Chapter 5 - Comedores de gente

Se passou um dia após a nossa saída rumo a Londres, a viagem de trem é bem demorada, mas é mais rápido que ir de carruagem que é o principal meio de transporte dessa época em que reencarnei como um agente funerário em outro mundo.

Sakegi: -ossos do oficio: punhos de ossos! – olhando para as mãos com círculos energia espiritual formados ao redor delas de maneira como Bartô fez antes.

Howl: -muito bem, já consegue controlar bem melhor seu oficio dos ossos. – com a penas das asas cruzadas. –pelo menos para isso o encontro com Bartô serviu.

Aproveitando que o trem está parado, eles estão treinando na parte de trás da estação, longe dos olhos curiosos de transeuntes ou das mulheres que perceberam o quão rico é Sakegi.

Sakegi: -vou mostrar para aquele cara o motivo de herdar o manto do Vladis. – dando soquinhos no ar com se estivesse vendo Bartô ali. –almofadinha metido a besta.

Howl: -nem está alistado na ordem e já quer arrumar confusão... – saindo do ombro de Sakegi onde gostava de ficar para analisar bem a situação de energia espiritual. –e com outro agente.

Sakegi: -vem cá porque temos que ir a Londres fazer esse alistamento? Não poderia alguém e lá na cidade fazer isso, não é? – comendo um bolinho de arroz que enfim consegui fazer naquele mundo. – sentando na extremidade do piso da estação.

Howl: -vai por mim, não iria querer receber um supervisor, eles dão maior medo. – tremendo ao lembrar de algo. –cruuuu! – bebendo chá.

Sakegi: -você é muito esquisito sabia? –pegando o último bolinho de arroz. –"o ultimo melão" –após falar essa expressã, ele sente um tremor no corpo, seguido de calor intenso e um formigamento da mão esquerda, que por fim gela sua espinha.

Howl: -Sakegi? – notando seu corpo tenso. –Sakegi! – Balançando o galho que carrega ao redor de Sakegi. –anti maligina!

Sakegi: -aaaa! – conseguindo voltar ao normal. –o que foi isso? Senti como se minha alma tivesse saído do corpo. – babando uma gosma verde.

Howl: -essa não... – olhando ele ter uma reação adversa.

Sakegi: -o que foi? – limpando o suco que escorria pelo canto de sua boca.

Howl: -isso se chama instinto do agente, alguma alma deve ter entrado em contato com você... – pensativo ao perceber que Sakegi poderia sentir almas mesmo sem base para isso.

Sakegi: -assim do nada? – ainda se sentindo mal com anciã de vomito e um pouco de fadiga.

Howl: -qual a sensação você teve ao ser tocado? – se aproximando de Sakegi com um olhar preocupado.

Sakegi: -tocado é uma palavra meio forte mas senti aflição, medo, angustia. – parando para pensar um pouco.

Howl: -sinal que a alma está pedindo ajuda. – batendo a vara que carrega consigo na cabeça duas vezes.

Sakgi: -e também senti um formigamento na mão esquerda.

Howl: -aaar, isso significa que temos uma entidade aqui por perto. – escrevendo runas no chão.

Sakegi: -você sabe só assim? – coçando a mão esquerda. –só de ouvir o que é?

Howl: -a sinais que somente agentes podem sentir, sentimentos revelam o que a alma está pedindo, nesse caso é ajuda, formigamento na mão esquerda significa entidades.

Sakegi: -não lembro de ver isso nos livros... – sem entender claramente aquela situação.

Howl: -existe 3 categorias de entidades: almas perdidas, espíritos malignos e demônios. – criando desenhos no ar. –cada evento possui seus subtipos e níveis, sendo os mais perigosos os demônios, chamados de onis, que assumem a forma humana, eles são os piores... – se lembra de algo. –e muito poderosos. –Ficando visivelmente abalado ao falar desse tipo.

