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Chapter 11 - A Justiça dos Lourenços

Konrad acordou animado com a perspectiva do dia que se iniciava. "Hoje, meu pai finalmente me atribuirá alguma tarefa pelo território. Mal posso esperar para sair da cidade de Marienburg", pensou ele enquanto se levantava da cama. Com passos calmos, dirigiu-se até a janela e contemplou a vista deslumbrante que se descortinava diante dele. A cidade medieval de Marienburg estendia-se ao longo das margens do rio, suas torres e muralhas erguendo-se majestosamente contra o horizonte.

Enquanto admirava a paisagem, ouviu uma batida suave na porta. "Posso entrar, meu senhor?", perguntou Ava, sua serva, com uma bacia de água nas mãos. Konrad assentiu e observou enquanto ela adentrava o quarto com sua habitual graça e submissão. Ava era uma presença constante em sua vida, uma figura discreta e dedicada que o servia com diligência e devoção. No entanto, havia algo em seus olhos escuros e em seu sorriso tímido que intrigava Konrad, despertando um misto de curiosidade e fascínio.

Enquanto Ava cuidava dos preparativos para o banho de Konrad, ele não pôde deixar de notar a maneira como ela se movia com graciosidade e eficiência, seus gestos meticulosos e sua postura submissa revelando uma determinação silenciosa por trás de sua servidão. Konrad sentiu bastante confortável diante da presença de Ava, uma tensão palpável pairando entre os dois.

Depois do banho, Konrad desceu para o salão, onde seus pais o aguardavam para o desjejum. Enquanto comiam, seu pai anunciou: "Mais tarde, venha ao meu escritório. Tenho uma tarefa importante para você." Konrad assentiu em silêncio, já imaginando as possibilidades que o aguardavam.

Após o desjejum, enquanto se dirigia ao escritório de seu pai, Konrad encontrou sua mãe no corredor. Ela o deteve com um olhar penetrante e sussurrou: "Lembre-se, meu filho, de que a glória da família é tudo o que importa. Não deixe que nada nem ninguém o impeça de alcançar seus objetivos." Konrad assentiu, sentindo o peso das palavras de sua mãe em seus ombros.

Ao entrar no escritório, Konrad foi recebido pelo olhar sério de seu pai. "Chegou a hora de você assumir uma responsabilidade significativa", disse o Barão, sua voz ressoando com autoridade. "Aquela vila problemática em nosso território está causando inquietação entre os comerciantes. Precisamos lidar com essa situação antes que ela saia do controle."

Konrad assentiu, compreendendo a gravidade da situação. "Entendi, pai. Eu trarei a justiça dos Lourenços para essa vila."

O Barão concordou, e Konrad saiu do escritório determinado a cumprir sua missão. Encontrou Sir Cedric no quartel do castelo, e juntos partiram em direção aos soldados montados que os acompanhariam na missão. Ao se depararem com a imponente tropa de 60 soldados a cavalo, Konrad sentiu uma mistura de orgulho e ansiedade. Aquela seria sua primeira grande tarefa como herdeiro, e ele estava determinado a demonstrar sua coragem e habilidade.

Enquanto os soldados se preparavam para partir, Konrad olhou para sua mãe, que observava silenciosamente da muralha do castelo. Um olhar fugaz entre os dois foi o suficiente para incendiar uma chama de desejo e tensão queimando em seus corações. Mas sabiam que aquele não era o momento nem o lugar para explorar esses sentimentos proibidos.

Com um aceno de cabeça para sua mãe e um aceno para Sir Cedric, Konrad montou em seu cavalo e liderou os soldados em direção à vila problemática. A justiça dos Lourenços estava a caminho, e nada poderia deter a fúria dos Lourenços.