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Chapter 5 - 05 - Eu sou apaixonado por você

Narrador's P.O.V.

Ariel começou a despertar com certa dificuldade. Sua cabeça doía, e a cada vez que ele tentava se mover a dor só piorava. Era quase como se ele tivesse recebido uma pancada forte, e doía principalmente na área de sua nuca, justamente onde se lembrava de ter sentido uma forte pressão antes de apagar. O incômodo que ele sentia era intenso. Seus olhos arderam ao entrar em contato direto com a luz, o que indicava que talvez ele tivesse passado um tempo consideravelmente grande com eles fechados. Não se lembrava de fato do momento em que havia "adormecido", e nem mesmo havia se dado conta de onde estava, contudo suas últimas memórias os invadiram e o deixaram em completo alarde.

O cacheado se sentou e abriu os olhos de uma vez, ignorando todo mal estar que antes o incomodava. Ele sentiu um par de mãos o segurarem com firmeza, olhando assustado ao seu redor, mas suspirou aliviado ao se dar conta de que era Marcos ali. Ele sentiu um peso enorme sair de suas costas quando o asiático o lançou um sorriso reconfortante, acariciando suavemente seu rosto. O asiático o abraçou, depositando beijo em sua testa.

- Deu certo? - Ariel questionou. Ele mantinha sua testa apoiada no peito do maior enquanto se deixava ser acariciado por ele.

- Na verdade, não... - Suspirou. - Depois que você apagou, muitas coisas aconteceram. Acho que você nem vai acreditar.

- O demônio apareceu aqui. - Eico disse de repente, se juntando a eles. A bruxa entregou uma xícara de chá para o cacheado, sorrindo para ele. - Isso aqui vai te fazer bem. São ervas especiais.

- Obrigado, Eico... - Sorriu de volta, bebericando o chá. - Hm... Que delícia!

- Eu sei, é gostoso! Eu que inventei essa mistura de ervas. Arrasei, né? - Ela se gabou, o que fez o mais novo rir. Ele gostava do jeito excêntrico da asiática.

- Eico, o que faremos agora? - Marcos indagou. - Se ele apareceu aqui fisicamente, o que...

- Espera... Você disse que ele apareceu aqui? Fisicamente? Como assim?! - Só naquele momento ele havia se dado conta do que eles estavam querendo dizer.

- Ele veio aqui fisicamente, meu caro Ariel. Em carne, osso e malignidade. - A mulher respondeu.

- Como... Como isso é possível? - Ele estava muito surpreso. Não achava que coisas daquele tipo eram reais.

- Mesmo sendo um incubus, ele é muito poderoso. Barzan é um demônio que personifica o medo. Ele é antigo, então não me surpreende conseguir fazer tantas coisas. O ruim é que mesmo sabendo o nome dele, não consigo ter tanto poder sobre ele. Ele me disse que Deus não gosta de mim, o que eu não duvido que seja verdade. O Deus Cristão não é muito fã de bruxas. - Suspirou.

- Então, o que podemos fazer, Eico? Como vamos lidar com ele? - Mesmo se dirigindo a sua amiga, o asiático não tirava seus olhos de Ariel. Estava tão preocupado, mas se sentia feliz por ele estar bem, de certa forma.

- No momento tudo o que podemos fazer é afastá-lo, e o máximo possível! Venham comigo.

Eico então saiu da sala, logo sendo seguida por ambos os garotos. Os três seguiram através do corredor, voltando até a parte principal da loja. A bruxa pediu para que Ariel e Marcos a esperassem ali enquanto ela buscava por algo. Yamamoto revirou em alguns armários, mexendo sem de importar em bagunça-los, logo voltando com um pequeno livrete em suas mãos. A asiática o entregou para Ariel e sorriu para ele, segurando ambas as mãos do cacheado enquanto recitava algo que os dois garotos não conseguiram entender.

- Eico, o que...

- Shhh... Não me interrompa. - Mandou, voltando a murmurar em uma língua estranha. Quando por fim acabou, ela fez o símbolo da cruz sobre Ariel e abriu seus olhos. - Pronto. Agora você vai poder se defender sozinho se precisar.

