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Chapter 14 - O Feiticeiro Na Torre.

Demorou apenas alguns minutos para conseguimos todas as informações sobre o amuleto roubado, infelizmente, não havia muita coisa útil, a maior fonte de informação disponível foi do Kaldur'ahm, só que amuletos antigos mágicos está um pouco fora da especialização dele. Então ele foi entrar em contato com uma amiga dele em Atlântica, que poderia nós dar mais informações, já que o seu rei não atendia suas ligações.

A conversa que ele teve com sua amiga foi breve, e ele compartilhou o que ele ganhou conosco, e isso criou um pouco de urgência, o amuleto não era uma coisa simples. Então Robin ligou usando uma linha direta para emergências para o Batman, poucos minutos depois, um jato negro na forma de um morcego pousou no nosso heliporto no telhado, Diana veio junto dele voando do seu lado.

"Qual é a informação?" Perguntou o Batman depois de sair de seu jato.

Estávamos no terraço, Batman não gosta de perde tempo, ele nem mesmo esperou que entrássemos no prédio.

Faz apenas algum tempo que eu não o vejo, e ele parece frio e intimidador como sempre foi. Diana do lado dele estava como sempre, sorrindo para nós com às duas mãos na cintura.

"Conseguimos algumas informações sobre o roubo, acho melhor Kaldur'ahm explicar." Falou Robin para seu mentor.

Kaldur, que estava do nosso lado, tomou a frente e começou a contar o que a equipe já sabia.

"A joia roubada, é o Amuleto de Arion." Começou ele.

"Grande Hera." Ele foi logo interrompido por Diana.

"Você o conhece?" Perguntou Batman.

"Arion é muito conhecido pelas amazonas, ele foi um dos primeiros heróis da antiga Atlântica, nascido antes do grande dilúvio." Explicou ela.

"Isso não justifica o "grande Hera"." Digo.

"Arion, é um ser de imenso poder, poderoso o bastante para selar os antigos deuses conhecidos como Gigantes Negros, qualquer artefato que possua seu nome, deve ser algo de grande poder." Continuou ela.

Ganhamos algumas informações do que é possível fazer com a joia, mas não do seu dono, e isso já foi o bastante para precisarmos chamar a Liga, agora que sabemos quem foi seu antigo dono, acho que fizemos o certo.

"Que informações você conseguiu sobre o uso do artefato?" Perguntou o Batman para Kaldur.

"Não muitas, apenas que a joia é uma espécie de bateria magica ligada aos Deuses." Respondeu ele.

"Deuses? como Poseidon?" Perguntou Batman.

"Não, estou me referendo aos deuses da Atlântica antes dela afundar, só foi depois desse ponto que Poseidon virou nosso patrono."

Foi por conta do evento em que Atlântida afundou no mar que eles perderam uma grande parte da sua história e conhecimento. Não é mentira dizer que o nível da tecnologia que eles tenham antes era de longe superior à que temos agora, e mesmo perdendo uma grande parte desse conhecimento, Atlântica ainda é uma das nações mais poderosas do mundo.

"Ainda nós faltam informações sobre o amuleto, e quem poderia saber sobre ele?" Batman, pensou em voz alta.

Ele tocou num ponto interessante, esse amuleto é algo que poucos tem conhecimento, então como a pessoa que o roubou sabia do seu valor?

Como um bom pupilo do detetive, Robin foi para essa linha de raciocínio também.

"Um usuário de magia poderia perceber o valor da joia mesmo sem saber da sua história, isso também confirmaria a fuga milagrosa que aconteceu a pouco." Falou o menino-prodígio.

"Concordo." Respondeu seu mentor.

Então eu percebi, o concordo foi muito seguro na possibilidade que não havia nada que nós pudéssemos fazer naquela situação, e ainda, não enviamos nenhum relatório o que aconteceu detalhadamente para ele chegar nessa conclusão.

"Você estava nós observando não estava?" Pergunto para o Batman, e todos olham para ele.

"Sim, eu estava." Respondeu ele sem alterar sua face fria e sem emoção.

"Um teste?" Pergunto de novo.

"Correto." Ele responde.

Não me importei com isso, conhecendo as histórias das HQs sobre ele, isso é o de menos, é provável que ele já tenha dez planos diferentes para me vencer se necessário. Eu estava bem com isso, mas minha equipe não.

"Vocês falaram que essa equipe tenha sido aprovada, agora vocês nos testam?" Pergunta Roy furioso.

"Não estava os testado por esse motivo, e sim para saber se é possível que a equipe funcionasse sem supervisão de um membro da Liga." Explicou o Morcego.

Ignoro ele, e olho para Diana.

"Você aprovou isso também?" Esse nível de paranoia é esperada do Batman, mas eu me sentiria mal se Diana, tivesse participado também.

