Capitulo 31
Fernanda
Você já ouviu falar da caminhada da vergonha? Foi o que aconteceu comigo quando eu entrei no meu apartamento e dei de cara, não com uma pessoa e sim duas o melhor dizendo, minhas filhas gêmeas e elas estavam com cara de que estava me esperando há muito tempo.
— Algum problema? — Pergunto pra elas que estavam me olhando curiosa.
— Mãe, a senhora sabe que horas que é? — Kamilla pergunta apontando pro relógio e reviro os olhos pra ela ao dizer:
— Sim, Kamilla eu sei que horas são. — Declaro pra ela que me olha preocupada.
— Mãe, a senhora passou a noite toda fora e o dia todo. — Agora é a vez da Kathy me chamar à atenção.
— Ok, ok! Vamos esclarecer o assunto aqui! — Aviso pra elas e sigo direto pro sofá aonde eu me sento e lá começo a tirar as sandálias e resolvo esclarecer: — Antes de mais nada, vocês duas sabem que eu estava com o Bruno não? — As lembro.
— Sim, mãe a gente sabe que a senhora, estava com o seu chefe. — Kathy responde e Kami concorda com ela e olho pra elas e pergunto:
—OK, então porque vocês estão com essa cara de preocupadas? Mesmo sabendo que eu estava com ele? — As questiono.
— A gente quer saber por que demorou tanto, estamos mortas de curiosidade pra sabermos o que rolou. — Kami declara e fico mais aliviada por ver que elas não estavam achando ruim por ter ficado tantas horas fora de casa.
— Ok, já que esclarecemos, deixa eu me levantar e tomar um banho, ok! — Desconverso, me abaixando pra pegar as sandálias e me levanto e caminhando em direção ao meu quarto ouço as minhas filhas me chamarem e me viro e pergunto:
—Mãe a senhora não vai sair daqui enquanto não contar pra gente, como foi a sua noite com o seu boy. — Kathy brinca e dou risada de como ela fala meu boy.
— É mãe não adianta tentar fugir, não? —Kami brinca e dou risada da expressão delas.
— Eu não quero contar, o que é proibido pra vocês duas! — Brinco e recebo delas o revirar dos olhos e rio mais ainda delas.
—Ok! Tudo bem, a gente não vai mais insistir né kami? — Kathy pisca o olho pra irmã e ficaram se olhando como se estivesse conversando e na realidade estavam mesmo conversando é a minha vez de revirar os olhos pras duas que ao perceberem que estavam fazendo começaram a rir da minha cara.
— Eu só vou dizer... Que foi maravilhoso e isso responde a pergunta de vocês? — falo e recebo um novo revirar dos olhos.
— Mãeeeee... — Elas gritam juntas e coloco as minhas mãos nos meus ouvidos tampando eles pra não ficar ouvindo as perguntas delas e quando vejo que elas se acalmam e falo:
— Não tem essa de Mãe e agora vou me trocar e assunto por encerrado. — aviso. Me abaixo e pego as minhas sandálias, e a minha bolsa que estava sobre o sofá e sigo em direção ao meu quarto e quando chego lá, jogo a minha bolsa em cima da cama e as sandálias no canto do quarto e me jogo ali e fico sonhando me lembrando de como foi a noite maravilhosa.
Fico ali durante um bom tempo, deitada querendo voltar no tempo e fazer tudo novamente. Sinceramente eu não sei quanto tempo fiquei ali parada sonhando acordada quando ouço o toque de mensagem, vindo do meu celular e o puxo a minha bolsa e quando o pego e o desbloqueio e quando entro no Whatssap e quando vejo quem mandou a mensagem, meu sorriso logo se apaga.
Sento na cama e reviro os olhos quando leio novamente a mensagem e nela dizia assim:
"Oi, minha linda esposinha!
Estou morrendo de saudades,
Gostou das flores que eu te enviei?"
Como é que? Com que direito esse idiota achaque ainda é o meu marido? E me ocorre uma coisa porque as meninas não me contaram que o pai delas vieram aqui? Não me contenho, e respiro bem profundamente e com uma calma que eu não tinha, acabo discando o numero dele e fico ali parada ouvindo chamar e quando estava para encerrar ouço a voz do Otávio dizendo:
— Oi, meu amor...
— Oi, meu amor? Você bebeu? — O interrompo. — Ainda, não mais se é um convite...
— Cala a boca! — respondo brava e reviro os olhos novamente pro nada. — Eu quero só saber porque está mmandando mensagem?
— Fê minha linda, eu tenho esse direito afinal eu ainda sou o seu marido. — Ele declara e olho pro celular e faço uma careta e respondo:
— Acho que você se enganou... — respiro novamente bem profundo para não perder paciência que estava começando a se esgotar e falo: — Você perdeu esse direito no momento que entrei lá no seu escritório e o peguei fudendo a sua secretária.
— Meu amor, você sabe muito bem que aquilo, foi uma aventura...
— Escuta, aqui Otávio! — o interrompo e aviso: — Eu não quero saber se aquilo foi ou ainda é uma aventura. Entre nós dois já acabou. — o lembro.
— Não acabou, Fernanda! Eu só estou te dando um tempo. — ele fala e começo a rir dele.
— Não Otávio mete uma coisa, nessa sua cabeça! Eu não vou voltar pra você! — aviso pra ele. Já me arrependendo de ter ligado pra ele.
— Fernanda, você é minha! — Ele praticamente grita e rosno pra ele ao responder:
— Não Otávio, não sou sua e de ninguém e você está proibido de me mandar mensagem só se for pra falar sobre as nossas filhas. — aviso e ouço-o resmungar e o interrompo e falo: — Eu não quero que você me mande flores, está me ouvindo?
— Fernanda, são as suas flores favoritas. — ele me lembra, como se aquilo fosse importante e não era mais. E as flores que ele me mandava eram flores do campo e isso não me chamava mais atenção como antigamente e agora eu prefiro rosas.
—Otávio, por favor, não quero nenhum presente seu, a única coisa que eu quero é o divórcio e só.
— Eu não vou te dar! — Ele grita e reviro os olhos novamente.
— Pelo amor de deus, homem age como um adulto e não como uma criança fazendo birra, por ter tirado o seu brinquedo favorito. — Falo louca pra entrar no celular e dar um soco nele. E faço melhor que isso, encerro a chamada. — Idiota!
Saio da cama e sigo em direção pra cozinha aonde eu encontro as minhas filhas fazendo a janta e noto que tinha as flores que o Otávio tinha falado.
— Meninas... — As chamo e elas se viram pra mim e olho pra elas e aponto pro vaso que continha as flores e pergunto curiosa: — Porque, não me avisaram que seu pai tinha me enviado as flores?