— Se lembra de Hermes?
— Hermes?
Dois homens num bar conversavam, um deles tinha um livro em mãos escrito O Caibalion.
— É alguém que não possui registros históricos concretos se não seus ensinamentos. — disse o homem com o livro.
Porém o outro apenas retrucou em sarcasmo, — O quê? Como Jesus?
— Não, ele não é uma figura religiosa, ele teve sim menções mas nunca nada concreto. Dizem que surgiu pela primeira vez a dois milênios na mesma época de Cristo, mas depois vieram com seus manuscritos que ditavam de mais de 5 séculos antes de Cristo!
O homem com o livro estava emocionado ao mencionar a figura. No entanto seu colega não partilhava da emoção.
— Então por que tá me contando isso? Não é só especulação de historiador?
— Quem dera...
Sem que ambos soubessem, uma pessoa se levantou dos bancos do fundo após deixar uns papéis em cima da mesa ao mesmo tempo que ajustava seu chapéu preto.
Ele deslizava pelo chão do bar com habilidade, sem produzir som algum, como uma sombra. Seu terno preto de época além de sua bengala davam um charme intrigante a tal figura.
Quando ele saiu do bar pela porta da frente, outro cliente entrou e olhou, como se buscasse alguém. Sem sucesso ele quase ia dando meia volta até que seus olhos avistaram os papéis na mesa.
Com pressa ele os agarrou e escondeu naturalmente sob o sobretudo enquanto casualmente deixava uma gorjeta na mesa.
A pessoa que deixou os documentos?
Nunca 'existiu' para começo de conversa. Da mesma forma que Hermes nunca existiu de 'verdade'.
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Em uma cidade perdida na história, uma mulher cuidava de seus afazeres com visão para a rua.
Quando ela levantou a cabeça viu um homem passeando pela rua. Porém o homem era estranho.
Engraçado é cômico por assim dizer.
Roupas coloridas e assimétricas com um chapéu trabalhado em sua cabeça, ele caminhava em um ar de confiança e aspirações enquanto carregava sua bagagem com uma vara em suas costas, um pequeno cachorrinho o perseguia curioso.
A imagem do homem ficou gravada no rosto da mulher por algum motivo, era uma visão tão intrigante e... tola.
O homem continuava a caminhar ao mesmo tempo que atraía olhares das pessoas ao redor, um sorriso estampado no rosto ao viajar para um destino desconhecido.
Foi então que rumores se espalharam pela cidade.
Um louco/tolo havia chegado na cidade.