A melhor notícia de se ter finalmente mais pessoas comigo nessa enorme escola, é que os serviços finalmente começaram, isso quer dizer comida preparada por bons cozinheiros com ingredientes de qualidade, comida que estou me acabando agora.
Arroz, peixe, sopa e por aí vai, enche meu prato.
Depois de tanto tempo comendo só besteira, tudo isso tem um gosto celestial.
Claro, consegui fazer o Ijichi-san, parar próximo de um supermercado depois das minhas missões, consegui comprar alguma comida com o pouco de dinheiro que tinha no bolso desde o que aconteceu na escola, mas sem fogo ou recipientes, tive que me contentar com macarrão instantâneo e comidas do tipo.
Quanto ao dinheiro, estou achando muito engraçado minha situação atual.
Ser um Feiticeiro, é um trabalho pago pelo governo, você até mesmo pode se aposentar após chegar numa certa idade, somos pagos por cada trabalho, e muito bem pagos, mas como sou ainda menor de idade, todo meu dinheiro que ganhei com as missões está sendo retido, só vou receber após atingir a maioridade.
Então, sim, você pode ser enviado para missões mortais para lutar contra monstros assassinos, mas não pode receber por isso até ser maior, é ilegal trabalho infantil.
Na verdade, acho que isso é apenas uma tática suja dos velhos para poupar dinheiro, se eu morrer antes disso acontecer, não preciso receber.
"Yama-chan, tá tudo bem com você?" Perguntou Panda, sentado na minha frente do outro lado da mesa comendo lentamente um onigiri, o triangulo de arroz ficou tão pequeno nas suas mãos, que ele teve que o segurar usando suas garras longas e negras.
"Como assim?" Falei colocando meus hashis do lado do meu prato e tomando um gole de suco.
"Você está comendo como um animal esfomeado." Maki, falou do outro lado da mesa, longe de todo mundo.
"Folha de mostarda?" Perguntou Inumaki-san, não, Toge-san, ele prefere ser chamado assim.
"Vim para a escola muitas semanas antes de vocês, e não havia cozinheiros, digo com certeza agora, que nenhum adolescente consegue viver de salgadinhos e refrigerante, pode acreditar, eu tentei." Falei pegando de volta meus hashis, vou tentar comer devagar agora.
Já faz quatro dias desde que nos conhecemos e daquela briga, e só agora, nos juntamos na mesa para comer dessa forma.
Essa escola não agi como uma escola comum, não temos aula todo dia, e só o Diretor Yaga-san e o Gojo-sensei, podem dar aula para nós, coisa que não aconteceu até agora, tem outros que estão ligados a escola, mas eles não são professores, e sim Feiticeiros, então cada um tem suas próprias missões, isso quer dizer que temos muito tempo livre, dias e mais dias.
Então, temos o habito de treinar sozinhos todo dia, Maki, tem o habito de correr antes do sol nascer e treinar com armas sozinha no dojo, e são muitas, muitas armas.
Toge-san, treina num local afastado e o Panda, parece gostar bastante da floresta ao redor dos prédios da escola, ocasionalmente, dá para escutar explosões e arvores caindo.
"Apenas pare de comer como um animal, já temos um desses na mesa!" Gritou Maki-san, comendo uma refeição bem simples.
"Panda não é um animal, panda é o panda!" Gritou meu companheiro peludo, ele não ficou ofendido, em vez disso, voltou sua atenção para o onigiri, dando mordidas lentas e controladas de forma até que fofa.
Depois de nossa briga, Gojo-sensei, meio que nos forçou a compartilha um pouco dos nossos pontos fortes e técnicas inatas, o que achei estranho, parecia que seu propósito era criar uma real ligação entre nós, o que foge um pouco da sua personalidade, claro, que a sua personalidade irritante, era apenas uma capa para seriedade abaixo. De qualquer forma, Panda, revelou o que eu já tinha previsto, ele era um cadáver amaldiçoado dotado de vida e inteligência, ou seja, sua existência em si é um crime de acordo as leis desse mundo, ele e seu criador, ou pai, como ele o chama, no caso nosso diretor, deveriam ser destruídos, mas claro, ele é mais um que foi salvo pelo Gojo-sensei.
