Pov Alice Hoster:
Minha senhora, a serva falou enquanto estávamos a um dia do Castelo Marienburg. Estamos entrando no território dos Lourenços. Quando a serva terminou de falar, senti-me animada e com medo. Conhecerei pela primeira vez meu noivo e futuro marido. A carruagem balançava enquanto adentrávamos a estrada de pedra. O baronato de Marienburg é muito rico, não perde nem um pouco para o condado. Os rumores dizem que Fernando, o Barão Lourenços, é tão rico quanto meu pai, o Conde Hoster. Sinto-me feliz por me tornar senhora dessa terra ao lado de meu futuro marido.
Serva pensou: Minha senhora está bastante feliz e ao mesmo tempo tensa. Eu a entendo. Ela logo conhecerá seu futuro marido.
Pov Klaus Hoster:
Estamos indo para o banquete do Barão de Marienburg. Estou ansioso para conhecê-lo. A casa dos Lourenços se tornou a mais poderosa do condado de Hoster, perdendo apenas para a minha família, os Hoster. Preciso do apoio da Casa Lourenços para meus planos. Será difícil convencer aquele leão ambicioso, Fernando, Barão Lourenços. Minha irmã mais nova vai casar com o herdeiro de Marienburg. Ela se tornará esposa de alguém com grande poder no condado. Espero que meu pai continue vivo até lá. Ele já está com quarenta anos, enquanto meu irmão mais velho, o herdeiro do condado, está com vinte e um. Quando os planos estiverem prontos, tentarei me tornar o novo conde, para isso preciso trazer a Casa dos Lourenços para o meu lado, assim como a Casa Becker. Eles estão sendo suprimidos pelo pai há anos. Mantiveram-se neutros na guerra civil pelo condado. Os Freegard ainda não sei se vão me apoiar. Se eu conseguir trazer os Lourenços e os Beckers, conseguirei apoio de dois dos três barões do condado. Aí vencerei e serei o novo conde. Tenho que ter cuidado com esse jogo que estou jogando, e tenho que conseguir o apoio dos Lourenços para que meu plano dê certo.
Pov Konrad:
Estou em meu quarto, lendo o livro sobre a situação do Condado de Hoster. A população total do condado de Hoster é de 187 mil habitantes, um número grande quando se olha assim, mas muito pequeno quando comparado com todo o condado. Vivem nas terras de minha família em Marienburg 50 mil habitantes, nas terras dos Freegard 30 mil habitantes, nas terras dos Becker 27 mil habitantes, e nas terras do conde vivem 80 mil habitantes. Por isso, minha família se tornou o baronato mais forte e mais rico do que os outros. Somos bastante ricos por causa do comércio, mas também somos bastante fortes militarmente. Podemos convocar para guerra três mil soldados, os Freegard podem convocar mil e quinhentos soldados, e os Becker só podem convocar setecentos. O conde pode convocar mais de quatro mil soldados. Esses soldados já são soldados, não camponeses. Se colocarmos os camponeses, podemos aumentar o exército rapidamente, mas isso vai acabar com a eficiência dessas tropas. A economia desse mundo é uma economia medieval focada na agricultura e consumo local, mas também temos plantações de vinhedos e duas vinícolas. Exportamos vinho para todo o condado de Hoster, por isso ganhamos bastante ouro. As moedas desse mundo são de bronze, prata e ouro. Dez moedas de bronze equivalem a uma de prata, e dez de prata equivalem a uma de ouro. O ouro normalmente só a nobreza usa, pois os camponeses não têm esse dinheiro. Uma família de quatro camponeses consegue se sustentar com três moedas de bronze por mês. Ouvindo a porta abrir e alguém entrando, não preciso me virar para ver quem é. É a única pessoa que pode entrar no meu quarto sem bater e passar pelos guardas. Ela coloca as mãos nos meus ombros e me faz uma massagem. Eu falo "oi, mãe". Ela dá uma risadinha e continua perguntando o que estou fazendo. Respondo que estou estudando sobre nossas terras. Ela dá uma risadinha e coloca a boca na minha nuca. Dou um gemido, e ela me dá um beijo leve na nuca, passando longos segundos. Me viro para ela, e ela me informa que minha noiva está chegando amanhã. Aceno, e ela me dá um selinho demorado na boca antes de sair. Vejo-a saindo pela porta. Não sei quando começou esse jogo, mas nunca passamos disso. Acho que é porque sou seu único filho, e às vezes ela não consegue se segurar.