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Chapter 4 - Primeira Missão.

A coisa boa em estar numa escola de Feiticeiros, é que a biblioteca, em vez de ter apenas livros acadêmicos, possuiu conhecimento sobre maldições, técnicas inatas, barreiras e Shikigamis, tudo isso de fácil acesso sem ninguém para me importunar. Falta ainda um mês para as aulas começarem e os outros alunos chegarem, então tenho bastante liberdade e quase nenhuma supervisão.

O lado ruim disso, é que a equipe que cuida da limpeza e comida ainda não chegou, isso quer dizer que estou sobrevivendo da comida e bebida que consigo das máquinas, já que não tenho autorização para sair da escola, se o fizer, posso acabar sendo executado.

E mais uma vez, minha atenção está nos livros.

Nunca fui um aluno nota A, estudar era uma tarefa de grande dificuldade para mim, mas quando o assunto envolve sua vida, você se torna um estudioso, então todo dia, tiro pelo menos duas horas aqui, no meu primeiro dia, aprende como estava subestimando e muito a profundidade desse mundo sobre-humano.

Shikigamis, barreiras, técnicas inatas, domínios, maldições, tudo isso estava num nível maior de profundidade.

As maldições não existem apenas no Japão, e sim no mundo inteiro, mas para minha sorte, estou no país que é seu centro de atividade por algum motivo.

Só estou há duas semanas nesse mundo, e ainda sinto que não sei nada.

Levantei minha cabeça tirando meu olhar de um livro inteiro falando sobre barreiras, nem todos os Feiticeiros são bons em as criar, mas seu conhecimento é um pré-requisito para chegar na criação de um domínio, o ápice do Jujutsu, mas estou me adiantando, a principal função das barreiras e isolar algo, essa técnica é amplamente utilizada por conta da lei de sigilo, as maldições e as técnicas dos Feiticeiros podem ser invisíveis para os demais, mas elas ainda são reais, e criam danos reais ao ambiente, sem elas, ficaria difícil esconder esse mundo dos demais.

Achei o estudo dessas barreiras interessante, ela também é uma técnica que todos os Feiticeiros podem utilizar, assim como os Shikigamis, então é bom as estudar, mas ainda não vou começar meu treinamento nelas, minha técnica inata é o principal foco agora.

"Droga!"

Olhei para o relógio em cima das estantes de livros, estou atrasado.

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Percorri apenas dez segundos o caminho da biblioteca até os dormitórios, onde troquei meu uniforme preto da escola por um de educação física comum, camisa branca e shorts azuis, voltei a correr agora na direção da pista de corrida, todo esse caminho na velocidade de um humano normal demoraria não menos que vinte ou quinze minutos, para mim agora, só se passou cinco, e nem estou dando meu máximo, muito menos isso me cansou.

"Você atrasado!" Falou Gojo-sensei, de braços cruzados, olhando para mim com sua venda cobrindo os olhos.

"Sinto muito." Falei respeitosamente, abaixando minha cabeça.

"Sabe quantos morreriam para ter uma aula pessoal comigo, o mais forte!"! Falou ele, agora brincando.

Sim, o mais forte.

Só de escutar isso, sinto muita vergonha de dizer aquelas palavras com o diretor, proclamando que vou me tornar mais poderoso que o atual número um, que estava também na sala, um deus vivo literal nesse mundo, mas não me arrependo disso.

"Realmente sinto muito." Mais uma vez me curvei, não gostei nada, mas era o certo.

"Sabe quantos idiotas dos clãs dariam para serem treinados por mim pessoalmente? Eu poderia comprar e me aposentar numa ilha…"

Antes do Gojo-sensei, terminar sua frente, avancei com um soco alto mirando seu nariz, fui rápido, dando tudo de mim, mas o punho chegou apenas próximo da ponta do nariz, atingindo o infinito entre mim e sua carne, Mugen. Sei que se eu ficar tentando avançar sem parar, vou ficar congelado aqui, então retirei meu punho e dei um chute alto mirando sua cabeça, que Gojo-sensei, defendeu usando seu pulso com o braço levantando, dessa vez, ouve contato, ele só não me deixa realizar um acerto completo, com minha perna esticada, ele usou a mão livre para dar um soco, defende com o braço, mas acabei sendo empurrado para trás um metro.

