Chapter 20 - O-Vinculo-Esmeralda. (PT-02)

Continuação do Capítulo anterior pelo limite de palavras na postagem.

[ ... ]

{ 01/01/1992 - 08:00 }

Era manhã de um novo ano, nesta quarta-feira não havia aulas, muitos dormiam, outros ainda festejavam, alguns passeavam e o restante voltava para os dormitórios com uma ressaca incrível, Harry estava atualmente de pé sob sua cama enquanto encarava ao corpo lindo e esbelto de sua real primeira dama que podia ser considerado como um sexo consensual em sua vida.

Harry estava pensativo, conseguia notar algo de diferente ocorrendo dentro de si, principalmente quando terminara sua noite com Rita.

Havia acontecido algo com seu corpo, e precisava de respostas sobre isso, embora ele tivesse uma suspeita sagaz, ainda precisava de provas concretas de tais acontecimentos.

Se vestindo com uma calça jeans preta, uma camiseta azul-marinho e seu sobretudo que recebera de presente de Molly Weasley. O Potter enfim descera ao salão comunal, por todo o caminho conseguia notar certos olhares sobre si de alunas do quarto ano, não entendia o motivo, mas algo devia ter acontecido fora de seu conhecimento.

Foi uma seção de vai e vem, pegara uma bandeja com um café da manhã completo, e levara para seu dormitório, anotara um recado para sua acompanhante de cama, e enfim saiu para caminhar castelo afora.

Não queria ter de deixá-la acordando sozinha, mas precisava pensar sobre algumas coisas, seja sobre seu modo de agir noite passada, a conexão que sentiu com a Skeeter após ela dar indícios de querer escrever algo de errado sobre ele no jornal, e até mesmo o fato dos olhos dela reluzirem em um brilho esverdeado deveras idêntico ao seu enquanto um sentimento incontrolável de dominá-la se apossou de si.

Fora o fato de ainda o banco Gringotes estar enviando auxílio a ele nos setores políticos e que seu nome era usado sem consentimento. Suas contas foram alertadas de uma recente tentativa de saque, porém devido ao último encontro dele ao banco, somente seu cartão em específico detinha de tal direito, com uma notificação as outros de que a conta estava congelada até a maioridade do dono.

 

Harry conseguia ver que seu guardião magico, ou melhor, Albus Dumbledore, tentara algo em sua conta, talvez algo no qual ele já estava acostumado há anos, mas não agora, não desde que ele tomou controle de tudo que envolvia o banco.

Gringotes estava de seu lado e Harry estava com planos, tanto de manter sua conta "congelada", quanto ao fato dele estar movendo esforços contra os autores que utilizaram de seu nome para criar falsas histórias ilusórias e mentirosas, algumas eram até interessantes por realmente envolver um tópico original, porém, esse tal de Lockhart, realmente o irritava.

Tal autor que literalmente retratava um Harry Potter de cinco anos que matava um dragão e criaturas mitológicas, envolvendo a ele próprio como mentor de Harry, ganhando glória e fama sob seu nome.

Realmente estava com certos problemas a se resolver, mas não estava tão preocupado, isso é claro, desde que Not, seu assessor geral das contas Potter, visou contratar uma advogada especializada na qual poderia o auxiliar sobre o que poderia fazer e o que seria um caso perdido.

Sendo esse o caso agora, Harry prontamente fora impedido de continuar a trilhar sua corrida em volta do lago negro, somente para uma coruja o convocar diretamente ao escritório de Dumbledore.

No bilhete não havia muitas informações sobre onde era o escritório do diretor, apenas uma frase desconexa que não entendia o porquê de estar ali e no processo uma vontade avassaladora de guiar seu caminho ao castelo.

 

 

[ ... ]

Estando de frente a uma gárgula de pedra, Harry finalmente entedia, a palavra desconexa era uma senha e com certeza havia um feitiço de compulsão que o guiava inconscientemente ao escritório do diretor, algo que ele logo disse:

 

- Gota de limão.

