Chapter 23 - O-Homem-De-Duas-Faces.

Era Quirrell.

- O senhor!? - Exclamou Harry, fingindo surpresa, Quirrell sorriu. Seu rosto não tinha nenhum tique.

- Eu... - Respondeu calmamente. - Estive me perguntando se encontraria você aqui, Potter.

- Mas o… o quê?... E o Snape... - Harry teve de se segurar para não rir pelo estilo presunçoso de seu professor que não suspeitava da realidade.

- Severus? - Quirrell deu uma gargalhada e não era aquela gargalhada tremida de sempre, era fria e cortante, quase como se ele fosse outra pessoa. - É, Severus faz o tipo, não faz? Tão útil tê-lo esvoaçando, por aí como um morcegão. Perto dele, quem suspeitaria do c... c... coitado do ga-gaguinho do P... Professor Quirrell? - Ele terminara fingindo o medroso e cordeirinho professor de Defesa Contra Arte das Trevas.

- Mas, Snape tentou me matar! Eu vi isso quando investi contra ele e te acertei sem querer naquele jogo de quadribol. - Harry explicou com uma face "perplexa".

- Não, não, não. Eu tentei matá-lo, garoto! Eu pensei até que você tinha me descoberto quando retirou meu turbante..., mas não, acho que superestimei de mais um primeiranista meio-sangue. - Quirrell dizia a tudo como se isso fosse algo comum, até como se ele não tivesse alma para compreender o que era certo e errado. - Eu teria conseguido isso caso Snape não ficasse murmurando um contra feitiço, tentando salvá-lo a todo momento.

- Snape estava tentando me salvar? - Harry murmurou consigo mesmo, porém, dessa vez realmente surpreso.

- "Acho que realmente aquilo faz sentido." - Pensou Harry sobre as primeiras perguntas de Snape em sua primeira aula de poções e o sentido por trás delas.

- É claro. - Disse Quirrell calmamente. - Por que você acha que ele queria apitar o próximo jogo? Ele estava tentando garantir que eu não repetisse aquilo. O que na realidade é engraçado... Ele nem precisava ter se dado ao trabalho. Eu não poderia fazer nada com Dumbledore assistindo.

- Todos os outros professores acharam que Snape estava tentando impedir a Grifinória de ganhar, ele conseguiu realmente se tornar impopular, realizando, na verdade, bem mais ações para um aluno que qualquer professor dessa escola já fez...

- E que perda de tempo, se depois disso vou matá-lo esta noite. - Quirrell disse com Harry fechando o semblante. - Pouco importara Dumbledore, pouco importara Hogwarts. Meu mestre será imortal por completo, tendo o elixir da vida em sua posse. E, eu... eu serei lembrado como o braço direito do maior Lorde das Trevas, e nunca mais o antigo Quirrell será lembrado. - Quirrell proclamara com Harry sorrindo internamente por finalmente compreender a uma coisa.

- Então... o que ouve com Quirrell? Digo, o verdadeiro? - Harry indagou em confusão.

- Oh... bom, isso é uma casca, apesar de não ser perfeito, foi uma boa escolha alguém tão familiarizado com as artes das trevas para poder lecionar a como se defender delas. E convenhamos... não foi nada complicado invadir a Hogwarts e fazer uma bagunça pelas masmorras com o Lorde das Trevas situado bem debaixo do nariz de Dumbledore.

- Mas indo direto ao ponto, Quirrell está aqui dentro... rodeado por uma névoa de escuridão, digamos que uma possessão pode não deixar uma sensação ótima e uma casca sem alma não consegue compreender bom senso ou coisas mesquinhas como bondade, compaixão ou maldade. - O suposto Quirrell do mal explicou com ele se virando para o espelho ali no quarto, iluminado pelas chamas.

Foi somente então que Harry percebeu o que estava parado atrás de Quilldemort. Era o Espelho de Ojesed:

- Este espelho é a chave para encontrar a pedra. - Murmurou Quilldemort, batendo de leve na moldura. - Pode-se confiar em Dumbledore para inventar uma coisa dessas..., mas ele está em Londres... e estarei bem longe quando voltar.

