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Chapter 55 - Chegando na cidade

[05/04/2018] - [22:19:00]

[Oceano Atlântico - Aukhemya]

[Lúcio POV]

Plano para Resgatar Selene:

Primeira parte: Encontrar pistas ou a localização dela.

...

Concluído!

Segunda parte: Achar um meio de viajar até a Região Terrestre Perdida onde ela está.

...

Concluído!

Terceira parte: Entrar no interior da Região para resgatá-la.

...

Errrr...

Tá indo...

Uma hora a gente consegue, né?

Ahhh... Quem eu quero enganar? Esse vilãozinho metido a mini-boss tá atrasando meus planos!

Edwich Tich? Mas que nomezinho de merda é esse? Saporra parece que nem conhece piratas de verdade, e fica inventando nome! Não é possível que os pais dele tiveram coragem de dar esse nome para o filho.

Será que eles tinham uma bola de cristal para prever o futuro? Aí faria sentido! É um nome perfeito para um gangsterzinho igual a ele.

Mas por que eu tô tão puto com esse cara?

*fazendo voz de animador de programa* Para descobrir a resposta, embarque na nossa máquina do tempo, quando voltaremos no passado para ver o aconteceu!

Fiwwww... PUSHINNNN... TRUONPXXX... TRAAACARAC... BOOOOMMM!!!!

Ugh... só finjam que isso é um barulho de máquina do tempo, ok?

...

Bem, começou logo após atravessarmos a barreira e chegar na vila.

Imagine a típica vila medieval das histórias de fantasia, seus habitantes são os camponeses representando a maioria, uma única família um pouquinho mais abastada, que só por isso se acham os reis da cocada preta, uns guardinhas, construções de pedregulhos e troncos, carroças e cavalos, plantações de legumes e verduras, animais de fazenda atravessando as ruas e tudo mais.

Imaginou, ótimo!

Então...

AQUI NÃO TINHA NADA DISSO!

A vila... Não, a cidade onde estávamos não se parecia com os vilarejos medievais dos filmes de fantasia ou dos animes de isekai. Na verdade, era exatamente igual uma cidadezinha do interior, como já tinha falado. Mas ao invés de casas de concreto, verdadeiros casarões esculpidos em Marenito, um material azul que eu acreditava ser exclusividade dos palácios marinhos, com detalhes dourados cravejados por Jóias Arcanas de Água Primordial. Os estabelecimentos comerciais seguiam o mesmo estilo. Aliás, esse estilo fazia referências (até um pouco excessivas) sobre a água, o mar, os rios, lagos e qualquer bela paisagem molhada.

Ou seja, as colunas das construções pareciam pilares d'água, as telhas lembravam as ondas do mar, as janelas nas paredes eram semelhantes às cachoeiras, os rodapés e adornos simbolizavam as correntes marítimas, as cercas feitas de gelo azul (provavelmente mágico, para que não derrete-se), as paredes... eram normais mesmo... Ah não! Elas também tinham detalhes de conchas, peixes, serpentes marinhas e outros seres aquáticos.

A iluminação era por conta de pérolas gigantes com conchas no topo, que ficavam encima de postes de cobalto, adornados com icículos azuis, que também estavam presentes nos detalhes das outras construções.

As estradas... Iguais à estrada dourada que estávamos, mas limpas. As calçadas eram feitas com lajotas de safiras e outras pedras azuis, que graças à luz solar, lembravam a superfície do mar.

Várias jardineiras também de Marenito enfeitavam a cidade. As árvores e plantas... eram normais mesmo.

Não pude reconhecer o estilo usado. Parecia uma mistura de arquitetura moderna, gótica, clássica, barroca e outras.

Me lembrei do palácio de Poseidon nos livros de Percy Jackson. Acho que se a cidade fosse debaixo d'água, talvez ficasse mais bonita ainda que o palácio do deus.

Mas aqui era uma única cidadezinha do interior. Então...

Como seria o centro de poder desse setor, ou dos outros setores, como o Palácio Dourado?

