[05/04/2018] - [13:02:35]
[Oceano Atlântico - Aukhemya]
[Lúcio POV]
O brasão no estandarte era uma estrela de oito pontas, um octograma. Haviam quatro círculos com símbolos diferentes dentro, em quatro pontas diferentes. Um verde, semelhante a um tornado, na ponta inferior, um azul, semelhante a uma onda do mar, na ponta direita, um castanho escuro, semelhante a uma montanha, na ponta esquerda e um avermelhado, semelhante a uma chama, na ponta superior. No meio do octograma, um círculo maior, dourado, com um palácio no meio. O brasão estava costurado num pano escarlate, tão escuro quanto o escarlate dos olhos e núcleos dos Homúnculos.
Essa era a bandeira de Aukhemya.
A princípio, nem me importei muito com ela. Quase havia me esquecido. Mas felizmente o Núcleo de Ouro possuía uma espécie de banco de dados aparentemente infinito. Mesmo que meu cérebro esquecesse, as informações ainda estariam salvas no Núcleo.
Mas após vê-la de perto, ganhei algumas perguntas novas.
Por exemplo, por que o brasão se parecia tanto com a Matriz Dourada?
E se eles realmente tinham algo em comum, por que não havia um símbolo branco e outro negro no brasão?
Mas para falar a verdade, eu simplesmente ignorei isso. Acho que eu só estava viajando na maionese mesmo...
Mas o que realmente me inquietou...
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Era saber por que as comidas da ilha pareciam ser tão saborosas?
Sério!
Ao lado da adega, várias estantes de madeira com comidas defumadas, secas, conservas e mais. Mais de 20 estantes de quase 10 m de altura repletas de iguarias. E é claro, tudo aqui era tamanho aukhemyano, ou seja, natural x2.
Oh, você não sabe o que é tamanho natural x2?
No pouquíssimo tempo que ficamos na ilha, percebemos que, tanto os aukhemyanos quanto suas criações, tinham o dobro do tamanho natural das nossas coisas.
Por exemplo, os próprios aukhemyanos: suas alturas variavam de 3,5 m até pouco mais de 4 m. Dividindo a escala por dois, teríamos aukhemyanos de 1,7 m a 2 m de altura.
Claro que isso não se aplicava a todas as espécies da ilha. Galeto era um exemplo. Mesmo parecendo um filhotinho perto deles, meu lobo guará já era adulto.
Mas vamos voltar ao que interessa!
As comidas...
Oh cara, as comidas!
De enormes queijos maturadíssimos a carnes defumadas e temperadas (que infelizmente eram de tamanho normal), potes gigantes de doces finos e conservas tão aromáticas que dava para sentir o cheiro das ervas ao se aproximar das vasilhas de cristal.
Também haviam pães, roscas, tortas, bolos, biscoitos e muitas outras quitandas. E obviamente tudo era tamanho jumbo.
Andei todo pimpolho pelas altas estantes repletas de enormes gostosuras. Meus olhos corriam freneticamente pelo lugar e minha boca aguando por um único pedacinho daquele banquete vertical.
Até que...
Eu a avistei...
E juro...
Se ela tivesse olhos também, nós estaríamos nos olhando como amantes...
Selene que me perdoe, mas...
Ahhh, aguei...
Era um bacia repleta de pães de queijo de 2 kgs.
PÃES DE QUEIJO!!!!!
DE 2 KGs!!!!!
DOIS QUILOS!!!!!
CARALHO, PUTA QUE PARIU!!!!! ESSES CARAS FIZERAM ATÉ O PÃO DE QUEIJO GIGANTE VERSÃO AUKHEMYANA!!!!!!!
E ERA UMA FODENDO BACIA CHEIA DELES!!!!!
Vivy: '*voz macia* Lúcio... Luczinho... Lúcioooo... *irritada* LÚCIO!!!!! ESQUEÇA A COMIDA, CACETE!!!!! DEPOIS QUE ACABARMOS COM O PREFEITO, VOCÊ COME UM!
...
PARE DE ANDAR EM DIREÇÃO AO PÃO DE QUEIJO, DROGA!!!!!! PESSOAL, ME AJUDEM AQUI!!!!!'
Atendendo ao chamado da minha Avatar, os Homúnculos tentaram me impedir. Mas...
