Os dias se passaram com certa tranquilidade depois da minha primeira missão, houve mais duas depois daquela, mas nada de nota para se dizer, apenas maldições de grau três que não foram, na verdade, maldições de Grau Dois, diferente da minha primeira aventura, a maldição que matei, teve seu Grau revisto, se tornando assim grau dois, não me importei muito com isso, mesmo sabendo que foram os cabeças desse mundo que tentaram me matar alterando o nível de dificuldade da missão, os idiotas avaliaram mal minha força, claro, não estou esquecendo isso, só estou fraco demais para ir contra eles agora.
Passei todo meu tempo entre essas missões treinando ou estudando, Gojo-sensei, também ficou mais ocupado, não podendo me treinar todo dia, mas ainda lutamos uma ou duas vezes na semana, mas sem usar nossas técnicas inatas por ordem do Yaga-sensei, já que ele não quer bancar sempre a destruição que o Gojo-sensei, causa ao usar seu poder.
Então, hoje estou com meu uniforme de ginástica escolar no meio do campo de corrida da escola, ao meu redor, num círculo, seis bonecos de treino comuns, só que eles não são comuns, são feitos para resistir golpes de energia amaldiçoada, os trouxe do dojo, gosto de treinar em espaço aberto.
Levei minhas mãos na altura do meu peito as juntando, formei então o selo com os dois indicadores e dedos do meio juntos para cima com os outros abaixados e falei em voz alta.
"Monokurorapusu: Gureiōbu!" {Lapso Monocromático: Orbe Cinza!}
Na minha frente, minha energia amaldiçoada tornou visível roubando a cor do mundo se torcendo no ar criando uma esfera do tamanho de uma bola de basquete.
Formando o selo com apenas uma mão, apontei para frente movendo o orbe fazendo envolver a cabeça do boneco de treino o transformando em cinzas, com outro movimento rápido, girei meu corpo fazendo num movimento completo de um relógio acertando todas as seis cabeças ao meu redor, e no fim, trouxe o orbe para minha frente e olhei os danos.
Todas as cabeças decairão, envelheceram se transformando em pô, essa é minha técnica amaldiçoada inata, Monocromático, renomeada pelo próprio Gojo-sensei.
Se a fosse explicar com uma palavra, seria supressão.
Quando ativada, ela emiti um tipo de poder que altera automaticamente o movimento das partículas de luz, assim roubando a cor de tudo, mas esse é só o resultado de sua ativação, na verdade, ela suprime um certo aspecto que eu quero, no caso agora, foi a vitalidade dos bonecos, resultando no seu envelhecendo, isso também seria possível num humano, mas seria muito mais difícil, usar isso contra um feiticeiro, você pode esquecer, mas é perfeito para lidar com objetos, claro que não preciso envelhecer um alvo, no caso da maldição na minha primeira missão, suprime sua resistência natural, o tornando muito mais frágil do que ele era de verdade.
As aplicações para isso são muitas, pelo menos no ponto de vista imaginativo. Como estou criando do nada essas técnicas, tenho que testar para ter certeza o que realmente posso fazer com ela.
Para minha surpresa, essa técnica é tecnicamente herdada e não inata, isso quer dizer que herdei ela devido ao meu sangue, o sobrenome Fujiwara, significa que sou descendente de um clã antigo de Feiticeiros, um bem poderoso, onde seu líder, tinha a mesma técnica que eu, e ele era o mais forte do seu tempo, esse clã era poderoso, talvez até mais forte que as outras famílias, sobre o comando de um pequeno exército de Feiticeiros, e isso durou até o Sukuna, o Rei das Maldições, acabar com tudo, no final, só alguns feiticeiros com sangue do clã sobreviverem, e foram incorporados nas outras famílias, desaparecendo, até hoje.
Minha técnica inata tinha outro nome naquele tempo, mas isso foi perdido, o nome que uso hoje foi dado pelo Gojo-sensei, ele também fez toda análise da minha técnica usando seus olhos, se não fosse por ele, não teria nenhuma informação detalhada sobre ela, e teria que começar literalmente do zero.
