Chereads / INCUBUS (História Sobrenatural Gay - BL) / Chapter 2 - 02 - Eu gosto de você

Chapter 2 - 02 - Eu gosto de você

Narrador's P.O.V.

Ariel despertou com um pouco de dificuldade. Não se lembrava quando, mas havia adormecido no sofá. Estava tão cansado na noite anterior que sequer se deu conta quando pegou no sono, tanto que até mesmo a TV estava ligada no canal que havia deixado para ver o jornal enquanto esperava sua novela favorita começar. Seu corpo estava um pouco dolorido mas nada que o surpreendesse tanto, até porque o sofá não era o lugar mais confortável para se dormir. O garoto se sentou um pouco desnorteado, caçando o controle em meio a bagunça que estava aquele estofado para que pudesse desligar a televisão, e assim fez quando o achou.

- Eu realmente preciso comprar outro sofá. - Reclamou quando se mexeu e sentiu seu corpo doer em diversas partes.

Ele ficou alguns instantes olhando para a TV desligada mesmo que seus pensamentos estivessem bem longe dali. Ele se sentia estranho, parecia que algo não estava certo. Algo estava faltando e ele não se lembrava o que era. Odiava quando isso acontecia porque geralmente esse "algo" eram sonhos bons que ele sempre esquecia, daí ficava aquele buraco que ele lutava para preencher com alguma lembrança. Ariel bufou irritado. Ao olhar o relógio de seu celular viu que eram quase dez da manhã, o que significava que ele tinha dormido por mais de doze horas seguidas e ainda assim se sentia cansado. Exausto, para ser mais específico. Não fazia sentido, de fato, só que ele não deu a mínima. Era seu dia de folga então ele teria tempo de sobra para descansar já que não pretendia fazer mais absolutamente nada. O cacheado por fim se levantou e foi lentamente até o banheiro. Algumas partes de seu corpo doíam mais do que o normal, partes como seu quadril, sua cintura, seu pescoço... Tudo doía demais!

- Parece que eu fui atropelado por um caminhão. - Murmurou para si mesmo chegando no banheiro. Ao se olhar no espelho ele pôde notar que haviam marcas roxas em sua cintura. - Mas o que...

As marcas eram grandes, bem grandes, e pelo formato pareciam ser de mãos. Mãos grandes! Era como se alguém tivesse segurado com muita força em ambos os lados da sua cintura porém ele com certeza lembraria caso alguém tivesse feito aquilo. Seu pescoço também tinha uma marca forte de mão. Como era possível ele estar com todas aquelas marcas sendo que não havia transado com ninguém? Ele nem transava de forma tão bruta assim, nunca havia ficado com marcas tão fortes! Ariel com certeza não estava entendendo nem minimamente o que estava acontecendo. Ele tentou, forçou, puxou do fundo de sua memória algo que lhe dissesse de onde tudo aquilo veio porém ele realmente não se lembrava de nada! Tudo o que lembrava era de ter chego em casa, tirado suas roupas, deitado no sofá para assistir ao jornal e depois apenas se lembrava de ter acordado.

Algo estava bem errado!

- Merda! - O garoto se assustou quando seu celular tocou.

Ele estava tão concentrado que nem percebeu ter passado quase meia hora ali na frente do espelho olhando suas marcas. O cacheado pegou seu celular e se surpreendeu ao ver que Marcos estava o ligando. Ele não costumava receber ligações, de Chen então... Menos ainda! Uma estranha sensação de familiaridade o invadiu, porém era algo tão fraco que ele não deu muita importância. Por fim ele atendeu.

- Ari? Oi! Te acordei? - Sem perceber ele acabou sorrindo. Marcos era sempre assim, se preocupando demais.

- Não, eu já estava acordado há um tempo. - Disse. - O que aconteceu? Você me ligar é uma novidade. Geralmente você só manda mensagem.

- Eu quero te perguntar uma coisa. Sei que hoje é a sua folga, mas...

- Mas...? - O incentivou a continuar. Ele pôde ouvir um suspiro alto do outro lado da linha.

- Eu quero te chamar pra sair comigo. Faz tempo que eu não saio e nunca te vejo sair pra se divertir, então pensei que poderia ser uma boa se a gente saísse juntos. O que acha?

- Pra falar a verdade, Marcos, eu...

- Tudo bem se você não quiser! É bobeira minha mesmo, eu só pensei que... - Ele começou a ficar nervoso.

- Hey, eu posso terminar de falar? - Riu da afobação do outro. Era até fofo, em sua opinião.