LEI DO CÓDICE MINEIRO NÚMERO 8530, PARÁGRAFO 11:
JAMAIS IMPEÇA UM MINEIRO DE COMER.
LEI DO CÓDICE MINEIRO NÚMERO 8530, PARÁGRAFO 12:
PRINCIPALMENTE SE FOR PÃO DE QUEIJO.
Mesmo com o poder extra dos Homúnculos aukhemyanos, eles não foram capazes de me segurar. Isso não tinha nada a ver com o poder da minha alma ou da minha força de vontade.
ERA A ATRAÇÃO MAGNÉTICA NATURAL ENTRE O MINEIRO E SEU PÃO DE QUEIJO!!!!
A primeira a ceder foi Carla. O Homúnculo 2 caiu logo depois. Aí foi a vez de Seu Tião e do Homúnculo 4. Reinaldo e os Homúnculos 1 e 3 não puderam resistir mais. Por fim, apenas Carolina. Seus status eram superiores aos dos outros. Mas quem realmente surpreendeu foi Quetzal, que surgiu no ombro dela
Quetzalcoatl: "*irritado* SEU IMBECIL!!!! DESISTA LOGO!!!!"
Lúcio: "*irritadíssimo e berrando* JAMAIS!!!!!"
Quetzalcoatl: "*irritado* Droga... Vou ter que recorrer a isso... EI, POR UM ACASO VOCÊ ESTÁ PLANEJANDO COMÊ-LO SEM UM PEDAÇO DE LINGUIÇA?
Narrador: "*pasmo, porque não está acreditando no que está narrando* Após ouvir a resposta do deus asteca, Lúcio interrompeu seus movimentos. Completamente estatístico, as palavras de Quetzalcoatl retumbaram em sua mente. Mesmo sendo por uma fração de segundo, para o mineiro, aquilo durou bilhares de anos."
{Notas do Narrador: * com os olhos marejados e filosofando* Céus... A que nível eu cheguei... Eu não sou pago o suficiente para narrar isso...}
{Notas do Autor: *olha para o Narrador com uma intensa sede de sangue e intenção assassina*}
Narrador: "*suando frio* Percebendo o sucesso de seu plano, Quetzalcoatl sorriu e continuou."
Quetzalcoatl: "Ah, e você também precisa de uma caneca de café com leite! Sem falar da manteiga, o doce de leite e o requeijão!"
Lúcio: "muito irritado, quase chorando e berrando* DISGRAMA!!!!!! EU NUM SEI ONDE QUI TÁ SAPORRA DESSAS COISA, CARÁI!!!! AGORA EU PRECISO DE TUDIM DESSES NEGÓCIO QUE CÊ FALO!!!"
Narrador: "Era impossível saber se Lúcio estava fingindo ou se o espírito mineiro realmente o possuiu. A única certeza foi o escândalo causado, que atraiu a atenção de todos os presentes na mansão, inclusive seu proprietário, Edwich. Rapidamente, o prefeito chegou ao cômodo onde armazenavam os alimentos e a adega, que também era o mesmo cômodo onde todos estavam."
Edwich: "chocado e confuso* Mas o que está acontecendo aqui? Que bagunça é essa?
...
O QUE ESTÁ FAZENDO?! EI, ESTOU FALANDO COM VOCÊ!!!! COMO OUSA ME IGNORAR? EU NÃO VOU TOLERAR ISSO!!!!! ESQUEÇA ESSA DROGA DE MASSA!!!!!"
Narrador: "O prefeito tentou impedi-lo, mas o ardente desejo mineiro de Lúcio para com a comida o repeliu. Só então o aukhemyano percebeu seu erro: ele tentou enfrentar uma entidade tão feroz e faminta quanto Belzebu. E ainda por cima, ousou ofender a ambrosia de polvilho."
Lúcio: "*lentamente se virando, com um olhar ameaçador e aterrorizador* QUE QUE VOCÊ FALO, CANAIA DISGRAMADO FEADAPUTA??!!??!
*mais calmo* Eita... Causei uma bagunça danada aqui. Cêis me disculpa aí!"
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{Notas do Autor}
*mastigando um pão de queijo com manteiga* -té moix garea!
Lúcio: "*ficando irritado de novo* POR QUE SAPORRA PODE COMER E EU NÃO??!!?!?"