Quanto minha relação com o clã destruído dos Fujiwara, uma análise familiar descobriu que sou descendente direto deles, alguém muito tempo atrás foi expulso do clã por não possuir energia amaldiçoada, sobrevivendo a sua destruição, muitos e muitos anos depois, sem ninguém nascer com energia amaldiçoada, aqui estou.
E foi por esse exato motivo, tanto pelo nome de clã, quanto pela minha técnica inata, que os líderes dos clãs atuais tentaram me matar de forma discreta, é claro, eles nunca fariam isso abertamente, não com o mais forte me protegendo.
Minha energia amaldiçoada também carrega o mesmo traço da minha técnica inata, ela especial, nem mesmo o Gojo-sensei, possuiu algo assim, então a cada contato com ela, enfraqueço a resistência do inimigo um pouco, aumentando de certa forma mais o meu dano, se eu tivesse um controle melhor da minha energia amaldiçoada, teria matado maldição do meu primeiro trabalho só com um soco.
"Parabéns!" Gritou Gojo-sensei, aparecendo atrás de mim batendo palmas, como se eu fosse uma criança que acabou de escrever seu nome corretamente pela primeira vez. Esse cara consegue irritar até mesmo o Buda.
No meu susto, a orbe desapareceu da minha frente.
"Após dias e mais dias tentando." Falei suspirando.
"Sabe a coisa boa em ter uma técnica hereditária? Manual de instruções, o lado ruim, é que quase todo mundo também a conhece". Falou Gojo-sensei, um pouco mais sério agora.
"Então, lado bom da minha técnica é que ninguém a conhece, mas eu também não tenho manual de instruções."
"Oh, como Yama-chan é inteligente!"
Aí está de novo.
"Eu tenho alguma missão?" Perguntei querendo adiantar um pouco a conversa, afinal, não está na hora em que nós dois normalmente treinamos.
"Não, só vim avisar que os novos estudantes chegaram, então, está feliz? Finalmente você não está mais sozinho."
Não vou negar que não estou animado com isso, passar semanas sem ninguém ao redor por ser obrigado a isso, não é o mesmo que fazer isso por escolha.
"Onde eles estão?" Perguntei.
"Vamos nos reunir na sala A, até lá!" Com isso, Gojo-sensei, desapareceu da minha frente correndo numa velocidade que para qualquer um que não está acostumado com ele, poderia ser considerado um teleporte.
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*Troquei de roupa antes de vir para a sala de aula no prédio principal, com o uniforme da escola, andei pelo corretor até a primeira sala, só que parei no corredor surpreso.
Havia uma enorme urso de dois metros de altura parado no corredor de costas para mim com os braços levantados acima da cabeça como se estivesse implorando para não ser morto pela mulher na frente dele, vestida com um uniforme igual ao meu, só que com saia, segurando algo que se parece um bastão longo de madeira apontada para o peito dele.
"Eu não sou uma maldição!" Gritou o panda, observei olhando para seu pelo preto nos braço e pernas e o resto branco, menos ao redor dos olhos e as arelhas, ele está parecendo realmente assustado.
O panda fala, foi meu segundo pensamento.
"Quem diabos acreditaria nisso!" Gritou a mulher de forma agressiva.
Afastado, dei uma boa olhada no panda, ele não é uma maldição, com certeza, mas o que diabos ele é?
"Por favor, não me mate!" Voltou a gritar o panda, o engraçado, é que parte de mim sabe que ele está brincando.
A menina colocou seus braços para trás e impulsionou a ponta da sua arma para frente, antes dela completar o movimento, aparece entre os dois de lado segurando o cabo de madeira da lança um pouco abaixo da ponta, parando o ataque dela.
Forte, e ela nem está usando a energia amaldiçoada.
"Quem diabos é você, desgraçado?" Gritou ela colocando mais força ainda na lança, mas ela não se moveu.
Olhei bem para menina, usando óculos, cabelos longos pretos presos num rabo de cavalo, vestida com uniforme escolar, seu corpo é forte, bonito, mas minha atenção foi roubada para seus olhos verdes, ela olha para mim como se eu fosse seu maior inimigo, a raiva, muita raiva naquele olhar.
"Acho que sou seu novo colega, o nome é Yamamoto." Falei para ela com um sorriso forçado.
