"Vou pro inferno se perder minha virgindade antes do casamento?"
Fil piscou antes que suas íris se dilatassem e seus lábios se entreabrissem. Suas bochechas já vermelhas foram ficando ainda mais rubras, quase se engasgando com a respiração ao ouvir a pergunta que ela repentinamente soltou.
"Hah." O belo homem à sua frente soltou uma risada, avaliando-a de cima a baixo. "Você vai pro inferno se perder a virgindade antes do casamento?"
"Haha!" Fil riu nervosamente. Lá se vai a esperança de que ele não tivesse ouvido. "Hah… desculpe. Deve ser a bebida. Finja que eu não disse nada."
Ela pigarreou e olhou para baixo. "Desculpe. Eu vou embora." Fil não teve coragem de olhar o homem nos olhos. Quando ela se virou para ir embora, balançou a cabeça levemente, um horror estampado em seu rosto, batendo no próprio peito.
'Eu sou pior que um porco,' ela disse a si mesma, batendo no peito enquanto se afastava cuidadosamente. 'Eu deveria estar morta. Que coisa nojenta de se dizer.'
Até esqueceu por que estava naquela parte do clube em primeiro lugar. A vergonha borbulhando em seu coração era suficiente para fazê-la esquecer de sua bexiga. Enquanto Fil resmungava consigo mesma, ela parou abruptamente quando ouviu aquela voz barítona suave acariciar a parte de trás de sua orelha.
"Quer testar?"
O fôlego de Fil falhou, virando a cabeça lentamente, apenas para ver o rosto dele sobre seu ombro. O homem sorriu brilhantemente até que seus olhos se estreitassem.
"O quê?" ela sussurrou por entre os dentes. "Testar... o quê?"
"Testar para ver se você vai pro inferno se perder a virgindade antes do casamento. Eu sei, é uma pergunta estranha, mas eu estou intrigado," ele explicou em um tom despreocupado. "Mas o que eu tenho certeza é que, eu posso te trazer o Céu numa bandeja de prata. Se você quiser que eu faça isso."
Os lábios dela tremeram, olhos arregalados enquanto fixavam no belo homem que sorria de orelha a orelha para ela. Observando o sorriso radiante dele, Fil ficou um pouco surpresa, já que o rosto dele não parecia de alguém que diria algo tão ousado.
Mas de novo, ela foi a primeira a iniciar esse tipo de conversa.
"Você quer dizer..." ela hesitou enquanto pensava em palavras menos embaraçosas para dizer. "... você quer...?"
"Hmm?" O homem levantou as sobrancelhas, ciliando provocativamente. "Eu quero, o quê?"
"Quer... você sabe... comigo?"
"Mhm!" ele piscou inocentemente. "Mais que isso, estou disposto a ajudar."
"Ajudar?"
"Sim!"
"Hah."
"Você quer experimentar, e eu estou disposto a participar desse experimento," o homem esclareceu, desta vez, seu sorriso era mais suave. "Soa menos embaraçoso?"
O queixo de Fil caiu, surpresa com a última frase do homem. "Entendi." Ela balançou a cabeça em compreensão, relaxando os ombros tensos enquanto sorria.
"Isso aí. Eu estava curiosa sobre alguma coisa," ela justificou, recuperando a pouca confiança que havia perdido. Seus lábios se curvaram amargamente, lembrando a cena assombrosa que presenciou algumas horas atrás. "Então, pensei que deveria experimentar para achar algumas respostas."
"Jackson." O homem, Jackson, estendeu a mão.
Fil olhou para a mão dele e a segurou. Olhando para cima, ela sorriu e disse, "Me chama de Fil."
"Prazer em te conhecer, Fil." Jackson sorriu de volta, segurando a mão dela e olhando para baixo. "Você tem um corte."
"Huh?"
"Bem aqui." Jackson devagar virou a mão dela até a palma estar virada para eles. Usando o polegar, ele acariciou a parte superior da palma dela. "Esses calinhos aqui... você carregou algo pesado?"
Fil mordeu o lábio inferior enquanto olhava para a palma da mão. "É de um taco de golfe."
"Um taco de golfe?"
"Mhm." Fil olhou para cima, encontrando o lindo par de olhos cor de topázio que refletiam os dela. "Estava testando a durabilidade de um pneu com ele. Não percebi que exagerei."
Jackson e Fil se olharam em silêncio. A mão dela ainda estava em seu aperto, e a tensão crescente lentamente pairava no ar.
"Quer fazer aqui?" ele perguntou após um silêncio prolongado, passando o outro braço em volta da cintura dela e puxando-a para mais perto. "Ou você prefere a sala privativa de onde eu vim?"
Ele inclinou a cabeça para o lado, dando a ela a opção de escolher. Ele estava bem com qualquer uma das opções. Ele a foderia de qualquer maneira.
"Aqui?" Fil agarrou o peito dele enquanto recuava o tronco. Ela olhou de um lado para o outro, franzindo a testa com a ideia de fazer isso no corredor.
Vendo sua reação azeda, o homem riu. "A sala privativa então."
"Você é um mão de vaca?" ela soltou, mordendo a língua imediatamente enquanto o espiava de soslaio. "Ou talvez apenas um escroto?"
Jackson inclinou a cabeça para o lado, fazendo piscadas lentas e contínuas. "Eu sou um escroto, sim, mas nunca um mão de vaca."
"Hehe. Não quis dizer assim, desculpa." Fil riu nervosamente enquanto dava leves tapinhas no peito dele. "Só estou dizendo que se fizermos aqui, as pessoas podem vir e nos ver. Seria constrangedor. E acho que a sala privativa não é um lugar confortável para a primeira vez."
"Se nos virem, e daí? Eles que desviem o olhar se não conseguirem lidar com pessoas transando," ele rebateu, deixando-a sem palavras. "De qualquer forma, você está certa. Então? Onde você quer fazer? No telhado?"
'Espero que ele esteja brincando.'
"Vamos sair daqui primeiro," ela disse.
"E onde você está me levando?"
Fil não respondeu imediatamente. O canto dos lábios dela se curvou num sorriso e seus olhos brilharam com travessura, fazendo Jackson arquear a sobrancelha.
"Na casa do meu namorado."