Chapter 8 - O Supervisor

Aquela longa viagem finalmente estava chegando ao fim, Londres estava a nossa frente, parando para pensar, era minha primeira vez em uma capital...quem diria que seria quando reencarnei como um agente funerário em outro mundo.

Londres a capital da Inglaterra vitoriana, um dos locais mais belos e bem projetados daquela época, suas ruas limpas, com movimento de pessoas importantes, carruagens enormes, ricos e esnobes, o rio Tâmisa que separa a cidade em dois blocos, o relógio Big Ben, palácio de buckingham.

Sakegi: -agora sei porque minha mãe vinha tanto a esse pais... – olhando a arquitetura dos prédios, praças e ruas.

Howl: -a capital continua incrível, até inaugurarão o Big Bem. – voando em forma de coruja pela rua.

Sandy: -Nossa que relógio grande. – achando tudo aquilo fantástico.

Sakegi: -ei sua coruja burra, por que está na forma normal no meio do dia? – olhando para Howl.

Howl: -ah é, você ainda não sabe... – voando a frete dele.

Sakegi: -não sei o que? – colocando a cartola.

Howl: -Londres é o lugar onde a ordem foi fundada pelo rei George I. – criando desenhos no ar com o galho. –aqui é onde humanos e seres espirituais podem coexistir sem problema pois todos sabem de sua existência. – mostrando seres como lobisomens e vampiros andando como amigos pelas ruas.

Sandy: -falando assim, até aparece que Londres é perfeita. – olhando para Howl.

Howl: -não, ela tem seus problemas com seres espirituais como todo lugar porem a ordem nasceu aqui então o controle é mais rigoroso e os cavaleiros reais são a elite da cidade. – empolgado.

Sakegi: -tá bom o "coruja no lixo", pra onde agora? – pegando as malas.

Howl: -a cerimonia de iniciação é somente amanhã. – olhando para um prédio perto do rio.

Sakegi: -cerimonia? – descontente com aquela palavra.

Sandy: -não contou a ele? – chegando perto e Howl.

Sakegi: -não me contou o que? – olhando para eles de conversinha.

Howl: -é que...sua admissão aqui não só chegar e se alistar tem todo um protocolo e burocracias...sabe como é né... – sem jeito.

Sakegi: -sem chance, não vou participar de nenhuma frescura dessa época. – olhando para Sandy. –alem do mais contou a ela e a mim não? – irritado.

Howl: -por isso não contei...já sabia dessa sua reação se dissesse que iriamos vir aqui participar dessa reunião. – voando até o ombro de Sandy. –uma vez aqui não tinha mais volta.

Sakegi: -vou matar vocês... – pegando Howl e Sandy pelo pescoço.

-espero que esse comportamento não seja costumeiro. – um homem alto, de cabelo preto bem penteado, usando paletó, pele pálida e uma feição de poucos amigos.

Howl: -Susususususususu.... – olhando com os olhos arregalados para o homem.

-vejo que ainda tem dificuldade de falar em minha presença, coruja. – falando de forma lenta e calma.

Sakegi: -quem é você? – a presença dele arrepiava até os pelos do furico...

Howl: -S-supervisor...M-Migalhos... – com a alma quase saindo ela boca.

Migalhos: -ao seu dispor. – fazendo o gesto de cordialidade. –me sigam... – andando para dentro de uma carruagem bem diferente das demais. –levem as coisas deles para os aposentos no salão de tratos oficiais. – abrindo um artefato espiritual de onde saem entidades de nível médio.

-sim senhor! – falam as entidades que pegam as coisas e saem flutuando pela cidade, coisa mais normal do mundo...ali pelo menos.

Migalhos: -vamos, não gosto de ficar esperando. – olhando para fora.

Sakegi: -ta bem. – entrando junto dos demais.

Uma vez dentro da carruagem ela começa a percorrer as ruas de Londres rumo ao salão de tratos oficiais.

Sandy: -ele me dá medo. – vendo o homem todo culto.

Migalhos: -aceita um? – acendendo um charuto.

Sakegi: -não...tô de boa. – incomodado com o cheiro.