- Claro. - Riu também.

- Pra falar a verdade eu estou bem cansado e não pretendia sair de casa hoje, então o que você acha de vir pra cá?

- Podemos relaxar juntos!

- Exatamente. Você pode vir agora, se quiser. Quanto mais tempo, melhor. - Disse enquanto olhava mais uma vez seu reflexo no espelho.

- Ok! Me passa o endereço por mensagem e daqui a pouco eu chego aí. - Falou.

- Ué? Você não sabe onde eu moro?

- Não. Você me falou uma vez mas faz tempo e eu esqueci.

- Ah, sim, verdade... Eu só... - Ariel jurava que Marcos sabia onde ele morava. Talvez fosse apenas coisa de sua cabeça. - Enfim, te espero logo. Vou te mandar o endereço e tomar um banho enquanto você não chega.

- Perfeito! Até daqui a pouco!

- Até!

(...)

Não demorou tanto até que Marcos chegasse. O asiático tocou o interfone e esperou alguns instantes. Ele estava um pouco nervoso, tinha que admitir, porém nada que não pudesse dar conta. Era a primeira vez que via o menor fora do ambiente de trabalho mesmo o conhecendo há quase dois anos. Poucos segundos e Ariel o atendeu, liberando os portões para que pudesse entrar. Do apartamento o cacheado já não estava tão calmo quanto Chen. Ele havia tomado banho super rápido e se arrumado todo, por mais que fosse ficar em casa, e inclusive havia passado seu melhor perfume que por ironia usava apenas em ocasiões especiais. Se ele estava nervoso? Sem sombra de dúvidas! Ele não costumava receber pessoas em seu apartamento, além do mais aquela visita não era de qualquer um. Tudo bem, talvez ele estivesse exagerando, mas não conseguia evitar. Ao passar na frente do espelho ele percebeu que talvez estivesse arrumado demais. De fato estava, então decidiu tirar sua blusa e vestir um shorts leve, afinal estava em casa e teoricamente deveria vestir coisas confortáveis, não?

- Merda, merda, merda... ONDE ESTÃO AS CARALHAS DAS CHAVES? - De repente ele parou e olhou para a porta. Estavam lá. - É claro que elas estão ali. É óbvio que elas estariam, né, Ariel?

- Ari? - E Marcos já estava ali batendo a porta. Talvez o cacheado tenha sentido seu coração parar por alguns instantes mas logo se recuperou.

- Já tô indo!

Ele correu até a porta e a abriu, inevitavelmente sorrindo ao se deparar com um asiático radiante do outro lado que sorria para ele da mesma forma. Marcos o abraçou assim que o viu, o que fez o menor sorrir um pouco mais. Era sempre assim. Depois que se separaram, Ariel deu espaço para que o outro pudesse entrar, logo fechando a porta e seguindo com ele até a sala.

- Desculpa se estiver meio bagunçado... Eu não tive tempo de arrumar. - Murmurou meio sem jeito.

- Você já foi lá em casa? - Riu enquanto observava ao seu redor, se surpreendendo. - Eu com certeza não ligo pra isso, mesmo que me pareça tudo bem arrumado por aqui.

- Eu acho que é porque quase não fico em casa, então nem tenho tempo de bagunçar. - Falou se jogando no sofá. - Vem, senta. Sinta-se em casa.

- Seu apartamento é bem bonito. - Olhando ao redor Chen pôde perceber que praticamente toda a decoração remetia explicitamente a Ariel. Os objetos, as cores... Tudo ali lembrava ele.

- Eu sempre tento dar uns toques na decoração. Acho que isso deixa o lugar mais vivo, sabe? Eu gosto bastante de decorar.

- Eu também. - Sorriu. Por algum motivo o cacheado sentia que aqueles sorrisos radiantes que já estava acostumado daquela vez emanavam algo diferente que o fazia se sentir estranhamente mais atraído.

Alguns instantes de silêncio se formaram entre ambos, porém não era um silêncio ruim ou constrangedor. Era bom. Marcos inevitavelmente ficou observando ao redor. Ele era bastante observador e queria memorizar cada parte daquele lugar porque tudo ali lembrava Ariel. Ele gostava bastante daquilo e queria ter em sua memória. Enquanto isso ele era observado pelo cacheado sem se dar conta de que a atenção dele estava totalmente voltada para si. Enquanto Marcos queria gravar o lugar, Ariel queria gravar as expressões do maior em suas memórias. Vê-lo sempre era algo tão fascinante! Era como se aquele homem fosse uma obra de arte que era digna de um momento próprio para ser observada devidamente, nos mínimos detalhes. Ele era lindo demais, na visão do cacheado.

