Sob o manto escuro da noite, quatro sombras se erguiam em torno da quinta figura, formando um círculo protetor ao seu redor enquanto avançavam pelas ruas estreitas de Marienburg. Cada um dos protetores mantinha-se vigilante, seus sentidos aguçados captando cada movimento ao seu redor, prontos para agir no instante em que surgisse qualquer ameaça.
Enquanto as figuras encapuzadas avançavam, os quatro protetores mantinham-se em constante alerta, seus olhos atentos varrendo o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo iminente. Suas capas negras ondulavam ao vento noturno, criando um véu sombrio que os envolvia em mistério e sigilo.
Cada um dos protetores emanava uma aura de determinação e força, prontos para defender seu senhor a qualquer custo. Em suas cinturas, pendiam as espadas bastardas, símbolos de sua lealdade e habilidade no combate. Seus passos eram coordenados e silenciosos, suas mãos sempre próximas às armas, prontas para serem empunhadas no momento certo.
Enquanto a cidade dormia sob o manto da noite, os quatro protetores permaneciam vigilantes, mantendo-se firmes em sua missão de garantir a segurança e proteção do senhor em seu meio. Para eles, a lealdade era uma promessa sagrada, e eles estavam dispostos a enfrentar qualquer desafio para cumpri-la.
Os habitantes de Marienburg nutriam um misto de medo e respeito pelos Lourenços, os senhores do castelo imponente que se erguia sobre a cidade. Desde tempos imemoriais, a família Lourenços havia governado com mão de ferro sobre aquelas terras, impondo sua vontade sobre os que viviam abaixo deles.
O medo se originava da reputação dos Lourenços como governantes implacáveis, cuja palavra era lei e cujas punições eram severas para aqueles que ousassem desafiá-los. Os rumores sobre as masmorras sombrias do castelo, onde os transgressores eram levados para nunca mais serem vistos novamente, alimentavam os temores dos habitantes, que sabiam que era mais seguro não cruzar o caminho dos senhores do castelo.
Ao mesmo tempo, havia um profundo respeito pelos Lourenços, uma reverência que vinha não apenas de seu poderio militar e riqueza. Os Lourenços eram vistos como os protetores da cidade, aqueles que garantiam sua segurança e prosperidade, e muitos reconheciam que, apesar de suas falhas, seu governo tinha trazido estabilidade e ordem à região.
Assim, os habitantes de Marienburg viviam em um estado de tensão constante, equilibrando o medo da ira dos Lourenços com o respeito pela autoridade que eles representavam. Sabiam que, enquanto permanecessem obedientes e leais, podiam desfrutar da proteção dos senhores do castelo. No entanto, também estavam cientes de que qualquer deslize poderia resultar em consequências terríveis, e por isso tratavam os Lourenços com o devido cuidado e deferência.
A história de Elara é uma jornada marcada por sombras e desafios. Após a morte trágica de seu marido, ela foi forçada a assumir não apenas o papel de mãe solteira, mas também a responsabilidade de gerenciar a taberna que ele deixou para trás. Em um mundo onde as mulheres são frequentemente relegadas aos papéis tradicionais de cuidar do lar, Elara enfrentou uma batalha árdua para ser reconhecida como uma figura de autoridade na comunidade.
Desde o início, Elara foi confrontada com a desconfiança e o desprezo dos clientes e membros da comunidade, que viam sua presença na taberna como uma aberração. Muitos duvidavam de suas habilidades e questionavam sua capacidade de lidar com os aspectos práticos e financeiros do negócio. Ela teve que lutar para provar seu valor repetidamente, enfrentando comentários desdenhosos e resistência constante.
Gerenciar a taberna tornou-se uma tarefa árdua e solitária para Elara. Além de lidar com o luto pela perda de seu marido, ela teve que enfrentar o peso esmagador das responsabilidades que recaíam sobre seus ombros. Longas horas de trabalho nos bastidores, cuidando do estoque, lidando com fornecedores e gerenciando as finanças tornaram-se a norma para ela, enquanto tentava equilibrar essas responsabilidades com as demandas de cuidar de seus filhos.
A hostilidade e o machismo arraigado na sociedade em que vivia tornaram a jornada de Elara ainda mais desafiadora. Ela era constantemente subestimada e menosprezada, enfrentando obstáculos que muitas vezes pareciam insuperáveis. No entanto, sua determinação e resiliência continuaram a impulsioná-la, mesmo quando tudo ao seu redor parecia conspirar contra ela.
A história de Elara é uma reflexão sombria da realidade implacável enfrentada por muitas mulheres. Apesar das dificuldades esmagadoras que enfrentou, sua coragem e força de vontade são um testemunho de sua luta incansável pela sobrevivência e pelo reconhecimento em um mundo que muitas vezes parece estar contra ela.
