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Chapter 7 - Missão em Grupo (1/2).

Só de lembrar, fico com muita raiva.

Ao ponto de tocar fogo nessa biblioteca. E isso é confuso, já que agora considero esse lugar meu santuário, mas aqui estamos, dias e mais dias procurando informações sobre dois assuntos específicos, e nada de real importância foi encontrado, não por falta de conhecimento sobre assunto, e sim por que os malditos líderes dessa sociedade, julgaram esconder isso das massas, uma tentativa ridícula de preservar seu poder.

Após conseguir o básico das barreiras, fui direto, é claro, para a expansão de domínio, com a intenção de começar meus estudos sobre ela, não estou dizendo que poderia dominar isso imediatamente, mas sempre é bom começar algo cedo.

Só que tudo que encontrei foram descrições, resumindo, você consegue realizar essa técnica expandindo seu domínio inato, algo que todos os feiticeiros com técnicas inatas e maldiçoes de alto grau possuem, um espaço mental, melhor dizendo, depois disso, você contém essa paisagem numa barreira, acionando sua técnica por todo esse espaço a potencializando, ganhando algo que eles chamaram de acertos garantidos, mas é só isso, tenho a descrição e muitos relatos de como funciona, mas não como chegar lá.

Sabendo que não iria encontrar mais informações sobre isso, comecei a correr querendo achar os domínios simples, que são exatamente uma contra técnica da expansão, neutralizando a função do acerto garantido de um domínio. A também amplificação de domínio, que faz o mesmo, só que é preciso ter um domínio para usar, só que mais uma vez, não encontrei nada, afinal, se eles esconderam a informação de como chega lá, também vão esconder como se proteger disso.

Não importa, mesmo não tento informações, tenho a base, só vou construir isso do meu jeito, mesmo que o único domínio que vi na minha vida foi o do Gojo-sensei, e devo dizer, não lembro de quase nada, a não ser de ficar lá, olhando o infinito que não sei descrever o que era até acordar. Acho que o Gojo-sensei, fez exatamente isso para me forçar essa pesquisa, até aquele momento, nem imaginei começar ela agora.

"Yama-chan!" Gritou Panda, abrindo a porta da biblioteca com violência.

"Panda, por favor, silencio." Falei com ele fechando meu caderno com anotações sobre a expansão.

"Desculpe, mas o Pai, está nos chamando." Avisou ele parado na porta de cabeça baixa para poder me ver.

Foi um choque, mas ele realmente chama o nosso direto de Pai, e ele aceita isso, bem, Panda, foi sua criação, sendo um ser vivo, um ser vivo que só foi permitido crescer até hoje por causa da proteção do Gojo-sensei, assim como eu, ser o Honrado, um deus vivo, tem muitas vantagens e desvantagens.

O homem está literalmente carregando a vida de muitos só por existir e aceitar isso, já que essa foi sua escolha.

"Yaga-sensei, falou sobre por está nos chamando?" Perguntei para Panda, enquanto andávamos pelos corredores na direção da sala do diretor.

"É uma missão, nossa primeira missão em grupo, não é legal?" Perguntou ele animado.

Eles já saíram nas suas missões sozinhos para avaliar seus graus, Panda, conseguiu grau dois, assim como Toge-san, mas para minha surpresa, Maki-san, ficou com grau quatro, não aguentei minha curiosidade sobre isso é perguntei para Gojo-sensei, o do porquê, e a resposta me pegou de surpresa, parece que o clã dela, os Zen'in, uma das três grandes e maiores famílias de Feiticeiros, despreza ela por não poder usar energia amaldiçoada devido a uma restrição celestial, em tropa de não ter energia amaldiçoada, ela ganhou um corpo sobre-humano. Fiquei alguns minutos calado após escutar isso, até perguntar para Gojo-sensei, se eles eram idiotas, o que arrancou uma risada enorme dele.