 

 

Fora questão de segundos, no momento em que ditara tal, a gárgula se virara ao lado, onde Harry se situara numa escada que o levara acima na direção de uma porta.

Pouco antes de tocar em uma maçaneta da porta, a mesma se abrira com o mesmo podendo ver seu diretor sentado ao fundo.

 

 

- Harry, meu garoto... pode entrar. - Dumbledore ditou com Harry se aproximando, porém, seu olhar estava em outra presença.

 

 

Uma mulher, alta, extremamente linda, cabelos castanhos e olhos pretos, mas não comuns, olhos pretos tão profundos que Harry se perdeu por um instante neles, que o encarava com um sorriso de canto.

Um sorriso que para Harry fora bem provocante e tivera de manter um esforço para não continuar secando a ela. Seu braço formigava com a Varinha do Destino praticamente clamando para ser empunhada, porém, ele se concentrara enquanto voltava sua atenção.

 

 

Era incrível como ele podia notar todas as pessoas, suas expressões, tonalidade capilar, cor e formato dos olhos, sem ao menos olhar diretamente para tal. Dumbledore, que mantinha um olhar calmo e sereno como o de um avô, logo iniciou:

 

- Está a seu lado, é Andrômeda Tonks, mãe de uma de nossas alunas que está para se formar ainda este ano. - Albus explicou minuciosamente estudando um de seus alunos, que simplesmente agia naturalmente enquanto beijava a mão da mulher em uma apresentação formal. - Chegou a meu conhecimento, de que Gringotes programou um sistema para com sua pessoa em prol de um dos pedidos de seus pais, algo voltado a sua idade atual para caso seu conhecimento político fosse algo deveras ínfimo.

 

 

- Entendo, diretor... Realmente é uma surpresa que o banco Gringotes tem me ajudado tanto com conhecimentos paralelos ao do mundo que eu tanto conheço, em específico estava querendo mesmo alguém para me deixar a par dos direitos de meu nome que atua sobre livros e obras fictícias.

 

 

- Mas, você pretende cobrar a tais autores por homenagear a seu nome? - O Diretor que perguntara em certa censura, logo recebera um riso mínimo como resposta.

 

 

- Não, jamais. Há autores ótimos que li de algumas obras, não vejo problema nenhum em criar suas próprias histórias, fico surpreso com a criatividade das pessoas em abordar meu nome em suas histórias, até mesmo me divirto com elas quando estou fora de meu foco nos estudos.

 

Estando contente com a resposta de seu aluno, Harry colocou imediatamente o, "mas", em progresso:

 

- Mas, alguns autores como esse tal de Lockhart, faça-me o favor, que tipo de pessoa tem a cara de pau em usar meu nome como se eu fosse um aluno dele e destinasse minha vida a seus conhecimentos, ou melhor ainda, como alguém como tal, visa me retratar como assassino de Lobisomens, Dragões, Elfos Domésticos, Goblins, Orcs, e derivadas raças mitológicas.

 

- Até mesmo ele recita que eu abomino a todos os No-mag, posso não gostar de dois deles, mas isso não quer dizer que abomino os bilhões restantes por todo o planeta.

 

- Com todo respeito, diretor, uma pessoa dessa não merece nenhum tostão em prol de meu nome, isso apenas traz mais conflito e preconceito para com os No-Mag e outras raças que deveriam estar vivendo em harmonia.

 

 

- Entendo seu lado, mas acha mesmo que envolver o sistema judicial mágico era necessário? - Albus por fim indagou deveras contente com o discurso de seu aluno, mas também preocupado com a independência clara dele, isso poderia ser um problema no futuro.

 

 

- Em resposta aos livros... não, não era necessário o auxílio de um advogado, porém, literalmente meu conhecimento sobre a sociedade magica e ínfimo, aqui não temos explicações sobre história da magia num todo completo, os sangue-puros recebem tal instrução muito antes de ingressar em Hogwarts, e os nascidos trouxas acabam ficando para trás, tendo de estudar com muito mais afinco para não se atrasar.