- Eu?! Mas como?

- Esse livrinho tem orações poderosas contra demônios. Eu sei que você não tem tanta fé, então lancei um feitiço sobre você para que, quando você ler essas palavras, elas tenham efeito sobre qualquer entidade maligna do cristianismo. - Ela disse.

- Tem certeza de que vai dar certo, Eico? - Marcos indagou.

- E você já viu algum dos meus feitiços dar errado, ô coisinha? Eu sou maravilhosa, euem! - Se gabou, jogando seus longos cabelos pretos, o que os fez rir.

- Bom, se é assim, acho que vamos embora. Eu vou só pegar meu celular, acho que deixei ele lá atrás. - Chen falou, voltando para a sala onde estavam, deixando os dois sozinhos.

- Muito obrigado por me ajudar, Eico. Eu adorei te conhecer. - O mais novo disse já se despedindo.

- Eu que amei te conhecer! Estava ansiosa pra saber se o Marcos iria conseguir ou não te conquistar, mas fico feliz que ele tenha conseguido! Vem cá... - Eico o puxou para um abraço, porém, para a surpresa do mais novo, ela começou a sussurrar em seu ouvido. - Toma cuidado com o Marcos, Ariel. O demônio fez algo com ele e eu não consigo saber o que... Tenha muito cuidado porque pode ter algo errado, mas juro que vou descobrir o que é!

Eico se afastou e, como se não tivesse acabado de lhe dar um aviso assustador, sorriu largo para ele. O mais novo entendeu o que ela quis fazer e também sorriu para ela de maneira que disfarçasse sua apreensão. O que será que tinha acontecido enquanto ele estava desacordado? O que será que o demônio teria feito com Marcos?

- Posso te levar pra casa? - O asiático o perguntou, se aproximando novamente com um sorriso gentil em seu rosto.

- Por favor! Estou morrendo de dor de cabeça, preciso de um banho quente! - Falou de forma manhosa.

- Então vamos. - Segurou em sua mão, se virando para acenar para sua amiga. - Obrigado, Eico.

- Não me agradeça ainda, não acabou. Depois que eu acabar com aquele desgraçado você pode agradecer. - Falou...

Ainda não tinha acabado, mas por hora eles não iriam se preocupar com aquilo...

Por hora...

~•~

Depois de certo tempo Marcos e Ariel por fim chegaram ao apartamento do cacheado. O que havia acontecido mais cedo tinha os deixado exaustos, mas por sorte não passavam das duas da tarde já que saíram cedo de casa, então ainda teriam todo o resto do domingo para ficarem juntos. O dia seguinte já deveria ser um dia comum de suas rotinas, e mesmo com um demônio em seu encalço, nenhum dos dois poderia se dar ao luxo de faltar ao trabalho. No caminho de volta o casal tinha parado para almoçar em um restaurante muito charmoso, então tudo que queriam fazer naquele momento era descansar. Eles precisavam descansar!

- Você quer ficar aqui? - Ariel perguntou quando ambos se jogaram no sofá.

- Bom... Não tenho ninguém me esperando em casa, além de que eu não quero te deixar sozinho. Vai que o Barzan aparece. - Deu de ombros.

- Eu acho que isso é só uma desculpa pra você ficar aqui em casa, viu. - Brincou.

- Talvez seja... Eu passei os últimos dois anos querendo estar assim com você, então quero aproveitar o máximo que eu puder! - Riu.

Marcos deitou Ariel no sofá, apoiando ambas as suas mãos em cada lado do corpo do menor para que ficasse por cima de dele. Ambos os garotos sorriam. Seus corações estavam acelerados. Eles estavam nervosos, afinal, ainda não tinham se acostumado com o fato de que o que sentiam era recíproco. Seus olhares estavam tão conectados que era que como se pudessem conversar sem palavras, e eles não arriscavam desviar nem por um segundo. Era tão nítida a maneira como ambos estavam felizes por estarem daquela forma...