De qualquer forma, não toque no assunto da família dela, isso a deixa completamente furiosa, o que usei algumas vezes durante nossos treinos para conseguir exatamente isso.

"Pensando na Maki-san, de novo?" Perguntou Panda, se aproximando do meu lado com um sorriso bobo no rosto.

"Só estou pensando no quão ridículo é ela estar no Grau Quatro."

"Sim, Maki-san é forte, nem você consegue ganhar dela quando estão treinando."

Isso é verdade, mas estamos falando aqui de pura habilidade sem usar minha técnica inata, se fosse, as coisas mudam.

Andamos conversando casualmente até chegarmos à porta da sala do diretor, Maki-san e Toge-san, estavam nos esperando.

"Que demora!" Gritou Maki-san, com os braços cruzados, usando seus óculos, que são uma ferramenta amaldiçoada para ver maldições.

"Alga marinha!" Toge-san, nos cumprimento cordialmente. Assim como Panda, me dei muito bem com ele, e isso é fácil, sua personalidade é muito agradável e solida.

"Estava na biblioteca, sinto muito por isso" Pedi desculpas para ela, não adianta brigar em momentos como esse, sempre leva a mais confusão, a menina não sabe soltar um osso.

"Droga, entrem logo!" Gritou Yaga-sensei, do outro lado da porta, percebe que ele adora dizer a palavra droga.

Entramos lado a lado, e após fazer uma saudação cordial, olhamos para o direto dessa escola, com seu uniforme preto e óculos escuros, cabelos penteados para trás e bigode, ao redor da sua mesa, muitos bonecos de pelúcia de aparência estranha de todos os tamanhos.

"Vocês todos vão participar de uma missão em conjunto, vai ser uma limpeza dessa vez." Yaga-sensei, não gosta de enrolar, diferente do outro professor idiota.

"Limpeza?" Perguntei sem entender.

"Diferente de uma missão que tem apenas um alvo, vocês vão limpar todas as maldições de baixo nível num certo lugar, evitando que elas aumentem de grau, e nesse caso, também vão averiguar relatos de desaparecimentos." Explicou Yaga-sensei.

"Então não é apenas uma limpeza de maldições de baixo nível, também deve ter um de grau três ou dois no lugar." Deduziu Maki-san.

"Salmão." Toge-san, e todos nós concordamos.

"Não vai ser como a minha primeira missão, vai?" Perguntei.

"Para evitar isso, pedi um feiticeiro de Grau Um, com experiência, como acompanhante, ele não vai agir, a não ser que precise, tenham isso em mente, essa missão é de vocês, até vocês não poderem aguentar." Explicou Yaga-san.

"Eu não conto?" Perguntei um pouco ofendido.

"Droga, Satoru, está batendo tanto em você que sua mente está com problemas, você não ouviu eu falando, com experiência?" Yaga-sensei, gritou comigo, que me fez sentir um pouco envergonhado.

"Uma missão do lado de fora em grupo, isso é legal demais!" Gritou Panda, muito animado, mudando de assunto.

"Quando vai ser?" Perguntou Maki-san.

"Agora!" Gritou o direito, ele pode ser mais direto que o Gojo-sensei, mas também tem seus problemas.

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Odeio trabalhar com crianças.

Não que elas não sejam competentes, o problema é exatamente esse, elas são competentes demais.

Eles deveriam estar por aí atrás de meninas ou fazendo compras e conversando, curtindo sua juventude, mas estão aqui.

{É bom conhecer nossos alunos, ou será que você está com vergonha, Nanamin?} Ele aceitou essa missão porque o idiota do Satoru, o fez aceitar, realmente, ele não era necessário se a força do grupo for metade do que os rumores que estão correndo soltos por aí dizem.

Ele não estava com vergonha também, aquela não foi a única missão que deu errado e inocentes foram mortos, e também não vai ser a última. Esse mundo não é um videogame ou anime, pessoas morrem, simples assim, mas claro, ele ficou chocado assim que entrou na sala de aula, sabendo muito bem o que tinha do outro lado, e em vez disso, encontrou um aluno ainda vivo, o ataque veio logo em seguida.