"Vou treinar, alguém quer vir comigo?" Inesperadamente, fui eu quem fez esse pedido.
"Salmão!" Confirmou Toge-san.
Quando foi que comecei a entender ele?
Acho que foi quando compartilhamos sobre nossas técnicas inatas, demorou quase meia hora para conseguir entender o que ele queria explicar com suas poucas palavras, de todos aqui, a técnica herdada do clã do Toge-san, é de longe a mais interessante, o poder de amaldiçoar alguém apenas falando em voz alta é com certeza, muito poderoso, mas tem limitações, uma delas é que ele demora para aprender uma palavra de comando, fora também o custo físico para força um ordem em alguém mais poderoso que ele.
De qualquer forma, até mesmo Gojo-sensei, confirmou, no futuro, ele pode chegar ao Grau Especial, se continuar nesse nível de crescimento.
"Eu também quero treinar!" Aceitou Panda, fazendo todos nós olharmos para Maki, comendo lentamente sem ligar para a conversa.
Maki, não gosta de falar sobre ela, muito fechada, mas não foi difícil conseguir informações sobre aquela que o seu próprio clã chama de "o fracasso do clã Zen'in". Eles são idiotas, mesmo com essa restrição celestial sobre ela, que trocou a energia amaldiçoada por um físico sobre-humano, é claro que ela vai ficar mais e mais forte, junte isso a suas técnicas de batalha e você tem um provável monstro.
Na verdade, ela é com quem mais quero lutar, mesmo não querendo começar a aprender a usar armas, ainda é bom aprender a lutar desarmado contra elas.
"Maki-san!" Cantarolou Panda, forçando uma resposta.
"Tudo bem!" Maki gritou, aceitando.
Agora que todo mundo já está dentro, conversarmos normalmente por mais alguns minutos até o almoço acabar, levamos as bandejas e os pratos e depois saímos do refeitório, combinamos de ir para o dojo, dessa forma, vamos ter que nos conter para não levar toda a construção abaixo treinando juntos, é melhor dessa forma.
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A bokken veio de baixo para cima mirando minha cintura, tentei agarrar ela pelos lados com as minhas palmas, um movimento idiota, Maki, torceu a lâmina de madeira de forma anormalmente rápida e habilidosa, e pronto, a ponta está agora tocando minha jugular.
"Nunca tente segurar a lamina com as mãos, isso não é um filme, idiota." Rugiu Maki, se afastando de mim.
Essa, é a sexta vez que "morri" durante um treinamento de apenas alguns minutos, sim estou indo muito bem. Para minha defesa, não estou usando nenhuma energia amaldiçoada, combinamos o treino com armas assim, então Maki, com seu físico sobre-humano, está muito na vantagem nesse momento.
"De novo." Falou ela ficando em posição, um pé na frente do outro com seu corpo de lado, ela está segurando a katana de madeira com as duas mãos levantadas na altura do seu rosto, era uma postura bela, tão bela, que mesmo eu, um idiota que nunca se deu o trabalho de aprender qualquer estilo marcial, reconhece esse fato.
Respirei mais algumas vezes e avancei com os punhos levantados e o corpo abaixado, o contra-ataque veio rápido da minha esquerda, abaixei meu corpo desviando do golpe amplo e aumentei minha velocidade tentando entrar na sua zona, assim ganhando a luta, mas o golpe amplo também foi uma armadilha, Maki, moveu a espada para cima e deu dois passos para trás para depois abaixar a bokken de cima para baixo, ela quase atingiu minha testa, consegui girar meu corpo para esquerda e socar uma fez mirando a lateral do seu corpo, mas Maki, também já tinha se movido para direção contraria e a ponta da lâmina tocou meu peito, bem em cima do meu coração.
"Tudo bem, preciso de um tempo." Falei tirando a lâmina de madeira do meu peito lentamente com o braço, sem poder usar minha energia amaldiçoada, minha resistência não é lá essas coisas.