Talvez fosse inevitável, mas os dois se pegaram admirando um ao outro. Chen aproveitou a posição em que estavam para acariciar o rosto do menor. Sua pele era tão macia que se tornava muito convidativa, sendo inevitável ele querer tocá-lo a todo tempo. O asiático o achava lindo por completo, desde o tom amarronzado de sua pele, aos seus olhos castanhos e até aos seus belos cachos. Ele poderia passar o dia o tocando e apreciando sem nunca se cansar, e talvez no fundo ele quisesse aquilo...

Já Ariel achava o toque da mão de Marcos tão suave, por mais que ele fosse maior e mais forte que si. O asiático sempre fora gentil com ele e desde que se conheceram o tratava bem como nunca ninguém antes o havia tratado. Marcos de longe era uma das melhores pessoas que havia entrado em sua vida. Talvez por aquele motivo, quando menos esperava, se viu apaixonado pelo maior.

- Você é tão lindo... - Ambos disseram em uníssono, o que os fez rir.

- Você é mais. - Ariel disse.

- Não, você que é mais. - Retrucou.

- Você que é! - Bufou.

- Eu te achei lindo primeiro. Ganhei. - O asiático tinha um ponto, visto que realmente ele tinha visto Ariel antes do cacheado notá-lo pela primeira vez.

O cacheado não aguentava mais aquilo. Ele segurou Marcos pela nuca e o puxou, colando seus lábios. A princípio o mais velho ficou sem reação por ter sido pego de surpresa, porém logo se entregou ao beijo. A principio foi apenas um colar de lábios, contudo ambos ansiavam por mais. Todo contato que tinham nunca parecia ser suficiente. Eles sempre ansiavam por mais. Logo o beijo foi aprofundado, os deixando aproveitar mais um do outro. Seus lábios se encaixavam perfeitamente, vez ou outra dando espaço para que suas línguas brigassem por um pouco de espaço. O mais novo manteve ambas as suas mãos na nuca de Chen, segurando seus cabelos como se não quisesse que ele fugisse, mas na verdade o outro estava tão inerte no beijo que poderia continuar ali por horas!

Por estar por cima dele, Marcos se esforçava para não pôr seu peso sobre Ariel, porém queria tocá-lo e para isso deveria deixar de se apoiar. O garoto lentamente deixou seu corpo cair sobre o menor, se surpreendendo quando, ao tocar o peito dele com o seu próprio, sentiu que o coração de Ariel estava disparado. Ambos pararam de se beijar. Na verdade o asiático estava da mesma maneira, e o cacheado também sentiu seus batimentos rápidos. Eles sorriram um para o outro, se abraçando com força.

- Eu achei que só eu estava nervoso assim. - O cacheado sussurrou.

- Como eu não estaria nervoso também? Eu... Eu meio que sou... Eu sou apaixonado por você... - Admitiu.

- Deus, como eu queria ter ouvido isso antes! - De repente Ariel desfez o abraço e se levantou, o que surpreendeu o outro.

- O que houve? - Indagou.

- Nada, eu só... E-Eu só... - De repente ele começou a chorar.

- Ei, Ari! Não chora... - Marcos levantou e o abraçou, prendendo o mais novo contra si. - Me diz o que aconteceu. Eu fiz algo de errado? Falei algo?

- Não, você não fez nada. A culpa é minha. Me desculpa. Eu não sei o que aconteceu, eu só... Eu sinto queria ter ouvido isso antes... - Disse em meio a soluços.

- Eu sei que o momento não é dos melhores, mas pensa pelo lado bom. Ao menos estamos juntos agora.

- Eu sei... Eu sei! Eu só não consigo não me sentir estranho porque eu nunca fui tão bem tratado antes. - Admitiu.

- Oh, pequeno... - Chen riu, beijando sua bochecha.

- É sério! Em toda a minha vida eu nunca fui tão bem tratado. Você disse que gosta de mim há menos de dois dias e já fez tanto. Você me dá carinho, me diz coisas bonitas, até me protegeu de um demônio... - Aquelas palavras vindo do menor fizeram o peito de Marcos se apertar. Ele sabia o quão difícil a vida de Ariel havia sido.

- Eu faria isso mesmo se não tivesse me declarado pra você. Eu sou apaixonado por você, já disse! - Falou.