De acordo Satoru, o garoto teve um trauma tão grande, que desencadeou sua técnica inata e energia amaldiçoada ao máximo, foi como uma explosão, a maldição foi pega de surpresa e exorcizada, não que isso importasse ele ser pego de surpresa ou não, ele sentiu o poder do menino também antes do ataque o atingir, aquele edifício teve sorte de ficar em pé depois daquilo.

Então, sem poder se aproximar a não ser pela força, ele ligou para Satoru, e tudo se resolveu depois.

Não gosto de trabalhar com crianças, mas aqui estão elas, pelo menos são pontuais.

Eles são um grupo bem único e variado, isso sem levar em conta o panda gigante de dois metros atrás deles, mas todo minha atenção vai ao encontro do que está no centro.

Sua pele é branca e todos os cabelos amostra nele são cinzas sem cor assim como seus olhos, seu cabelo liso e fino está penteado para trás, ele tem um rosto bonito, mas a uma selvageria no olhar e sorriso dele, seu corpo também é forte e largo, mas não muito musculoso, mas o importante, e a sensação de perigo que ele dá mesmo com sua energia amaldiçoada sobre controle.

O sucessor e pupilo do Mais Forte, a ressurreição de um antigo clã, esses são apenas dois dos nomes que ele recebeu em tão pouco tempo.

Eu deveria ter ficado em casa e lido um livro.

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Corremos o mais rápido que podemos após falar com o diretor para nos preparar, para depois correr ainda mais rápido na direção da entrada da escola, onde havia dois homens e uma van preta nos esperando, já que conduzir o Panda, pela cidade num carro é meio que impossível.

Ijichi-san, continuava usando seu terno preto impecavelmente, assim como seus cabelos e postura, do seu lado, outro homem também vestindo um terno, só que o dele é cinza com uma camisa social azul por baixo, o que chama atenção, é sua gravata amarela com bolinhas pretas, para completar, ele usa óculos escuros pequenos que tem um estilo parecido com os de mergulho, junte isso ao seu cabelo loiro, e você tem um sujeito peculiar.

"É bom ver todos vocês de novo." Ijichi-san, já nos conhece, por isso nos cumprimentamos ele rapidamente, ele é foi o responsável por levar todo mundo em missões.

Em seguida, o segundo homem se apresentou.

"Meu nome é Kento Nanami, vou os acompanhar nessa missão, mesmo não gostando nada de ver crianças fazendo esse trabalho."

Sabendo que ele é de Grau Um, e mais velho, todos o cumprimentamos com respeito, e assim, Ijichi-san, abriu as portas da van e todo mundo começa a entrar, Maki-san, demorou um pouco para encontrar um lugar para sua naginata vermelha com pontas douradas, era uma lança grande de dois metros com uma lâmina curvada, assim como uma alabarda, diferente das armas comuns, essa é uma ferramenta amaldiçoada, armas infundidas com energia amaldiçoada, perfeitas para não feiticeiros exorcizarem espíritos.

No final, ela teve que enrolar sua arma e a prender no teto da van entrando logo em seguida.

"Você quer me falar algo?" Perguntou Nanami-san, fiquei para trás de frente para ele, todo mundo já estava sentado.

Abaixei minha cabeça e falei em voz baixa.

"Quero me desculpar." Ele é o Feiticeiro de Grau Um, ferido no meu despertar.

Esse fato, realmente me incomodou um pouco, e essa é a primeira vez que tive a chance de pedir desculpas.

"Fui ferido pela minha própria falta de atenção, nada mais, nada menos, agora entre no carro." Ele falou isso da mesma forma, sem nenhuma alteração na voz ou na postura.