 

- Enfim, acredito que o auxílio de um sistema judicial pode sim ser muito útil, tanto a meus direitos na sociedade magica, quanto ao conhecimento mágico do passado.

 

 

- Muito bem, Andrômeda, está livre seu acesso por tempo indeterminado até que Harry tenha sanado suas dúvidas, sei que quer rever sua filha, então poderá também ter acesso ao salão comunal da Lufa-Lufa.

 

 

- Agradeço a compreensão Diretor Dumbledore, até outra hora. - Andrômeda se despediu dele enquanto Harry a seguia escritório afora.

 

 

Harry não estava contente de ter essa conversa com o diretor, principalmente depois da discussão deles noite passada, se aquilo realmente foi uma discussão, pois parecia mais um desabafo de Harry sobre a vida de merda que ele tinha.

 

 

[ ... ]

Se encontrando no salão comunal da Lufa-Lufa junto a Andrômeda. Poderia estar nos da Grifinória, mas como Harry tem acesso a todos pela liberdade Divergente dele, visou trazer ela mais próxima de onde sua filha estaria.

 

 

- Muito bem, enquanto minha filha não aparece, que tal reforçarmos nossas apresentações? - Ela indagou, com Harry acenando em confirmação na sua confortável poltrona que ele tanto precisava descansar após a noite que teve, não que ele reclamasse, na realidade estava bem relaxado por sinal.

 

 

Ela sorriu para ele amplamente: Bom dia, Senhor Potter. Eu sou Andrômeda Tonks. Como posso estar lhe servindo?

 

 

Harry sorriu pelo tom da mulher, onde logo se ajeitara na cadeira em que estava, puxara sua mão novamente com delicadeza e mantivera um beijo na região superior dali sob sorriso amplo dela, que via o garoto de corpo aprimorado entrando no jogo dela.

 

 

- "Será? Desde que o banco me contatou estou pensando nisso, mas será mesmo, esse olhar dele é diferente." - Ela pensou, com ele logo a encarando nos olhos que de imediato reluziram em um esmeralda semelhante ao seu, sob confusão dele que não entendia se isso era alguma magia ou coisa do tipo, só sabendo que vira o mesmo ocorrer com Rita, noite passada.

 

 

- Bom dia, Andrômeda. Não a necessidade dessas formalidades de Senhor... é só Harry. Eu estou precisando de sua perícia como me foi recomendado por Not, meu gerente do banco alegou que você era perita nos costumes e leis dessa sociedade... algo em que eu me sinto ausente e carente devido à minha criação No-mag, espero que possa me auxiliar com tais requisitos.

 

 

Andrômeda ficou confusa quando ela levantou uma sobrancelha para ele: No-mag, quer dizer, os trouxas... certo?

 

 

- Sim, não se importe muito com isso, gosto do termo No-mag. - Harry assentiu e continuou dando um resumo de sua vida durante e após os Dursley, logicamente que seguindo a premissa do caminho de seus estudos, planos do futuro que foram interrompidos pela inclusão dele nessa sociedade, mantendo resumida a explicação, mas deixando a mulher curiosa em como ele soube driblar cada momento que aparentava não estar confortável de expor, seja sobre seus familiares ou sobre sua aparência.

 

No final de sua explicação, ele ficou agradavelmente surpreso ao vê-la irada, mas ele supôs que era esperado porque ele era uma celebridade quase cultuada nessa sociedade. Essa reação a ele sendo retido de seu direito e compreendimento magico era completamente compreensível para a indignação de sua advogada, mas que pouco ele se importava, não era como se estivesse chamando-a para começar a bancar o político igual às criancinhas de famílias nobres ao redor dele.