Sakegi: -quer dizer que uma entidade normal, como alma me chamou para fazer algo contra outra entidade que pode ser um espirito maligno ou... – engolindo seco. –um demônio?

Sakegi: -demônios...– arrepiado com que acabara de perceber.

Howl: -seja o que for deve estar por perto. – olhando para os lados. –irei usar as runas para rastrear a alma que passou por você.

Sakegi: -e tem como fazer isso? – abismado com tanta informação nova de uma vez, já que tinha passado os últimos dias lendo tudo sobre essa sua função e agente, ele não viu nem a ponta do que realmente existe, se deu conta.

Howl: -se afaste. – ativando as runas que escreveu na areia. –selo de vento: pilares reveladores!

Quatro pilares de terra surgem no chão e se juntam como se fossem um ponteiro, e apontam para um vilarejo que havia ao longe da estação, perto de um monte ao norte de onde estavam, nesse mesmo momento de dentro de Sakegi sai uma borboleta na cor azul, media cerca de 10 cm, suas asas eram grandes e emitiam luz ao serem batidas.

Sakegi: -que que isso? – olhando para borboleta que pairava a sua frente.

Howl: -uma borboleta espiritual. – espantado com aquela cena que virá, era algo extremante incomum mesmo para ele que já tinha visto muita coisa nas viagens com Eitor.

A borboleta começa a voar em direção ao vilarejo que já tinha sido apontado pelas runas de Howl.

Sakegi: -a gente não vai seguir essa coisa né. – olhando para o local macabro que estava à frente.

Howl: -borboletas espirituais são almas bondosas que ajudam outras almas nesse mundo a encontrarem a luz. – voando na direção a borboleta. –temos que ir.

Sakegi: -estava torcendo para não dizer isso...aaa – colocando a cartola na cabeça e segurando firme a bengala que carrega consigo. -então vamos. – correndo em direção a Howl e a tal borboleta espiritual.

O caminho rumo ao vilarejo é cercado por árvores bem altas e secas como se algo tivesse tirado suas vidas, o clima era de terror, parecia uma ambientação de dia das bruxas pensou Sakegi, quanto mais se aproximavam mais o odor de morte se tornava mais forte e sufocante, o sol já tinha se ido e a lua brilhava no céu, porem logo ela sumiria em meio a uma nevoa densa que se formava, até que eles chegam ao vilarejo que parecia abandonado, mas só parecia.

Sakegi: -o que aconteceu aqui? – Vendo pilhas de corpos jogadas, destroçadas, era uma verdadeira carnificina a céu aberto.

Howl: -foi um massacre... – vendo tochas acessas como se tentassem expulsar uma entidade. –Sakegi, tome cuidado, estamos lidando com um ser de nível superior a 2... – sentindo seu peito apertar.

Sakegi: -eu sei que já perguntei isso mas sabe disso só de olhar? – tentando não vomitar ao ter o odor intragável penetrando seu nariz a fundo.

Howl: -as tochas...elas conseguem expulsar os níveis 1 e 2, mas esse conseguiu matar tanta gente assim. –criando runas no ar. –vamos mandar essas pobres almas para o além.

Sakegi: -tá bem, ossos do oficio: elevação de ossos! – criando runas na forma de ossos.

Várias almas começam a aparecer pelo vilarejo, suas feições eram de uma tristeza de dar dó, Sakegi fica abalado com a tristeza estampada na face daquelas pobres almas.

-aaaaa! – um grito é ouvido mais adentro do vilarejo.

Sakegi: -ainda tem alguém vivo? – olhando para Howl.

Várias borboletas espirituais surgem vindo da direção de onde soou o grito de desespero ouvido a pouco, pareciam tentar avisar sobre algo.

Howl: -a entidade ainda está por aqui. – ficando com o olhar sério. –temos que elimina-la.

Sakegi: -oh vida de cão... – segurando a bengalas obre o ombro esquerdo.

Sakegi e Howl vão até o local de onde se ouviu o grito sendo guiado pelas borboletas que estavam por ali e encontram um corpo somente com a metade de cima, tripas e sangue saem de dentro dele ainda fresco.