Gojo-sensei, avançou dando uma série de socos rápidos com sua energia atingindo meu peito, não recuei, em vez disso avancei defendendo quatro golpes antes de contra-atacar atingido sua garganta com os dedos esticados, mas o golpe parou antes de tocar a carne, ele agarrou meu pulso com a mão e o torceu fazendo meu corpo cair para esquerda, tentei sair, mas sua perna atingiu a lateral do meu corpo, antes de cair no chão de lado, toquei nele com minha mão e dei uma estrela para esquerda ignorando a dor do pulso que quase quebrou, o meu professor me soltou antes disso acontecer.

Então, estamos separados alguns centímetros em pé de novo.

"Preste atenção no seu controle, você quase o deixou escapar agora a pouco." Avisou Gojo-sensei.

A coisa ruim em ter tanta energia amaldiçoada, é o problema do controle, imagine que sua energia é uma torneira fechada, quando você abre apenas um pouco dela tento muita pressão na água, você ganha um jato poderoso, mas difícil de controlar do que com a torneira aberta completamente, resumindo, ou uso tudo e ganho algum controle ameaçando ficar sem nada em algum ponto, ou uso controladamente sem muito controle, essas são minhas opções no momento, resumindo, de novo, preciso trabalhar no meu controle.

Meu professor tomou sua posição com os dois punhos a frente do seu corpo, sua energia estava calma diferente da minha, concentrada nos meus pulsos e correndo pelo meu corpo como um cavalo sem controle, era até mesmo possível a ver ao redor dos meus braços, um halo de poder apagando a cor do meu corpo, isso significa que sou amador no controle, meus movimentos são facilmente previstos por alguém com experiência, diferente do meu professor, que deixa sua energia uniforme por todo corpo concentrado ela no punho pouco antes do impacto.

O sangue bombardeando era simplesmente divino, mesmo sabendo que não tenho nenhuma chance contra ele, que está se contendo o máximo que pode, na verdade, isso só deixa as coisas ainda mais divertidas.

Dessa vez, foi ele quem deu o primeiro passo dando um soco alto mirando meu nariz, defende com a parte de baixo do meu braço esticado, como ele me ensinou, abrindo sua guarda para um soco no seu peito que atingiu o nada, ele girou seu corpo e tentou atingir um chute alto, escolhi passar por baixo dele para depois dar uma rasteira na sua única perna no chão, mas Gojo-sensei, que por algum motivo, permitiu ser acertado, não entende de imediato, mas então o vi utilizar a força do meu golpe para sair do chão e girar no ar com total controle, caindo em pé na minha frente como se nada tivesse acontecido.

Maldito monstro.

Fiquei em pé, e nada aconteceu de novo, até avançarmos juntos trocando socos rápidos e chutes nos movendo pelo campo de corrida, destruindo seu gramado. Perde a conta de quantos socos levei, cada um deles doeu como um inferno, se eu não tivesse uma resistência aumentada graças à energia amaldiçoada, já estaria no chão inconsciente e sangrando desde o primeiro golpe.

No final, acabei sendo acertado por um combo de uma centena de socos seguidos no peito, rosto e queixo, foram golpes rápidos e não consegui os defender, ele continuou assim até eu cair de costas contra o chão.

"Acho que está bom por hoje." Falou Gojo-sensei, ele nem mesmo parece cansado, e com certeza, não foi ferido, diferente de mim.

"Acabou nosso tempo?" Perguntei ainda deitado na grama, fui acertado muitas vezes, mas não foi anda grave, na verdade.

Ele é o Feiticeiro mais poderoso do mundo, claro que ele não pode ficar me treinando por horas, ganhar uma por dia, é um luxo em si, mas hoje acho que só se passaram dez minutos.

"Não, mas acho que você não deveria se desgastar tanto antes da sua primeira missão, Yama-chan." Comentou ele com um sorriso, assim que me levantei do chão com o corpo todo sujo.

Já cansei de tentar fazer ele não me chamar assim, então apenas o ignorei.

"Missão?" Perguntei confuso.

"Sim, normalmente você só poderia sair depois de uma semana ou dois de aulas, mas consegui convencer os velhos idiotas, o que acha?" Perguntou ele, virando sua cabeça de lado com as mãos nos bolsos.

Estou atrasado nesse mundo, normalmente, você desperta sua técnica inata quando criança, é quando você começa seu treinamento formal, tenho que aproveitar cada pequena chance para ficar mais forte antes das aulas.

"Eu aceito." Falei limpando minhas calças e corpo.

"Ótimo, antes de ir, pegue isso!" Gojo-sensei, tirou algo do bolso e jogou para mim, peguei com apenas dois dedos.

