Um Conde. Um Palhaço. Um Insano. Um Rei. Um Presidente. Um Soldado. Um Marido. Uma Empresária. Uma Aviadora. Um Pesquisador. Uma Exploradora. Um Conspirador...
Diferentes imagens 'colapsavam' e costuravam em meio ao espaço sem luz que era o lugar. Uma entidade se fazia presente no meio do emaranhado de fios que destilavam diferentes 'painéis'. Todos convergindo para uma única linha reta, o único caminho que a entidade conhecia.
Dando um passo, o vazio se transformou em um mundo de cores e logo, a entidade se viu como um fazendeiro exausto.
Sua raiva crescia com o nobre que governava suas terras, portanto num ato corajoso ele incitou seus vizinhos e irmãos afim de ensinar ao nobre com quem ele estava mexendo.
No final... ninguém se lembra do fazendeiro. Ele desapareceu em meio a revolta na frente da morada da família nobre que agora lisava com a revolta dos fazendeiros e pebleus irados.
Mas o trabalho estava feito, dizia a entidade a si mesma.
O mundo se degradou em vários fragmentos dando lugar ao vazio e a teia de identidades e destinos.
Olhando agora sem forma para as linhas a entidade, pessoa, só podia baixar a cabeça e continuar em frente.
Uma porta estava em sua frente, uma sala de cirurgia, equipamentos de alta tecnologia e na maca, um paciente incomum com a fisiologia de um humano.
Ele olhou para o espelho e admirou que sua aparência era de um alienígena humanóide azulado, quatro olhos e uma mandíbula sem lábios cobertos pelo capacete de proteção.
Realizada a autópsia o cirurgião chefe baixou os arquivos de vídeo da operação no banco de dados e se retirou do complexo. Desaparecendo entre os becos da cidadela no espaço.
Uma sombra ganhou vida enquanto se arrastava entre os 'tecidos' do tempo. Uma silhueta negra e sem forma aderiu uma forma humanóide dentro da teia de identidades. Dois pontos claros em sua 'nuca' se manifestaram observando todas as linhas.
A Pessoa, algo que não podia sair e permanecer na história,
Aquele que fica e marca seus passos nos mundos,
A figura histórica de todas as espécies e raças,
O presenciador paradoxal do Tempo.
Entra e sai do vazio a entidade caminhava pela história.
A História pertencente ao universo em sí.