Howl: -chegamos tarde, ele matou essa mulher com um corte limpo. – analisando as hipóteses por meio de suas experiências.

Sakegi: -o que faria isso? – colocando a mão na boca.

Howl: -um "comedor de gente." – olhando para mais corpos pela metade espalhados pelo chão.

Sakegi: -mas o que é isso? – assustado com aquele nome.

Howl: -reza a lenda que são almas assustadas que sofrerão alguma mutilação enquanto estavam nesse mundo e não conseguiram ter paz no outro, e retornaram para esse mundo afim de se vingar.

Sakegi: -tenho até medo de perguntar o nível disso ai. – fechando os olhos da mulher morta.

Howl: -eles não são de nível alto, só chegam a nível 3. – colocando as almas para descansar. –mas andam em bando.

Sakegi: -perfeito, se uma já seria complicado, mais então está só o filé. – colocando as duas mãos na cabeça.

Sakegi até aquele momento não enfrentado nada que poderia custar sua nova vida, desde que começou essa nova jornada, tinha enfrentado uma bruxa e um agente porem o perigo agora era real, aquilo que ele estava sendo treinando para aniquilar estava a sua volta e ele não sabia onde.

Sakegi: -a nevoa está ficando mais densa – descendo um suor frio pela espinha.

Howl: -Fique por perto, eles conseguem controlar nevoa por conta do frio da alma – olhando para onde estava Sakegi mas não tem ninguém lá. –essa não. – com os olhos brilhando um verde amarelado em meio a nevoa.

Sakegi: -Howl? Rsrs, deixa de brincadeira sua coruja idiota. – Desconfortável com aquela situação. –Howl?...tô perdido. – olhando para os lado e só vendo nevoa.

Ne momento algo espreita os dois, e começa a andar fazendo barulho de muitas pernas tocando o chão, o som de carne sendo rasgada e o ar ficar pesado.

Howl: -Sakegi, se estiver me ouvido, corre de volta e se esconde! Darei um jeito de chamar um agente mais experiente! – gritando alto mas Sakegi não escuta nada devido a sensanção de terro que tomou conta no lugar.

Sakegi: -tenho que sair da rua... – indo na direção de onde sabia que tinha um casebre. –ai que droga, Howl, por que tinha que sumir justo agora!

Ao abri o parta tinha vários corpos sem mandíbula, pela escada mais corpos sem rosto, então resolve subir para o sótão do casebre onde fica o feno do gado. –tenho que me esconder, meu cheiro deve atrair eles. – pegando as tripas de corpos e passando na roupa afim de enganar o faro das criaturas.

Sakegi: -tem algo vindo... – ouvindo o ranger das tabuas da escada...

Um vulto surge a luz de uma tocha que queimava no feno ao lado.

Sakegi: -não vem não, não vem não. – se tremendo todo. –aaaaaa! – grita ao ver o rosto daquilo.

-aaaaa! – gritando ao encostar em algo.

Sakegi: -quer me matar de susto garoto! – com o coração em tempo de sair pela boca.

-eu? Foi você que gritou primeiro.... – se tremendo de nervoso.

Sakegi: -só pode moleque, tu chegas do nada, pensei que fosse uma daquelas coisas. – afadigado. –pirralho de merda.

-não me chamo disso! – gritando.

A pessoa que surgiu tem cabelos pretos que iam até a altura do ombro, olhos castanhos e uma pele parda, seus braços tinham marcas de cicatrizes, não usava calçado ou roupa de baixo somente uma blusa bem grande cobria todo seu corpo.

-você não é daqui é? – estranhando as vestimentas de Sakegi.

Sakegi: -não, vim aqui para ajudar. – se sentindo vigoroso.

-então por que que está aqui escondido, não deveria está atrás dos comedores de gente? – estranhando mais ainda.

Sakegi: -eee... –sem jeito. –que eu to aprendendo ainda.