Era um cartão, assim como carteiras de estudantes normais, com meu nome, escola e outras informações pessoais escritas nela, mas do lado da minha foto, havia uma grande Grau Um escrito.

"Oi, isso não é um exagero!?" Perguntei confuso, apontando para o meu grau.

Feiticeiros são divididos em graus, de quatro para baixo, e quanto menor é o grau, mas poder você tem, sendo o Grau Especial, abaixo do grau um, considerado normalmente o ponto mais alto que uma pessoa pode chegar, a não ser se você for um monstro como o homem na minha frente, onde nem mesmo Grau Espacial se qualifica, então me colocar no Grau Um, parece completamente sem sentido.

"Você matou uma maldição Grau Um, e também feriu um feiticeiro veterano do mesmo grau, é uma avaliação precisa."

"Não lembro nada disso em detalhes, e o feiticeiro que feri, com certeza, foi pego de surpresa."

Gojo-sensei, me deu aquele sorriso idiota e abriu os braços, como se estivesse amando minha dor, já que agora sou Grau Um, quer dizer que tenho que aceitar missões do mesmo nível, missões extremamente perigosas, mas não agora, pelo menos.

"Quem liga para isso, é culpa dele por ter abaixado a guarda, o importante é que você o feriu, parabéns, meu aluno idiota, agora você está mais perto do seu objetivo, ou de morrer, quem sabe!"

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"Droga! O que diabos você está tentando fazer Satoru! Criar outro monstro? Outra versão sua!?" Gritou Masamichi Yaga, olhando pela janela do seu escritório Yamamoto, que está correndo em alta velocidade na direção da entrada, onde um carro o espera para sua primeira missão.

"HaHaHaHaHa!" Gojo, encostado na parede, não pode deixar de rir.

"Pare de rir!" Gritou Yaga, completamente furioso.

"Já não basta você o treinar pessoalmente, deixando os líderes completamente loucos, você ainda arranjou essa missão para ele!"

"O bebe pássaro quer abrir suas asas, não é legal?" Riu Gojo.

"Isso não é brincadeira, desde que você começou a treinar ele, os boatos estão em todo lugar, Gojo Satoru, encontrou um pupilo, você sabe muito bem que essa missão é uma armadilha!" Gritou Yaga.

"Isso vai acontecer em algum momento, não é?"

"Mesmo assim, tudo se intensificou depois que você resolveu o treinar, por que você fez isso mesmo?"

"Porque ele perguntou, é claro."

A essa resposta inesperada, Yaga, tirou seus olhos da janela e olhou para o Feiticeiro mais poderoso sem entender.

"Engraçado, não é? Mesmo estando numa escola, nenhum aluno ou até mesmo meu protegido idiota, teve coragem de me pedir para os treinar, talvez eles nem tenham pensado nisso, mas Yama-chan, fez isso no segundo dia aqui, não é incrível?"

"Droga, ainda não vejo o motivo para arriscar agora!" Voltou a gritar o diretor, ele odeia quando seus alunos são forçados nesses jogos nojentos.

"Talento marcial, força de vontade, uma poderosa técnica inata e uma quantidade de energia amaldiçoada que se comparado à minha, tudo isso ele tem, mas não é o bastante, é mais uma coisa que alguém almejando o topo deve sofrer."

"O que é?" Perguntou Yaga, agora um pouco curioso, afinal, essa a visão do mais forte.

"Fogo, só com fogo você pode forjar uma boa lâmina!"

"Você é um completo idiota." Falou Yaga, no fim.

"Infelizmente, as Velhas Múmias não aproveitaram o momento, é realmente uma pena."

"O que isso quer dizer?"

"É bem previsível o que eles vão fazer agora, omitir o grau de uma maldição para o Yama-chan, ser pego de surpresa, depois é só dar a mesma desculpa idiota, que a maldição foi mal classificada, só que os idiotas o subestimaram muito." Gojo, não pode deixar de sorrir com isso.

Os Velhos idiotas, pensaram que mesmo com tanto talento, seu aluno teria dificuldade em o aplicar sem muito treinamento durante uma luta, como idiotas eles foram.

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"Prazer em o conhecer, Yamamoto-kun, meu nome é Kiyotaka Ijichi, sou o assistente de direção da Tokyo Jujutsu High, vou o guiar hoje até o seu destino." Um homem de terno impecável, cabelos colados divididos no meio e óculos, se curvou para mim na frente de um carro preto.

