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Chapter 21 - Alvorecer do desejo

Ao despertar naquela manhã, Konrad foi recebido pela suave luz do sol que infiltrava-se pela janela, pintando o quarto com tons dourados e envolvendo-o em um calor reconfortante. Seus olhos se abriram lentamente, ainda envoltos em um leve torpor do sono, até que pousaram na figura serena de Alice deitada ao seu lado. Seus cabelos loiros, como fios de ouro líquido, espalhavam-se delicadamente sobre o travesseiro, criando uma moldura celestial para seu rosto sereno. Os raios de sol acariciavam sua pele pálida, realçando ainda mais a sua beleza angelical. 

Konrad observou-a por um momento, absorvendo cada detalhe de sua aparência etérea. Os olhos azuis claros de Alice brilhavam com uma tranquilidade que parecia transcender as preocupações mundanas, refletindo a paz e a serenidade que ela trouxera para sua vida tumultuada. Era como se o mundo inteiro desacelerasse naquele instante, deixando apenas ele e ela, imersos na quietude matinal. 

Um sorriso suave curvou os lábios de Konrad enquanto ele admirava Alice adormecida. Ela parecia tão bela e vulnerável naquele momento, como uma obra de arte delicada e preciosa. Uma onda de gratidão inundou seu coração, enchendo-o de uma sensação de sorte e privilégio por tê-la ao seu lado. Era difícil acreditar que alguém tão extraordinário pudesse compartilhar sua vida, e a ideia de acordar ao lado dela todos os dias o enchia de alegria e admiração. 

A respiração tranquila de Alice criava uma melodia suave no ar, uma canção de tranquilidade que acalmava os pensamentos agitados de Konrad. Ele se perguntou o que ela estaria sonhando naquele momento, que mundos maravilhosos ou aventuras poderiam ocupar sua mente enquanto ela mergulhava no reino dos sonhos. Era um mistério que ele nunca se cansava de contemplar, uma parte fascinante da complexidade que era Alice. 

Enquanto observava-a pacificamente adormecida, Konrad sentiu-se inundado por uma sensação de pertencimento. Não apenas a ela, mas também a este momento de paz e tranquilidade que compartilhavam juntos. Era como se, por um instante, todo o tumulto do mundo exterior desaparecesse, deixando apenas a calma e a harmonia que existiam entre eles. 

Mas, mesmo nesse momento de serenidade, Konrad não podia ignorar as realidades de seu mundo. Ele sabia que logo teria que se levantar e enfrentar os desafios do dia, as intrigas políticas e os conflitos que continuavam a moldar seu destino. No entanto, por agora, ele permitiu-se ficar ali, absorvendo a beleza e a tranquilidade daquela manhã, e agradecendo silenciosamente pelo presente precioso que era Alice.

Com um suave movimento, os olhos de Alice se abriram, encontrando os de Konrad fixos nela. Um sorriso caloroso se formou em seus lábios ao vê-lo ali, tão perto, observando-a com uma expressão de ternura e admiração. Ela sentiu seu coração se encher de alegria ao perceber o amor nos olhos dele, um sentimento tão profundo e verdadeiro que a fazia se sentir completa. 

Sem hesitar, Alice se aproximou, deixando-se levar pelo desejo que queimava dentro dela. Seus lábios encontraram os dele em um beijo doce e apaixonado, selando o momento de intimidade e conexão que compartilhavam. Era como se o mundo ao seu redor desaparecesse, deixando apenas ela e Konrad, envolvidos em um abraço caloroso de afeto e desejo. 

Cada toque, cada suspiro, era uma expressão de seu amor mútuo, uma confirmação silenciosa do vínculo especial que compartilhavam. O tempo parecia desacelerar enquanto eles se entregavam ao momento, perdendo-se um no outro em um turbilhão de emoções intensas e paixão ardente. 

Quando finalmente se separaram, Alice olhou nos olhos de Konrad, vendo neles a promessa de um futuro juntos, cheio de aventuras e desafios, mas também de amor e felicidade. Ela sabia que, enquanto estivessem juntos, poderiam enfrentar qualquer obstáculo que a vida lançasse em seu caminho, pois seu amor era mais forte do que qualquer adversidade. 

Com um sorriso radiante, Alice se aconchegou nos braços de Konrad, sentindo-se segura e amada. Naquele momento, nada mais importava além do calor do abraço dele e da certeza de que estavam juntos, unidos pelo vínculo indissolúvel do amor verdadeiro. 

Konrad se vestiu com a ajuda das servas do castelo, garantindo que sua aparência estivesse impecável ao lado de Alice. Juntos, eles caminharam pelos corredores do castelo, sendo saudados calorosamente pelos guardas que protegiam as passagens. 

Ao chegarem ao salão principal, foram recebidos pelo Barão e pela Baronesa, os pais de Konrad, que os cumprimentaram com sorrisos afetuosos. Sentaram-se à mesa para compartilhar uma refeição, enquanto os servos serviam os pratos com habilidade e eficiência. 

