Ao despertar, vejo Alice deitada ao meu lado, envolta em lençóis de seda que realçam sua pele macia, banhada pela luz suave do amanhecer que se insinua pelo quarto. Num gesto suave, toco seus lábios com os meus, sentindo o calor de seu corpo enquanto ela ainda dorme profundamente.
Levanto-me da cama com passos silenciosos e me dirijo à escrivaninha, onde estão pergaminhos antigos e brasões de famílias nobres. Uma jarra de vinho repousa ali, esperando para ser apreciada, e eu a sirvo em uma taça de cristal, observando o líquido rubro dançar à luz matinal.
Acomodo-me em uma poltrona ricamente entalhada, mergulhado em pensamentos sombrios e planos que se desenrolam em minha mente como teias intrincadas. Enquanto saboreio o vinho, meus olhos se fixam em Alice, sua beleza serena contrastando com a escuridão que se avizinha.
O silêncio do quarto é quebrado apenas pelo crepitar das chamas na lareira próxima, que lançam sombras dançantes pelas paredes de pedra. Observo Alice dormindo, seu rosto tranquilo escondendo segredos profundos e desejos ocultos que apenas eu posso desvendar.
Enquanto o vinho desce pela minha garganta, sinto o fogo da ambição queimando em meu peito, alimentando minha sede por poder. Alice continua adormecida, alheia à crueldade desse mundo.
E assim, entre vinho e segredos, aguardo o próximo movimento no jogo mortal que se desenrola diante de nós, preparado para enfrentar qualquer desafio que o destino nos reserve. Pois em um mundo onde as lealdades são frágeis e a traição está sempre à espreita, só os mais astutos e implacáveis podem sobreviver.
Com um sorriso nos lábios, ela acorda e me encontra na poltrona, "gosta da vista, meu amor?" ela diz. "A melhor vista que poderia ter," respondo, enquanto ela se levanta da cama, nua, e se aproxima de mim. Tomando a taça de vinho de minha mão, ela a coloca na escrivaninha. "Preocupado com alguma coisa, amor?" pergunta. "Sim, estou preocupado que meu pai não aceite meu pedido."
Ela senta em meu colo, coloca a mão em meu rosto e diz: "Relaxe, meu amor, seu pai aceitará qualquer pedido seu," assegurando-me de que meu pai ouvirá meu pedido. Concordo com um aceno, enquanto ela brinca, dizendo "sua esposa está nua em seu colo e meu marido não está animado", fingindo estar triste. Eu rio e a tranquilizo, beijando levemente sua mão.
Ela caminha até a cama lentamente e se deita, levantando os pés e me chamando. Observo-a, perdido naquela cena, e me aproximo lentamente da cama.
Fico em sua frente enquanto ela eleva seus pés até meu peito, pego delicadamente seu pé e dou-lhe suaves beijos. Deito-me ao seu lado, e ela me olha com um olhar que diz que conhece meus desejos. Eu solto uma risada e sem hesitar, a puxo para um beijo, entregando-me ao calor e à paixão do momento, deixando de lado qualquer preocupação ou pedido pendente.
Enquanto estávamos nos beijando, o sol da manhã filtrava-se pelas cortinas de seda, banhando o quarto em uma luz dourada e suave. O calor dos nossos corpos entrelaçados contrastava com o frescor do ar matinal que invadia o ambiente. Cada toque, cada carícia era como uma dança delicada, cheia de paixão e desejo.
Quando nos separamos, um sorriso brincava nos lábios de Alice, iluminando seu rosto com uma luminosidade radiante. Seus olhos azuis cintilavam com uma mistura de ternura e malícia enquanto ela me lançava um olhar travesso.
"Vamos descer para comer", ela disse, o convite pairando no ar com uma promessa de mais momentos compartilhados e conversas íntimas. Seu tom era suave e acolhedor, como uma canção suave que convida à dança.
Eu soltei uma risada, contagiado pelo seu espírito leve e despreocupado. Levantei-me da cama, sentindo uma sensação de contentamento e satisfação me envolver enquanto me preparava para enfrentar o dia que se iniciava.
Após terminarmos de nos arrumar, saímos para o salão principal, percorrendo os corredores ornamentados do castelo. Os guardas nos cumprimentam respeitosamente enquanto passamos, e logo chegamos à imponente porta do salão. Com um gesto dos guardas, a porta se abre diante de nós, revelando o ambiente iluminado e caloroso do salão.
Minha mãe e meu pai já estavam sentados à mesa, e nos juntamos a eles para uma refeição familiar. A conversa flui animadamente enquanto compartilhamos histórias e novidades do dia.
Após terminarmos de comer, me despeço da mesa e acompanho meu pai até seu escritório. Sentamo-nos em frente à mesa de mogno, onde começamos a discutir os assuntos do território e do comércio.