Migalhos: -bom, sem mais delongas...parece que tiveram uma viagem bem intensa. – com as pernas cruzadas.

Howl: -foi um pouco mais animada que gostaríamos... – engolindo seco.

Migalhos: -de acordo com seus registros, encontram comedores de gente, pecados e uma succubus... – olhando um livro de viagem que tirou do paletó.

Sakegi: -é né, demos muito azar. – incomodado demais com aquela situação em que se encontravam.

Migalhos: -sabe jovem agente...essa Succubus...Violet Damone é filha de um conde muito influente na capital...e ele me pediu para dá um jeito em você... – olhando friamente para Sajegi que estava travado.

Sakegi: -hein? – sem entender porque daquilo.

Howl: -mas ela estava roubando a energia de vários homens na cidade. – tomando a dianteira.

Migalhos: -estamos cientes da atual situação...porem a ordem não pode interferir em maldições desse tipo, não mesmo guia? – tirando o charuto da boca.

Howl: -sim...mas...

Migalhos: -então sendo assim, terei que supervisionar um teste com Sakegi Tomoya Vladis antes de aceitá-lo como membro da ordem, você entende, não é? – olhando um livro de registros.

Howl –sim...claro. – baixando a cabeça.

Migalhos: -por hora, era isso...vejo vocês mais tarde... – abrindo a carruagem.

Eles percorreram metade da cidade em poucos minutos de muita tensão e ataques.

Migalhos: -tenham uma boa estadia. – descendo da carruagem e entrando em outra.

Sakegi: -o quê que foi isso? – vendo ele partir dali em outra carregam junto das entidades que acabara de invocar.

Howl: -era ele que eu queria evitar...o supervisor Migalhos Terible. – suando frio.

Sandy: -mas também com esse nome... – olhando para Sakegi.

Howl: -os testes dele costumam ser infalíveis, poucos agentes conseguem passar. – tentando raciocinar após aquele estresse.

Sakegi: -estou ferrado, de todas as maneiras possíveis...e tudo por causa daquela maldita succubus! – gritando.

Violet: -atchin! – Espirando.

Mais tarde chega, e logo após terminarem de arrumar as coisas em seus aposentos, Sakegi continua a se lamentar no quarto em que ficou, nele havia vários quadros e ornamentos além de um espelho que ia do chão meio da parede, cerca de 2 metros.

Sakegi: -se eu não passar, droga vou perder a chance de mostrar aquele idiota que sou herdeir legitimo. – rolando na cama.

Sandy: -se não fosse sua perversão não estaria nessa. – sentada na cama vendo ele naquele estado.

Sakegi: -ora sua pirralha...se não quer ajudar, não atrapalha! – enrolado nos lençóis da cama.

Sandy: -já disse para não me chamar assim! – chutando os panos onde ele estava.

Sakegi: -isso doeu, sua... – saindo das cobertas.

Sandy: -o que? – criando uma luz na mão.

Sakegi: -maldita hora que você aprendeu isso... – irritado mas com juízo.

Sandy: -se não fosse por isso estaria morto lá no tal "cabuloso". – mexendo as mãos.

Sakegi: -eu daria um jeito... – fazendo cena.

Sandy: -sei, sei... – dando de ombros.

Howl: -vocês dois parem de brigar...a coisa já está tensa o suficiente... temos que tentar dá um jeito nessa situação ou o Sakegi não vai passar e perderemos a funerária que tanto Eito lutou pata ter.

Sandy: -logo agora que encontrei um lugar para viver. – chateada.

Sakegi: -obrigado Sandy pela preocupação por mim. – olhando para ela. –mas bem que me deu um abraço né.

Sandy: -foi no calor do momento. – dando língua para ele.

Howl: -ora calem a boca vocês... – gritando.

Migalhos: -pelo visto não era coisa de momento... – chegando ao quarto por meio do espelho na parede.

Sakegi: -valei-me... – saltando da cama.

Sandy: -que tipo de monstro é ele? – indo para perto de Sakegi.

Howl: -senhor Migalhos, mil perdões. – se curvando diante dele.

