Chereads / Governando com Mão de Ferro / Chapter 14 - Um Legado de Amor e Obsessão

Chapter 14 - Um Legado de Amor e Obsessão

À medida que Konrad e suas tropas se aproximavam das muralhas da cidade, o sol nascente banhava a paisagem em tons dourados, lançando uma luz suave sobre as casas de pedra e as ruas de paralelepípedos. Os guardas no portão, vestidos com armaduras polidas e mantendo lanças afiadas, saudaram sua chegada com uma mescla de respeito e temor, abrindo os portões de ferro maciço para permitir sua passagem.

Enquanto Konrad liderava suas tropas pelas ruas estreitas da cidade, os cidadãos se aglomeravam nas calçadas, observando com uma mistura de reverência e medo. Alguns acenavam, enquanto outros mantinham seus olhares baixos, temerosos de atrair a atenção do poderoso senhor feudal.

As crianças corriam ao lado dos cavalos, maravilhadas com a visão dos soldados marchando em formação impecável, suas armaduras cintilando à luz da manhã.

Enquanto avançavam pelas ruas, Os camponeses curvavam-se humildemente à passagem de Konrad, seus rostos marcados pelo trabalho árduo e pela luta pela sobrevivência em uma terra dominada pela nobreza e pela opressão.

Por onde passavam, os sons da cidade pareciam diminuir, substituídos pelo som cadenciado dos cascos dos cavalos e pelo murmúrio abafado das conversas sussurradas. Era como se o próprio ar estivesse impregnado com a presença de Konrad, um lembrete constante de sua autoridade e poder sobre aqueles que habitavam aquele lugar.

E assim, com cada passo firme em direção a fortaleza, Konrad podia sentir o peso de sua responsabilidade como herdeiro do baronato e o fardo de liderar e proteger aqueles que dependiam dele para sua segurança e bem-estar. Enquanto as muralhas da fortaleza se erguiam diante dele, imponentes e impenetráveis.

Entrando pelo portão do castelo, as tropas se dispersaram, dirigindo-se ao quartel, enquanto Sir Cedric acompanhava Konrad pelos longos corredores do castelo. Finalmente, eles chegaram à porta do escritório de seu pai esperando alguns segundos Konrad entrou, deixando Sir Cedric do lado de fora, aguardando.

Seu pai o olhou pelo que parecia ser uma eternidade, saudou com um aceno e o convidou a se aproximar. "Venha, Konrad," disse ele, com uma voz firme. Konrad se aproximou e seu pai continuou, "Não se sinta culpado, meu filho. Te conheço bem o suficiente para ver isso em seu olhar." Konrad permaneceu em silêncio, absorvendo as palavras de seu pai. "Você deve se acostumar com isso. Não demonstre piedade. a piedade pode te matar um dia."

Entendendo o significado por trás das palavras de seu pai, Konrad o olhou e assentiu com seriedade. "Entendo, pai," respondeu ele. "Seguirei seu conselho." Por dentro, porém, ele se perguntava se realmente poderia se acostumar com a crueldade que acabara de testemunhar.

"Vá e descanse," disse seu pai, dando-lhe permissão para sair. Konrad agradeceu e saiu do escritório, encontrando Sir Cedric do lado de fora, esperando por ele. Juntos, eles caminharam pelos corredores do castelo, Konrad perdido em seus próprios pensamentos.

Finalmente, eles chegaram à porta de seu quarto e Konrad entrou, encontrando sua mãe sentada em sua cama, esperando por ele. Ela era uma figura imponente, com cabelos loiros como o sol e olhos tão penetrantes e vermelhos quanto os de Konrad.

"O que se passa em sua cabeça, meu filho?" ela perguntou suavemente, colocando a mão em seu rosto. Konrad suspirou, desabafando com ela sobre suas dúvidas e angústias. Sua mãe ouviu atentamente, acariciando seu rosto com ternura enquanto ele falava.

"Estou me perguntando se o que fiz foi certo," admitiu ele. "Aquelas pessoas roubaram para comer. Será que fui muito cruel?" Sua mãe sorriu gentilmente. "Você deve se acostumar com isso, meu filho," disse ela, com uma voz suave. "As pessoas só respeitam os fortes. Lembre-se disso."

Konrad assentiu, absorvendo as palavras de sua mãe. "Demonstre franqueza," ela continuou. "Eles tentaram te matar. Você precisa ser forte para proteger o que é seu." aumentando o tom nas últimas palavras, As palavras de sua mãe ecoaram em sua mente enquanto ele concordava com determinação. "Entendo, mãe. Serei forte."

Com um sorriso, sua mãe se levantou e se aproximou dele, passando a mão ao redor de seu rosto. "Eu te amo, meu filho," disse ela suavemente. Konrad sentiu um aperto no coração ao ouvir suas palavras. "Eu te amo também, mãe," respondeu ele, segurando sua mão com carinho.

Com um último beijo na palma da mão de sua mãe, Konrad a viu sair do quarto, deixando-o sozinho com seus pensamentos. Ele se deitou na cama, olhando para o teto enquanto refletia sobre o que o futuro reservava para ele. Mal sabia ele que seu nome seria lembrado por gerações como "Konrad, o Grande".

Elisabeth, olhando para a noite escura no castelo ela pensou sobre seu passado, a chegada de Konrad ao mundo foi mais do que apenas o nascimento de um filho; foi a realização de um sonho profundamente acalentado, um raio de luz em meio à escuridão de sua dor e sofrimento. Ela havia enfrentado a tragédia da perda quatro vezes antes, cada uma delas deixando uma cicatriz profunda em sua alma e um vazio em seu coração.

Quando finalmente Konrad veio ao mundo, foi como se todas as estrelas tivessem se alinhado e todos os seus sonhos tivessem se tornado realidade. Ela o segurou em seus braços com um amor que transcenderia qualquer medida, prometendo a si mesma protegê-lo e amá-lo para sempre.

À medida que Konrad crescia, Lady Elisabeth não conseguia evitar sentir-se cada vez mais ligada a ele, como se suas almas estivessem entrelaçadas de alguma forma inexplicável. Ela o via como sua esperança, sua salvação, seu motivo de viver. Ele era tudo para ela, mais do que um filho; era sua razão de ser, sua fonte de alegria e felicidade.

Ela o cercava com um amor incondicional, dedicando cada momento de sua vida a cuidar dele e protegê-lo. Ela estava determinada a compensar todas as perdas e decepções do passado, garantindo que ele nunca sentisse falta de nada e que sempre soubesse o quanto era amado.

Às vezes, em seus momentos mais íntimos e pessoais, Elisabeth permitia-se sonhar com um futuro em que ela e Konrad estariam juntos para sempre, unidos não apenas pelo vínculo do sangue, mas por um amor que transcendia os limites do tempo e do espaço. Ela o via como seu homem, seu companheiro de alma, seu parceiro na vida e na eternidade.

Ela sabia que poderia parecer excessivamente possessiva aos olhos dos outros, mas para ela, isso era apenas uma expressão de seu amor profundo e inabalável por ele. Ela estava disposta a sacrificar tudo por ele, a enfrentar qualquer desafio, a superar qualquer obstáculo, se isso significasse garantir sua felicidade e segurança.

Konrad era seu mundo, seu universo, sua razão de ser. E ela faria qualquer coisa por ele, mesmo que isso significasse sacrificar sua própria felicidade e bem-estar. Para Elisabeth, não havia nada que ela não estivesse disposta a fazer por seu amado filho, seu único e verdadeiro amor.