"Quem liga!" Gritou a menina.
"Obrigado por me salvar!" Gritou o panda chorando lágrimas falsas.
Nunca lutei contra armas antes, então fui pego de surpresa quando ela quebrou o meio do bastão de madeira, agora com um pedaço livre, a menina moveu sua mão na direção do meu rosto.
Coloquei minha palma aberta na direção da madeira acionando minha técnica inata fazendo meus dedos ficarem cinzas, e quando o pedaço de madeira os atingiu, se quebrou em vários pedaços, fiz o mesmo com o primeiro pedaço que estava segurando até agora, desarmando ela.
A menina, pega de surpresa, agiu rápido, dando um pulo para trás se afastando de algo que ela desconhece, esperta.
"Onde diabos você pegou isso?" Perguntei surpreso, ela acabou de tirar uma pequena wakizashi do tamanho de um canivete da meia.
"Não é da sua conta!"
"Ela é bem agressiva, não é?" Perguntou o panda, que se aproximou de mim e colocou sua cabeça enorme sobre meu ombro com o corpo abaixado, ele parecia cada vez mais sociável, mesmo com sua aparência diferente da mulher na minha frente, pronta para uma luta até a morte por nada.
"Isso meio que já passou do limite, mas você quer continuar?" Perguntei formando um selo na frente do meu corpo liberando minha energia amaldiçoada com o propósito de criar um pouco de medo, e da certo, a menina parou seu ataque, não desistindo, e sim reavaliando sua próxima ação, essa não sabe desistir.
Ficamos nos olhando por alguns segundos, quase decidi atacar, quando a porta da sala do meu lado se abriu lentamente.
"Alga marinha!" Falou outro menino.
Cabelo loiro platinado e olhos marrons, baixo comparado a mim e o panda, parte da sua boca está coberta pela gola do uniforme, que foi esticada de forma anormal.
"Como?" Perguntei confuso.
"Folha de mostarda!" Voltou a dizer o menino, e suas palavras sem sentido, apagaram o fogo da batalha.
"O que diabos ele está falando?" Perguntou à mulher.
"Oh, parece que todo mundo já se conheceu e se tornaram bons amigos, isso é bom, então, todo mundo entre e sente." Chamou Gojo-sensei, parado próximo do quadro dentro da sala.
Mesmo sem querer, todo mundo abaixou as armas e entrou. Nos sentamos lado a lado nas bancas com um número já preparado para nós. Não sei como a cadeira aguentou o urso gigante, mas aguentou, mesmo ele parecendo um pouco apertado nela.
"Então, vamos começar as apresentações, do lado esquerdo, medindo dois metros de altura, temos Panda!" Gritou Gojo-sensei, apontando para o Panda vivo, que tem o nome panda.
"Eu sou o incrível Panda!"
"Do seu lado, o portado da fala amaldiçoada que só consegui se comunicar falando por meio de ingredientes, Toge Inumaki. Boa sorte tentando entender esse."
"Salmão!"
"Do outro lado, a menina que não pode usar energia amaldiçoada, mas continua lutando para calar seu clã de idiotas, Maki Zen'in!"
"Apenas Maki!"
"Você não pode usar energia amaldiçoada?" Perguntei surpreso.
"Algum problema com isso?" Perguntou ela rispidamente.
"Nenhum problema, só estou surpreso, você é bem forte." Falei me desculpando, esse pareceu um assunto sensível, afinal, seu sobrenome é um dos clãs que lideram esse mundo há milhares de anos.
"Então temos o garoto revelação, Yama-chan!" Gojo-sensei, me apresentou no final fazendo graça.
"Bffff, Yama-chan." Riu Panda, colocando a mão sobre a boca.
"Meu nome é Yamamoto Fujiwara, prazer em os conhecer." Me apresentei após levantar e fazer uma reverência respeitosa para eles.
"Salmão!"
"Prazer também, Yama-chan."
Inumaki e Panda, me cumprimentaram do seu jeito, mas a Maki, apenas virou seu corpo cruzando suas pernas expostas, tudo bem, ela é linda.
"Bem, é isso, toda a classe desse ano, vamos nos dar bem!" Gritou Gojo-sensei, abrindo os braços.