-não acredito que a borboleta que mandei achou um idiota para ajudar. – dando um tapa na testa em decepção.

Sakegi: -hein? Você aquela borboleta me chamar? – intrigado com o que ouviu.

-foi sim, acha que sou uma aberração, por causa disso? – olhando para Sakegi.

Sakegi: -não...bem que eu queria ter isso. – com inveja. –seria de grande ajuda nesse momento.

-... – sem acreditar no que ele disse.

Sakegi estranhou aquele à sua frente falou pois Howl havia lhe dito que os humanos comuns não podiam ver espíritos como aquelas boboletas ou falar com eles, mas esse podia vê-las e se comunicar com elas.

-preciso arranjar alguém que realmente saiba o que faz e não um inútil. - falando com desgosto.

Sakegi: -é o que tem para hoje. – Rebatendo as ofensas recebidas. –e você vai me ajudar com isso.

-eu? eu vou cair fora. – uma das borboletas travessa a parede. –as coisas foram para o outro lado atrás de uma coruja? Mas o que uma coruja está fazendo aqui? – a borboleta parece conversar. -Ela faz muito barulho e está atraindo eles? – sorrir. –melhor impossível.

Sakegi: -Howl.... – balançado a cabeça em descontentamento.

-é a minha chance de sair daqui e se for inteligente, coisa que não é deveria sair também. – olhando para baixo por uma janela.

Sakegi: -humm. – pensativo. –espera, para onde foram os comedores de gente? – segurando o ombro daquele que conversa com borboletas.

-foram para o lado da igreja, por que que saber? – percebendo a feição dele. –não me diga que quer ir para lá...

Sakegi: -tenho que ajudar o Howl...aquela coruja irritante. – limpando o sangue da roupa.

-tu estava a te pouco tempo se tremendo de medo. – olhando para o rapaz que estava diferente de antes.

Sakegi: -é...não me orgulho disso, mas é nesses momentos que temos que mostrar que não somos covardes. – tomando coragem.

-você vai é morrer, como o resto do povo desse vilarejo de merda. – cuspindo no chão.

Sakegi: -você está falando do seu próprio povo...

-eles não eram meu povo, nem família tenho, sou órfão, fui abandoado aqui para morrer, eles me maltratavam só por que podia falar com espíritos, e agora eles estão todos mortos e eu vivo graças a isso. – passando a mão nas cicatrizes. –você não sabe o inferno que passei aqui.

Sakegi: -esse garoto...

-Muito bem, se quer morrer vai na fé, que eu vou dá no pé.

Sakegi: -você vai comigo. – pegando no braço dele.

-vai sonhado. – tentando tirar o braço de si.

Sakegi: -você conhece a cidade e pode se comunicar com essas borboletas é a nossa única chance de sobreviver e matar aquelas coisas, já tem muito sangue derramado.

-e o que te faz pensar isso? – Descorando.

Sakegi: -se você quisesse mesmo fugir já teria feito isso...você ainda não saiu por que tem alguém aqui que você quer saber se está viva ou não.

-você não sabe de nada. – ficando sério.

Sakegi: -eu sou sua melhor chance aqui.

-... – olhando para ele. –tudo bem, quero encontrar uma senhora que me alimentava, estávamos juntos mas acabei me separando dela.

Sakegi: -sabia que não era um escroto. – Olhando para o garoto. -sou Sakegi Tomoya Vladis, agente funerário.

-Agente funerário... kkkkkkkkkkkk – rindo alto. –que merda um agente funerário poderia fazer?

Sakegi: -fala baixo seu pivete escroto de merda, vai chamar eles para cá. – gritando alto.

Um forte estrondo abala o casebre e um corpo grande sobe na direção dos dois, era a entidade de pele branca, com 4 patas e 4 braços, cada braço empunhava uma foice, seu rosto era medonho, tinha uma boca cheia de dentes e uma língua enorme, estava cheio de marcas de sangue, mas não eram dele.