Com isso feito, entrei na van sentando junto do Panda, ocupando duas cadeiras, Nanami-san, sentou-se do lado do motorista, e assim a viagem começou.

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"O alvo é uma antiga escola abandonada na zona rural da cidade, ela está assim a mais de dez anos." No caminho, Nanami-san, começou a explicar a missão.

"Já faz dez anos que uma escola está cheia de maldições?" Perguntei atrás da sua cadeira.

"Ela nunca realmente se tornou um problema real, maldições de baixo nível não são mortais, pode se dizer que usamos o lugar como zona de treinamento para os feiticeiros novatos, alguma das escolas mandam um grupo para lá a cada seis messes, eles treinam e o lugar fica quase limpo, todo mundo ganha, mas recebemos relatos que algo está errado."

"Quanto tempo faz que ouve uma missão lá?" Perguntou Maki-san, do meu lado de braços cruzados olhando para janela.

"Cerca de dois messes atrás, não deveria haver uma quantidade tão grande de maldições no lugar e nem relatos de desaparecidos na cidade."

"Folha de mostarda!" Falou Toge-san.

"Toge-san, está certo, essa missão está estranha." Concordou Panda, o único que parecia realmente apertado no lugar, quase que espremido.

"Chegamos." Ijichi-san, avisou diminuindo a velocidade da van.

Olhei para minha janela só para ver um portão antigo escolar, todo o chão está coberto por grama e ervas daninhas, não há um lugar a salvo disso, até mesmo o pequeno parque a minha esquerda, o prédio da escola também está numa situação precária, o edifício de três andares não tem uma janela intacta, sua pintura decaio tanto que se tornou preta e enferrujada, a única cor no lugar vem dos grafites pintados em lugares altos.

A van parou e todo mundo saio e ficou lado a lado olhando para o edifício na nossa frente.

"Não deveria haver maldições de baixo nível voando por aí?" Perguntou Panda, estranhando a situação.

"Eles estão no interior." Falei as sentindo, a uma concentração bem grande energia amaldiçoada num só lugar.

"Eu vou preparar a cortina."

"Ijichi-san, posso tentar?" Perguntei o parando.

Ele acenou para mim confirmando.

Essa é uma boa situação para tentar isso.

Fez um sinal com apenas minha mão a colocando na frente do meu rosto, fechei meus olhos e falei as palavras movendo minha energia amaldiçoada como treinei, mas isso não basta, também tem que haver intenção de isolar o lugar.

"Emerja da escuridão, mais negro que a escuridão. Purifique o que é impuro!"

Deu certo, a barreira negra começou a escorrer bem acima do telhado do edifício, tamanho perfeito, se fechando alguns centímetros na minha frente.

Ijichi-san, se moveu e tocou com a mão a barreira, verificando meu trabalho.

"Perfeita, não só a ilusão para os outros não perceberem o que está acontecendo lá dentro, mas você também adicionou uma regra, nenhuma maldição vai poder deixar a barreira." Falou ele no final.

"Amostrado." Resmungou Maki-san, claramente com inveja.

"Isso é incrível, Yama-chan!" Gritou Panda.

"Salmão!" Concordou Toge-san.

"Quando me falaram que o Satoru, estava criando outro monstro, achei exagerado, parece que é verdade." Falou Namani-san, balançando a cabeça.

Por que disso?

Quer dizer, é apenas uma barreira.

"Olha para ele, nem sabe o quão difícil é fazer isso, malditos gênios idiotas." Comentou Maki-san.

"Yamamoto-san, barreras podem ser aprendidas por todos os Feiticeiros, isso é verdade, mas nem todos têm aptidão para as usar, e alguns demoram anos para conseguir criar uma tão grande." Explicou Ijichi-san, para mim.

"Vamos começar logo com isso, esse idiota me deixou com vontade de bater em algo!" Gritou Maki-san, tirando o pano da sua naginata, pronta para batalha.

"Boa sorte, e caso algo aconteça, recuem." Falou Nanami-san, em pé próximo da barreira.