Migalhos: -está na hora do teste, vamos entrem no espelho... – voltando pelo espelho.

Howl: -vamos! – voando para perto do espelho.

Sakegi: -Pirralha, vai na frente. – chutando ela de leve.

Sandy: -eu, porque eu? – olhando para ele.

Sakegi: -se isso for o caminho para o inferno, você será levada e eu não.

Sandy: -seu idiota! – batendo em Sakegi.

Howl: -andem logo, ou seremos mandado para o inferno mesmo mais por fazer ele ficar esperando.

Sakegi: -tudo bem... – indo até o espelho. –é só passar, né... – encarando o espelho.

Sandy: -vai logo! – empurrando Sakegi na direção do espelho.

Sakegi: -ei sua...

Atravessando o espelho que liga um lugar a outros, esses espelhos são chamamos de espelho de travessia ou espelhos infinitos, basicamente são portais criado com energia espiritual e bruxaria da então madame geral das bruxas a senhorita Madame Lilian Garden.

Sakegi: -...idiota! – vendo que atravessou para o outro mas estava em um local cheio de pedras e sozinho. –ir...deu ruim. – caçando os demais.

Na parte superior do local, Howl e Sandy estão em uma sala junto de Migalhos.

Sandy: -cadê o Sakegi? – olhando para os lados.

Migalhos: -lá em baixo... – apontando para baixo.

Howl: -uma arena? – voando até a beira do local.

Migalhos: -sim... – aportando um objeto espiritual. –olá, Sakegi.

Sakegi: -Migalhos? – ouvindo uma voz soar.

Migalhos: -você está em uma arena, e até o teste terminar, você não poderá sair dela em hipótese alguma, dito isso, explicarei seu teste. – uma pausa. –seu teste consiste em sobreviver a uma situação cotidiana dos agentes, o enfretamento de entidades.

Sakegi: -menos mal...já enfrentei um dos fortes... – se lembrando do comedor de gente.

Migalhios: -porem terá de identificar e tratar da situação da melhor forma possível...alguma dúvida? – esperando.

Sakegi: -sim...

Migalhos: -vejo que não, o teste começa agora. – estalando os dedos.

Sakegi: -eei! – irritado. –maldito supervisor... – olhando em volta. –tudo bem...eu consigo. – pegando a bengala e ajeitando sua cartola.

Howl: -Sakegi... – olhando para arena... –que tipo de entidade é? – olhando para Migalhos.

Migalhos: -já ouviu falar em sumidouro? – com um olhar frio.

Sakegi: -muito bem, estou preparado. – sentindo algo respirara a sua frente. –o que que isso? – fica paralisado ao sentir o bafo.

Howl: -você não tem um desses, tem? – preocupado com algo.

Migalhos: -você me conhece a tanto tempo...acha mesmo que não? – com um sorriso no rosto.

Sakegi: -tenho que me mexer... – colocando um pé atrás.

Howl: -Migalhos...você só pode está louco! – gritando.

Sandy: -Howl? – assuntada ao ver Howl pela primeira vez falando algo assim para o supervisor.

Migalhos: -veja bem como fala comigo, sua ave insolente. – com um olhar penetrante para eles.

A criatura então ataca com um golpe de calda na direção de Sakegi que involuntariamente coloca o braço na frente ao sentir o movimento.

Sandy: -o que está acontecendo? – aflita.

Howl: -isso não é um teste, é uma sentença de morte, Sakegi não terá a menor chance. – olhando para Sandy.

Sandy: -o que? – olhando para Sakegi.

Howl: -o sumidouro...é uma criatura também chamada de Kumei-teku, o monstro comedor de cabeças...

A criatura camuflada possui duas caldas em forma de laminas, 4 aparelhos auditivos, uma boca que se abre em duas partes na vertical, sua cor pode variar desde um cinza claro a um verde musgo dependendo da cabeça que se alimenta, muito raros na natureza pois foram caçados na época dos Tudors, para serem usados em decapitações e para desamontoar o tanto de cabeças que tinham nas estacas da época, porem existem muitos em cativeiros, e em posses de gente importante como Migalhos.