Só isso?
"Espera, só tem nós?" Perguntei surpreso.
"Tirando o segundo ano, sim, só vocês."
"Onde estão os nossos senpais?" Perguntou Panda.
"Eles estão alocados numa missão de longa duração, é quase uma punição do diretor depois do que aconteceu nos últimos jogos."
"Folha de mostarda?"
"O que aconteceu nos últimos jogos?" Perguntei, acho que traduzindo a pergunta do Inumaki.
"Eles viram uma chance de lucrar durante uma competição entre escolas, transmitindo a batalha e ganhando com isso, não é contra as regras, mas bem, o diretor não gostou muito."
Tem alguém normal nesse maldito mundo?
"Bom, agora que as apresentações acabaram, vamos lá para fora." Assim que vi o sorriso do Gojo-sensei, soube que estava com problemas.
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"Isso, não é um exagero?" Perguntei olhando para meus novos companheiros, todos eles ao meu redor prontos para me atacar.
"Que forma melhor para conhecer as habilidades da sua turma do que lutando contra ela?" Perguntou Gojo-sensei, afastado de todos.
Maki, já estava segurando um cajado de madeira para treinos como se fosse uma lança, Panda, se armou com duas soqueiras rosas fofas com o desenho de um panda em cada uma delas, e Inumaki, escolheu nenhuma arma. Todos eles parecem muito sérios.
"Então vamos ver uma versus um ou algo assim." Tentei mais uma vez.
"Que melhor alvo para testar as habilidades deles do que um feiticeiro de Grau Um?" Respondeu Gojo-sensei.
"Ainda não acredito que esse cara é Grau Um." Comentou Maki.
"Você é incrível, Yama-chan!" Gritou Panda.
"Por favor, não me chame assim." Tentei mais uma vez parar esse apelido.
"Então, todo mundo pronto?" Gojo-sensei, iria dar o sinal, e pela forma de todos ao meu redor, sei que eles realmente vão atacar com tudo, então é melhor não pegar muito leve.
Sabendo muito bem onde isso iria dar, levantei minhas mãos e fiquei preparado para a luta, deixando minha energia amaldiçoada fluir no seu máximo.
"Começar!"
Ninguém atacou imediatamente assim que Gojo-sensei, deu o sinal, todos ficaram mais apreensivos, olhando para mim.
"O que foi? Não vêm?" Perguntei para Maki, ela parece ser a mais fácil de provocar, e preciso que eles me ataquem para ter um pouco de vantagem, isso é melhor que lutar contra um inimigo cuidadoso.
Deu certo, Maki, me atacou como um touro furioso disferindo uma estocada alta mirando minha cabeça, nunca lutei contra armas antes, mas consegui abaixar meu corpo e tentei me aproximar do dela, só para receber uma joelhada que defende com o braço, ela é forte, anormalmente forte, a força do golpe me fez ficar ereto, ela se aproveitou disso para tentar atingir a lateral da minha perna, pulei para trás e fez um selo ainda no ar.
"Monokurorapusu: Gureiōbu!" {Lapso Monocromático: Orbe Cinza!}
A esfera de energia sem cor surgiu na minha frente, a mandei na direção da Maki, com a intenção de acabar com sua arma, mas ela usou a parte de baixo do seu cajado de madeira para impulsionar seu corpo para o lado, dando um mortal lindo e depois mais alguns saltos, saindo do caminho e deixando meu orbe voar em linha reta atingindo as arquibancadas a vinte metros de nós, primeiro elas perderam a cor, e depois um buraco surgiu no meio delas.
"Tome cuidado, Yama-chan!" Gritou Panda, aparecendo bem do meu lado no ar desferindo um soco.
Bloquei com meu braço, mas ele era forte, acabei sendo jogado para esquerda, rolando alguns metros no chão até conseguir me levantar só para encontrar Inumaki, ele abaixou sua gola revelando sua boca, nem tive tempo de ver suas tatuagens com atenção até ele falar.
"Não se mova!"
A energia amaldiçoada vibrou no ar, e meu corpo foi atingido por uma força invisível, estou congelado.
"Cof!"