Maki-san, apenas olhou para mim e descansou sua arma no ombro.
"Eu sou o próximo!" Gritou Panda, se levantando do chão.
Sai do centro do dojo e fui até a beirada dele, Toge-san, estava sentado lá no chão em postura seiza.
"Ovas picantes de bacalhau!" Falou ele me passando uma garrafa de água fechada.
"Obrigado." Agradece pelo seu incentivo e bebida enquanto sentava do seu lado de forma mais relaxada.
No meio da sala, Panda, já estava levantando uma surra da Maki-san, diferente de mim, para ele perder, ele tem que ser atingido três vezes num ponto vital, faz sentido, estamos levando em conta aqui seu tamanho e massa, fora o fato dele não ser um ser vivo, tecnicamente.
Essa não é nossa primeira troca, estamos treinando há mais ou menos duas horas sem parar, melhor dizendo, a Maki-san, está nos batendo duas horas seguidas sem parar, já que descansamos durante o revezamento, mesmo assim, a mulher não está nem mesmo suando.
"Atum!" Toge-san, chamou minha atenção para os movimentos dela, diferente de quando estava lutando comigo, quando havia mais graça nos seus movimentos fluidos mirando sempre nos buracos da minha defesa, agora ela está lutando de forma mais agressiva com uma defesa forte. Percebendo isso, entende que contra o meu companheiro quieto, ela também mudou seu estilo de luta para algo mais direto.
"Ela está tentando nos ensinar, mostrando nossos pontos fracos, que gentil." Falei em voz baixa, recebendo um aceno calmo e controlado em confirmação daquele que está do meu lado.
Toge-san, também foi muito bem treinado fisicamente, como o seu poder o desgasta muito, ele tem que se garantir se ficar sem ele, mas de todos aqui, seu físico é o menos impressionante, mesmo com sua boa quantidade de energia amaldiçoada.
Mais um pouco depois, e Panda, também foi tirado da batalha.
"Eu quase consegui!" Gritou ele se afastando com cabeça e braços abaixados, parecendo bem lamentável.
Odeio o quão fácil ele faz toda essa postura fofa.
"Boa sorte." Falou para Toge-san, que já tinha se levantado.
"Salmão."
Panda, sentou-se do meu lado e passei para ele uma garrafa de água, mas ele não precisa realmente de comer ou beber.
"Maki-san, é tão implacável." Suspirou ele, após beber a garrafa inteira num só gole.
"Melhor assim, se encontramos alguém habilidoso com armas e mais forte do que nós, vamos morrer em segundos!"
Uma espada foi feita para matar, e nesse mundo cruel, um inimigo não vai pensar duas vezes em o fazer. No melhor dos casos, na pior situação, vamos acabar perdendo um membro, a derrota é certa se não conseguirmos habilidade para lutar contra armas.
"Yama-chan, como foi sua primeira missão?" Panda, perguntou isso do nada.
Eles ainda vão fazer sua primeira missão, e assim receber suas identidades e graus. Tendo nascido literalmente recentemente, acho que ele ainda não lutou contra uma maldição, não uma abaixo do Grau Quatro.
"Bem tranquila, é a primeira missão, então é literalmente fácil, só uma formalidade dos mais velhos." Menti para ele, mas também não menti, é exatamente isso que a primeira missão deve ser, mas vai saber se os Velhos, vão tentar algo engraçado de novo.
Não, eles tentaram uma vez, duvido que façam de novo, Gojo-sensei, não teria tanta paciência ao lidar com o mesmo truque duas vezes.
"Oh, então tudo bem." Suspirou Panda, parecendo mais relaxado.
"Você também vai poder sair, o que é um bônus incrível." Falei o animando mais ainda.
Foquei de novo na luta do Toge-san e da Maki-san, diferente de mim e do Panda, ela agora está sendo mais ágil, partindo para cima em vez de esperar na defesa como fez comigo, faz sentido para ele, um lutador de médio e longe alcance, seu inimigo, vai tentar se aproximar dele a qualquer custo, por isso, essa agressividade toda.