Na taberna de Elara, enquanto o ambiente transbordava com risadas e conversas animadas, cantos escuros e isolados abrigavam alguns frequentadores menos desejáveis. Em meio ao burburinho das mesas cheias, alguns bêbados solitários se encolhiam, suas vozes roucas e olhares perdidos revelando um estado de embriaguez avançado. O cheiro de álcool impregnava o ar ao redor deles, misturado com notas de suor e desespero.
Esses indivíduos, muitas vezes ignorados pelos outros clientes, buscavam refúgio na bebida para afogar suas mágoas e escapar das realidades sombrias de suas vidas. Com cada gole, pareciam afundar ainda mais em um abismo
de desespero, perdendo-se em pensamentos distantes e ilusões fugazes.
Apesar de sua presença perturbadora, eles faziam parte da paisagem da taberna de Elara, uma lembrança constante das lutas e desafios enfrentados pelos habitantes da cidade de Marienburg. Embora fossem tratados com piedade por alguns e desprezo por outros, todos compartilhavam o mesmo espaço, cada um lutando contra seus próprios demônios enquanto buscavam um momento de alívio em meio ao caos da vida cotidiana.
A porta rangia ao se abrir, revelando a silhueta de dois homens vestidos com capas negras que pairavam na entrada da taberna. Seus olhares perscrutadores vasculhavam o ambiente, enquanto um deles acenava discretamente para indicar que estava tudo bem. Com gestos coordenados, os outros três indivíduos se juntaram a eles, suas capas escuras ondulavam suavemente enquanto avançavam para dentro do estabelecimento.
O grupo se movia com uma determinação silenciosa, seus passos firmes ecoando pelo chão gasto da taberna. Os rostos ocultos pelas sombras das capas transmitiam uma aura de mistério e autoridade, despertando curiosidade e apreensão entre os frequentadores.
À medida que se aproximavam das mesas ocupadas, os murmúrios se tornavam mais baixos, e os olhares curiosos se desviavam nervosamente. Alguns dos clientes mais atentos percebiam as espadas penduradas em suas cinturas, uma lembrança silenciosa de que esses homens não eram meros transeuntes, mas sim figuras de autoridade ou talvez até mesmo de perigo.
Enquanto os cinco homens se acomodavam em uma mesa afastada, um silêncio momentâneo pairava sobre a taberna, interrompido apenas pelo som abafado das conversas retomando lentamente e pelo ranger ocasional de uma cadeira sendo movida. A presença dos recém-chegados não passava despercebida, deixando uma sensação de expectativa no ar enquanto os clientes tentavam imaginar o que poderia estar por vir.
Pov Elara: Meu coração disparou ao ver os homens de capas negras adentrando a taberna. Seus olhos se estreitaram em uma mistura de temor e curiosidade enquanto ela tentava decifrar a identidade e intenções daqueles misteriosos visitantes. Uma onda de apreensão percorreu seu corpo, mas ela manteve uma expressão serena, disfarçando qualquer sinal de nervosismo. Enquanto continuava a servir os clientes, sua mente trabalhava freneticamente, tentando antecipar as possíveis ramificações da presença daqueles homens em seu estabelecimento.
Na taberna, Konrad e seus Guardas se acomodaram em uma mesa próxima ao balcão. Elara, com sua postura firme e determinada, recebia os clientes com um sorriso gentil enquanto servia as bebidas. Seus olhos, por um momento, encontraram os de Konrad, e uma faísca de reconhecimento pareceu passar entre eles, mas logo ela voltou sua atenção para os outros clientes, mantendo uma distância cautelosa.
Konrad fez um sinal discreto para um de seus guardas, indicando que ele deveria pedir vinho e especificar que gostaria de ser servido por Elara. O guarda assentiu e dirigiu-se ao balcão, transmitindo o pedido conforme instruído por Konrad. Elara, ao receber a solicitação, lançou um breve olhar na direção de Konrad, seu semblante revelando um misto de surpresa e apreensão, antes de preparar o vinho e entregá-lo ao guarda. Ela foi até a mesa e serviu os convidados com um sorriso gentil, mas estava com medo por dentro. Konrad olhou pra ela e falou, "Qual o seu nome, senhorita?" Ela ficou surpresa e respondeu, "Elara". "Posso perguntar o seu?" O guarda lançou um olhar questionador e Konrad riu, respondendo, "Meu nome é Eric, senhorita". Ele lançou um olhar pra ela, avaliando-a da cabeça aos pés.
Ela sentiu um arrepio na espinha, se despediu e voltou ao
trabalho. Konrad terminou sua bebida e caminhou de volta ao castelo. Chegando no seu quarto, sua ava veio rapidamente ajudá-lo a se despir e os dois se divertiram a noite.