivendo uma mentira, ou pode enfrentar a realidade e tentar reparar os seus erros. Você pode ir para Azkaban, onde será julgado pelos seus crimes como eu farei se isso continuar, ou pode continuar aqui como professor e parar com suas atividades sob proteção de Harry.
Gilderoy sabia que ele não tinha muita escolha. Ele sabia que ele não suportaria a prisão, nem a exposição pública da sua fraude e perigo que iria se meter se fosse a público o que ele fez aos membros dessa sociedade corrupta. Ele também sabia que ele não tinha mais nada a perder, nem a ganhar.
- Sr. Diggory, leve nosso professor a ala hospitalar. - Dumbledore disse com seriedade como nunca o estudante havia visto e sentido contra si. - E, você não viu nada, não sabe de nada. Não vai contar nada a ninguém até que eu mesmo resolva e mantenha todos protegidos, entendeu?
- S-sim, diretor Dumbledore, eu entendi - Balbuciou Cedric, acenando com a cabeça.
Gilderoy e Cedric saíram da sala, deixando Albus para trás. Eles caminharam pelos corredores em direção à ala de Madam Pomfrey, ambos haviam presenciados algo que suas mentes ainda formulava respostas e explicações, mas tudo o que entendiam era que Harry era perigoso e o diretor sabia disso, e principalmente pela calma apresentada nele, não via problema algum no Garoto-Que-Sobreviveu agindo assim.
E com isso dou fim ao décimo oitavo capítulo da Changed Prophecy e a Câmara Secreta.
Espero que tenham gostado do capítulo e pode saber que daqui para frente enfim o Gilderoy Jaskier Lockhart irá se tornar um aliado igual o Jaskier é com Geralt na série The Witcher.
Imaginem só um Harry boladão com aparência do Geralt, Severus sem um braço e mostrando como um mestre de poções pode duelar e um bardo com mestrado em obliviações irão causar um estrago nessa sociedade corrupta.
Pois assim como Harry criou a Aliança Suprema tendo Drácula, Perenell e Niklaus em seus planos, agora uma nova aliança entre Severus e Jaskier irá surgir com foco em irritar totalmente a causa puro-sangue e suas leis de merda que só ferram com a sociedade.
Enfim, aguardo geral na seção dos comentários. XD