Nos quatro atravessamos, e do outro lado, a luz do sol parecia mais fraca, dando um clima mais sinistro ainda para escola caindo aos pedaços. Andamos lado a lado até entramos pela entrada sem porta, foi quando vimos um enxame de pequenas maldições do tamanho de pássaros voando em grupo vinda na nossa direção, acho que a mais de trinta delas.

Toge-san, tomou a frente e retirou a parte do seu uniforme cobrindo sua boca.

"Explodam!"

"BLOM!""BLOM!""BLOM!""BLOM!""BLOM!""BLOM!""BLOM!""BLOM!"

A voz dele se propagou no ambiente ecoando, cada pequena maldição explodiu no ar como se tivesse se tornado bombas, a explosão aconteceu de dentro para fora, mas o sangue foi evaporado pela explosão, nada ficou para trás.

"Tudo bem?" Perguntei assim que ele cobriu sua boca, ganhando um aceno em confirmação.

"Então, como vamos fazer isso?" Perguntei para os outros.

"Vamos limpar aqui primeiro juntos, e depois vamos subir nos separando em dois grupos, um fica no primeiro e outro vai para o segundo, nos encontramos no terceiro." Ordenou Maki-san, andando na direção à esquerda da entrada, todos a seguimos.

Assim que chegamos na próxima sala, encontramos uma maldição presa a parede parecendo uma lagarta, Panda, avançou com suas soqueiras fofas atingido a cabeça dela.

"BLAW!

Ele bateu com muita força, seu punho afundou na parede explodindo a maldição de terceiro grau.

"Você exagerou!" Gritou Maki-san.

"Panda, por favor, não derrube o edifício em cima de nós." Pedi para ele, que está tendo dificuldade em tirar o punho da parede.

Esse lugar está há mais de dez anos sem nenhum cuidado, sendo usado como campo de treinamento, vai saber o quão fácil é fazer tudo vir abaixo.

"Desculpem!" Falou ele se soltando.

Assim que Panda falou, senti algo antes de poder ver descendo pela parede onde ele socou, uma maldição na forma de lesma, não, duas maldições que deram o bote mirando na cabeça dele virada para nós, avancei cruzando a distância entre nós num piscar de olhos e pulei acertando um bom chute na esquerda da lesma explodindo sua cabeça e parte do corpo, antes de atingir a segunda, a naginata voou como uma lança acertando seu corpo a cortando ao meio, a arma perfurou quase que metade do seu cabo na parede, prova da força física assustadora da Maki-san.

"Maki-san, por favor, não derrube o prédio sobre nós." Falei para ela depois de olhar para a lança.

"Isso mesmo Maki-san, não derrube o prédio." Panda, se juntou à brincadeira, balançando a cabeça como se estivesse decepcionado.

"Calem a boca, seus dois idiotas!" Gritou Maki-san.

Puxei a naginata da parede e a joguei de volta para ela, que agarrou e fez alguns movimentos rápidos testando a arma.

"Atum!" Toge-san, chamou nossa atenção para algo importante.

"Ele está certo, já foram muitas maldições, esse lugar só deveria estar cheio de Grau Quatro." Falei das três maldições que enfrentamos até agora.

"O que vamos fazer? Sair e relatar?" Perguntou Panda, andando com suas duas soqueiras fofas até nós, agora manchadas com sangue.

"Não, ainda não é um problema, vamos acabar com isso!" Gritou Maki-san, nos puxando para próxima sala.

Limpamos todo o andar abaixo encontrando mais duas concentrações de maldições Grau Quatro, e as limpamos com facilidade, fora isso, nenhuma surpresa, finalmente está na hora de subir as escadas, e assim que chegamos no primeiro andar, ficamos parados olhando para porta que leva ao interior do andar sem saber como dividir os grupos.

"Panda e Toge-san, vão nesse andar, eu e Maki-san, vamos para o segundo." Decidi por todos.