Quilldemort caminhava, analisava, e quando saiu de trás do espelho voltara a mirar cheio de cobiça o que estivesse sendo refletido.

- Estou vendo a Pedra... vejo meu mestre de volta a sua ascensão de como era antes de sua primeira queda..., mas como devo obtê-la.

- Sabe... por mais que você diga e diga novamente que é alvo de uma possessão... ou o próprio Lorde das Trevas. Eu não acredito. - Harry disse com as feições de Quilldemort se afiando enquanto ele o via através do reflexo do espelho. - Não acredito que Voldemort esteja vivo, não acredito que você seja ele, somente vejo um professorzinho com uma vidazinha sem graça, no qual detém de uma dupla personalidade sinistra.

A todo momento sua testa ardia e doía como o inferno, porém Harry já passara por dores maiores para isso interromper seu foco logo agora.

- Quem disse que eu sou o mestre? Não... o que eu sou, sou um Quirrell renovado. - Ele disse sorrindo de forma maníaca. - Eu era um paspalho quando estava transitando pelo mundo cinco anos atrás. Era um rapaz tolo naquela época, cheio de ideias ridículas sobre o bem e o mal. Poderoso aos padrões comuns de bruxos, porém fraco mentalmente para entender que o poder é o que importa. Não importando de onde vem ou o que ele custa para ser obtido.

- Eu até mesmo permito o antigo Quirrell ter controle ocasionalmente... para dar suas aulas ridículas, gaguejar pelos corredores, e ah... quando ele não conseguiu roubar a pedra de Gringotes, ele ficou muito amedrontado. O mestre teve que o castigar, e a partir daí era apenas eu dominando boa parte do tempo. - Quilldemort continuará dizer enquanto sua voz ia morrendo, parecendo que seu foco estava tanto em debater com a primeira pessoa que derrotou seu mestre, quanto em buscar obter a pedra ali situada no espelho.

- "Eu não entendo... a Pedra está dentro do espelho? Devo quebrá-lo, devo roubar o espelho ao mestre?" - Quirrell das trevas, pensou enquanto tocava ao espelho buscando obter a pedra que tanto cobiçava.

- Sabe... nesse dia em que diz que falhou em obter a pedra... acreditaria que era eu quem estava no banco, e junto a mim estava uma pessoa que retirou a pedra pouco antes da invasão? - Harry disse atraindo toda atenção do suposto Quirrell das Trevas.

E para susto de Harry, uma voz diferente respondeu, era uma voz agoniante de se escutar, repleto de ódio e maldade como a de almas lamuriando no inferno.

- Use o menino... agora! - A voz ditava em ordem com o Quirrell do mal logo ditando.

- Potter, venha cá! Ou juro que destruo seu coração. - Quilldemort disse puxando Harry bruscamente. - Olhe no espelho e me diga o que vê.

Quilldemort aproximou-se de Harry pelas costas. Harry respirou o cheiro esquisito que parecia vir do turbante de Quirrell, muito semelhante a enxofre. Fechou os olhos, adiantou-se para se prostrar na frente do espelho, e tomou a abri-los enquanto um leve tremor se apoderava de seu corpo pela recente voz horripilante que escutara.

A cabeça de Harry pensava a mil e logo focando sua atenção no espelho. Harry pode ver uma imagem dele, era estranho, ele tinha olhos completamente negros, seu sorriso era predominante, e em sua mão ele rodopiava uma pedra vermelha. A volta dele em uma grande cama era possível ver Rhitta Skeeter, Nynphadora Tonks e Andrômeda Tonks, completamente esparramadas em puro prazer.

Sua própria imagem, que mais parecia demoníaca pelos olhos, piscou com um riso tendencioso e devolveu a pedra ao bolso de seu sobretudo, e ao fazer isto, Harry sentiu uma coisa pesada cair dentro do seu bolso de verdade. De alguma forma inacreditável estava de posse da Pedra.

