Fernanda
Uma semana Depois...
— Mãe está pronta? — ouço o grito da Kathy vindo do corredor. E dou um suspiro e me olho no espelho novamente, para ver que a roupa que eu estava usando seria boa o suficiente para o encontro que eu teria hoje com meus sogros.
Quem diria que eu iria passar novamente por essa situação. Quando comecei a namorar com o Otávio, conheci meus ex-sogros, e vamos dizer que não era fácil de conviver com eles. O bom é que tem aquele ditado quem casa, quer casa.
Agora eu vou conhecer meus segundos sogros e tomara que eles fossem bem diferentes do que os primeiros. Tomara que eles gostem de mim e tomara que a roupa que escolhi era boa o suficiente para o encontro. Enquanto me olhava no espelho para ver se deveria ou não trocar de roupa, para o encontro. Passo a mão pelo meu rosto e ainda dava para notar que eu ainda tinha uns traços de machucados.
Hoje estava fazendo uma semana que a gente tinha sido feita de refém. A louca Lívia foi presa e tomara que fique um bom tempo na cadeia. Depois que bati nela com gosto e fui puxada pros braços do meu homem e ali me senti como ele disse, segura.
A policia, entrou depois que acabei com a louca e nem tinha visto que eles estavam dentro do apartamento. Quando perguntei para o Bruno ele disse que tinha sido ele que tinha interfonado para a portaria e avisando que a louca da Lívia tinha sido vamos dizer controlada.
"Sim controlada com a minha mão em seu rosto". Penso com um sorriso e paro de tocar no meu rosto e olho para minha mão, que estava enfaixada por causa da fratura que sofri por ter socado a louca.
— Mãe... A senhora ainda não está pronta? — Kathy pergunta curiosa, no batente da porta, me fazendo sair dos pensamentos daquele dia.
— Sim... Filha eu estou pronta. — respondo e com um último olhar saio do quarto e caminho em direção para a sala junto com a Kathy e quando chego lá a Kam assobia e olho pra elas e pergunto:
— Não está demais? Ou melhor, está faltando algo? — pergunto me abaixando para a minha roupa que estava usando. Hoje eu queria usar uma roupa que não parecesse que era uma menininha e também não queria usar uma roupa de uma vovó.
— Mãe... A senhora está perfeita! — Kam fala e a Kathy concorda.
— A hora que o Bruno, chegar e vê-la assim, vai ficar encantado. — Kathy brinca e dou risada. Depois do susto que tivemos, depois que verifiquei que as meninas estavam bem, prestamos depoimentos e fomos liberados. Assim que adrenalina passou, comecei a sentir a dor na minha mão e quando o Bruno olhou e viu a minha mão ele resmungou muito e olho pra ela e noto que ela inchou.
Ele me levou pro hospital e tomei ponto na cabeça e a minha mão fraturei o quinto metacarpo, ou seja, coloquei tala e se isso não resolvesse teria que fazer cirurgia.
Naquela mesma noite as meninas me contaram exatamente o que aconteceu, que elas tinham conseguido chamar a policia e enquanto esperavam eles chegarem a Lívia a ameaçou elas quando disse que eu tinha sido machucada e foi assim que elas saíram do quarto e puderam ver mesmo que eu tinha sido machucada.
E de lá pra cá as meninas conheceram direito o Bruno, já que ele ficava preocupado por me deixar sozinha. É claro que ainda eu o mandava embora por causa dos pais.
Mesmo os pais dele sabendo o que tinha acontecido eu não queria ficar monopolizando ele. E foi aí que ele me contou que seus pais pediram para nos convidar para conhecermos. Quando perguntei pra ele o que seus pais falaram ele foi franco e me disse que no inicio a mãe dele foi contra, só que depois aceitou. Acho que é por isso eu quero parecer uma mulher decente. Meus pensamentos são salvos quando a campainha toca e ouço o grito da Kathy dizendo:
— Eu atendo! — ela grita e dou risada e começo a sentir as mãos ficarem úmidas de nervosos e ouço um assobio e sorrio quando me viro o meu sorriso morre ao ver quem era que tinha entrado no apartamento:
— Ora, ora minha esposinha está muito gata, mesmo! — ele diz jogando o seu charme e reviro os olhos.
— O que você está fazendo, aqui? — pergunto aborrecida.
— Ora, vim te procurar, afinal como não recebi os papeis do divórcio. — ele fala dando os ombros e falo:
— Erro meu, mais como pode ver, estou me recuperando e acabei esquecendo de pedir, para a Tatiana te mandar os papeis novamente. — aviso apontado para cabeça e também para a minha mão enfaixada.
— Isso é a culpa do seu garoto, eu fiquei sabendo pelas minhas filhas que a ex- do seu garoto coloco-as em perigo. — ele fala com ironia.
