Bruno
Assim que eu abro a porta do meu apartamento dou de cara com os meus pais na sala assistindo TV. E quando me olham me sinto pego como se eu estivesse fazendo coisa errada.
—Meu filho isso são horas de aparecer em casa? — Minha mãe pergunta curiosa.
— Mãe... — alerto pra ela.
— Querida, deixa o menino em paz... — meu pai pede e leva um revirar os olhos pra ele e sorrio. Era isso que eu queria, um casamento sólido e filhos, tudo o que os meus pais tinham eu também queria.
— Não posso Arthur, enquanto ele não me disser exatamente com quem ele estava! — Minha mãe declara e dou risada e o meu pai também.
— Perola... Os meninos não são mais crianças... — Meu pai a lembra com cuidado e recebe um revirar de olhos.
— Eu sei, Arthur! Meus meninos não são mais crianças, mais... — ela fala apontando pra mim e sorrio pra ela ao dizer:
— Mãe... Eu estava com a mulher da minha vida! — confesso e recebo aquele olhar de surpresa.
— E você não vai contar, pra gente não, quem é ela? — minha mãe questiona.
— Perola... — meu pai chama a sua atenção novamente.
— Não tem essa, de Perola, Arthur! — minha responde com ironia.
— Querida, o menino tem direito de privacidade. — meu pai declara e deus eu tenho até pena do meu pai, de como minha mãe não desiste enquanto a gente não confessava uma coisa. E isso me faz me lembrar da minha infância de como eu e o Vinicius aprontava e a minha mãe logo começava a nos questionar, ou melhor, como nos interrogar de coisas que a gente fazia e não demorava muito, a gente acabava sempre nos entregando.
— Arthur, o menino tem quem contar aonde ele passou a noite. — Ela declara apontando o dedo pra mim e resolvo logo saciar a curiosidade dela.
— Mãe... Ok! A senhora venceu eu vou contar exatamente com que eu estava. — Cedo e vejo o sorrisinho dela e ela me deu aquele olhar de vitória. E rio com vontade ao perceber que era tudo o plano dela.
— Mãe... A senhora é terrível! — A acuso que revira os olhos pra mim.
— Você acha mesmo que pode esconder algo de mim? — ela me questiona. — Bruno, você o Vinicius nunca puderam me esconder nada.
— A gente tenta, né mãe! — falo pra ela que ri novamente de mim.
— Agora senta aí, e nos conta quem é essa mulher do qual meu filho está apaixonado. — ela pede e me sento no sofá e fico na frente deles e falo:
— Então, a mulher que a senhora mesmo disse do qual eu estou apaixonado se chama Fernanda de Freitas... — começo e sou interrompido pela minha mãe.
— Meu filho, qual a idade dela? Aonde você a conheceu? — minha mãe começa me bombardear de perguntas.
— Mãe... Calma me deixa continuar, sim! — peço e ela revira os olhos de novo e sorrio, sabendo que ela era podia ser bem impaciente.
— Ok, continue... — ela resmunga dando os ombros. E vejo o meu pai se controlando para não rir.
— Então continuando, eu conheci a Fernanda na empresa, ela é minha assistente. — falo e vejo a minha mãe abrir a boca pra falar e levanto a minha mão e pedindo pra ela esperar e continuo, falando: — Quando a conheci eu fiquei apaixonado. — falo sem dizer que eu queria rasgar o vestido dela e fuder ela na minha mesa ou no chão ou em outros lugares.
— Bruno... — minha mãe me chama a atenção e falo:
— Desculpa eu fiquei meio perdido em meus pensamentos. — confesso e desejando que o meu pau não estivesse levantado. Não seria bom eu ficar de pau duro na gente dos meus pais. — Continuando, a Fernanda a mulher por quem estou apaixonado é uma mulher mais velha que eu.
— O que você quis dizer que é uma mulher mais velha? — minha mãe pergunta, ou melhor, questiona.
— A Fernanda tem trinta e nove anos... — mal acabo de falar e a minha mãe já fala.
— Bruno essa mulher é bem mais velha que você... — ela fala e eu a interrompo.
— Mãe... Não quero que fique com preconceito. — peço pra ela.
— Não é preconceito Bruno, mais mesmo assim essa mulher deve ter filhos não? — ela pergunta curiosa e falo:
— Sim, ela tem duas filhas e gêmeas... — falo e a minha mãe me interrompe novamente.
— Bruno e que idade, tem essas meninas? — ela questiona e respondo o que ela quer saber:
— Dezoito... — mal acabo de falar e ela já me questiona novamente.