"Que diabos de separação é essa?" Perguntou Maki-san.

"Sim Yama-chan, que separação é essa?" Panda, achou outra oportunidade de me perturbar.

"Só separei os grupos mais equilibrados possíveis, Toge-san, tem mais versatilidade, mas precisa de alguém físico para fazer as coisas funcionarem., Você Maki-san, é a mesma coisa, posso te dar cobertura a distância e próxima."

Não ouvi mais resmungos depois da minha lógica, Panda e Toge-san, foram em direção à porta, eu e a Maki-san, subimos mais um lance de escadas para o segundo andar em silêncio. Abri a segunda porta esperando algo muito, muito diferente do que encontrei.

Primeiro, todas as paredes foram derrubadas de forma bruta, os entulhos continuam no lugar onde caíram, essa remodelação tornou o lugar aberto, muito aberto e também limpo, não havia cadeiras ou qualquer outra coisa, tudo foi removido, e no centro dessa sala ampla, uma esfera de espíritos amaldiçoados flutuando um metro no ar.

"O que infernos é isso?" Perguntou Maki-san, bem confusa.

A esfera de maldições estava se torcendo, girando e se movendo, constantemente se ouvia algum barulho alto de mastigar, as maldições estão se canibalizando nesse pequeno espaço de dois metros de largura e altura.

"Tem tantas maldições de Grau Quatro juntas nesse pequeno espaço, que está atrapalhando meus sentidos, olhe no chão." Apontei.

Ao redor da esfera, postos num círculo perfeito, talismãs de papel com letras em vermelho sangue, e era sangue pelo cheiro, todos esses papéis estavam envolvidos por energia amaldiçoada, são os responsáveis por conter todos dessa forma.

"Um Feiticeiro fez isso." Foi minha dedução lógica.

"Não um Feiticeiro, e sim um Usuário Amaldiçoado." Lembrou Maki-san, colocando sua arma do lado do seu corpo.

Usuário Amaldiçoado, são como chamamos os Feiticeiros fora da lei, que aceitam trabalho de assassinato ou qualquer outra coisa do tipo, é o pior, eles são bastante comuns.

"Vamos dar uma olhada, essa maldita esfera está atrapalhando meus sentidos." Maki-san, tomou a frente.

Avançamos lado a lado passando pela esquerda da esfera e indo para parte de trás da sala aberta, foi quando vimos movimento na última parede que não foi derrubada completamente, e sim diminuída até altura da minha cintura, talvez a antiga sala do professor, juntos, entramos no cômodo pela esquerda e direita visando cercar o alvo, não havia alvo, e sim quatro pessoas presas ao chão por correntes de ferro, todas elas eram adolescentes, três meninos e uma menina, e eles não estavam numa boa situação.

Todos estão com a boca coberta por um talismã, seus corpos, desprovidos de roupas a não ser as íntimas, estavam cheios de ferimentos, cortes, perfurações pequenas e agulhas ainda presas a sua carne junto de muitos machucados roxos, eles foram torturados lentamente para não causar nenhum dano físico fatal, e pelo cheiro, eles estão aqui já faz alguns dias sem se mover, fazendo suas necessidades no chão mesmo.

"Maki! Vá chamar o Panda, Toge-san e o Nanami-san, agora!" Gritei ordenando enquanto me abaixava, mas meu grito assustou a menina na minha frente, a fazendo se afastar de mim e tremer o máximo que podia com suas correntes curtas presas ao chão.

"Vocês finalmente chegaram!"

Levantamos ao ouvir a voz, havia um senhor de idade do outro lado do muro de costas para esfera de maldições, ele estava vestido como alguém da sua idade, roupas folgadas simples azuis e chapéu de pescador, seu corpo era curvado para frente com as mãos atrás das costas, cabelos brancos, rosto enrugado e um sorriso nojento no rosto.