Sakegi: -aaaa! – com o braço sangrando após um osso em forma de barbatana sair e bloquear o golpe de besta, mas Sakegi estava no chão com o impacto do golpe. –quê que foi isso! – tentando entender o que aconteceu.

Migalhos: -quem diria...ele defendeu o primeiro golpe usando um osso do próprio corpo, porem usar isso sem o espectro deixa o usuário em desvantagem. – analisando a luta.

Sakegi: -o que foi isso, de onde veio esse ataque? – tentando pensar enquanto se arrasta.

Howl: -o único modo de contornar sua presença mortal e ficando imóvel, eles não enxergam muito bem, por isso usam sua audição...essa não...Sakegi! – batendo no vidro que separa eles da arena.

Sakegi: -com aquela coruja burra está fazendo? – olhando para cima.

Sandy: -Sakegi! – batendo no vidro junto.

Sakegi: -eles sabem de algo...droga, Migalhos... – se levanta e corre com o braço ensanguentado e um osso enorme para fora. -de onde é que veio isso? Será que ela estava invisível? – ofegante. –mas porque não me atacou depois? Sentir que ela saiu de perto logo após o golpe... – olhado para cima. –tem algo errado nisso... – tentado achar um local entre as pedras para se esconder. – sentindo que algo estava indo em sua direção. –aaa! – desvia no último segundo do golpe que vinha de trás e acabou destruindo uma pedra a frente em vários pedaços. –essa foi por pouco... – com um corte de leve na lateral do abdome.

Howl: -temos que ajudá-lo de alguma forma...Sandy... você consegue mandar uma borboleta até ele? – na frente dela.

Sandy: -talvez... – aflita. –vou tentar. – se concentrado.

Howl: -temos que o avisar sobre a maneira dela caçar. – ofegante.

Migalhos: -muito bem...parece que fez o dever de casa, guia espiritual. – tomando chá das 4.

Sandy: -controle espiritual: chamado de espírito! – com as mãos brilhando.

Migalhos: -isso é deveras interessante... – olhando para as mãos da menina brilhar.

Sakegi segue tentando desviar dos golpes que estão cada vez mais rápidos e mais fortes...a medida que ele se movimenta.

Sakegi: -pensa...pensa...que tipo de entidade é essa? – tentando lembrar de algo que já tenha lido nos livros de Eitor... –hein? – vendo um ponto de luz atravessar seu corpo. –isso é...Sandy?

A borboleta começar a fazer movimentos no ar como se quisesse desenhar palavras no ar...

Sakegi: -ela está escrevendo algo... – tentando pescar as letras. –morte...certa...sumidouro? – Desvia de mais um golpe da entidade. –essa passou mais perto que antes...droga não tenho tempo para ler isso...Sandy...Howl...o que vocês querem me dizer? – correndo para o outro lado da arena.

Sandy: -não está adiantando, a borboleta demora para fazer o que peço a uma distância tão grande.

Sakegi: -nesse ritmo vou morrer em um único golpe... – ofegante.

A criatura então ataca Sakegi com dois golpes de calda ao mesmo tempo, um deles acerta o osso do braço de Sakegi e o outro destrói a pedra onde ele estava, causando um pequeno desmoronamento.

Sandy: -Sakegi! – vendo tudo desabar.

Howl: -...!

Migalhos: -hum.

Sakegi: -isso é? – vendo uma mão segurar a pedra que iria esmaga-lo. –Sandy?

Várias borboletas de Sandy se juntam e formando uma mão que consegue proteger Sakegi.

Howl: -Sandy? – olhando para a garota que estava chorando.

Sandy: -como eu fiz isso? – pasma com sua nova habilidade.

Howl: -não sei mas tente criar um rosto com elas!

Sandy: -entendi... – se concentra e criar seu rosto na frente de Sakegi. –Sakegi...

Sakegi: -Sandy? Como você... – vendo o rosto dela formado com as borboletas.

Sandy: -cala a boca e escuta, essa coisa é um Kumei-teku, um sumidouro comedor de cabeças...ele não enxerga direito então usa a audição para te caçar...você tem que ficar... – sumindo. –essa não... – se ajoelhando após usar aquilo.