Enquanto desfrutavam da comida, as mulheres presentes iniciaram uma conversa agradável, compartilhando histórias e risadas. Konrad sentiu-se grato pela atmosfera acolhedora e familiar que preenchia o salão, e sorriu ao ver Alice envolvida na animada troca de palavras. 

Após a refeição, o pai de Konrad fez um sinal discreto, indicando que queria falar com ele mais tarde em particular. Konrad acenou em concordância, compreendendo o significado por trás do gesto. 

Quando terminaram de comer, Konrad e Alice deixaram o salão e se dirigiram aos exuberantes jardins do castelo. O sol da tarde banhava o cenário em uma luz dourada, criando uma atmosfera tranquila e serena. 

Enquanto caminhavam pelos caminhos sinuosos entre as flores e árvores, Konrad sentiu-se feliz por ter Alice ao seu lado. Era um momento de paz e serenidade, longe das intrigas e pressões do mundo exterior. 

Eles caminharam de mãos dadas, compartilhando pensamentos e sonhos enquanto exploravam os jardins. Para Konrad, não havia lugar mais reconfortante do que os braços de Alice, e ele estava determinado a aproveitar cada momento que passavam juntos, longe das preocupações do mundo exterior.

Konrad se despediu de Alice com um beijo terno, prometendo encontrá-la novamente em breve, antes de se dirigir ao escritório de seu pai. Ao chegar lá, foi recebido pelos guardas na porta, que o deixaram passar sem hesitação. 

Seu pai estava sentado em sua poltrona, exalando uma aura de autoridade e pressão invisível. Konrad o cumprimentou com respeito e se sentou, preparando-se para ouvir as notícias que ele tinha a compartilhar. 

"Tenho boas notícias, Konrad", disse seu pai, com um sorriso que não alcançava seus olhos. "A guerra civil pelos filhos do conde Hoster parece estar a todo vapor." 

Konrad assentiu, entendendo a gravidade e oportunidade da situação. "E quem vamos apoiar nessa disputa?", perguntou ele, preparando-se para ouvir a estratégia de seu pai. 

Seu pai sorriu de forma cruel. "Ninguém", respondeu ele. "Vamos deixar os malditos se matarem sozinhos." 

Konrad soltou uma risada, compreendendo a lógica por trás da decisão. Apesar de serem irmãos de Alice, seus cunhados estavam em uma disputa sangrenta pelo poder, e não fazia sentido para Mariemburg se envolver em seus conflitos internos. 

"Entendo, pai", disse Konrad, aceitando a decisão com seriedade. "Devemos agir apenas em prol de Mariemburg." 

Seu pai assentiu, satisfeito com a compreensão de Konrad. "Nossas tropas já estão bem treinadas e fortalecidas", disse ele. "Estamos prontos para agir na hora certa." 

Conversaram sobre os detalhes do comércio de Mariemburg e outros assuntos relacionados à administração do baronato antes de Konrad partir para seu quarto. Enquanto caminhava pelos corredores do castelo, sua mente estava repleta de pensamentos sobre o futuro de Mariemburg e seu papel como herdeiro do baronato. 

A atmosfera no quarto estava carregada de tensão e desejo quando entrei e encontrei Alice diante do espelho, sua beleza refletida me deixando sem palavras. Aproximei-me por trás dela, meus lábios encontrando seu pescoço macio em um beijo suave. Seu riso ecoou pelo quarto, mas logo sua expressão mudou quando ela perguntou sobre a conversa com meu pai. 

"Ah, você sabe como é, amor", murmurei, minha voz carregada de desejo. "Apenas os assuntos de sempre. Nada emocionante como você." 

Alice virou-se para mim, um brilho travesso em seus olhos. "Você não pode me enganar, Konrad", ela disse, sua voz baixa e provocante. "Eu sei quando você está escondendo algo." 

Um sorriso se espalhou pelo meu rosto enquanto eu a puxava para mais perto, sentindo o calor de seu corpo contra o meu. "E se eu estiver?", respondi, meus dedos traçando padrões delicados em sua pele. 

Alice inclinou a cabeça para trás, seus lábios quase roçando os meus. "Então você terá que me convencer a lhe contar meus segredos", ela sussurrou, sua voz carregada de promessa. 

Não precisei de mais incentivo. Inclinei-me para frente, capturando seus lábios em um beijo ardente e apaixonado. Cada toque, cada suspiro, era uma expressão de nosso desejo ardente um pelo outro, e logo nos vimos envolvidos em uma dança frenética de paixão e luxúria. 

Quando finalmente nos separamos, nossas respirações estavam entrelaçadas, nossos corações batendo em uníssono. "Você me deixa louco, Alice", murmurei, meus olhos ardendo com desejo. 

Ela sorriu, sua expressão cheia de malícia. "Então você não me mostrou nada ainda, meu querido marido", provocou ela, seus dedos traçando padrões tentadores em meu peito. 

Com um sorriso, puxei-a para outro beijo, perdendo-me completamente no calor de nosso desejo mútuo. Naquele momento, éramos apenas nós dois, perdidos em um mundo de paixão e prazer. E nada mais importava.