Inumaki, começou a tossir descontroladamente e se afastou, dando lugar para Maki e Panda, que avançaram lado a lado na minha direção.
A técnica inata dele é poderosa, mas não deve ser onipotente, por isso aumentei ainda mais minha energia amaldiçoada cobrindo todo meu corpo com ela e aumentando minha força, resistência e velocidade no meu máximo, olhei para baixo, e vi que fiquei completamente cinza, sem cor, e também livre da influência do Inumaki.
Maki, atacou rápido com várias estocadas mirando minha cabeça, ela é ótima nisso, não tive escolha a não ser defender com meus braços, foi difícil, só consegui recuar e recuar defendendo um ataque sem sinal de parar, até que Panda, apareceu de novo do meu lado com seu corpo envolvido por sua energia amaldiçoada aumentando seu físico já assustador no máximo. Abaixei minha cabeça deixando o cajado passar com cima dela e torci meu corpo ficando de frente para o Panda, não tinha como desviar, então só coloquei meus braços formando um "X" na frente do meu corpo.
"BLAW!"
Foi como aço atingido aço, meu corpo foi empurrado um metro no chão, mas isso não bastou para Panda, que avançou contra mim numa pose de boxe, em vez de recuar, também fui para frente.
Consegui dar três socos rápidos no corpo do Panda, antes dele dar um acertar um jab no meu queixo, forte, mas não tanto quanto os golpes do Gojo-sensei. Nós mantivemos próximos trocando socos e mais socos nos movendo para a direção que eu queria, estou colocando o corpo imenso do Panda, na frente dos outros dois, tirando a chance deles se juntarem à batalha.
"Tenho mais ou menos uma ideia agora." Falei comigo mesmo dando um gancho bem no queixo dele jogando sua cabeça para o alto deixando seu corpo reto, ele contra-atacou socando de baixo para cima atingindo a lateral da minha cabeça com tanta força que quase cai de joelhos no chão.
Dei alguns passos para trás, vendo que Maki e Inumaki, ainda não podem atacar diretamente, trocamos socos por alguns segundos, e nos afastamos um pouco dele.
"Isso doeu." Comentou Panda, aumentando sua energia amaldiçoada.
Ele com certeza, não está dando tudo, assim como todo mundo aqui, mas tenho que ser um pouco mais rápido, ainda tenho mais dois inimigos para cuidar.
Panda, atacou de novo numa combinação rápida de quatro socos, defende dois deles e no terceiro, avancei contra sua guarda tocando seus braços esticados com um mão gentilmente.
"Monokurorapusu: Haiiro no rōgoku!" {Lapso Monocromático: Prisão Cinza!}
Minha técnica inata certou todo o corpo do urso, tirando a dor do seu redor, deixando apenas ele, confuso, ele não me atacou, me dando chance de atingir o centro do seu peito com minha palma aberta o empurrando para trás, sabendo muito bem que isso, não iria o matar, já que calculei mais ou menos o quão resistente ele é.
"VRUMMMMMMMMMMMMMMM!"
Ele voou como um foguete quase atingindo Maki, que desviou pulando para esquerda.
"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"
O Panda, cruzou todo o campo de corrida atingido as arquibancadas, abrindo um buraco nelas e continuando, até acertar algo que estava fora da minha visão.
"O que diabos foi isso?" Gritou Maki.
Inumaki, não ficou assustado, em vez disso, quase estava abrindo sua boca, mas aparece na frente dele colocando minha mão sobre sua boca e o levantando do chão.
"Acho que não." Comentei.
Em vez de ficar assustado com meu movimento, Inumaki, torceu seu corpo colocando uma das pernas por cima do meu braço, a outra, ele usou para desferir uma joelhada na minha cabeça. Cai um pouco para esquerda surpreso com a dor, ele tentou de novo, mas girei ele rápido por cima do meu corpo o fazendo me soltar ao atingir o chão com suas costas.
Antes dele tentar qualquer coisa, já sem fôlego, soquei para baixo com tudo que eu tinha.
"BLAW!"
Não atingi sua cabeça por poucos segundos, abrindo um buraco na grama afundando meu pulso.
"Salmão!" Falou ele, levantando suas mãos em rendição.