Migalhos: "-quem diria...que umas delas ainda existia por ai". – pensou ele.

Howl: -Sakegi...tomara que você tenha entendido. – segurando Sandy que estava fraca.

Sakegi: -Kumei-teku...não to gostando do rumo dessa brincadeira. – desconfortável com esse nome.

Howl: -...!

Sandy: -serio que ele...idiota! – irritada após ter feito algo impensável para avisa-lo.

Sakegi: -muito bem...se é um sumidouro...quer dizer que ele some...não fica invisível direto...se não estiver errado... naquela vez ele estava a minha frente e não me atacou por que não me via...mas no momento que dei o passo para trás... ele atacou.

Howl: -ele entendeu tudo isso? Em pouco segundos.

Sandy: -o idiota tem seus momentos pelo visto.

Sakegi: -agora que sei que não se trata de uma entidade fantasma...posso usar isso. – criando círculos pelo local. –Ossos do oficio: floresta de ossos!

Usando parte do que tem de energia espiritual, Sakegi cria uma floresta de ossos pelo lugar afim de atingir a criatura que estava em algum ponto e assim poderia saber onde ela estava e usar o restante de energia na criatura no momento em que ela se mostrasse para ataca-lo.

Sumidouro: -aaaaa! – sendo atingido. –aaaaa! – aparecendo em sua forma original.

Sakegi: -achei você. – preparando o golpe final. -eu sou um agente funerário sua criatura ridícula! Ossos do oficio: lança de ossos!

Migalhos: -como se fosse assim tão fácil. – sorrindo.

A criatura desaparece e reaparece em um instante na frente de Sakegi, desviando do golpe e abre sua boca em forma de amedronta-lo com um rosnado alto, suas duas caldas estavam a postos para serem usadas, era o fim de Sakegi e para ele aquele momento estava passando lentamente a sua frente.

Howl: -Migalhos...você tem que parar!

Sandy: -por favor...ele vai morrer!

Migalhos: -isso é o castigo por ter importunado a filha do conde.

Howl: -você não entende...aquela mulher usou uma invocação negra para me desacordar.

Migalhos: -impossível. – Olhando para Howl.

Howl: -só voltei por que Sandy usou o pólen espiritual, veja. – Mostrando as penas negras onde o braço da criatura o tocou naquela noite.

Migalhos: -não creio...então – olhando para o sumidouro prestes a matar Sakegi.

Um forte barulho acomete o local em um segundo, no outro segundo algo estava fazendo sombra sobre Sakegi e o sumidouro.

Migalhos: -SI-LÊN-CIO! – gritando alto perto da criatura e assim fazendo ela ficar parada da maneira que estava.

Sandy: -...!

Howl: -..!

Sakegi: -tá potente! – com as mãos nos ouvido. –isso me deixou todo cagado... – vendo as caudas da besta quase tocando seu rosto.

Sandy: -ele parou?

Howl: -ai que alivio! – desmaiando.

Sakegi: -o que aconteceu aqui? – tentando entender a situação.

Migalhos: -usei meu silencio do oficio para parar kumei-teku. – fazendo a besta sair do ataque e ficar mansa ao seu lado.

Sakegi: -silencio do oficio? – assustando com tamanho poder.

Howl: -isso mesmo, ai. -chega voando segurando Sandy após ser acordado por ela.

Sandy: -Sakegi! – abraçando ele.

Howl: -Migalhos consegue controlar bestas usando o tom alto de sua voz...por isso ele sempre fala calmo e baixo.

Migalhos: -aquele maldito doutor...descobriu isso?

Howl: -não subestime um Vladis.

Migalhos: -muito bem...você passou no teste.

Sakegi: -que ideia foi essa, essa coisa era um nível superior!

Migalhos: -uma entidade nível zero, uma das mais perigosas como demônios.

Sakegi: -e você fala assim?

Migalhos: -não espere um pedido de perdão de mim...fiz o que juguei certo.

Sandy: -você quase matou ele!