- Você é tão bonito. - Soltou sem perceber, o que fez a atenção de Marcos cair sobre si imediatamente.

- Você acha? - Sorriu.

- Acho. Você é lindo demais. - Um fato era que mesmo sendo um pouco introvertido ele não era nem de longe alguém tímido. Nem de longe!

- Obrigado, Ari. Você também é lindo, mas acho que já disse isso. - Disse simples. Seu sorriso parecia nunca deixar seu rosto, chegava a ser estranho mas um estranho bom.

- É, você sempre diz isso. - Riu.

Ariel se levantou e foi até a cozinha. Ele esqueceu de perguntar se Marcos queria água, como sempre. Ele sempre esquecia. Ele foi até a geladeira e pegou uma garrafa, logo em seguida pegando um copo em seu armário e o enchendo de água. Curiosamente ele esquecia porque não gostava de perguntar se as pessoas queriam as coisas. Ele simplesmente as oferecia. Ariel pensava que se perguntasse iriam negar por educação mesmo querendo, então apenas chegava e oferecia porque aí a pessoa não teria como negar a menos que realmente não quisesse. Era estranho mas na sua cabeça fazia total sentido.

- Sua cozinha também lembra você. - Marcos chegou de repente, se escorando no batente da porta para observar o cacheado.

- Eu gosto de escolher coisas que são do meu gosto. Quase nunca compro algo por comprar. Toma água. - Estendeu o copo para o outro, este que sorriu e pegou de bom grado.

- Obrigado.

A cozinha do apartamento de Ariel não era tão grande se comparada aos outros cômodos, o que fazia ambos terem que ficar próximos de certa forma. Ariel se recostou na parede no final do cômodo o que não deveria dar um metro e meio de distância de onde Marcos estava. Enquanto bebia água o asiático observava o menor (mesmo que estivesse sendo observado por ele também) e por Ariel estar apenas de shorts ele pôde notar as marcas em seu corpo. Aquela altura elas já estavam mais suaves contudo ainda eram nítidas. Por algum motivo aquilo o incomodou profundamente.

- Sabe... Ontem você disse que não ia encontrar ninguém. - Soltou. Talvez aquele incômodo tivesse se tornado uma leve irritação ao ver aquelas marcas.

- E não me encontrei com ninguém. - Disse.

- Ariel!

- Marcos! Aliás, por que me chamou de Ariel? Você só me chama assim quando tá irritado. - Cruzou os braços, fazendo um biquinho fofo na opinião do outro.

- E pra falar a verdade, eu estou. - Falou. Marcos deixou o copo sobre a pia e voltou para a posição que estava antes, cruzando os braços também.

- Por que você está irritado? - Ele ficou confuso.

- Você diz que não encontrou ninguém e está com várias marcas no corpo. A noite foi boa, não foi? - Arqueou a sobrancelha.

Ok, aquilo era novidade para o cacheado. Marcos realmente estava com ciúmes?

- Está com ciúmes, Chen? - Riu.

- Só não gosto que mintam pra mim sem necessidade. - Ralhou.

- Olha, se serve de consolo eu realmente não me encontrei com ninguém. Essas marcas apareceram no meu corpo hoje quando acordei. - Murmurou enquanto se inclinava para olhar as marcas em sua cintura.

- Como é possível? São marcas de mãos, Ariel! - Ralhou.

- Eu sei! Mas acredita em mim, eu realmente não transei com ninguém. Isso simplesmente apareceu.

Marcos bufou irritado. Não com o menor mas sim com o fato de que acreditava nele. Mas se ele não tinha transado com ninguém, de onde aquelas marcas haviam surgido? O asiático olhou para elas, as analisando por alguns instantes e logo em seguida olhou para suas próprias mãos.

- Que estranho...

- O quê? - Questionou.

Ele não falou nada, apenas andou até o outro, ficando atrás de si. Ariel sentiu seu corpo gelar quando Marcos colocou ambas as mãos em sua cintura. Ele ficou parado apenas deixando o asiático fazer o que quer que fosse o que ele estava fazendo. Seus dedos apertavam ambos os lados de sua cintura suavemente, as vezes fazendo cócegas porque Marcos não parava de mexê-los.

- Seu perfume é muito bom, Ari. - Murmurou.