Infelizmente não pude admirar o lugar porque estava... fazendo um espetáculo...

Lúcio: "*fingindo estar irritado* Uai, mai que diabo ceis pensa qui são? Cêis me larga logo ou eu vô roda a baiana cocêis!!!"

Vários aukhemyanos apareceram e reuniram-se ao nosso redor. Mais uma misteriosa e suspeita conveniência: os aukhemyanos conseguem entender qualquer língua. Então eles sabiam o que eu estava falando. Mesmo assim, eles estavam claramente confusos.

Hum... Hohoho... MUAHAHAAHAHAHA!!!

O SOTAQUE MINEIRIN NUNCA FALHA!!!!

Nem mesmo os brasileiros são capazes de entender o mineirês!!!!

Enquanto eu era o mineirin, Seu Tião fez o papel de bebum cachaceiro, Reinaldo interpretou o americano boca suja mandão, Carla, a paulistinha e Carolina soltou o espanhol.

Tá, considerando o escarcéu que fizemos, a reação deles era esperada. O aukhemyano que carregava a espada e o escudo, Shurit, nos amarrou, para ser um simples álibi.

Talvez pudéssemos simplesmente ter atravessado o lugar usando as capas de camuflagem. Mas se o grupo que encontramos, que já é considerado fraco no ranking local, quase detectou a nossa presença, imagine os verdadeiros experts...

Então resolvi apostar nessa ideia. Claro que dessa forma nós chamaríamos atenção, mas pelo que vi das memórias de Shurit e companhia, mesmo os mal intencionados não poderiam fazer nada. Pelo menos, não abertamente.

O que, na verdade, seria mais fácil, eu acho...

Um tempo depois, o pai de Shurit, Avance, deu as caras. Pelo visto ele estava preocupado com o filho e também estava pasmo com a cena que nós fizemos. Avance parecia ser um homem de meia idade, com alguns fios grisalhos no cabelo azul claro, sem barba. Até que ele não era muito feio. Talvez na época dele, ele arrebentasse alguns corações...

Iniciou-se então uma conversa de pai e filho. Papo vai, papo vem, o atirador que quase me acertou, o Exa, também entrou na conversa porque... Porque... Ah, e daí que eu não estava prestando atenção na conversa! Não é como se eu tivesse prestando atenção na esposa do Avance, a dona Emilia.

...

NÃO! NÃO É NADA DISSO QUE VOCÊ QUE VOCÊ TÁ PENSANDO!

Até que ela era bonita e tudo mais, estava em boa forma... Mas mulher pra mim, só Selene! Sem falar da diferença de tamanho.

Acontece que essa mulher não era normal. Tá, os aukhemyanos não eram muito normais, mas tinha algo nela que não encaixava... Era a personagem que sorri e diz um "Ara Ara" fofo, mas que mete mais medo e respeito nas pessoas que qualquer chefão da máfia.

E falando dos mal intencionados...

O prefeito da cidade chegou. Resumindo: ele era o Mr. Satan com cabelos azuis. Sério, ele era igualzinho a ele. Mas o figurante tava mais pra político corrupto e inescrupuloso que o bondoso e todo poderoso personagem do Bola do Dragão.

Aí ele veio com aquele papinho nojento de cerca Lourenço, que iria cuidar de nós, queria ser nosso amiguinho, iria nos ensinar como viver na ilha, e outras bobagens assim. Tá, ele não falou exatamente isso. Mas você já consegue imaginar o discurso mequetrefe dele, né?

Sem nos dar oportunidade para réplica, ele chamou os guardas, que nos levaram para um furgão. Céus, por que os vilões gostam tanto desses furgões?

Então você me pergunta: Ah Lúcio, você está bravinho com ele só por causa disso?

Não, isso... Foi só o começo...

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{Notas do Autor}

Me perdoe, Mr. Satan, mas o senhor foi a minha inspiração para fazer a aparência do Edwich.

Mas por que o Lúcio está tão puto com ele?

Descubram no próximo capítulo, galera!

Até mais!