Antes de levantar, Maki, atingiu a lateral da minha cabeça me jogando de cara na grama, girei meu corpo e levantei, defende com meus braços mais quatro golpes mirando minha cabeça, até ela parar, e se afastar, entrando em posição com o cajado de madeira apontado para meu peito.
"Era para ser uma luta amigável." Falei limpando o sangue na lateral da minha cabeça, foi um pequeno corte graças à minha resistência aumentada.
"Foi você que começou!" Gritou ela olhando para onde joguei o Panda.
"Aquilo? Ele vai ficar bem, não acertei o núcleo dele."
Maki, inclinou a cabeça sem entender.
A primeira coisa que pesquisei assim que cheguei na biblioteca, foi como o Diretor, conseguia animar de tal forma um bichinho de pelúcia, e isso me levou a dedução que o Panda, é uma de suas marionetes, só que mais inteligente, talvez até viva, mas isso seria um crime, vai saber, então não atingir o núcleo do Panda, toda marionete amaldiçoada tem um.
Claro, a menina irritada e agressiva, não entendeu isso, e me atacou com mais ferocidade ainda.
Eu poderia adiantar um pouco essa luta usando minha técnica inata, mas esse é um bom momento para treinar, até agora, só lutei contra o Gojo-sensei, e os dois têm um estilo muito diferentes de luta. Então, trocamos golpes atrás de golpes nos movendo pelo campo, queria dizer que estou me saindo bem, mas com o cajado, o alcance dela é muito maior que o meu, estou levando mais do que batendo, ela também agora sabe um pouco mais sobre meu estilo, e não vai me permitir chegar próximo dela, se continuar assim, sem atacar com tudo, vou perder com certeza, mesmo assim, continuei lutando contra ela.
"Ei idiota, você está pegando leve comigo!" Perguntou ela brava, atingido da esquerda para direita meu rosto, consegui retornar a guarda evitando mais dois golpes rápidos dela.
Acho, que minha intenção foi mal compreendida.
Isso deixou Maki, ainda mais intensa, tirando realmente sangue de mim, mas esse ataque de furia também quebrou sua forma, vi uma abertura e aproveitei.
Assim que ela estendeu seu cajado, fui para esquerda atingindo o centro da sua arma o quebrando em dois, Maki, não ligou para isso e se adaptou rapidamente, segurando os dois pedaços, o cajado se tornou dois bastões, mas agora a distância entre nós diminuiu, e consegui encaixar um bom chute na barriga dela a jogando para trás.
Ela rolou duas vezes e se levantou, antes de retomarmos a briga, Gojo-sensei, apareceu do nada no meio de nós dois.
"Isso basta, temos um vencedor!" Ele veio até mim e levantou minha mão declarando isso.
"Eu ainda posso lutar." Respondeu Maki.
"Diga isso para suas duas costelas quebradas."
Exagerei.
"Yama-chan, não pega leve nem mesmo com as mulheres, que coisa feia." Gojo-sensei, me repreendeu com aquela cara de idiota.
Mesmo com as costelas quebradas, Maki, não parecia nada afetada.
"Minha cabeça está girando!" Gritou Panda, se aproximando de nós.
"Salmão!" Concordo o outro, do lado do urso preto e branco.
"Maki-san, por favor vá para enfermaria, eles vão cuidar de você rapidinho." Ordenou Gojo-sensei.
"Eu disse que posso continuar lutando!"
"Panda-san e Inumaki-san, por favor, arrastem Maki-san, até a enfermaria."
"Entendido!" "Salmão!"
Os dois agarraram cada lado dos braços da Maki, e a arrastaram sobre gritos na direção dos prédios.
"Realmente exagerei, foi sem querer." Falei sem jeito mexendo nos meus cabelos, um pouco envergonhado.
"Você ainda não entendeu o quão forte ficou, se a Maki-san, não fosse dotada de um físico anormal, ela estaria morta agora."
"Já falei que sinto muito!"
"Bem, tudo acabou bem, fora os danos à escola, vou dizer que a culpa foi toda sua, então tudo bem." Gojo-sensei, fez aquela cara de idiota de novo.
Agora, não quero ser o mais forte apenas para viver livre, também quero para conseguir bater na cara dele quando quiser.