- Eu sei disso. Na verdade você sempre me tratou tão bem. É por isso que eu também me apaixonei por você... - Ele falou a última parte baixinho por estar com vergonha, porém foi o suficiente para que o outro conseguisse ouvir.

Marcos sorriu mais uma vez. O garoto se agachou para segurar nas coxas do menor e o puxou para seu colo, o que o fez rir, mesmo que em meio às lágrimas. O asiático beijou Ariel mais uma vez, logo seguindo com ele ainda em seus braços para o banheiro. Na noite anterior eles tinham admitido o quanto gostavam de banhos quentes, e pela manhã já haviam tomado banho juntos e aquilo tinha sido ótimo. Ambos se sentiam tensos e precisavam relaxar depois de tudo o que aconteceu com Barzan, então talvez outro banho fosse a melhor opção. O clima também estava consideravelmente frio, o que era ótimo já que poderiam aproveitar a água quente, então era isso que fariam!

Quando por fim chegaram ao cômodo, Marcos pôs Ariel no chão e lhe roubou um selinho. Ambos tiraram suas roupas, sempre trocando beijos e carícias no processo, até que por fim entraram no box e ligaram o chuveiro. A água quente de fato era relaxante, mas o fato de estarem juntos tornava tudo ainda melhor. O mais novo se pegou observando Marcos enquanto ele aproveitava sua vez de estar debaixo do chuveiro, literalmente analisando cada mínimo detalhe do outro. Seu corpo realmente era lindo! Por um segundo ele se sentiu a pessoa mais sortuda do mundo, já que o asiático era um combo completo de qualidades. Era bonito, inteligente, gentil e muito gostoso. Teria como pedir mais?

- Se continuar me encarando assim vai me deixar com vergonha. - Ele falou de repente, tirando o cacheado de seus pensamentos.

- Eu estou admirando você. Não tenho culpa de você ser gostoso demais. - Deu de ombros.

- Você já se olhou no espelho? - Marcos o segurou pela cintura e o puxou, colando seus corpos. - Com certeza não tem ninguém mais gostoso do que você.

- Você tá exagerando... - Ariel segurou um sorriso sacana quando sentiu algo começar a crescer e roçar em suas pernas.

- Não tô não. Pra mim você é o homem mais gostoso desse mundo inteiro! - Disse, aumentando o aperto na a cintura do menor. Chen começou a beijar o pescoço de Ariel, o que lhe instigava e causava arrepios.

- Eu acredito. Dá pra sentir que é verdade... - Brincou.

- Eu também tô sentindo... Bem aqui. - Marcos segurou no membro do mais novo, o que fez o menino arfar com o prazer do contato.

Ariel estava inquieto. Ele não conseguia parar de se mexer e de gemer baixinho, até porque o outro não parava nem por um segundo de beijá-lo em seu pescoço, deixando pequenos chupões por onde passava, isso sem deixar de tocá-lo em seus pontos sensíveis. Ele se deu conta de que o asiático sabia muito bem como deixá-lo excitado e estava se aproveitando daquilo.

Chen também queria demais transar com o outro. Era algo que ele queria há bastante tempo, então não aguentava mais esperar. O asiático inverteu a posição em que estavam, deixando o mais novo contra a parede, e o encarou. O olhar de desejo que Ariel tinha o deixou queimando de puro tesão. Aquele garoto era tão lindo que o fazia questionar sua sanidade quando o assunto era ele. Marcos o beijou de forma voraz, levando uma de suas mãos a nuca do menor enquanto a outra o marturbava lentamente. Ele nunca tinha se relacionado com um homem antes, porém sabia que queria sentir Ariel de todas as formas possíveis. Havia aceitado seus desejos desde que se deu conta de que estava apaixonado pelo mais novo, então já que queria tanto aquilo, faria da melhor maneira possível!