Porém, por que ele estava com ela? Ele não a queria para seu uso próprio como mostrado no espelho, queria para impedir Voldemort de capturá-la e retornar a seu auge como Lorde das Trevas. E de algum modo a imagem no espelho não se referia a nada disso, principalmente quando diversas presenças de outras mulheres surgiram, porém, completamente escondidas na escuridão, não o permitindo saber a quem exatamente eram.

E foi aí que as coisas passaram a mudar a seu favor.

O bolso em que a Pedra Filosofal estava, era onde Fyexbolt cochilava, e a mesma despertara com a intromissão do objeto caindo sob si.

Seu parceiro fiel parecia bicar a Pedra curiosamente e logo várias ideias surgira na mente de Harry. Uma maior confiança perante a situação se apoderava sobre si sabendo estar de posse da Pedra, sua varinha do destino vibrava em pura excitação no seu braço, praticamente implorando para ser utilizada.

E foi assim que Harry enfim escutara:

- E então? - Perguntou Quilldemort impaciente. - O que você está vendo?

Harry armado de coragem e uma autoconfiança de que os planos de seu inimigo estavam sendo quebrados pouco a pouco. Logo se virara onde sorrira cara a cara com Quirrell das Trevas. Sentindo a respiração dele próxima de seu rosto, com ambos fixando o olhar um contra o outro.

- Quer saber mesmo a verdade? - Harry indagou sob olhar ameaçador do ex gaguinho de Hogwarts. - Certo... digamos que há uma cama, e nessa cama há três lindas mulheres, elas são extremamente gostosas, e estão parcialmente desmaiadas de tanto prazer que a minha própria imagem refletida as proporcionou.

- Eu seguro a Pedra Filosofal, meus olhos são negros e escuros como os de um demônio. Meu sorriso é tendencioso como se eu tivesse vencido na noite passada o meu querido inimigo e caído Lorde das Trevas.

- E é isso... acho que venci, de novo. - Harry disse sorrindo sarcasticamente sob ranger de dentes do professor sem alma. - Sua existência patética não muda nada, seu tempo acabou e você perdeu, meu velho.

Sentindo a intenção de matar de Quilldemort ali enquanto o encarava sem mover um músculo, logo Harry passou a escutar uma música começando a zunir em seus ouvidos.

Sorrindo por ter se preparado a isto, Harry logo adentrara a seu espaço mental, o mesmo prontamente pode notar Quilldemort sentado a uma cadeira numa mesa de computador. O mesmo estranhava a tudo ali e parecia tentar entender a que máquina eletrônica era aquela.

A música que ficava mais e mais alta com o passar dos segundos, era insuportável para a casca sem alma do professor, pois parecia aumentar pouco a pouco inundar seus ouvidos com um som irritante a qual tirava o foco dele, e logo para completar seu erro, Quilldemort tocara ao mouse do computador e clicara aleatoriamente com ele parecendo tentar ligar a máquina.

Somente para isso causar um efeito muito esperado por Harry, uma famosa tela azul da morte surgira no monitor quadrado do computador.

E somente com o conhecimento de tal solução de problema, que suas memórias poderiam ser formatadas sem problema.

Realmente essa fora a melhor ideia dele do ano, criar uma defesa mental voltado a um sistema fraco e simples comparado aos No-mag, porém extremamente complexo contra feiticeiros e feiticeiras que de nada compreendiam das tecnologias avançadas da sociedade que eles tanto hostilizavam.

- Não adianta, você perdeu. - Harry disse sarcasticamente enquanto via o homem levantar-se derrubando abruptamente a cadeira no processo, a tela azul que antes estava no computador, agora crescera por todo o céu ao redor deles, e se partira em milhares de pedaços.