"Velho, foi você quem fez tudo isso?" Maki-san perguntou, apontando sua arma para o peito dele.

"Não sozinho, é claro, estou velho demais para isso, meus outros companheiros estão lidando com os dois acima e o mais velho abaixo." Respondeu o velho, ainda com seu sorriso nojento no rosto.

O sorriso, e sua postura, estavam literalmente me deixando furioso, para aumentar isso, só de escutar a voz do velho, fez com que os quatro adolescentes presos na minha frente ficassem agitados, não se importando que as correntes ao redor dos seus pulsos estejam cortando sua pele, isso é medo.

"Por quê?" Foi tudo que perguntei.

"Por que o quê?" Perguntou o velho de novo.

"Por que você os capturou?" Deixei mais clara a pergunta.

"Ah, eles, tínhamos que chamar a atenção de vocês, mas demorou bastante, por isso fiquei entediado e me diverti um pouco com eles."

"Por quê!? Voltei a perguntar, deixando a energia amaldiçoada vazar pelo meu corpo ao ponto de todo o ambiente começar a vibrar e tremer, e isso fez o Velho, perde o sorriso, pelo menos por um segundo. Depois disso, ele voltou a sorrir, agora não era estranho, e sim cruel.

"Isso me lembra, já que vocês estão aqui, não preciso mais deles!"

Senti uma energia amaldiçoada surgir bem na minha frente, os quatro talismãs presos na boca dos adolescente se iluminaram e ficaram envolvidos por ela, agi rápido agarrando a boca da menina na minha frente ativando a minha técnica inata para destruir o talismã, e deu certo, mas diferente de mim, Maki-san, não podia sentir energia amaldiçoada, por isso só conseguiu ver e não agir para ajudar os outros.

A energia ao redor dos talismãs envolveu a cabeça dos outros três, e aí.

"BLAW!" "BLAW" "BLAW!"

Três cabeças explodiram como se fossem frutas para cima, o sangue, cérebro, dentes e todo o resto, ficou preso no teto e um pouco em nossas roupas. A menina que sobreviveu sofreu o pior, ao ponto de desmaiar de medo e susto.

"Tão jovem, ainda preocupado com alguns macacos…" Foi tudo que o velho disse após matar três pessoas retirando as mãos das costas, mostrando para nós que nos seus dedos, havia vários talismãs de papel escritos com sangue, talvez o sangue desses quatro.

"Desgraçado!" Gritou Maki-san, pulando pela parede e atacando com sua naginata com uma estocada mirando o peito do Velho.

Antes do golpe acertar, ele deu um pulo para trás jogando um talismã na direção dela, e assim que ele ficou no ar, o Velho, fez um sinal de mão com dois dedos, o papel ficou mais uma vez envolvido pela energia amaldiçoada azul, em seguida, mudou de forma se alongando até virar uma anaconda branca de olhos vermelhos com a boca já aperta e as presas prontas, mas Maki-san, abaixou a cabeça a deixando passar por cima dela, torceu seu corpo para esquerda o girando enquanto realizava um golpe amplo atingido a cabra no meio nas costas dela. Antes de cair no chão, ela voltou e ficar posicionada de frente para o Velho, que conjurou mais duas cobras, uma em cada lado do seu corpo no chão.

Eram Shikigamis.

As duas anacondas serpenteiam pelo chão a frente numa velocidade desumana cercando Maki-san, que não ligou para isso atingindo os dois lados com golpes rápidos na altura do chão com a lâmina da sua arma atingido as cabeças delas, mas assim que ela fez isso, o velho teve tempo para conjurar mais quatro Shikigamis, todos eles na forma de cobras, só que em tamanhos diferentes, percebi isso agora.

"Quanto tempo você vai ficar aí parado sem fazer nada!" Ela gritou comigo, recuando um pouco para não ser cercada de novo.