Marcos então se ajoelhou, e naquele momento o cacheado já sabia o que estava por vir. Um frio no barriga o consumiu, afinal, há muito tempo não tinha contato tão íntimo com alguém, então já havia se esquecido de como era a sensação. Quando sentiu a boca quente do asiático o envolver, ele quase explodiu de prazer. A sensação era tão gostosa que o fez espremer seus dedos. Ariel gemeu baixinho, mordendo os lábios para tentar se controlar. Por mais que nunca tivesse feito aquilo antes, afinal nunca sequer tinha ficado com outro homem, Marcos sabia bem como usar a boca. Ele chupava o cacheado lentamente, passando a língua por toda sua extensão, e então rodeando sua glande antes de mais uma vez engolí-lo por inteiro. Chen movia sua cabeça de forma lenta, fazendo movimentos de vai-vem que torturavam Ariel, este que não aguentou e acabou segurando nos cabelos do maior para forçar sua cabeça, o fazendo engolí-lo por inteiro.

Marcos o olhou, tendo a visão privilegiada de Ariel revirando seus olhos de puro prazer. Ele sorriu satisfeito, porém ainda queria mais. Queria sentir mais, e queria dar o máximo de prazer para o garoto a sua frente. O mais velho umedeceu dois de seus dedos com sua saliva e os levou até a entrada do cacheado, o penetrando lentamente. Se antes Ariel pensava em se controlar, naquele momento já havia desistido completamente. A sensação de ser chupado e penetrado ao mesmo tempo sem dúvidas era uma das melhores que já teve a sorte de experimentar em sua vida. Marcos, que antes usava apenas um de seus dedos, colocou o segundo. Ele combinava os movimentos de sua mão com o de sua cabeça, dedando o mais novo de forma ritmada enquanto o chupava por completo. Ele estava adorando aquilo, com certeza estava...

Mas ele queria mais!

E então o mais velho parou tudo o que estava fazendo e se levantou, virando o cacheado de forma abrupta, o deixando de costas para si. Inconscientemente Ariel se empinou para o maior. Ele também queria mais. Queria sentir Marcos dentro de si. Ele gemeu quando sentiu o mais velho se aproximar para beijá-lo em seu pescoço, logo o chupando suavemente. O garoto começou a rebolar, instigando o mais velho conforme sua bunda roçava sugestivamente contra o pau dele.

- Ari, você tem lubrificante? - Ele sussurrou já que estava rente ao ouvido do outro.

- Na gaveta... - Murmurou.

Marcos prontamente olhou para trás e viu que havia uma gaveta no pequeno móvel no canto do banheiro, indo até ele para buscar o lubrificante. Ariel suspirou por conta do vazio que sentiu atrás de si, porém continuou na mesma posição enquanto esperava o mais velho voltar. De maneira rápida, Chen se esticou até o armário, abriu a gaveta e tirou de lá um tubo de lubrificante, sorrindo satisfeito ao ver que ele estava lacrado. É claro que ele não era ciumento e jamais cobraria do cacheado pelo tempo em que sequer sabiam de seus sentimentos um pelo outro, mas ver que ele não usava o lubrificante significava que pelo menos há algum tempo o cacheado não transava com ninguém. Marcos então o abriu, tirando o lacre, e despejou um pouco do líquido espesso em seus dedos. Ele voltou a penetrar o mais novo, porém daquela vez com muito mais facilidade.

Ariel estava tão ansioso que rebolava sem parar contra os dedos do asiático enquanto gemia manhoso. Por mais que Marcos tivesse uma mão bem grande, não era bem aquilo que ele queria. Para sua felicidade em poucos instantes ele parou de ser penetrado, logo sentindo algo... Grande... Roçar em sua entrada. Lentamente ele foi sendo penetrado por Marcos, podendo sentir cada pedaço da extensão do asiático o preencher devagar. Um misto de sensações invadiu ambos os garotos. Seus gemidos ecoavam pelo banheiro. O cacheado sentia dor, afinal o outro tinha um tamanho considerável, mas mesmo com dor ele se sentiu satisfeito. Sentir o pau de Marcos o preenchendo lentamente era satisfatório demais...