O idiota do Gojo-sensei, me deu a notícia dessa missão em cima da hora, só tive tempo de trocar minha roupa pelo uniforme escuro da escola e vir correndo para cá, realmente, esse cara é um idiota.

"Prazer em o conhecer." Fiz o mesmo gesto, sabendo que ele faz parte de uma equipe que ajuda os Feiticeiros nas suas tarefas, esse é um resumo, é claro.

"Então, por favor." Falou o homem abrindo a porta de trás do carro para mim.

Foi estranho, nunca fui tratado tão educadamente na minha vida, mesmo assim, sentei no carro coloquei o cinto enquanto Ijichi-san, deu a volta e entrou no lugar do motorista.

Seguimos o caminho em silêncio, não tinha nada para fazer e eu estava tentando me preparar mentalmente para a luta. Fiquei concentrado, até saímos da barreira que cobre toda a montanha onde está a escola, e pela primeira vez, vi o mundo como ele é de verdade.

Existem barreiras por todo pais, criadas por outro deus vivo nesse mundo, um com mil anos, e mesmo com elas, o Japão, é o centro de atividade das maldições, então assim que chegamos à cidade, vi os espíritos amaldiçoados de verdade, seres nojentos e deformados espalhados por todo lugar, a maioria deles conectada aos humanos parecendo parasitas, alguns voando para lá e para cá em grupos maiores de dez ou vinte.

"Maldições menores constumam ficar juntas." Ijichi-san, me explicou após me ver realmente colado a janela.

Eu estava esperando isso, mas não isso.

Espíritos amaldiçoados nascem a partir da concentração de energia amaldiçoado das pessoas comuns, só os Feiticeiros são livres disso, já que tem o controle sobre ela, de qualquer forma, com tantas maldições correndo por aí, o que isso diz das pessoas?

"Para onde estamos indo?" Perguntei para Ijichi-san, descansando minha cabeça da cadeira, posso deixar essas questões filosóficas para mais tarde.

"O alvo é uma maldição de grau três, ela está numa antiga fábrica de tecidos que foi incendiada uma semana atrás, o responsável trancou seus trabalhadores dentro dela para evitar ser processado, quatro morreram antes de serem salvos."

Sim, isso com certeza, é a receita perfeita para uma maldição.

Meia hora depois, o carro parou numa zona residencial quase vazia e pobre, o nosso alvo, um prédio de dois andares com paredes negras sem janelas ou portas bem na nossa frente, havia apenas uma fita da polícia isolando o local.

"Seis jovens entraram no lugar tentando se divertir, nenhum deles saio com vida, foi assim que descobrimos seu ninho." Comentou Ijichi-san, bem do meu lado atrás da faixa da polícia.

Muitos espíritos amaldiçoados não matam imediatamente os humanos, alguns os mantêm cativos por vários motivos, o mais comum é como estoque de comida, mas parece que esse não foi o caso.

Ijichi-san, deu um passo para trás e fez um sinal com apenas uma mão, e depois falou em voz baixa.

"Emerja da escuridão, mais negro que a escuridão. Purifique o que é impuro."

Essa foi minha primeira vez vendo uma técnica de cortina, e era bem incrível de se ver. Do ponto mais alto no centro do prédio, algo perecia ter sido derramado em cima de um domo invisível, escorrendo pelos lados, essa substancia negra parece até mais chocolate na sua textura, caindo lentamente até cobri a mim e todo o prédio, não era completamente escuro dentro dela, e como ver usando óculos escuros.

"Desejo a você boa sorte." Falou Ijichi-san, se curvando para mim do outro lado da barreira.

Acenei para ele e entrei no prédio com cuidado passando por cima da faixa amarela, o chão estava cheio de pedaços de tijolos e madeira queimados, era difícil andar mesmo com tanto espaço livre aqui, mas o que chama mais atenção, é o cheiro de carne queimada e a energia amaldiçoada ecoando pelo lugar, como uma casa amaldiçoada.

Andei com cuidado até o fim do andar, mas as escadas estavam em péssimo estado, então tive que pular até o primeiro andar para evitar elas, e como abaixo, esse andar também estava completamente destruído, mas foi aqui que senti um pico de energia amaldiçoada quente como fogo vinda da minha esquerda.

Torce meu corpo e dei vários passos para trás mais rápido que um humano pode saindo do caminho e o deixando na minha frente, era um humanoide de corpo negro queimado, sem sexo ou pelos, seus olhos eram chamas acessas e sua mão estava esticada para mim, ele abriu a boca, mas nenhum som saio de lá, apenas fumaça.