 

 

- Então você vê, meu foco não é criar uma base de poder político ou qualquer coisa mesquinha que esse governo gira em torno desse Wizengamot e tudo mais, na realidade eu quero mais é que todos eles se fodam com esses assentos nobres e direitos a votos ou alianças antigas que não me servem de nada. - Harry riu perante o olhar surpreso da mulher, que via uma mudança toda de personalidade desse garoto agindo com uma adulta, comparado a versão que sua filha apresentou dele agindo com as crianças do castelo. - Eu gostaria que você me ensinasse sobre os meus direitos, qual o limite que posso trilhar sem terceiros interferirem na minha vida, entre outras coisas, você receberá pelos seus serviços como minha advogada pessoal, que atuara em meu nome buscando um caminho que eu ainda não sei qual é o ideal, mas seguir com base no legado de minha mãe e do meu pai.

 

 

Andrômeda acenou com a cabeça, quase imediatamente de acordo, fascinada em como ele parecia um adolescente, porém, ao mesmo tempo, exalava um potencial de poder, algo que parecia selado, não explorado, mas que ainda estava ali, acertando seus sentidos e indicando claramente que ele era muito poderoso, mesmo que sem controle, o poder ainda estava ali:

 

Claro! Vou ajudá-lo com prazer, Harry. Embora eu não fosse particularmente próxima de seu pai e mãe para escolherem a mim como sua Advogada no testamento referido pelo Gringotes, ainda éramos conhecidos por meio de minha... prima. - Ela cuspiu a palavra em ódio. - De qualquer forma, eu apreciei muito sua mãe e tudo que ele se moldou durante sete anos aqui no castelo. Eu o ajudarei de qualquer maneira que você precisar, buscarei acertar no caminho que Lility iria querer, porém, levará um tempo para estudar tudo o que ela pregava e ter uma certeza de que não estou levando seu nome ao lugar errado.

 

 

- Obrigado. Eu também preciso dos seus serviços jurídicos, pois fiquei sabendo que alguns autores de livros a respeito do Garoto-Que-Sobreviveu, tem usado meu nome para pregar algumas visões bem tendenciosas, tais como esse tal de Gilderoy Jaskier Lockhart.

 

 

Andrômeda cruzou as mãos abaixo do queixo, com os cotovelos apoiado a mesa enquanto pensava e considerava a situação, o nome em questão estava se tornando bem popular nos últimos anos:

 

- Certamente não é legal usar seu nome para lucrar sem sua devida autorização. Em casos de ficções que não rendem lucro seria algo completamente aceitável, mas em casos como o de Lockhart, no qual visa lhe retratar como uma imagem que não lhe agrada e principalmente lucra em cima disso, então poderemos ter uma boa base.

 

- Eu aconselho, no entanto, não tomar ações precipitadas e implacáveis. O melhor que podemos fazer é primeiro conduzir uma investigação sobre este assunto e sobre esse autor antes de realizar um ultimato, e depois agir dependendo do que encontrarmos.

 

 

- O que você sugere? - Ele indagou, com a mulher se aproximando dele e começando a explicar o que sabia sobre o autor e o que o público sabia sobre Harry.

 

 

[ ... ]

{ Atualmente }

E foi assim que conheci a Tonks. - Harry explicou por fim, sob olhar minucioso de todos.

 

 

- É, muito interessante Harry, mas até agora você não explicou como conheceu a Tonks que está conosco, mas sim a outra Tonks. - Hermione disse de forma engraçada ao ver de Harry.

 

 

- É mesmo, né? - Harry disse corado, enquanto encarava Nynphadora, e pedia uma brecha para fugir de tal explicação.

 

 

- Vá em frente, eles quem pediram, só espero não traumatizar criancinhas. - Tonks disse com um riso.

 

 

Bem, continuando... - Harry ditou se lembrando de tempos depois da suposta reunião dele com Andrômeda.

 

Parte 03 no próximo Capítulo devido ao limite de palavras da postagem do capítulo.