Quando estava por completo dentro do menor, Marcos parou de se movimentar. Sabia que ele precisava se acostumar, então esperaria ele se mexer para poder fazer algo, por mais que quisesse fodê-lo de uma vez. Ariel era tão quente e apertado que ele sabia que não aguentaria tanto tempo. O prazer era surreal mesmo ainda estando parado, porém aumentou quando o mais novo começou a rebolar em seu pau. Lentamente ele ia se movendo mais e mais, até por fim Marcos sentiu que era sua vez de se mexer. Ele começou a estocar o cacheado de forma suave, saindo e entrando calmamente para poder sentir cada milímetro do outro. Ariel gemia sem parar, e o som de seu gemido com certeza havia se tornado o favorito de Marcos. Vê-lo tão rendido a sí era seu novo vício. A sensação de seu membro deslizando para dentro e para fora da entrada do cacheado consideravelmente era muito melhor do que ele poderia imaginar. Ele estava apaixonado por aquilo!

- Mais... - O cacheado pediu.

- O que você quer, pequeno? - Perguntou, sorrindo sacana por ver que o tinha por completo, exatamente como sempre quis.

- Me fode, Marcos... Por favor... - Murmurou manhoso, rebolando ainda mais na tentativa de aumentar o ritmo das estocadas.

Acatando ao pedido do mais novo, Chen começou a se mover mais e mais rápido. Ele segurou em ambos os lados da cintura do menor, a apertando com firmeza enquanto o fodia com força. O som dos corpos se chocando se misturava com o da água do chuveiro caindo no chão. Os gemidos de ambos preenchiam completamente o ambiente. O vapor que subia deixava seus corpos cada vez mais e mais quentes, o que só os instigava cada vez mais, deixando ambos imersos em todo o prazer que sentiam.

- Você é tão apertado, Ari... - Marcos falou em meio a gemidos arrastados.

Ariel se virou com certa dificuldade, sendo beijado pelo maior de forma meio desajeitada. Mas eles não ligavam. O asiático começou a masturbar o mais novo com uma de suas mãos, enquanto mantinha a outra em sua cintura para que o mantivesse firme contra suas estocadas. O cacheado não aguentou e acabou gemendo em meio ao beijo já que era demais pra ele, tendo seu lábio chupado por Marcos. O asiático estava lhe proporcionando tanto prazer que estava se tornando difícil de pensar, então tudo o que lhe restava fazer era se entregar e sentir. Sabia que naquele ritmo não iria aguentar muito tempo, por mais que já tivesse perdido a noção do tempo em que estavam ali...

- Marcos, eu vou gozar... - Ele murmurou contra a boca do asiático.

Como se fosse um gatilho, Marcos o soltou, voltando a segurá-lo em ambos os lados de sua cintura com ainda mais firmeza. O asiático começou a estocar ainda mais rápido e com mais força, o que acabou acertando no ponto de prazer do menor, que gemeu alto. Aquela altura ele já não se importava com o barulho, e pela forma que era fodido pelo outro não tinha mais como se controlar. Suas pernas começaram a bambear quando as fisgadas o atingiram, e logo ele acabou chegando ao seu ápice. Apenas mais algumas estocadas e Marcos gozou dentro dele, o preenchendo por completo. Ambos ficaram bons segundos parados, recuperando o fôlego. Marcos enfim saiu de dentro do menor, o que arrancou um último gemido de ambos, e o virou para poder olhar seu rosto. Ele sorriu satisfeito. Gostava de saber que era ele quem havia deixado Ariel com aquela expressão de prazer e satisfação.

- Isso foi incrível! - Chen sorriu largo, beijando o nariz do cacheado e em seguida encostando sua testa na dele.

- Eu facilmente posso me acostumar com isso. - Disse ainda ofegante.

- Pois vá se acostumando, porque você é muito gostoso e eu não consigo resistir! Vou querer transar o tempo inteiro! - Falou.

- Hm... Achei que você era do tipo certinho, mas vejo que me enganei.

- E eu achei que você era do tipo fofo e tímido, mas gosta de ser fodido com força. - Brincou, levando um tapa do mais novo.

- Marcos! - Ele ficou envergonhado, o que fez o outro rir.

- Estou brincando, pequeno. Mas sabe... Não é ruim gostar de ser... Sabe... Fodido por mim. Eu gostei de fo...