— Dezoito? Meu filho, essa mulher já tem filhas adultas e você já se perguntou se ela vai querer ter filhos, com você? — ela pergunta.
— Perola... — meu pai chama a sua atenção.
— Você não acha que eu tenho razão Arthur? — ela o questiona brava.
— Perola, deixa o menino terminar de contar, sem ficar fazendo perguntas. — meu pai pede pra ela e ela bufa e sei que ela não gosta de ser contrariada.
— Obrigado, pai! — agradeço e recebo um sorriso e continuo da onde parei: — Então a Fernanda é uma mulher em processo de divórcio e sem ficar entrando em detalhes porque eles estão se divorciando. Eu amo a Fernanda e quero me casar com ela quando ela se separar dele. Agora vocês têm perguntas?
— Sim, meu filho eu tenho mais perguntas, tem certeza que você quer se envolver com uma mulher que está se divorciando? — ela pergunta com cautela.
— Sim, mãe eu tenho certeza. — respondo sincero.
— Bruno, você tem consciência que nunca vai poder nos dar netos? — ela questiona e levanto a cabeça pro teto e peço pra deus me ajudar a ter paciência.
— Mãe... — respiro fundo para me controlar. — A gente não sabe se a Fernanda pode ter ou não ter filhos...
— Mais, Bruno... — Ela questiona e o meu pai coloca a mão em seu braço e fala:
— Perola, eu sei que você deseja ser avó eu também desejo ter um netinho... — meu pai fala só que ele é interrompido novamente.
— Arthur, então você entende, que essa moça é muito velha pra ser mãe e mesmo que ela pudesse a gravidez dela seria de risco não? — ela declara falando pro meu pai que revira os olhos pra ela.
— Mãe, pelo amor de deus, sinto muito se não acontecer de eu ter meus filhos naturalmente... — falo ficando cansado dessa conversa e concluo pra eles. — Só que a Fernanda e eu podemos adotar e outra as filhas dela pode ser as netas que vocês querem e se vocês quiserem netos naturais, tem o Vinicius...
— Vinicius? — Minha mãe ri e fala: — Ele nunca vai me dar netos, do jeito que vive correndo atrás de rabo de saia ele nunca vai sossegar.
— Um dia ele sossega, a senhora vai ver! — brinco com ela e olho pra ela e falo: — Mãe, eu quero que vocês conheçam a Fernanda e peço, por favor, que a tratem bem.
— Pode deixar eu vou tratar ela bem, pode trazer ela. — minha mãe cede e sorri e me olha e fala: — Bruno me perdoa, eu só estava te protegendo.
— Mãe, eu sei disso, mais pode ficar tranquila ela é a mulher certa pra mim, eu amo ela e tenho certeza que vocês também vão ama-la quando a conhecer.
— Então traz ela, Bruno! E tenho certeza absoluta que vou gostar dela e sabe porque? — Ela pergunta.
— Porque? — fico curioso.
— Porque por mais que eu fiquei preocupada, por saber que ela é uma mulher mais velha, sei que ela é a responsável por dar esse brilho em seus olhos. — ela fala sorrindo e vem em minha direção e senta ao meu lado e falo:
— Obrigada, mãe! Você não sabe o quanto é importante pra mim, saber que a mulher que eu mais amo, na minha vida, vai conhecer a segunda mulher que eu mais amo.
— Que lindo, filho sinceramente espero que ela não te magoe, porque se não ela vai se ver comigo, ok! — ela avisa e sorriso, sabendo que isso poderia mesmo acontecer.
— Agora filho, vamos marcar pra conhecer a sua mulher. — meu pai fala.
— O que acham de marcar quando o Vinicius vier? Assim todos se conhecem, não? — comento.
— Isso, filho e aproveita pede pra sua namorada, trazer as filhas, assim à gente vai conhecer todas de uma só uma vez. — minha mãe aprova e agora sim eu posso respirar aliviado, por saber que a minha mãe aceitou a minha mulher.
— Bom, agora eu vou tomar um banho e me preparar para janta. — falo e dou um beijo nela e no meu pai e sigo pro meu quarto e quando chego lá mando mensagem pra minha mulher e nele e enquanto espero a mensagem dela, pego o celular e sigo pro chuveiro e tiro a roupa e ligo a torneira do chuveiro e entro debaixo da agua quente e ali fico me lembrando de como tomamos banho juntos e sorrio ao me lembrar de como foi perfeita a nossa noite.