Sakegi: -Sandy? Obrigado.

Sandy: -não fiz isso por que gosto de você...só fiz por que você enfim que paga as contas.

Sakegi: -só podia ser...

Migalhos: -já está quase na hora da reunião geral...vão para casa se preparar. – um pombo traz um pequeno espelho. –Artefato espiritual...espelho infinito!

Sakegi: -isso foi muito maneiro...

Após passarem pelo espelho, Migalhos acaricia a cabeça do sumidouro que estava tranquilo, nem parecia algo mortal.

Migalhos: -parece que temos muito para descobrir... – olha para cima. –o que será que está por vir...

Passado algum tempo é chagada a hora da cerimônia de nomeação da ordem no palácio de cristal.

Sakegi: -caramba...aqui é enorme...aquela pirralha iria gostar de ver...

Howl: -mas infelizmente é somente para membros da ordem...

Sandy: -idiotas... – fazendo bico na janela de seu quarto.

Sakegi: -levo uma lembrança para ela quando voltar... – entrando no salão principal.

Howl: -veja só...estão todos aqui...agentes, supervisores e até mesmo membros da alta corte... os cabeças por traz da ordem.

Bartô: -olha só se não são meus amigos. – colocando o braço no pescoço de Sakegi.

Sakegi: -que foi que levar outra surra? – olhando torto para ele.

Howg: -que me lembre era você que estava sendo surrado. – sorrindo.

Howl: -irmão...

Howg: -pateta...

Bartô: -não estamos aqui para brigar. – batendo no peito dele.

Sakegi –que foi? Viramos amiguinhos agora?

Bartô: -nem de longe...mas estamos em uma sede da ordem, então vamos manter as aparências...

Sakegi: -riquinho esnobe... – falando baixo.

Bartô: -não te contei? – tirando o braço dele. –sou plebeu assim como você. – ficando mais a frete deles.

Sakegi: -por que ele está aqui? – perguntou para Howl.

Howl: -ele é um novato também, após ser negado por Eitor ele seguiu para outra casa...

Sakegi: -entendi. – olhando para Bartô se misturar com os demais.

-olá a todos, muito bom tê-los aqui essa noite. – falando todo pomposo colocando um relógio de bolso no bolso da calça.

Sakegi: -eu conheço esse...

Howl: -sim...é o príncipe Albert, marido da rainha Vitoria, o atual gerente da ordem dos senhores agentes de funerária.

Albert se vestia como os demais senhores pois foi ele quem decidiu quais seriam as vestimentas, usando uma bengala de ouro e uma cartola preta, o restante mesclava entre branco e preto.

Albert: -vamos dá início, opa – deixando cair algo, mas um falcão pega e leva para ele novamente.

Howl: -ele pode ser um sujeito meio excêntrico e atrapalhado, mas é um dos saxões mais poderosos e habilidosos de toda a ordem...inclusive foi ele quem criou a maioria das leis do ministério espiritual e as classes em volta de agentes.

Sakegi: -saquei...mas vem cá por que somente eu e o engomadinho ali temos corujas, o restante tem falcões e gaviões...tem até um pavão...

Albert: -agora começaremos o anuncio dos novatos. – falando ao fundo.

Howl: -há algum tempo tivemos problemas com pardais aqui no palácio, então foram usados pássaros espirituais para elimina-los e depois disso eles foram usados como guias que antigamente era trabalho de pombos e corujas.

Sakegi: -ta certo, mas o pavão?

Howl: -isso é outra...

Albert: -e por último, o sétimo novato, da família Vladis, Sakegi Tomoya Vladis!

Todos voltam o olhar para Sakegi, que fica parado.

Sakegi: -oi pessoal... – com vergonha.

-então ele que um Vladis...

-não me parece grande coisa...

-plebeu imundo.

Sakegi: -nossa, são tão gentis. – sentindo o desgosto dos demais.

Albert: -devo lembrar a todos que nosso compromisso com os eventos espirituais continuam os mesmos, a ordem foi criada por George I e moldados pelos outros 3 Georges seguintes para ser a força que equilibra o mundo espiritual e o humano, sendo assim finalizo nossa cerimonia dando uma salva de palmas aos novos agentes.