- Para de falar isso, eu safado! - O interrompeu. Ele não estava acostumado com aquele lado do mais velho, mas até que era engraçado vê-lo falando daquele jeito.

- Mas é verdade. - Deu de ombros.

Ariel sorriu, passando seus braços pelo pescoço do maior e o puxando para poder beijá-lo. Chen o puxou para juntos entrarem debaixo da água que ainda caia sem parar. Seus corpos relaxaram, não só por conta do calor da água mas também por estarem ali, entregues um ao outro e nos braços um do outro. Por mais que já estivessem há bastante tempo ali, eles permaneceram daquela forma, deixando a água levar embora qualquer preocupação para que pudessem aproveitar um ao outro...

~•~

A noite já havia caído. As horas correram mais rápido do que eles esperavam, mas talvez no fundo ambos estivessem tão imersos um no outro que não notaram o tempo passar. O casal aproveitou o restante de seu dia para descobrir mais um sobre o outro, afinal mesmo que se conhecessem há anos eles nunca tiveram muitas chances de aprofundar sua relação. Durante o dia também, Ariel não sentiu nada de estranho ou diferente. Era simplesmente como se o demônio não estivesse mais ali. Ele não sentia mais sua presença como antes, o que sequer fazia sentido já que Eico tinha lhe dado certeza de que o ritual que fizeram deu completamente errado. Sabia que deveria ter acontecido algo. Sabia que não deveria estar tudo tão tranquilo. Ele sabia... Contudo ele não se importou, e na verdade se sentiu grato por poder ter um tempo com Marcos sem ser incomodado pela porra de um demônio!

O cacheado estava se sentindo inquieto. Já passava de meia-noite, e ele precisava descansar pois no dia seguinte eles teriam trabalho. Porém ele não conseguia dormir. Mesmo se sentindo cansado, todas as vezes que fechava seus olhos o seu sono simplesmente sumia. Talvez ele estivesse com medo. Talvez inconscientemente seu corpo estivesse lhe impedindo de dormir, afinal era justamente através de sonhos que os ataques do incubus aconteciam. Porém ele precisava descansar. Ele precisava, só não conseguia...

Ariel suspirou. Estava se sentindo frustrado. O garoto se remexeu na cama, se virando para o lado contrário ao que estava deitado. Ele sorriu pequeno ao ver o rosto sereno de Marcos adormecido. Para ele o asiático realmente era lindo de todas as formas possíveis. Até mesmo dormindo ele continuava tão bonito... Durante alguns segundos ele se pegou analisando o mais velho. As luzes estavam apagadas, porém a noite em si estava bastante iluminada, então ele conseguia vê-lo por conta da luz da lua que atravessava suavemente a janela de seu quarto. Seu sorriso aumentou quando um pensamento lhe invadiu. Dias antes ele nunca imaginaria que estaria ali junto com o homem pelo qual era apaixonado. Jamais havia imaginado que teria tido tantos momentos com o outro, e muito menos que de repente estaria dormindo junto dele...

Ou ao menos tentando dormir....

Gentilmente ele levou sua mão ao rosto do asiático, o acariciando com leveza. Ariel se sentia tão feliz por tê-lo ali. Ele nunca foi do tipo que teve sorte no amor, então nunca se relacionava com as pessoas. Obviamente já teve diversos casos, afinal ainda era um ser humano que gostava de contato, mas nada que fosse pra frente. Sempre terminava com ele sendo descartado depois de se apaixonar e se entregar por completo. Por isso ter Marcos ali o deixava tão feliz, porque no fim o maior sentia o mesmo que ele e estava fazendo muita questão de demonstrar seus sentimentos. O cacheado sentiu seu coração disparar quando foi pego de surpresa por Chen, este que o segurou pela cintura e puxou para mais perto, colando seus corpos. O mais novo prendeu sua respiração. Ele esperava alguma reação vinda do mais velho, porém se deu conta de que ele ainda estava dormindo. Ariel riu baixinho. Até mesmo dormindo Marcos era carinhoso da forma que ele sempre desejou e aquilo aquecia seu coração. Aqueles atos o derretiam por inteiro, fazendo Chen ganhar cada vez mais espaço em seu coração. O garoto se esticou e beijou a testa do asiático, soltando uma risadinha travessa quando o ouviu murmurar seu nome baixinho...