Então, chega o momento crucial. Reúno minha coragem e abordo meu pai com meu pedido. "Pai, tenho um pedido a fazer", digo, e ele me encara com interesse, pedindo para que eu continue.
"Quero estabelecer uma ordem de cavaleiros sob nosso comando", revelo, esperando sua reação. Meu pai me observa por alguns instantes, ponderando minhas palavras, antes de finalmente concordar. Ele ressalta os desafios e custos envolvidos, mas também reconhece os benefícios que uma ordem de cavaleiros leais pode trazer para nossa família e nosso poder.
Com a autorização de meu pai, sinto uma mistura de satisfação e responsabilidade. A ordem de cavaleiros estará sob sua supervisão direta, e ele estabelece um limite máximo de cem cavaleiros para a ordem, alertando sobre os custos significativos envolvidos.
Concordo com os termos e me comprometo a elaborar um plano detalhado para a criação e estruturação da ordem. Após mais algumas discussões sobre o assunto, me despeço do escritório e retorno ao meu quarto, determinado a começar a trabalhar no plano imediatamente.
Konrad se senta à sua escrivaninha, o ambiente iluminado apenas pela luz tênue de algumas velas. Ele serve-se de uma taça de vinho, observando o líquido rubro dançar suavemente dentro da taça de cristal. O brilho dourado da bebida contrasta com a escuridão do ambiente, refletindo o tom solene de seus pensamentos.
Seus olhos percorrem os pergaminhos e mapas espalhados pela escrivaninha, enquanto ele se concentra em encontrar o nome perfeito para a nova ordem que planeja estabelecer. Cada sugestão que vem à mente é ponderada e avaliada cuidadosamente, seu desejo de criar algo grandioso e poderoso impulsionando sua busca por um nome que inspire admiração e medo.
Depois de longos minutos de contemplação, um sorriso sutil se forma em seus lábios quando finalmente encontra a combinação perfeita: "Ordem dos leões Dourados". O nome ressoa em sua mente, evocando imagens de nobreza, força e autoridade.
Com o nome decidido, Konrad mergulha na elaboração da estrutura da ordem, seus pensamentos fluindo livremente enquanto ele esboça os detalhes do comando e hierarquia. Cada posição é cuidadosamente planejada, cada responsabilidade atribuída com precisão militar.
À medida que a visão da ordem começa a tomar forma diante de seus olhos, Konrad imagina os cavaleiros vestidos em armaduras resplandecentes, adornadas com o símbolo do leão alado dourado. Ele visualiza as capas negras esvoaçando ao vento, emoldurando os cavaleiros imponentes que se erguem como sentinelas de poder e nobreza.
Enquanto traça os contornos de sua visão, Konrad sente uma sensação de determinação e propósito crescer dentro dele. A "Ordem dos leões Dourados" não será apenas uma instituição militar, mas sim uma força e a voz dos Lourenços que garantirá sua posição como um poder respeitado e temido na região.
Com os planos meticulosamente elaborados, Konrad recosta-se na cadeira, satisfeito com o progresso que fez. O vinho na taça já quase desapareceu, mas o calor de sua determinação continua a arder dentro dele, alimentando sua determinação de ver sua visão se tornar realidade.
Enquanto saboreio o vinho, minha mente se perde em devaneios de grandiosidade, visualizando a bandeira do leão alado sendo empunhada por cavaleiros vestidos com as capas distintivas dos Lourenços. No entanto, sou trazido de volta à realidade pela presença de Alice, que entra no quarto com um ar de doçura e desejo.
Ela se aproxima, seus olhos azuis cintilando à luz fraca do quarto, e sussurra suavemente: "Já está tarde, meu amor. Venha descansar na cama." Concordo com um aceno, sentindo o calor de sua proximidade enquanto ela me guia até a cama, deslizando minhas roupas pelo meu corpo com mãos habilidosas.
Deitamos juntos, e compartilho com ela a notícia de que meu pai aprovou meu pedido para criar uma ordem de cavaleiros. Sinto uma onda de excitação ao imaginar o que está por vir, e expresso minha determinação em estabelecer uma imagem verdadeira e justa para os Lourenços.
Alice me olha com admiração, seus lábios curvados em um sorriso afetuoso. "Vejo que está animado, meu amor", ela diz, enquanto me presenteia com beijos longos e apaixonados. Ela prevê que estarei ocupado com a nova ordem amanhã e pede que eu me entregue ao momento presente, cuidando dela, sua preciosa esposa.
Diante de sua expressão lânguida e dos desejos evidentes em seus olhos, não consigo resistir. Então, cedo aos seus apelos, afastando qualquer preocupação ou pensamento do futuro, entregando-me completamente ao calor e à paixão que compartilhamos.
Logo, o quarto ecoa com nossos gemidos e suspiros, enquanto nos perdemos um no outro, deixando o mundo exterior desvanecer-se em insignificância diante do vínculo que compartilhamos.