A música ficando mais alta, as batidas eletrônicas ressoando sonoramente como efeitos defensivos de um patrono invisível que tremia todo o solo, a dificuldade de seu inimigo de manter-se focado em um ambiente extremamente hostil para com ele fazia seu foco se perder com tudo o afetando.

E quando o último fragmento de vidro caiu no solo e a escuridão se predominou, logo foi possível notar que ela tinha forma física.

Harry criara a tudo não com uma magia poderosa ou compreendimento magico avançado, mas sim com uma complexidade No-mag básica, que era o fator perfeito contra a ignorância da sociedade mágica.

Um método de criar uma defesa mental que escondia sua verdadeira defesa mental.

Um sistema de computador complexo a feiticeiros, que quando mal utilizado, ativava a armadilha da entidade Obscurial de Harry atacar com todo poder e hostilidade.

E assim, logo Quilldemort caíra de joelhos no chão com seus ouvidos sangrando. E um som irritante de uma espécie de sino. O mesmo suava como um louco, e rangia os dentes furiosamente por ser pego nessa armadilha.

Deveria saber, Potter nunca olharia leviana e diretamente nos olhos de um inimigo, realmente fora muito imbecil para acreditar que o primeiranista ali seria meramente indefeso.

A entidade obscura ao seu redor parecia definhar seu corpo ao mero toque, a trilha sonora estourava seus tímpanos o impedindo de se concentrar.

E assim, tudo para o mesmo se apagar sob último riso presunçoso do garoto que sobreviveu, do qual diferente de tudo que ele já desafiou, tinha consigo a capacidade da expansão de domínio mental, algo que ele mesmo criou e que estava sendo jogado contra si.

[ ... ]

De volta ao plano real, Harry prontamente desembainhara sua lâmina junto ao fato de Fyexbolt subir para o seu ombro, tendo ainda a Pedra Filosofal presa em seu bico que servira perfeitamente para a tarefa ali requerida.

Harry murmurara algo a ela enquanto empunhava junto sua varinha padrão, com ele logo escutando quando uma voz alta e lamuriosa interrompeu, embora os lábios de Quirrell não estivessem se mexendo.

- Ele está mentindo... eu não perdi... eu sou Lorde Voldemort! Não tem como perder duas vezes para uma criança fraca e ingênua, uma entidade Obscuriale traumatizada feito essa.

- Potter, volte aqui! - Gritou Quilldemort. Porém, logo notara algo nos ombros de Harry. - O que é isso!? Seu garoto de merda, como conseguiu a Pedra? - Quirrell das Trevas continuou exasperando em raiva, pronto para ir na direção de Harry com varinha empunhada.

Harry sabia que não tinha muitos feitiços ofensivos no arsenal, somente alguns defensivos que poderia auxiliar ali, com somente três coisas que poderia dar certo.

Uma era a lâmina em suas mãos, outra era sua forma Obscurial que ainda não detinha de controle algum, e por fim, uma que estava sendo recitada por uma grossa voz em sua mente com base no que ele lera em alguns dos muitos livros da seção restrita nesse ano letivo.

O mantra era sinistro, e Harry pouco sabia em si qual era o idioma ali imposto, porém, ele lera o ritual do início ao fim sem procurar informações especificas, e somente tal, já fora suficiente para se gravar a sua mente e ser reproduzido magicamente na busca de qualquer chance.

- Deixe-me falar com ele... cara a cara... - Novamente a voz lamuriosa, como a de uma alma condenada ao inferno, se propagara no quarto em questão.

- Mestre, o senhor não está bastante forte.

- Estou bastante forte! Para isso, contra um molequinho fraco destes que nem mesmo controla seu obscuro...

Harry não queria mover nem um músculo. Queria ver o assassino de seus pais, queria ver quem o condenou a uma infância desgraçada, e queria poder olhar nos olhos dele, enquanto notava que a Pedra Filosofal agora se encontrava em posse do "molequinho fraco", a quem tanto menosprezava.