Consegui entrar na posição que Gojo-sensei, me ensinou, antes dele me atacar com os dois braços e as palmas abertas, em vez de recuar, avancei abaixando meu corpo passando por de baixo dos seus braços, acertando dois socos rápidos do seu estomago e um gancho de esquerda no seu queixo, fazendo sua cabeça inteira apontar para cima, mas isso não bastou, a maldição abaixou sua mão esquerda querendo me agarrar, torci meu corpo para esquerda e um dos seus dedos passou raspando pela minha bochecha, senti um queimor, mas concentrei minha energia no meu punho e soquei mais uma vez agora na lateral do seu corpo.

"BLOM!""

A maldição foi jogada para esquerda atingindo uma parede negra que veio abaixo continuando seu voou até acertar outra parede que aguentou seu corpo. Enquanto ele se levantava, levei minha mão para minha bochecha, estava queimada. Olhei para maldição, assim que uma das suas mãos tocou a parede atrás dele, vi ela ficar mais preta e quente, quase derretendo, essa coisa não pode me tocar.

De qualquer forma, isso é divertido, incrivelmente divertido!

A boa notícia, atingi em cheio a lateral do seu corpo, posso ver seu sangue vazando da carne, mais uma coisa, ele com certeza, não é uma maldição de Grau Três.

Avancei atravessando o buraco na parede chegando até ele, dei três jabs no seu rosto, e a cada golpe, a força fazia com que sua cabeça fosse jogada para trás batendo contra a parede que ele está próximo, no terceiro golpe, a parede não aguentou e criou um buraco do tamanho da sua cabeça, mas a maldição puxou seu corpo se soltando bem a tempo de ver meu chute alto vindo da sua esquerda, não consegui completar o golpe, sua mão iria tocar meu tornozelo, por isso parei meu movimento no ar pulando com a perna que estava no chão me jogando para o alto fazendo um giro para esquerda caindo em pé, assim que fiz isso, abaixei meu corpo e segurei parte da minha calça a rasgando fora, joguei o pedaço de tecido a minha esquerda, ele estava em chamas.

Assim que levantei a cabeça, vi a palma negra bem na minha frente, passei por de baixo da mão dele de novo passando meu braço por cima segurando a parte de trás da cabeça dele o puxando para baixo na direção do meu joelho.

"BLAW!"

Atingi ele três vezes espalhando sangue negro pelo chão antes da maldição conseguir tocar à esquerda do meu corpo, soltei ela e dei dois pulos para trás arrancando mais um pedaço do meu uniforme o jogando no chão.

Tenho sorte, se esse lugar já não tivesse queimado tudo que tinha para queimar, estaria no meio de um incêndio agora.

Nessas duas vezes, ele apenas tocou de raspão, mas já colocou minhas roupas em chamas, fora também que seu corpo é estranho, parece que ele não tem ossos, resistindo assim muito bem aos meus golpes, ainda que seja isso, está na hora de acabar com ele.

A maldição avançou sem medo mais uma vez, esperei por ele, até seus dois braços ficarem a centímetros da minha cabeça, coloquei minha palma aberta apontando para o peito dele e avancei desviando do seu toque mais uma vez, tocando diretamente seu corpo.

"Monokurorapusu: Haiiro no rōgoku!" {Lapso Monocromático: Prisão Cinza!}

Mandei minha energia amaldiçoada para uma parte do meu cérebro que eu nem sabia que tinha algo diferente até poucos dias atrás, ativando a matriz da minha técnica inata, como um usuário clicando num software próprio no seu computador.

Sua ativação aconteceu em menos de um segundo, e toda a cor ao redor da maldição se tornou cinza, não foi tingido de cinza, em vez disso, o espaço perdeu completamente a cor. A maldição, tentou torce suas mãos, mas o tempo acabou, tirei minha palma do seu corpo afastando ela por alguns centímetros, fechei meu punho e soquei, nessa distância, meu golpe teoricamente não poderia fazer nada contra ele, mas não foi o que aconteceu.

"BLAWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW!"

Como um inseto atingido o para-brisa de um carro, o corpo da maldição explodiu do ponto que atingi para todo lugar, espalhando sangue negro em tudo, menos no meu corpo, o que sobrou do corpo dele começou a desaparecer no mesmo momento, só o sangue ficou para trás.

E assim, minha primeira missão acabou oficialmente.