Após uma breve salva de palmas, os membros se dividem e começam a sair do palácio de cristal por meio de espelhos infinitos.

Sakegi: -olha só eles vieram por meio de espelhos? – olhando para o tanto que tinha.

Bartô: -é claro seu idiota, você veio de que? – olhando para ele.

Sakegi: -de trem...

Bartô: -mas na funerária tem um espelho, por que não usaram?

Sakegi: -Howl!

Howl: -eu meio que esqueci...

Howg: -como sempre um pateta.

Sakegi: -sua coruja burra...como é que você faz isso...passamos por tanta coisa...que poderíamos ter evitado...até mesmo essa pirralha. – no quarto terminado de ajeitar as coisas.

Sandy: -ei! – de braços cruzados.

Howl: -é o que o doutor não usava...e meio que ficou lá no canto...

Sandy: -para uma coruja...você é meio burro...sabia... – experimentando um colar que Sakegi trouxe.

Howl: -não precisa humilhar também... – triste.

Sakegi: -tudo bem...o que importa é que estamos todos bem... – aliviado. –essa noite percebi o quão importante é nosso trabalho. – sorrindo. –espero que possamos ficar em paz por um tempo

Sandy: -e juntos! – abraçando Howl e Sakegi. –como uma família!

Sakegi: -é como uma família... – se recobra que nunca tinha tido afeto de sua mãe ou de sua irmã mais velha, mas naquele mundo ele tinha encontrado sua família. –aê vamos pra casa antes que o Migalhos mude de ideia e dessa vez de expresso!

Todos entram no espelho e travessam para casa na funerária alma solene, sua partida é nossa alegria.

Sandy: -mas que cheiro de morto é esse? – colocando a mão no nariz.

Sakegi: -é uma funerária, você queria o que? – colocando as malas no chão.

Sandy: -nem para colocar um perfume? - Tossindo

Sakegi: -mas também né Howl, que lugar para deixar o espelho, logo no necrotério. – acendendo uma lamparina.

Howl: -eu pedi os Eds para guardar não sabia que eles tinham colocado aqui. – tirando poeira das penas.

Eds: -patrão! – felizes pela volta do seu mestre.

Sandy: -o que são essas coisas? – horrorizada.

Sakegi: -são corcundas inofensivos...ajudam aqui. – olhando pare eles todos enlambuzados de sabão.

Howl: -fazem todo o trabalho você quer dizer...

Sakegi: -tanto faz...vou subir...e dormir sossegado, pelo menos uma noite. – subindo para o primeiro andar.

Howl: -vamos Sandy...lhe mostrarei seu quarto. – subindo para o segundo andar.

Sandy: -tá! – empolgada.

Após ajeitarem um quarto o único quarto no primeiro andar que ainda tinha vaga, já que dos 4, um era de Sakegi, outro de Howl e outro estava trancado com um B na fechadura, só restava mais um.

Sakegi: -partiu mimir – se jogando na cama. –como é bom a minha caminha.

Madame: -que bom que gostou, ajeitei com todo carinho para você – sentada em uma poltrona no quarto.

Sakegi: -essa não, você não... – olhando para a bruxa em seu quarto. –Tulipa!

Madame: -percebo que algo está diferente em você...alguém tentou brincar com meu brinquedo. – se aproximando dele. –quem foi a vadia?

Sakegi: -era só o que me faltava... – vendo a bruxa subir em cima dele afim de examinar. –sai...sua velha!

Costumeiramente as 22 horas Sakegi ia para seu quarto dormir, mas depois de se livrar de Tulipa ele adormeceu as 23 horas e algo diferente aconteceu, não tinha tido sonhos naquele mundo até então.

-pode correr...pode até se esconder... mas de mim não escapara, ahahhahahahah! – uma risada maligna em meio a fumaça.

-socorro... – Alguém com olhos de gato sussurra.

Sakegi: -aaaa! – acorda suando frio após ter um pesadelo. –isso é... – um formigamento no braço esquerdo.