— Otávio, por favor! Sei que ficou chateado e tudo e não é culpa do meu namorado... — sou interrompida pelo Otávio.
— Namorado? — ele fala em tom de deboche.
— Sim! Namorado, marido ou qualquer titulo que você queira dar, pra mim. — A voz do Bruno interrompe o que o Otávio iria dizer.
— Você sabe com quem está falando? — ele questiona o Bruno que revira os olhos pra mim e sorrio ao dizer:
— Sim, ele sabe que está falando com o meu ex-marido! — respondo pelo Bruno e vou até em direção pra ele que estende os braços e vou de bom agrado e faz um carinho em meu rosto e me beija.
— Fernanda, você é uma mulher casada! — Ele avisa e quando ele tenta me puxa-la pelos meus braços e o Bruno coloca a mão dele em cima da dele e o Bruno me olha e fala:
— Com licença amor! — ele pede e me solta com carinho e pega à mão do Otávio e tira do meu braço e torce a mão dele que grita e o Bruno a solta e diz: — Nunca mais coloca a sua mão imunda, na minha mulher!
— Sua mulher? — ele ri e aponta para mão dele aonde estava a aliança e diz: — Enquanto eu estiver com a minha e ela estiver com a dela, estamos casados.
— Otávio, estou livre, leve e solta e outra coisa assim que descobri que você me traiu a aliança não ficou mais na minha mão. — aviso mostrando as minhas mãos pra ele.
— Fernanda, por favor... — ele pede, ou melhor, implora e falo:
— Por favor, digo eu! —peço perdendo a paciência com ele. — Otávio se você me ama como mesmo diz que ama, me dê o divórcio, por favor!
— Eu te amo, Fernanda e muito! — ele volta insistir.
— Como eu disse, me de o divórcio. Otávio eu e você sempre vamos ficar ligados para sempre. Não sei se você se lembra, mais temos duas meninas ótimas. — falo pra ele.
— Eu me arrependo muito de ter te traído. — ele confessa, arrependido.
— Otávio, acredito agora que está arrependido... — Eu começo e levanto a mão, pedindo para ele esperar e falo: — Só que isso mostrou que eu não te amo, mais.
— Fernanda me de mais uma chance... — O interrompo e falo:
— Otávio, não dá! Sinceramente se eu te amasse muito mesmo como antes pode ser que eu tivesse voltado para você... — começo e ouço um rosnar do Bruno e sorrio pra ele o acalmando e vendo um Otávio esperançoso e sabia que iria acabar logo com isso.
— Então volta pra mim! — ele pede se ajoelhando no chão, se humilhando pra mim e se isso fosse antigamente teria mexido comigo, só que atualmente sinto pena dele.
— Otávio, levanta do chão, por favor! — peço pra ele.
— Só se você voltar pra mim e me perdoar! — ele volta a insistir e perco de vez a porra da paciência que eu tinha.
— Otávio, pelo amor de deus! Não adianta mais! — peço pra ele e falo: — Você quer que eu te perdoa, então eu te perdoo se você quer agora que a gente volta, então sinto muito, mais não!
— Ok, você venceu! — ele diz em tom derrotado e se levanta e sei que agora sim ele está sendo sincero.
— Obrigada, Otávio! — respondo sincera.
— Pode pedir pra sua advogada, me mandar os papeis do divórcio. — Otávio pede e sorri triste ao dizer: — Fernanda, me perdoa novamente pelas minhas traições.
— Como já disse antes, eu te perdoo. — respondo sincera com ele. O Otávio se despede e quando dou por mim estávamos sozinhos as meninas no mínimo tínhamos nos deixados sozinhos.
— Então como se sente? — Bruno pergunta curioso e me puxa contra o seu corpo.
— Aliviada! Sinceramente! — respondo e ele me abraça e me beija ao dizer:
— Agora sim, o seu ex- não te perturba mais! — ele fala e sorrio:
— Sim! Graça a deus! — falo e ouvimos os gritos das meninas na porta do apartamento pedindo pra gente se apressar que estavam com fome e demos risadas dos desesperos delas.
— Meninas a gente já vai, aguentam um pouco mais! — ele grita e as ouvimos reclamarem e demos mais risadas e ele olha pra mim e fala: — Eu já te disse o quanto você está linda?
— Ainda não! — O provoco e ganho um beijo e ele diz:
— E já te disse que não vejo a hora de tirar esse lindo vestido? — ele provoca piscando o olho e só respondo dizendo:
— Pervertido! — ele ri e me beija novamente e seguimos direto pra casa dos seus pais.
Cinco meses depois...