Sakegi: -viu o que falei! –gritando.

-quem chamou foi você seu idiota! – gritando mais alto.

Comedor: -aaaaa! – rosnando alto ao passar pela passagem da porta e desferindo sua foice na direção do garoto.

-...!– Sentindo que sua hora chegou ao perceber que a criatura estava mirando nele.

Sakegi: -um comedor de gente... – respirando fundo. –ossos do oficio: quebra crânio!

Sakegi usa o mesmo golpe que usou contra Bartô e consegue impedir que a entidade atinja o garoto, o lançando para fora do casebre, mas não antes de ser atingido pelas foices que acertam seu corpo em diversos pontos.

Sakegi: -droga... – sentindo o chão ceder. –essa não!

O casebre não aguenta o impacto dos golpes e começa a desmoronar levando todos juntos.

-aaaaa! – caindo em direção ao fogo que se alastra pelo feno.

Sakegi: -ossos do oficio: onda de ossos! – criando uma onda de ossos abaixo deles para que pudessem serem levados para fora dos destroços e escapar do fogo.

-isso foi nojento. – saindo de cima dos ossos.

Sakegi: -falou o garoto que fala com almas. – tirando poeira do rosto.

-olha aqui seu... – escutado os gritos de alguém. –Mama?

Ele sai correndo ao ouvir o pedido de socorro vindo de perto da igreja, as borboletas surgem pelo caminho.

Sakegi: -espera ai garoto! – com uma dor na perna incomodando. –aaaa, espero nunca ter que criar uma peste dessas. – meio desengonçado começa a correr atrás dele.

Sakegi vai na direção que o garoto tomou, mas a nevoa fica cada vês mais densa e o odor mais forte.

Sakegi: -que merda de fedor. – Até que ele avista o motivo do fedor. –que droga.

Na frente da igreja estava o garoto parado a frente de uma pilha de corpos despedaçados, mas não era somente isso.

-San... – uma mulher tendo seus órgãos arrancados por uma das entidades e jogando fora o resto.

-mama... – olhando para a mulher que cuidou dele ser descartada como carcaça em cima da pilha de cadáveres.

Nesse momento o comedor de gente que devorava a mulher se aproxima do garoto que estava em choque ao ver aquela mulher que cuidou dele morta em pedaços.

Sakegi: -garoto, sai dai! – percebendo que ele não escutava nada. –droga, ossos do oficio: "isso tem que funcionar" lança de ossos!

Ele dispara da mão três lanças feitas de ossos na direção da criatura que é atingida e começa a liberar nevoa pela boca em forma de proteção.

Sakegi: -garoto, você está bem? – se aproximando dele.

-ela está morta...e eu não estava aqui para ajudá-la... – chorando. –eu é que deveria está morto...

Sakegi: -não fale besteira...a morte dela não será em vão, eu prometi irei destruir essas coisas de uma vez por todas.

-mas você é muito ruim nisso. – com o olhar sem esperanças.

Sakegi: -é chuta cachorro morto mesmo. – vendo que a entidade do casebre voltou. –fique atrás de mim. –vendo outra entidade se levantar após ser atingida pelas lanças. –oh beleza...

As duas entidades começam a rodear Sakegi e o garoto se preparando para atacar.

Sakegi: -Howl, seu maldito, seja lá onde estiver vem me ajudar. – apontando a bengala para um dos comedores de gente. –ossos do oficio! – a entidade começa a ir na direção deles com as foices girando no ar. –barreira de ossos!

Ele consegue criar uma barreira de ossos que fura a entidade que se aproximava, ela faz um barulho alto de dor e para de se mexer logo em seguida.

-olha você conseguiu, matou um. – Impressionado. –parece que serve para algo.

Sakegi: -parece? – achando algo estranho no corpo da criatura.

-se abaixa! – puxando a gravata de Sakegi para que ele possa desviar.

A outra entidade ataca eles pulando por cima da barreira.

Howl: -vento cortante – criando laminas de vento a partir de seu galho torto.

