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Chapter 16 - Honra e Obrigações

Konrad acordou sobressaltado, seu coração batendo forte no peito enquanto o suor frio cobria sua testa. Os olhos se abriram abruptamente, mas o eco dos gritos das crianças ainda ressoava em sua mente, uma lembrança daquela vila que o assolava todas as noites, Konrad levantou-se da cama, afastando os resquícios do pesadelo que ainda ecoavam em sua mente. Ele realizou suas necessidades matinais, sua mente já se voltando para os desafios do novo dia que se iniciava, calmamente saindo de seu quarto e partindo.

Konrad adentrou o escritório do Barão Fernando, uma sala imponente adornada com tapeçarias antigas e móveis de carvalho maciço. Seu pai estava sentado em sua poltrona, a postura rígida e os olhos fixos em algum ponto distante enquanto ele refletia sobre os assuntos do dia. Konrad fechou a porta atrás de si e se aproximou, sentindo o peso da atmosfera solene que pairava sobre o ambiente.

"Konrad", cumprimentou o Barão Fernando, sua voz profunda ecoando no silêncio do escritório. Konrad fez uma reverência respeitosa antes de tomar assento em uma cadeira em frente à mesa do seu pai.

O Barão estudou seu filho por um momento, os olhos penetrantes sondando sua expressão em busca de sinais de fraqueza ou hesitação. Konrad se esforçou para manter a compostura, mas havia algo nos olhos de seu pai que o deixava inquieto.

"Pai", começou Konrad, escolhendo suas palavras com cuidado. "É sobre os camponeses, pai. Eu não posso deixar de me sentir culpado pelo que aconteceu ontem. Suas vidas foram ceifadas em um instante, e eu... eu não sei se tomei a decisão certa."

O Barão estudou seu filho por um momento, os lábios pressionados em uma linha fina. "Konrad", disse ele finalmente, sua voz grave e autoritária. "A compaixão é uma fraqueza que não podemos nos permitir."

Konrad engoliu em seco, as palavras de seu pai ecoando em sua mente como um eco sombrio. Ele sabia que seu pai estava certo, é claro. Como herdeiro do baronato, ele tinha a responsabilidade de proteger os interesses de sua família e seu povo, custasse o que custasse.

"Mas pai, eles eram nosso povo", insistiu Konrad, sua voz um pouco mais firme agora. "Eles... eles estavam sofrendo. Eu não pude simplesmente ignorar seu clamor por ajuda."

O Barão balançou a cabeça lentamente, sua expressão imperturbável. "A piedade é um luxo que não podemos nos dar, Konrad", explicou ele. "Somos responsáveis pela segurança e estabilidade de nosso território. Às vezes, isso requer decisões difíceis, decisões que podem parecer cruéis aos olhos dos outros. Mas é assim que se preserva a ordem e a autoridade."

Konrad suspirou, resignado. Ele sabia que teria que ser forte, não importava o quão cruel se tornaria. "Eu entendo, pai", murmurou ele. "Eu farei o que for necessário para proteger nosso lar e nosso legado."

O Barão assentiu, satisfeito com a resposta de seu filho. "Isso é tudo o que eu peço de você, Konrad", disse ele, um leve traço de orgulho em sua voz. "Você é o futuro desta família, o herdeiro de nosso nome e nosso legado. Não se esqueça disso."

Korand acenou, Mudando de assunto Konrad ouviu atentamente as palavras de seu pai, absorvendo cada detalhe sobre as forças militares que protegiam seu território 900 arqueiros, 1.600 lanceiros e 500 espadachins com escudos. Ele assentiu em reconhecimento, consciente da importância de manter um exército forte e bem preparado para garantir o poder de sua família.

"Entendo, pai", respondeu ele, sua voz calma e controlada. "Nossas tropas são a espinha dorsal de nossas terras, e devemos garantir que estejam prontas para qualquer eventualidade."

O Barão Fernando assentiu, satisfeito com a resposta de seu filho. Ele então mudou de assunto abruptamente, trazendo à tona o tópico do casamento de Konrad.

"Em breve, quando você se casar...", começou ele, mas Konrad já podia antecipar o que viria a seguir. O Barão continuou explicando a situação política delicada envolvendo o Conde Hoster e seus filhos, destacando as maquinações e intrigas que permeavam a nobreza.

Konrad ouviu em silêncio, sua mente trabalhando para processar as informações enquanto seu pai falava. Ele sabia que o casamento era uma questão de estratégia política, uma maneira de garantir alianças e proteger os interesses de sua família.

"Compreendo, pai", respondeu Konrad após um momento de reflexão. "Estou ciente da importância desse casamento para nossa família e para o futuro de nosso território. Eu farei o que for necessário para garantir que nossos interesses sejam protegidos."

O Barão Fernando assentiu, um leve traço de orgulho em seu olhar enquanto observava seu filho. "Você é um verdadeiro filho de Marienburg, Konrad", disse ele, sua voz cheia de admiração. "Eu confio em você para tomar as decisões certas e garantir o futuro de nossa linhagem."

Konrad assentiu em silêncio, grato pelo voto de confiança de seu pai.