— Mãe... A senhora está linda! — Kam declara sorrindo e me olho no espelho e nem eu mesma acredito o quanto eu estou bonita. A cicatriz na cabeça era agora uma linha vermelhinha e a minha mão estava sem a tala e não precisou de cirurgia e é claro que fiquei feliz, em saber disso.
— Obrigada, querida você e a sua irmã também estão lindíssima. — As elogios e quando ia falar o quanto estava nervosa, A Kathy entra rindo e quando fala:
— Mãe... O Bruno está lá ligando desesperado, pra senhora se apressar para casar! — Kathy diz entrando no quarto, rindo e sinceramente eu imagino o desespero dele.
— Sinceramente, eu também estou nervosa! —falo pra elas que riram do meu nervosismo.
— Os nossos irmãozinhos estão dando trabalho? — Kathy pergunta fazendo carinho em minha barriga e sorrio.
— Hoje, eles estão tranquilos, graça a deus! — respondo me lembrando de como descobri que estava gravida, assim que acabei de assinar os papeis do divórcio. Conforme o prometido o Otávio assinou mesmo o divórcio e me deixou em paz.
No dia que ele veio aqui tentar uma nova chance as meninas já tinham conversando com ele, quando foram visita-lo e contaram que tínhamos sido feitas de refém pela louca da Lívia. Elas pediram para ele desistir e assinar logo o divórcio e ele disse que tentaria mais uma vez e se eu não cedesse ele assinaria.
Depois seguimos para o apartamento do Bruno, ele nos aprestou pra sua família os seus pais me receberam muito, bem! E sinceramente acabamos nos apaixonando por eles e isso foi vice e versa quando eles viram as minhas filhas e já pediram pra chama-los de vovó e vovô.
Eu não esperava para outra surpresa, o filho da mãe esqueceu de me avisar que tinha um irmão gêmeo e que ele era ator e sinceramente ele era muito bonito.
Só que o Bruno não precisava saber, se bem que ele viu o meu olhar de apreciação e depois que deixamos as meninas em casa ele me levou de volta pro nosso hotel e me fudeu longamente e duramente e adorei saber que ele era tão ciumento quanto ele. Quando estávamos ali deitados o Bruno de repente se levanta e acho estranho e me sento na cama, puxando o lençol para me cobrir um pouco e ele volta com a mão para trás e fico curiosa.
— Querido, o que você está aprontando? — pergunto curiosa querendo saber o que ele estava escondendo de mim. Ele sobe na cama e fica na minha frente e diz:
— Fernanda, minha fada do amor... — ele começa e noto que está gaguejando e sorrio pra ele o encorajando e o Bruno diz: — Naquele dia, que nos conhecemos, a minha mãe disse que eu encontraria a mulher da minha vida...
— Continua... — peço querendo saber o que ele iria falar.
— Eu, já estava sem esperança de encontrar um grande amor e quando te vi pela primeira vez na empresa... — ele volta gaguejar.
— Sim... — Peço pra ele continuar.
— Eu vi que a minha mãe estava certa! Encontrei sim a mulher da minha vida e essa mulher é você Fernanda de Freitas. — ele fala e começo a sentir os meus olhos se encherem de lágrimas com a linda declaração de amor dele. — Fernanda, você aceita se casar comigo e vivermos felizes para sempre? — Bruno pergunta nervoso e sorrio quando as lágrimas caem livremente e respondo dizendo:
— Sim! Bruno eu aceito me casar com você e vamos viver os nossos felizes para sempre! — falo pra ele que tira a mão de trás da costa e abre a caixinha me mostrando um lindo anel de noivado do qual eu fiquei encantada.
— E agora vamos comemorar, minha noiva! —ele diz assim que coloca a aliança no meu dedo e faço o mesmo com o dele e nos entregamos ao amor.
— Mãe... Mãe... — Kam me chama fazendo balançar a cabeça, voltando ao presente.
— O que houve? — pergunto enquanto olhava pro meu vestido de noiva. O casamento seria realizado na empresa no local aonde nos conhecemos e eu e as meninas estávamos em minha casa, ou melhor, dizer a casa delas.
As meninas irão morar sozinhas é claro que sempre vou ajuda-las no que for preciso até que elas encontrem o seus príncipes encantados como eu encontrei o meu. Os pais do Bruno iriam voltar para casa deles e iriam voltar quando os gêmeos nascessem, para me ajudar cuidando deles.
— A senhora ficou perdida em pensamentos. — Kam brinca e sorrio dizendo:
— Estava me lembrando de algumas coisas... — falo sendo interrompida pela Kathy que diz:
— Sim, só lembranças boas! — concordo com elas e o celular volta a tocar e sorrio sabendo quem era e falo: — Fala pra ele que estamos saindo de casa agora.