Viu Quirrell erguer os braços e começar a desenrolar o turbante. O turbante caiu com sua fênix parecendo se preparar para uma disparada. A cabeça de Quirrell parecia estranhamente deformada. Então ele virou de costas sem sair do lugar.

Harry poderia ter vomitado, mas não conseguiu devido ao choque paralisante de tal feiura. Onde deveria estar a parte de trás da cabeça de Quirrell, havia um rosto, o rosto mais horrível que Harry já vira. Era branco-giz com intensos olhos vermelhos e fendas no lugar das narinas, como uma cobra.

- Harry Potter... - Falou o rosto. Somente para seus olhos focarem abruptamente a sua fênix. - O que você fez? Como dividiu sua alma, seu garotinho tolo. - Voldemort gritara como se isso fosse o maior dos pecados por seu maior inimigo saber de algo que ele não deveria compreender.

- ME RESPONDA, POTTER! - Voldemort gritara, mas Harry ignorara e ainda acabou sorrindo sarcasticamente sob ranger de dentes do extraterrestre ali a sua frente. - COMO CONSEGUIU ISSO! - Voldemort estava perplexo, seu inimigo mais odiável estava ali, com a alma dividida, não demonstrando sinal algum, ou expressão de que fizera algo maligno para obter isso como a própria entidade das trevas de olhos carmesim fizera no passado.

- Era isso! Era esse o olhar... você não sabe como me alegra e me faz ganhar o dia vendo essa expressão ridícula e horrorosa de um ser tão patético como você, Voldemort. - Harry ditou rapidamente sob olhar furioso de seu inimigo. - Vá, Fyexbolt... destrua as esperanças desse infeliz, esperanças de que algum dia retornara a sua ascensão. - Harry por fim ditou, com sua fênix disparando como um flash de chamas na direção da porta, levando consigo a única Pedra que poderia lhe proporcionar o retorno de seu apogeu.

Voldemort até mesmo tentou propagar alguma magia pela varinha de Quirrell das Trevas, porém, devido a estar de costas, o mesmo se atrapalhara, sob riso pretensioso de Harry que o vira se desequilibrar e cair de cara no chão.

- O que foi?... quer alguma ajuda? - Harry indagou sarcasticamente, e com um olhar que Voldemort literalmente sentia vontade de destruir.

- Vai se arrepender amargamente por fazer isso, Potter. - Voldemort praguejou furiosamente.

- Não, Voldy... é você quem está pagando por assassinar a meus pais. - Harry o interrompeu. - E você quem está pagando por seus lacaios torturarem os pais de Neville até a loucura. Está pagando por todas as atrocidades contra os No-mag, e até mesmo contra os feiticeiros...

- Talvez dessa forma você compreenda, ninguém é perfeito, até mesmo o mais poderoso feiticeiro das trevas, pode tomar uma surra para um bebê, e ter novamente os planos destruídos por um "molequinho fraco" de onze anos, no qual consegue satisfazer muito mais mulher do que você poderia imaginar nessa cabeça feia igual a de um reptiliano.

Harry não parava a momento algum, sabia que precisava de tempo, e sua única maior arma era o sarcasmo para continuar o debate humilhante contra seu inimigo.

Vendo o Lorde das Trevas inspirar e expirar na busca de algum controle, mesmo que isso tenha sido muito sinistro. Harry escutou:

- Sempre dei valor à coragem... e, menino, seus pais foram corajosos. Matei James primeiro e ele me enfrentou com coragem, mesmo tão fraco, com coragem..., mas sua mãe, Lility... ah não, essa não precisava ter morrido... tanto potencial e brutalidade contra seus adversários... essa sim era uma mulher de verdade, sabe, ela estava tentando protegê-lo e para isso destruiu toda minha base de poder. - Voldemort explicava sorrindo pela feição raivosa de Harry em escutar o assassino de seus pais citar o nome deles. - Agora, traga esse seu fragmento de alma de volta, me entregue a pedra e eu prometo que a morte dela não terá sido em vão.