- Obrigado... O seu também é... - Ele falou devagar para não acabar gaguejando. De fato ele gostava bastante daquele perfume que Marcos usava. Era o seu favorito.

- Onde tem espelho? - Perguntou.

- Tem um no banheiro mas o do meu quarto é maior. Vem.

O cacheado foi até seu quarto sendo seguido de perto pelo mais velho (só por três anos). Ele não estava entendendo nada porém também não iria questionar, afinal o asiático já estava irritado e ele não queria piorar a situação entre eles. Chegando no seu quarto, ele ficou de frente para o espelho do armário que era maior do que ele, maior até mesmo do que Marcos. Chen mais uma vez se colocou atrás dele e apontou o espelho, o que o cacheado entendeu imediatamente o que queria dizer. Olhando para o seu reflexo com o de Marcos logo atrás de si ele sentiu um arrepio. O asiático mais uma vez segurou sua cintura, da mesma forma que havia feito instantes antes, só que daquela vez algo o surpreendeu.

- Viu? - Indagou.

- Sim. São do mesmo tamanho. - De fato a mão de Marcos cobria perfeitamente as marcas roxas em seu quadril como se aquelas marcas tivessem sido feitas por ele.

- Se me permite...

Chen se aproximou, colando as costas do cacheado em seu peito. Ele levou sua mão direita até a garganta de Ariel, a segurando levemente. Ambos olhavam fixamente para o espelho. Talvez não devesse ser surpresa o fato de que ambas, a mão dele e as marcas roxas, eram do mesmo tamanho. Mais uma vez o garoto sentiu um arrepio e daquela vez era igual aos da noite anterior. Alguns flashes do que parecia ser uma espécie de sonho vieram em sua mente. Ele via Marcos mas sabia que era um sonho porque aquelas cenas que apareciam em sua mente nunca haviam acontecido.

- Você é tão lindo, Ari. - Marcos sussurrou em seu ouvido.

O asiático olhava em seus olhos através de seu reflexo. Sua mão ainda estava no pescoço do cacheado e ele não apertava, mas passou a segurar ali com firmeza. Ambos olhavam suas imagens no espelho e aquilo consideravelmente os agradava. Marcos voltou a segurar na cintura de Ariel com sua outra mão, puxando seu quadril para trás, o que inevitavelmente fez a bunda dele tocar seu pau. Ambos gostaram daquilo.

- Eu não fiz essas marcas em você mas saiba que adoraria ter feito. - Murmurou.

- Marcos... Para ou eu vou... E-Eu vou ficar...

- Excitado?

- Sim... - Sua voz soou como um gemido.

Talvez já fosse tarde. Ele sabia que seu amigo lá em baixo já estava bem acordado, só que não era o único. Ele sentia o pau de Marcos roçar sua bunda e a cada instante parecia mais duro. A forma como ele lhe segurava piorava a situação. Era firme, como se quisesse dominá-lo, porém não machucava. Mais flashes passaram por sua mente. Era como se aquilo já tivesse acontecido em algum momento. Ele sentia seu corpo fraco como se pudesse se entregar completamente a Marcos no momento em que ele pedisse. De fato era isso que ele faria, bastava apenas o outro dizer as palavras. Sem perceber Ariel começou a rebolar buscando mas contato entre eles. Ele queria ter mais contato com Chen, com certeza queria, mas acabou voltando a si quando sentiu o maior se afastar. O cacheado se virou para olhá-lo.

- Me desculpa, Ari. Eu não pensei direito quando fiz isso. - Aquilo meio que chocou o menor...

Ele estava realmente pedindo desculpas por estar com tesão?

- Marcos, está tudo bem. Não é como se eu não tivesse gostado. Gostei até demais. - Riu apontando para o grande volume em seu shorts. - Se quiser podemos ir mais devagar. Não precisa fazer nada se não quiser também, eu...

- Eu quero! Quero muito! É só que eu meio que nunca fiquei com um cara antes. - Falou meio sem jeito.

- Você é bi? Ok, não sei como isso me surpreendeu, até porque... Né... - Daquela vez ele apontou para o volume na bermuda do outro. E aliás, que volume... - Mas eu não imaginava que você gosta de homens também.

- Nem eu. - Riu. - Eu nunca senti atração por homens de fato. Eu acho bonito e tal, mas não tem nada demais nisso, né? Não é como com as mulheres. Mas aí veio você e parece que tudo mudou. Quando eu comecei a conviver contigo eu passei a gostar tanto de você que te achar bonito não era o suficiente, e foi então que eu percebi que eu gosto de você e talvez de homens no geral. Provavelmente, né. Mas eu prefiro você.