A ouço dizer o que eu tinha falado e logo em seguida ela começa a rir muito e falando:
— O papai Bruno está dizendo que se a senhora não aparecer logo ele vai vim te buscar e te carregar até o casamento. — ela ri quando me passa a mensagem dele, enquanto seguíamos para fora do apartamento.
Umas das meninas fechou o apartamento e a outra me entrega o buque de flores e seguimos em direção para o meu casamento. E quando entramos na Limusine que foi alugado pego o telefone e ouço um rosnar do Bruno dizer:
— Kathy cadê a sua mãe... — ele pergunta e sorrio sabendo que estava desesperado.
— Ela querido, está dentro do carro! — aviso pra ele que diz:
— Querida, trás essa linda bunda até aqui... — ele me ameaça e reviro os olhos pra ele falo:
— Ou que? — O provoco e o ouço rosnar e dou risada dele.
— Fernanda... Assim que nos casarmos vou te pegar e te levar pro quarto e te amarrar na cabeceira da cama e mostrar pra você e pra sua linda bunda a quem vocês pertencem... — O interrompo ameaça deliciosa que ele está fazendo e falo:
— Você promete! — volto a provocar e o ouço rosnar de novo e me despeço dele e falando que o amava e seguimos para o meu casamento. Quando chego lá o pai do Bruno estava me esperando e quando saio do carro com a ajuda dele ele diz:
— Minha filha, você está linda demais! — ele diz me dando um beijo no rosto e coloca a mão na minha barriga e sinto-os chutarem e o observo seus olhos encherem de lagrimas. — Eles estão bem ativos hoje, não?
— Até agora eles estavam quietos e foi só ouvir a voz do senhor que ficaram animados. — respondo com carinho e ele sorri. Desde que fiquei gravida e que foi uma surpresa, pra nós dois uma porque eu não era mais nenhuma adolescente e outra é que eles não imaginavam que eu ficaria gravida ainda mais na minha idade.
— Esses são os meus garotos! — ele diz piscando o olho pra mim e sorrio ao ouvirem um resmungo das meninas quando ele diz: — E vocês são e sempre serão as minhas netas favoritas, ok! — elas acenam em concordância e ele pega na minha mão e diz: — Preparada?
— Sim, estamos! — falo e coloco meu braço no dele e seguimos em direção ao meu amor. Quando ele viu que eu tinha chegado, dava pra ver o alívio que ele sentia a me ver entrar no salão de festa da empresa.
Enquanto caminhava em direção para ele, as minhas filhas eram as minhas damas de honra e fui olhando para todos que estavam alie senti a faltados meus pais que já tinham partido. E aonde que eles estivessem tinha certeza que eles estavam felizes por mim.
E por isso pedi para o pai do Bruno me levar até o altar e ele aceitou o meu pedido. E agora eu estou frente a frente ao meu amor, recebo um beijo em minha testa do meu sogro e ouço o Bruno rosnar e se abaixa pra dar um beijo na minha barriga e coloca a mão nela e falo quando o pai dele vai para o lugar dele de padrinho.
— Adoro quando você rosna... — O provoco rindo baixinho.
— Você vai adorar, ainda mais a minha mão na sua linda e deliciosa bunda! — ele sussurra em meu ouvido e dou um beijo nele e falo:
— Não vejo a hora, de isso acontecer pervertido! — E assim que acabo de falar o Juiz de paz começa a nos casar.
Algumas horas depois...
Depois de nos casarmos, aproveitamos a festa de casamento. Seguimos direto para a nossa lua de mel que coincidiu com a festa de lançamento da linha de lingerie "O Cupido" e não é que nessas viagens encontro a ex- do Bruno a Carolina de Aragão e vou dizer a mulher é muito metida mesmo e me medindo de cima para baixo aquela vaca.
Depois de visitarmos, o lançamento da coleção "O Cupido", seguimos a nossa lua de mel e ficamos pouco tempo porque como gravida de gêmeos tinha medo que nascesse antes do tempo.
Quatro meses depois...
No dia do meu aniversário de quarenta anos, nascem os meus gêmeos e eles recebem os nomes de Aurora de Freitas Mendes e Théo de Freitas Mendes e quando o Bruno os coloca em cada braço meu ele beija a minha testa dizendo:
— Obrigado, meu amor! — ele fala fazendo um carinho em meu rosto.
— Pelo o que? — pergunto sem entender nada.
— Por ser, a Minha Linda Quarentona! — ele diz sorrindo e me beija apaixonadamente e sorrio feliz por ter conseguido o que eu nunca imaginei encontrar novamente um grande amor, minhas filhas bem de saúde e agora os gêmeos para completar a minha felicidade agora está completa!
E vivemos felizes para sempre!
Fim!