A entidade é atingida e pula para fora da barreira afim de evitar um confronto naquelas condições.

Sakegi: -até que enfim você apareceu sua coruja inútil. – sorrindo. –onde é que você estava todo esse tempo?

Howl: -depois que nos separamos consegui escapar de uma delas com a ajuda daquela senhora, ela me protegeu, mas infelizmente foi pega sendo destroçada ao tentar atrair a entidade, e nada pude fazer... – meio choroso.

-mama...até nessas horas você pensa nos outros... – com lagrimas escorrendo pelo rosto.

Sakegi: -temos que pôr um fim nisso, já cabei com...–percebendo que a entidade que havia sido pega na barreira não está mais lá. –essa não, sumiu.

Howl: -mas elas são entidade, podem ignorar ferimentos como aquele. – Olhando para a barreira perdendo seu efeito e sumindo de volta no chão. –tem algo errado aqui.

Um comedor tenta atacar Sakegi por cima novamente usando a nevoa para se aproximar.

-por cima! – uma borboleta avisa para seu mestre.

Sakegi: -ossos do oficio: crânio de ossos! – ao atacar ao criatura, ele ver as marcas de golpes que havia dado em diferentes entidade está noite. –hum?

A entidade é atingida e jogada contra o sino da igreja que faz um barulho muito alto.

Howl: -vocês estão bem? – indo até o ombro de Sakegi.

-Agora que percebi...é coruja falante??? – olhando para Howl no ombro de Sakegi.

Sakegi: -é...tem suas vantagens. – olhando para os lados. –use suas borboletas para acha-los

-tá! – fechando os olhos. –essa não...tem mais chegando... muito mais delas. – com as borboletas pairando no ar.

Sakegi: -era só o que faltava. – sentindo que algo ruim estava prestes a começar.

10 entidades se juntam ao redor deles após o som do sino soar alto atraindo elas.

Sakegi: -Howl...o que se sabe sobre essas criaturas? – criando outra barreira ao redor deles. –qualquer coisa serve.

Howl: -somente que andam em bando, que usam a nevoa para atacar, e sempre tem uma na retaguarda.

Sakegi: -agora entendi. – passando a língua nos lábios.

Howl: -entendeu o que?

Sakegi: -essa coisa, não anda em bandos, ela se divide.

Howl: -o que?

Sakegi: -vejam, todas têm marcas de golpes que demos, seus ventos e meus ossos.

Howl: -como não tinham percebido isso antes? – nunca tinha sido escrito algo sobre aquilo ou sido falado, mas o histórico dizia que todos os agentes que foram atacados por esse tipo de entidade nunca sobreviveu então fazia sentido nada constar nos registros.

Sakegi: -temos que saber qual delas é a verdadeira e eliminar de forma absoluta.

Howl: -o que pretende fazer? – crente que Sakegi estava com um plano pois fazia a mesma cara que Eitor quando arquitetava algo.

Sakegi: -garoto...

-eu? – atrás de Sakegi.

Sakegi: -ordene as borboletas observem qual deles ira recuar em vez de continuar, ok?

-está bem então... – fechando os olhos.

Sakegi: -ossos do ofício: florescer de ossos!

Sakegi faz com que vários ossos pontudos saem do chão por baixo de cada uma das entidades que vão uma a uma sofrendo danos ou desviando indo na direção deles.

Sakegi: -qual deles? – grita após atacar.

-espera...ali! – apontando para o lado da igreja.

As borboletas ficaram rodeando uma das criaturas que recuou após o ataque em vez de avançar.

Sakegi: -aquele é o verdadeiro. – reunindo o maior fluxo de energia que pode. –Howl, prepare o círculo de vento.

Howl: -ta bem! – escrevendo runas no ar.

Sakegi: -muito bem seu bicho feio da desgraça, ossos do oficio: onda de ossos!

Ele cria uma onda de ossos que saem do chão na direção da entidade que juga ser a única verdadeira ali.