- O que você tá fazendo comigo, Marcos...? - Sussurrou.

Ele se deixou ser abraçado por vários minutos, porém de certo tempo já estava começando a ficar angustiado por simplesmente não conseguir descansar. Lentamente ele se soltou do aperto do asiático e se sentou, olhando diretamente para o relógio que enfeitava a pequena mesa que ficava ao lado ao lado da cama. Já era quase uma da manhã. Ele suspirou pesadamente, por fim se levantando. O cacheado seguiu até a cozinha, tirando uma garrafinha de água da geladeira, e a bebeu por completo. Não estava quente, mas mesmo não fazendo calor o tempo estava seco, o que lhe deixava com muita sede. Quando terminou, o garoto fechou a geladeira e, ao se virar, se assustou quando ouviu Marcos o chamando. Talvez o asiático tivesse acordado...

- Ari... - Mais uma vez ele ouviu o asiático chamá-lo, então decidiu passar no banheiro para então voltar para o quarto.

- Eu estou na cozinha, mas vou no banheiro. Já já tô aí. - Respondeu.

- Ari... - De novo Chen o chamou.

- Já estou indo, grandão. - Riu. Já tinha se dado conta de que o asiático era manhoso, ainda mais quando estava com sono. - Deixa só eu passar no banheiro e já volto pra te fazer feliz. - Brincou.

Ele rapidamente foi até o banheiro, ascendendo a luz do cômodo e seguindo direto para o vaso sanitário. Por mais que quisesse voltar logo para os braços de Marcos, ele precisava muito se aliviar, ainda mais por ter bebido tanta água. Ele correu para fazer seu bom xixi, se aliviando gloriosamente. Quando terminou, Ariel se virou para lavar sua mão, porém tomou um susto ao ver que o asiático estava parado na porta do banheiro. Ele sorriu para o maior, continuando o que estava fazendo de maneira mais calma, até porque Marcos já estava ali com ele então não precisava mais correr.

- Eu já ia voltar, mas tive que passar aqui antes... - Falou simples.

- Ari... Onde você tá? - Marcos o perguntou. Seu rosto se contorceu em confusão.

Por que diabos Marcos estava perguntando onde ele estava, se estava parado bem ali na porta?

Pelo espelho que ficava em cima da pia ele olhou para a porta, vendo através do reflexo que o asiático ainda estava ali. Marcos sorria para ele, porém havia um detalhe: seus olhos estavam completamente pretos. Por um instante ele sentiu seu coração parar...

Aquela coisa com certeza não era Marcos!

Ariel se virou rápido por conta do susto, porém para sua maior surpresa não havia mais ninguém ali. Simplesmente não havia nada. Sua respiração começou a acelerar. Aquele mesmo frio que sempre sentia quando o demônio se aproximava estava presente ali mais uma vez. Seu coração disparou de tal maneira que seus batimentos ressoavam por seus ouvidos. Ele queria correr. Queria sair dali. Ele queria fugir mas simplesmente não conseguia. Ele só não conseguia...

- Ari... O que aconteceu? - Marcos perguntou, chegando ao banheiro. O maior coçava os olhos já que visivelmente havia acabado de acordar.

- Marcos, eu acho que vi alguma coisa... - Sussurrou, o fazendo despertar de vez.

- O que você viu? - Questionou. Chen se aproximou do mais novo, segurando em suas mãos ao se dar conta de seu estado. O mais novo tremia, e a expressão de terror estava estampada em seu rosto.

- Eu vi... Eu vi você. Você estava parado na porta, mas estava com os olhos pretos... - Disse.

Na mesma hora o asiático arregalou seus olhos. Ele sentiu seu corpo inteiro gelar. Um arrepio percorreu sua espinha, lhe inundando de um medo surreal. Um medo já conhecido por ele...

- Barzan... - Marcos sussurrou. Ariel o olhou completamente desesperado.

- Ele está aqui...