Ele lutou bem, mas a batalha acabou rápido, mas rápido que a minha ao do Panda, já que ela está partindo para o ataque, fazendo Toge-san, suar muito sobre pressão.
Quatro toques depois, e ele abaixou a cabeça em agradecimento e voltou para onde sentamos.
"Você não quer descansar?" Perguntei para Maki-san, que não parou, e nem parecia cansada, voltei ao centro do dojo, está na hora do treinamento dela.
"Agora que acabei de aquecer?" Foi essa a resposta dela, que andou até a parede esquerda, onde preso a ela ficam as armas de treinamento, ela guardou sua bokken, e pegou várias pequenas facas de madeira retas, armas de arremesso de treinamento.
Até agora, foi nosso treinamento, é a vez dela agora, mas para isso, propus uma ideia que pode realmente ajudar, mas temos que testar antes, já que nunca tentei dessa forma.
Maki-san, não me deu nenhum aviso, apenas girou seu corpo rapidamente jogando várias facas de madeira na minha direção tão rápido quanto foguetes, mas já sabendo muito bem como é sua personalidade, estava pronto, e dessa vez, a energia amaldiçoada correndo pelo meu corpo me elevando a velocidades sobre-humanas.
"Monokurorapusu: Gureiōbu!" {Lapso Monocromático: Orbe Cinza!}
Foi quase, a orbe cinza surgiu na minha frente, um segundo atrasado e as facas teriam acertando meu corpo, agora, elas estão congeladas no ar poucos centímetros do meu corpo, não congeladas, se olhar bem de frente, pode ser ver elas ainda se movendo, só que muito, muito lentamente, literalmente em câmera lenta, na verdade, elas não estavam tão lentas, para uma pessoa normal ainda seria difícil desviar. Com movimentos rápidos, peguei todas as facas com apenas uma mão.
"Parece que funcionou." Falou Maki-san, pegando de volta sua bokken na parede.
"Yama-chan, você conseguiu!" "Salmão."
Falaram os outros dois atrás de mim.
Sim, minha técnica inata tem algumas características, primeiramente, não posso suprimir mais de uma coisa ao mesmo tempo, segundo, contato direito aumenta a eficácia dela, usando ela fora do meu corpo, perco metade da sua eficácia.
O que fiz agora foi suprimir a velocidade de algo, e isso com certeza, vai ser muito útil. Essa foi minha primeira tentativa, e foi um sucesso.
"Faça logo." Falou Maki-san, oferecendo seu braço para mim.
Toquei gentilmente seu pulso para depois o segurar com força antes dela o puxar, um movimento involuntário de alguém que não está acostumado a ser tocada tão gentilmente.
"Monokurorapusu: Haiiro no rōgoku!" {Lapso Monocromático: Prisão Cinza!}
Tudo ao redor do corpo dela perdeu a cor, menos ela em si. Me afastei e a deixei se acostumar com a mudança, e mesmo com sua velocidade suprimida, ela ainda conseguiu se mover quase que normalmente, isso é incrível.
"Como está? Tentei cortar apenas metade, mas isso não é uma matemática exata." Perguntei.
Ela se moveu mais alguns segundos, agora com sua arma entrando e saindo de posições de luta.
"Acho que só foi uns trinta por cento, não é ruim." Respondeu ela.
Ela é com certeza, bem monstruosa.
"Vamos." Ela deu o sinal.
Para seu treinamento, ela precisa lutar com tudo contra alguém usando energia amaldiçoada, mas fazer isso com certeza, destruiria parte da escola, e não queremos levar reclamação, ou pior ainda, zombarias do Gojo-sensei, que conseguiu em apenas quatro dias, ser classificado como um idiota por todos os novos alunos.
Ai que entrar a velocidade reduzida, isso vai forçar ela e manter as coisas sobre controle.
"Aqui vou eu." Avisei.