Estou parado esse tempo todo, desde a explosão, que me lembrou estar envolvido de sangue mais uma vez, o mesmo daquela vez, na sala de aula, e isso me deixou um pouco furioso com minha própria fraqueza mental. Chore pelos mortos mais tarde, se vingue agora.

Pulei dando um bote com a intenção de atravessar todo o espaço entre nós dessa forma, o Velho, viu a minha velocidade e agiu rápido enfiando sua mão no bolso da sua camisa e retirando mais talismãs que ele jogou na frente do seu corpo, em vez de serem Shikigamis, os talismãs se torceram no ar ficando na vertical um do lado do outro, um abaixo do outro, era uma pequena parede suspensa no ar bem na minha frente. Com raiva, coloquei tudo de mim e soquei com força o centro da parede.

"BLAWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW!"

Soou como se eu tivesse atingido um muro de ferro, e se comportou dessa forma, meu punho amassou e adentrou dez centímetros. Recuei um pouco e preparei outro soco, dessa vez, colocando minha técnica inata para trabalhar, deixando meu punho sem dor vibrando no ar.

Antes de fazer isso, Maki-san, passou pela minha esquerda desviando e golpeando enquanto lutava contra duas cobras, elas estavam se

movendo muito rapidamente agora, a cercando se utilizando da sua agilidade e mobilidade, não importa, hora de acabar com isso.

Do nada, a parede se separou, e os talismãs mudaram de posição ficando na horizontal, como laminas voadoras, essa foi meu pensamento, e agi sobre essa intuição pulando para trás e cruzando meus braços na frente do meu corpo para proteger minha cabeça.

O Velho, usando uma boa quantidade de energia amaldiçoada, fez um selo de mão, e os talismãs disparam contra mim como balas. Desviei e defende o que podia, eles não tinham força para perfurar muito minha pele, mas ainda recebi alguns cortes, um deles foi acima da minha sobrancelha.

"Você não deveria ter desviado dessa forma, sabe." Falou o Velho, com aquele sorriso nojento de novo olhando por cima do meu ombro.

Assustado, olhei para trás, é verdade que esse ataque não teve muito efeito contra mim, mas esquece que não estou sozinho, e esse foi outro erro. Vi o corpo da menina desmaiada a pouco caindo para esquerda ficando visível do outro lado do muro, sangue escorreu do seu corpo se juntando ao dos outros já no chão.

Raiva e vergonha queimaram como nunca.

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Maki, torceu seu corpo para esquerda e finalmente conseguiu atingir a metade de uma das cobras a partindo ao meio, só para ter que colocar rapidamente o cabo da sua arma na frente do seu corpo de lado, parando a mordida da outra anaconda, para escapar disso, ela girou seu corpo jogando o Shikigami, para esquerda do outro lado dessa sala.

Foi quando ela sentiu.

Ela não pode ver energia amaldiçoada ou qualquer outra coisa do tipo, mas ela pode sentir, e após viver tanto anos num clã de feiticeiros sua sensibilidade melhor que muitos feiticeiros novatos, mas o que ela sentiu agora foi numa quantidade maior que qualquer outro feiticeiro no seu clã, quase a fez atirar sua arma no seu próprio colega de escola, um instinto animal, correr ou lutar.

O Shikigami inimigo, ficou congelado no chão, sem poder se mover.

No centro da sala, perto da esfera de maldições, Yamamoto, olhou para o Velho, seus olhos cinzas sem cor estavam quase que escuros e fundos, a sua energia amaldiçoada estava literalmente os empurrando para baixo, era uma quantidade ridícula.

O seu inimigo, perdeu seu sorriso idiota, e começou a suar e tremer, seu corpo queria fugir, mas ele está sendo observado por uma fera selvagem, não vai se mover. Finalmente, ele entendeu que seu alvo não é um simples aluno.

Com uma voz baixa, Yamamoto, falou apenas uma frase que a fez sentir um frio glacial, mesmo sabendo que ele não estava falando com ela.

"Eu vou te matar!"