- Você... Gosta de mim? - Corou.

Ok, de todas as coisas que poderiam acontecer naquele dia, Marcos admitir que gostava dele como mais do que amigo com certeza não estava entre elas!

- Eu gosto demais. Você é o ser mais lindo e perfeito desse universo, ao menos pra mim. - Disse de forma meio abobalhada, se aproximando de novo do menor.

- Então porque você sempre perguntava se eu tinha namorada?

- Pra saber se eu tinha concorrência, oras. Eu não sabia se você gosta de homens. Não é tão explícito assim, sabia? - Naquela hora mais um flash passou por sua mente porém foi tão rápido que ele sequer conseguiu visualizar. - Eu queria saber se você estava com alguma garota, mas depois da nossa conversa de ontem eu comecei a desconfiar que talvez você não fosse hetero. Por isso quis sair com você hoje, só que te ver assim e ainda mais te tocar daquela forma me fez perder o controle.

- Por que você simplesmente não me perguntou? - Riu.

- Não é normal sair perguntando a sexualidade das pessoas. - Respondeu.

- Nos conhecemos há quase dois anos, Marcos. Eu sei quase tudo de você e você de mim.

- Mas ainda assim nós não tínhamos tanta intimidade. - Deu de ombros.

Ariel riu novamente, se aproximando do maior e acabando de vez com a distância que havia entre eles. Ele já sabia o que queria e sabia que era recíproco, então não tinha mais motivo algum para continuar se segurando. Ele foi até Marcos, passando seus braços ao redor de seu pescoço para abraçá-lo. Chen suspirou, o abraçando de volta. Ele gostava quando essas atitudes vinham de Ariel porque sabia que ele era um pouco... Lento... Quando tinha que tomar atitudes.

- Eu sou gay. E eu também gosto de você, seu idiota. - Quando ouviu aquilo Marcos ficou tão feliz que começou apertá-lo com força, sem perceber colocando força até demais. - Marcos, tá me sufocando...

- Desculpa! Eu só fiquei muito animado! - Soltou uma risadinha gostosa.

- Parece uma criança boba.

- Por você eu sou um bobo mesmo, Ari. Até demais. - Falou. - Eu posso te beijar?

Ariel não conseguia não rir dessas pequenas atitudes de Marcos. Ele achava tão fofa a forma que o outro sempre parecia se importar com ele e sempre perguntava se ele podia fazer as coisas ou se estava tudo bem, mesmo o cacheado respondendo incontáveis vezes que estava tudo bem. Ele não era tão acostumado a ter alguém se importando tanto consigo. Na verdade ele praticamente nunca havia tido alguém assim. Vai ver era por isso que ele tinha se apaixonado pelo asiático quando se conheceram. Fazia quase dois anos que Marcos agia assim consigo então foi inevitável. Ele gostava de tê-lo e dali em diante seria diferente só que um diferente bom, de certa forma melhor.

Muito melhor!

O cacheado não aguentou mais e finalmente o beijou. Um beijo tão necessitado que era até estranho, já que ambos ainda não haviam se dado conta do quanto ansiavam por aquilo. Ariel não costumava se relacionar com muitas pessoas, o que consequentemente o fazia ficar muito tempo sem nem mesmo ser beijado por alguém. E, ter Marcos ali o beijando de forma tão calorosa e apaixonada... Com certeza ele poderia se acostumar com aquilo! Seus lábios se moviam de forma calma para que ambos pudessem apreciar cada momento daquele primeiro beijo. O sabor era diferente. Os toques eram mais intensos. A sensação era tão intensa que lhes causava certo frio na barriga, o que só deixava tudo ainda melhor!

Quando por fim quebraram o beijo, Chen segurou o menor para que ele não se afastasse, deixando suas testas coladas. Ele queria sentir um pouco mais do outro tão perto de si. Na verdade, Marcos realmente gostava de Arial há mais tempo do que imaginava, então fazia sentido toda aquela necessidade visto que finalmente havia conseguido ter o que tanto queria. Ou melhor... Quem tanto queria...

- Você não imagina o quanto eu esperei por isso... - O asiático sussurrou.

- Eu imagino sim. Eu também estava esperando. - Riu, deixando um selinho na boca do outro e, por fim, se afastando dele. - Vem...

O mais novo estendeu sua mão. Marcos sorriu mais uma vez, a segurando sem hesitar...