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Chapter 4 - ONDE ESTÁ A FADA MADRINHA?

No final na da tarde, Jung Eun Ha, como muitas pessoas, estava cansada. Correu para pegar o ônibus, deixando a parada, carregando sua pesada mala de roupas customizadas. As coisas nao tinham dado muito certo hoje. Seu chefe tinha permitido que ela não fosse trabalhar no período da tarde, para que pudesse ir até outro lado da cidade, mostrar suas roupas para uma galeria de moda alternativa. Mas chegando lá, tudo o que conseguiu foi uma longa espera, apenas para ser notificada que não poderiam atende-a naquele dia.

"Aish, não é como se eu possa ficar indo e vindo todo dia…" tinha pensado, mas agradeceu com um sorriso decepcionado.

A mulher tinha abaixado suas expectativas sobre suas roupas, seu sucesso profissional, sua vida amorosa, e ultimamente tinha poucos motivos pessoais para se sentir bem consigo mesma. Exceto quando, podia, de alguma forma, ajudar alguém.

Como aquela mulher correndo com as duas crianças pela mão, tentando pegar o ônibus, que já se preparava para deixar o ponto.

Eun Ha rapidamente pegou de dentro de sua bolsa a "caneta", fingindo pensar sobre o que iria escrever no bloco de notas. Tudo o que ela precisava era impedi-lo de fechar a porta e partir no próximo minuto. Seu movimento fluído apontava para o motorista, que acabava de pegar o tubo de balinhas de menta do bolso do uniforme. No meio do movimento de colocar os doces na boca, a magia o atingiu. Um movimento brusco sacudiu a caixinha de mentas, fazendo com que a tampa soltasse e seu conteúdo jorrasse… Diretamente para dentro da gola da camisa do pobre senhor. Ele pulou de seu banco, surpreso e desesperado com a sensação das pequenas pílulas de menta em contato com seu corpo.

"Mas… Que droga de dia!"

O motorista sacudiu-se, as balas escorregaram por dentro de sua roupa até o chão. Ele ainda tateou-se, desconfortável, procurando remanescentes.

A mulher com as crianças entrou no ônibus, nitidamente aliviada por ter conseguido.

Eun Ha suspirou satisfeita, quando o ônibus partiu, cerca de dois minutos atrasado, guardando sua "caneta".

Chegando no apartamento onde morava, abriu a porta, arrastando a mala pesada consigo. Reparando nos sapatos da outra moradora, chamou:

"Ye Rim?!"

Ela não teve resposta imediata, mas ouviu o barulho do chuveiro ligado. Se jogou no sofá, com um suspiro de cansaço.

Seus olhos correram pelo ambiente, charmoso e feminino, porém um pouco caótico, naquele momento.

Eun Ha levantou-se, percebendo uma trilha de lantejoulas pela casa.

"Ah, essa garota caótica!" Resmungou, recolhendo os pequenos resquícios brilhantes pelo caminho, até a porta do banheiro ocupado.

Viu num montinho no chão, as roupas que ela tinha tirado. Puxou o tecido brilhante para inspeciona-lo. Viu o rasgo no vestido, o que a frustrou:

"Aish, essa garota!"

"Ye Rim! Como você fez isso com o vestido?"

O barulho do chuveiro cessou, um momento se passou até a melhor amiga de Eun Ha colocar a cara para fora da porta, uma toalha enrolada no cabelo:

"Você acha que eu quis isso? Ele simplesmente se desfez num puxão!"

Eun Ha franziu o cenho frustrada e preocupada,voltou novamente o que restava do vestido, testando as costuras laterais. O vestido terminou de se rasgar em suas mãos, para seu horror:

"Oh meu Deus! Como pôde? Eu usei o melhor material… Você engordou, não é?"

Aish!!! A outra mulher bufou indignada. "Claro que não. Como… Aish, Eun Ha!!!!! Assuma a responsabilidade!"

Ye Rim bateu a porta do banheiro, deixando o mistério que intrigava a jovem estilista no ar.

Eun Ha abaixou-se para pegar as lantejoulas que voaram no chão, quando reparou no tecido rosa jogado com as roupas de Ye Rim. Resgatou a roupa do chão, olhando com cuidado.

Era uma camisa masculina. Uma camisa masculina com um bom perfume masculino…percebeu-se farejando o tecido como um cão perdigueiro. E gostando muito do aroma sexy impregnado no tecido.

"Oh!" Assombrou-se com seu comportamento estranho, afastando de si a roupa. O vestido rasgado, a camisa de homem, Ye Rim tanto banho fora de hora…as evidências levavam o pensamento de Eun Ha por caminhos escandalosos

"Ye Rim!!!! Sua descarada! Tem alguém aí com você?!"

A fresta da porta se abriu de novo. "Você é louca, é?! Primeiro se isenta dizendo que estou gorda, depois quer me acusar de… Oh!" Ye Rim viu a camisa rosa na mão de sua amiga. "Este homem bonito, porém estúpido, me emprestou para que eu não chegasse nua em casa."

Eun Ha olhou para a amiga e depois para a camisa em suas mãos, horrorizada. Mas Ye Rim não tinha notado. Saía do banheiro enrolada em uma toalha, indo na direção do quarto. "Do que adianta ter aparência e dinheiro, se não tem bom senso?! Deus me livre! Arrogante e pretensioso, parece que vive na idade da pedra, o que ele acha, uhn? Quem ele pensa que é? Aposto como deve ter ficado muito contente de poder exibir aquele abdômen definido pra mim, com certeza não tem muitas oportunidades, ah! Para que ele precisa daquilo? Por acaso ser médico e ter aquela cara já não é o bastante? Chega a ser ridículo. Mal eu pisquei e ele já estava tirando a camisa, me enrolando que nem um kimbap… Estava tão ruim assim o que ele estava vendo? Eu sei que não."

Eun Ha a seguiu para o quarto, atônita, ainda segurando a camisa, enquanto Ye Rim tagarelava sobre a experiência da tarde.

Porém os pensamentos de Eun Ha vagaram para o passado, enquanto torcia a camisa em suas mãos.