Sorrindo como um maníaco pelo olhar sombreado de seu inimigo, o mesmo pudera enfim notar o Potter levantar sua cabeça com um brilho no olhar... somente, para ele também começar a rir sadicamente num ato que literalmente fez Voldemort arder em ódio.

- AGARRE-O! - Fora a voz irritada e lamuriosa de Voldemort que ditara a ordem enquanto se virava.

E, no instante seguinte, Harry sentiu a mão de Quirrell fechar-se em torno de seu pulso. E, ao mesmo tempo, uma dor fria como um rasgo queimou sua cicatriz, parecia que sua cabeça ia se rachar em dois, ele berrou, lutando com todas as forças e, para sua surpresa, Quirrell largou-o.

A dor em sua cabeça diminuiu, ele olhou alucinado à volta para ver onde fora Quirrell e o viu dobrar de dor, examinando os dedos, eles se enchiam de bolhas, diante dos seus olhos.

- Agarre-o! Agarre-o! - Esganiçou-se Voldemort outra vez e Quirrell das Trevas investiu, tentando derrubar Harry no chão, somente para ele sentir uma fisgada muito forte no estômago, com uma lâmina escura e extremamente afiada situada ali o empalando brutalmente de um lado a outro.

- Mestre, não posso segurá-lo. Minha mão... a espada! - Era a voz chorosa de Quirrell das Trevas que surgia. O mesmo arregalou os olhos, perplexo, para as palmas da mão, ela parecia queimada, vermelha, em carne viva.

Parecia que a pele do Potter era banhada em ácido sulfúrico no qual destruiu praticamente a mão do professor de Defesa.

- Então o mate, seu tolo, e acabe com isso! - Guinchou Voldemort.

Quirrell das Trevas sacara sua varinha, somente para ditar furiosamente:

Avada Kedavra! - Um lampejo verde se irrompera de sua varinha na direção do Potter.

Uma visão extremamente idêntica com a que ele tinha em seus pesadelos e memórias da mãe, e compreendia que isso não era brincadeira.

Pensara em invocar qualquer feitiço defensivo com a varinha, porém sua mente estalou em um grito audível somente a ele em pura negação, o forçando a apelar para algo que ainda não tinha controle.

Com seu corpo se dissolvendo velozmente em uma massa de obscuridade, logo ele desviara do feitiço enquanto passara a voar descontroladamente contra todo o quarto em que destruía paredes, pilastras e até mesmo derrubara o espelho de Ojesed.

Vislumbrava lampejos verdes e vermelhos sendo atirados contra si, seus choques contra as paredes as destruíam potencialmente, a euforia de que ser pego por aqueles feitiços realmente poderia dar fim a sua trajetória, e assim Harry se fez firmar-se na direção de Quilldemort, assim se chocando contra o mesmo que voara brutalmente contra uma pilastra de pedra enquanto seu tórax era estourado numa cena horripilante.

Os berros de Voldemort ainda continuavam: "MATE-O! MATE-O!"

E outras vozes, talvez dentro de sua própria cabeça, chamando: "Harry! Viva por mim."

E somente em um puro lampejo mental de pura adrenalina, que Harry retornara a forma humana enquanto apontava sua varinha a frente:

Incarcerous! - Harry invocara com cordas irrompendo de sua varinha velozmente e enlaçando-se brutalmente contra o professor possuído.

- POTTER! - A voz lamuriosa do Lorde das Trevas enfraquecido fora possível de escutar, porém, Harry estava longe de dar bola ao que ele insultava e exasperava-se.

Enquanto visava entrar em sincronia com a voz magica de sua memória fotográfica, Harry prontamente iniciara o único ritual a qual conhecia:

"EXORCIZAMUS TE

Omnis Immundus Spiritus,

Omnis Satanica Potestas,

Omnis Incursio Infernalis Adversaria,

Omnis Congregatio Et Secta Diabolia

Ergo, Draco Maledicte,

Ecclesiam Tuam Securi Tibi

Facias libertate Servire, Te Rogamos,

ADIOS, BITCH."