A entidade se sentindo ameaçada salta para cima afim e se esquivar do golpe e a demais atacam os 3 que estavam em desvantagem numérica.

Sakegi: -caiu direitinho, agora Howl!

Howl: -ativar! – apontando na direção da entidade.

Um círculo de vento se forma atrás da criatura que é sugada para dentro dele fazendo seu corpo em pedaços no mesmo instante que é atingida por ele, assim todas as demais desaparecem com o grito de dor se seu corpo verdadeiro, bem como a nevoa.

Sakegi: -ufa, ainda bem que eu estava certo. – aliviado.

Howl: -e se não estivesse seu idiota, colocou nossa vida em risco assim. – gritando com Sakegi.

-rs...kkkkkkkkkkkkkkkkkkk – rindo alto. – você são hilários...

Sakegi: -do que está rindo seu...

-eu... – começando a chora de alegria. –mama...tudo acabou bem.

Sakegi: -ele é só uma criança afinal. – suspirando.

Howl: -que fala com borboleta espirituais... – no ombro de Sakegi.

Sakegi: -pois é... – sentando no chão após o cansaço bater.

Passado algumas horas o dia clareia, o vilarejo ainda queimava, mas já estava controlado, Sakegi e o garoto terminam de enterrar todos os corpos do vilarejo e Howl de levar todas as almas para o além, junto das borboletas espirituais que ajudava.

Howl: -e agora, só restou ele aqui... – na entrada do que era antes o vilarejo de Grerhelar.

Sakegi: -ele deve ficar bem, é um garoto forte. – começa a caminhar.

-isso me decidi. – batendo no rosto. –eu vou com vocês. – sorrindo.

Sakegi: -é o que? – com cara de quem não acredita no que foi falado.

-vou com vocês. – mostrando os dentes brancos. – serei um ótimo aprendiz.

Sakegi: -mais nem se você nascer de novo, pirralho.

-você acabou de dizer que eu era forte, e sei falar com espíritos coisa que você não sabe.

Sakegi: -ai eu perdi no argumento... – descontente em ter que falar aquilo.

-além do mais você é ruim pra caramba. – apontando o dedo para eles. –vai precisa de alguém para te ajudar.

Sakegi: -quem foi que derrotou o comedor de gente em, em, em? – Pegando o garoto pelo meio da blusa. –Hein?

Ao fazer isso Sakegi senti uma saliência no meio do tórax dele, além de que a blusa tinha subido e mostrado a parte de baixo.

Sakegi: -tu é uma menina? – soltando ela no chão após ficar com vergonha do que viu.

-eu nunca disse que era menino. –Envergonhada. –além do mais quem te deu o direito de me olhar seu pervertido, eu já tenho 16 anos!

Sakegi: o que?! Tu nem tem tamanho de gente! – sem creditado no que viu. –fedelha!

-meu nome é Alessandy, mas pode me chamar de Sandy. – fazendo bico.

Howl: -isso explica muita coisa. –escutando o apito. –vamos antes que o trem parta sem a gente.

Sandy: -ei me carrega nas costas.

Sakegi: -nem pensar tu não estás usando nada aí por baixo.

Sandy: -vendo, pervertido só pensa nisso.

Sakegi: -não é nada disso sua...arrr

Howl: -vamos logo vocês dois ai.

Sakegi: - sobre logo sua fedelha.

Sandy: -mas não ouse me tocar em. – nas costas de Sakegi. -upa cavalinho.

Sakegi: -aaaar, eu mereço...

Os três conseguem chegam a tempo de pegar o trem, Sandy olha para seu velho vilarejo e pensa em tudo que aconteceu, respira fundo e olha para Sakegi com felicidade no rosto, pois ele era a segunda pessoa que a aceitava do jeito que ela era.

Após algumas horas...

-O trem... – escutando o apito do trem chegando a estação. –sinto um cheiro doce – alguém olha pela janela de sua mansão. –deve ser minha sorte mudando.