Não pude negar um sorriso no rosto, quer dizer, ela estava batendo em todo mundo por duas horas seguidas, acho que posso me permitir sentir alguma alegria em fazer o mesmo.
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Depois de horas treinando, o que realmente foi divertido de se fazer com mais pessoas, jantamos e depois nos separamos, mesmo de noite, ainda era cedo, muito cedo para adolescentes dormir, mas não havia muito o que se a fazer de noite nas montanhas, então fomos para nossos quartos. Os dormitórios são exageradamente enormes, como tudo nessa escola para poucos alunos, então ficamos bastante separados nos nossos próprios quartos. Tomei meu banho e peguei alguns livros que havia colocado no meu quarto e fui para meu local preferido, o telhado do dormitório.
É impressionante o quão rápido você perde o medo de algo quando percebe que ele não pode te machucar de forma alguma, nunca tive realmente medo de altura, mas também antes não me arriscaria subir tão alto sem nada para segurar, mas agora que sei que mesmo se eu cair dessa altura várias vezes seguidas, não vou me ferir, estou aqui sem medo nenhum.
Nas minhas mãos, um antigo livro explicando as técnicas inatas, meu interesse no momento estava na reversão, e isso é complicado, muito complicado.
A reversão é literalmente ir contra as leis da técnica inata, gerando energia positiva da negativa. Energia amaldiçoada pode ser utilizada para muitos feitos, mas não serve para curar, é contra sua natureza, é por isso mesmo que a positiva que tem esse poder, e usar energia positiva para acionar a técnica inata produz o contrário dela, a reversão de técnica inata.
Esqueça a expansão de domínio, isso para mim é o verdadeiro ápice do poder nesse mundo. A dificuldade é imensa, o controle tem que ser quase perfeito para atingir esse nível, e se você o atingir, vai se tornar um monstro com um fator de cura tão assustador quanto das histórias em quadrinhos, você só vai morrer se for cortado pela metade, ficar sem a cabeça ou sem energia amaldiçoada, pelo menos, é isso que peguei dos livros.
Mas estou indo muito à frente da minha habilidade agora, meu proposito no momento é gerar energia positiva, apenas o bastante para ativar a reversão, curar feridas com ela é cem vezes mais difícil que isso, ainda bem que tenho uma vantagem nisso, posso usar minhas reservas de energia amaldiçoada para literalmente gerar um pouco de energia positiva gastando tudo de tenho, a vantagem de se ter muito é a possibilidade do desperdício.
Sim, estou me adiantando, é muito, acho melhor tentar criar meu shikigami primeiro, ou focar nas barreiras, já passei do campo teórico, amanhã vou à parte de trás da montanha tentar sozinho para não passar vergonha se algo der errado.
"Yama-chan, é tão estudioso!" Falou uma voz do meu lado.
E eu achando que hoje seria um dia calmo.
Na minha esquerda, do lado de fora do telhado, Gojo-sensei, surgiu do nada flutuando no ar de cabeça para baixo.
Ele levantou a mão e uma energia azul se manifestou ao redor do meu livro, puxando para sua mão.
"Isso é um pouco avançado para meu atual Yama-chan." Ele falou em voz baixa, um pouco mais sério.
"Eu sei disso, só estou pesquisando e passando o tempo."
O vi girar no ar como um ponteiro de relógio até ficar em pé do meu lado, depois disso ele flutuou lentamente até mim e me devolveu o livro. Aí está outro traço de um Feiticeiro poderoso, a capacidade de usar sua técnica inata sem gestos, sinais ou palavras. De acordo com ele mesmo, seus golpes mais poderosos não estão livres disso, então se pode imaginar a dificuldade de tal ato.
"Isso é bom, isso é bom, mas é melhor ver por si mesmo, Yama-chan, sempre foi um aluno de ação." Continuou meu professor.
"Pare de me chamar assim, já não basta o Panda, minha cabeça está doendo." Falei sabendo o que vai acontecer, Gojo-sensei, me agarrou com sua técnica, agora estou flutuando do seu lado enquanto ele anda para esquerda, se afastando dos dormitórios a cinco metros do chão indo na direção da floresta.