Dito isso com um riso predatório sob os gritos lamuriantes e excruciantes de Voldemort no corpo inconsciente de Quirrell, Harry somente pudera notar uma sombra fantasmagórica e obscura irromper da boca, nariz e ouvidos de Quirrell, enquanto investia velozmente contra Harry o atravessando no peito, e assim o garoto que sobreviveu sentiu todas suas forças serem levadas em bora, com um grito estridente de pura ira da entidade fantasmagórica na qual fugira em pura derrota contra o solo, fazendo o castelo inteiro tremer absurdamente em puro estado de alerta.

Harry mergulhava em uma escuridão, cada vez mais profunda. Sua visão embaçada, principalmente quando pareciam que as chamas se apagavam, tendo alguém entrando onde o confronto ocorrera. E assim tudo sumia.

Alguma coisa dourada estava brilhando logo acima dele.

- "O pomo!" - Harry pensou desconexamente, acreditando estar numa partida de Quadribol.

Tentou agarrá-lo, mas seus braços estavam muito pesados. Piscou os olhos. Não era o pomo. Eram óculos. Que estranho.

Piscou os olhos outra vez. O rosto sorridente de Albus Dumbledore entrou em foco curvado sobre ele.

- Boa tarde, meu garoto. - Disse Dumbledore sorrindo como um avô. Onde o Potter notara estar na ala médica de Hogwarts, com um olhar confuso sobre o que estava ocorrendo a ele.

- Que porra é essa!? - Disse Harry, com Albus rindo da reação do rapaz.

E com isso damos fim a mais um capítulo da Changed Prophecy.

Espero que todos estejam gostando, seja de como Harry driblou Quirrell do mal através de sua Expansão de Domínio Mental, dividida em duas etapas.

A etapa primaria é a entidade Obscurial de Harry, que ele não sabia ser algo que impede a todos de ler sua mente, pois é uma entidade extremamente instável e hostil, na qual rasga a mente de qualquer um que surgir.

Com a etapa secundaria na qual oculta toda a massa Obscurial, uma mesa com um computador antigo, no qual o invasor ao tentar acessar, se não souber utilizar, não terá acesso à mente de Harry, que catalogou tudo como em arquivos de um computador.

Com somente Harry podendo manusear, desde que bruxos não saberão o que fazer e a tela azul é presente no primeiro clique, que dá início a uma música extremamente alta no universo mental, dando espaço para a massa obscura atacar.

Ou sobre como Harry usou de Fyexbolt para fugir com a Pedra Filosofal, e principalmente a importância dessa fênix para o Harry, que ainda terá muito a descobrir sobre ela.

Seja ele usando também sua forma de Obscurial, sem controle algum, mas que o permitirá se salvar de um exímio bruxo com arsenais pesados de magia.

E por fim, é claro, sobre como Harry exorcizou Voldemort do corpo de Quirrell, sim, exorcizou, como um demônio, pelo simples fato de que eu acredito que o ritual da imortalidade de Voldemort, é algo que torne a pessoa em uma entidade obscura a um passo da demoníaca.

Enfim, espero que todos tenham curtido, e aguardo todos na seção de comentários.

Logo abaixo também terá o link da música eletrônica que toca quando alguém invade a mente de Harry.

Isso foi algo que fiz para que Harry possa notar caso alguém invada, e sendo eletrônica, visa afetar o invasor lentamente como se em suas batidas ela tocasse extremamente alto pelo mundo mental inteiro de Harry, quase destruindo os tímpanos do invasor. Não afetando fisicamente, mas sim mentalmente, onde não tem a ferida, mas sua mente formula a dor que era para ser recebida.

O restringindo e assim a massa obscura pode atacar em total poder.

Handclap Remix: https://www.youtube.com/watch?v=NpkDLCo8O8k&list=RDGMEMYH9CUrFO7CfLJpaD7UR85wVMNpkDLCo8O8k&start_radio=1