Acabamos nos afastando mais do que pensei, quase que saindo da barreira. Essa zona, parece até mesmo um mundo primordial, apenas árvores e mais árvores à minha frente. Demos sorte de encontrar um pequeno círculo vazio com apenas grama.
Assim que pousamos, Gojo-sensei, fez um sinal com a mão, a energia amaldiçoada ao redor do seu corpo acendeu e brilhou como uma vela azul, iluminando a total escuridão do lugar, foi bonito.
"É só um truque, todo Feiticeiro pode fazer, menos você…." Ele brincou, mas não estava errado, minha energia especial apaga as coisas, não as deixa acessar.
"Vamos logo com isso." Falei entrando em posição, pensando que isso seria uma luta de treino comum.
"Tudo bem, você que pediu." Estava errado.
Ele levantou a mão e fez um sinal com dois dedos na frente do seu peito, isso me fez pular para trás me afastando, Gojo-sensei, nunca usou sinais de mão durante nossas lutas, isso quer dizer que agora as coisas vão ficar, exageradas.
A energia amaldiçoada ao seu redor se torceu, vibrou e tremeu atingindo um tom vermelho como sangue, se concentrando na frente do seu sinal de mão, e seu sorriso, se abriu ainda mais.
"Você conseguiu aquela técnica de defesa que estava tentando? Seria uma boa hora para usar ela agora!" Ele falou arrogantemente, e o mundo tremia ao seu poder.
Gojo-sensei, parou de usar seu sinal de mão, agora só um dedo estava levantando, e acima dele, uma esfera vermelha do tamanho de uma moeda, mas seu poder estava literalmente torcendo o ar ao seu redor, o espaço estava sob seu comando.
"Jutsushiki Hanten, Aka!" {Reversão da Técnica Amaldiçoada, Vermelho!}
O mundo estava tingindo de vermelho, não consegui me mover, era rápido demais.
"TRUMRUMRUNRURNURUMRRUIMRUMRUMURMMMMMMMMMMMMM!"
Assim acabou.
Olhei para a minha esquerda e vi o estrago, ele estava mirando em mim, mas alterou a trajetória do disparo no último segundo. Quanto à destruição em si, parece até mesmo que um gigante usou seu dedo para criar uma linha gigante no chão cavando uma galeria arrastando tudo que havia no caminho até onde a minha visão pode ver, árvores, pedras, terra, tudo empurrado para longe.
"Entendeu agora? Você está longe disso, talvez daqui a um ano, quem sabe." A voz do Gojo-sensei, quebrou o feitiço em mim, lembrei finalmente de respirar.
"Sim, obrigado."
Ele está certo sobre uma coisa, sempre fui melhor aprendendo após ver, e nesse pequeno movimento de agora, feito lentamente para me ajudar nisso, ganhei bastante informação.
"Agora que vimos o que você não pode fazer, vou mostrar o que pode!" Gritou Gojo-sensei, animado de novo.
"Espera…"
Não consegui terminar a frase, ele já está com o sinal de mão feito, e dessa vez, a cor ao seu redor é diferente do vermelho, a cor agora é azul. Ele afastou as mãos do seu corpo e começou a moldar a energia flutuando ao seu redor enquanto falava em voz alta.
"Jutsushiki Junten Shutsuryoku Saidai, Ao!" {Produção Máxima de Energia Amaldiçoada, Azul!}
A energia azul se tornou uma esfera de luz pulsante que estava tremendo como se estivesse viva, um segundo depois, senti meu corpo ser atraído para ela, assim como as pedras ao redor do chão do Gojo-sensei, que ficaram presas dentro da gravidade da esfera do tamanho de uma moeda, mas claro, essa segundo demonstração de poder não acabou, não faz o estilo dele, por isso mesmo a esfera começou a crescer sobre os movimentos dele, puxando meu corpo com força e fazendo as árvores ao nosso redor se inclinarem, o desgraçado jogou isso em mim com um sorriso no rosto.