"A Mulher Maravilha, e os outros membros da Liga não sabiam que eu estava os observando ou que vocês estavam trabalham sozinhos." Respondeu Batman no lugar dela, me dando alivio.

"Eu percebi." Falou Robin pegando todos de surpresa, menos o Batman é claro.

"Porque você não contou nada?" Perguntou Wally.

"Não importava, sei que vocês provavelmente não gostaram disso, mas aquela foi nossa luta, não importa se ele estava nós observando ou não." Respondeu ele.

"Eu não importo também, só estou um pouco brava por não ter conseguido percebe a presença dele." Diz Koriand'r, dando sua opinião sobre o assunto.

Ela tenha um bom ponto. Mesmo com os meus sentidos aumentados, eu não consegui ver ou escutar sequer um batimento cardíaco diferente dos da minha equipe. Claro que ele poderia estar afastado fora do meu alcance, mas tenho quase certeza que ele entrou no esgoto conosco quando a fuga começou, diferente da parte de cima da cidade, quando eu mantive meus sentidos no nível aceitável, nos esgotos eu estava os usando no máximo, e mesmo assim, não percebi o Batman.

Fora o treinamento que o ajudou a realizar esse feito, o seu traje deve ter o ajudado, pelo que me lembro, a uma versão do traje que pode esconder sua presença de praticamente tudo, até mesmo de seres telepáticos.

Pelo rosto de raiva do Roy, sei que ele vai ficar remoendo esse assunto, e antes dele falar alguma coisa, eu tento voltar a conversa para o assunto mais importante no momento.

"Como vamos rastrear o amuleto?" Pergunto.

"Poderíamos pedir para o Rei falar com a Rainha, ela pode ter algum feitiço para isso." Sugeriu Kaldur.

"Aquaman está no momento no meio do atlântico contendo um grande vazamento de petróleo em uma embarcação." Diz Batman.

"Zatanna?" Pergunto para Diana.

"Ela está incomunicável no momento." Respondeu ela, sem dar muitos detalhes.

Então ela olhou para Batman, e falou.

"Que tal o Senhor Destino?"

"Ele não é muito prestativo." Respondeu Batman sem negar.

"É ele ou Constantine."

"Senhor Destino então." Respondeu Batman sem pensar duas vezes.

"Eu vou junto!" Grito de animação para depois ficar um pouco envergonhado pela muita falta de controle, fazendo Diana rir.

Normalmente, sou muito contido e controlado, mas quando a chance de conhecer o "Mago Supremo" da Terra aparece, um pouco de emoção se revela como um todo adolescente prestes a conhecer seu maior ídolo. Eu até mesmo não me importo de saber que o idiota do Constantine, já teve contado com eles.

Depois que comecei a estudar magia, comecei a criar mais respeito por aqueles do lado místico dos heróis, e o Senhor Destino, é o maior mago vivo. Infelizmente, ele é um idiota arrogante, ou é quase sempre assim que ele é mostrado, mas sua arrogância é justificada, o cara é tão poderoso que chega a ser ridículo, muitos pensam que o Superman, é o ser mais poderoso da Terra, eles claramente estão errados, a vários monstros e entidades escondidas nesse pequeno mundo que o superaram em poder, sendo o Senhor Destino um deles.

"Sim Dio, você pode vir." Diana aceitou meu pedido.

Ela já tenha me falado sobre algumas de suas aventuras, então eu sei que nessa realidade, o Destino está ativo desde a Segunda Guerra Mundial, aonde Diana e seus outros amigos fundaram o Batalhão de Justiça, que mais tarde virou a Sociedade da Justiça da América, mas depois da guerra, ele ficou cada vez mais recluso em sua torre, aparecendo muito raramente.

"Enquanto isso, eu e Robin vamos rastrear todos que já mostraram interesse em procurar ou obter essa joia." Falou Batman, já andando para o elevador com seu pupilo o seguindo.

"Eu também vou para Atlântica, minha amiga começou a procurar mais informações sobre o artefato nos arquivos antigos, e mesmo que seu mago amigo ajude vocês, é provável que os arquivos da cidade tenham informações importantes." Falou Aqualad, também indo para o elevador.

"Por mais que seja interessante conhecer um mago, eu tenho escola." Diz Wally, correndo para longe.

"Hmm." Roy apenas bufou, virando as costas para nós.

"Eu posso ir também? Vai ser a primeira vez que conheço um usuário de magia fora o Dio." Perguntou Koriand'r para Diana.

Parece que mesmo existindo mais tempo que a Terra, Tamaran não possui magos, pelo menos que a princesa saiba.

"Lamento irmã, mas Destino não gosta de desconhecidos em sua casa, já estou arriscando uma boas-vindas bem grossas por levar Dio comigo."

Koriand'r abaixou a cabeça triste, algo que ela aprendeu instintivamente para me fazer reconsiderar qualquer pedido que ela me de, graças aos deuses, que esse pedido não está sobre meu controle.

"Não precisa ficar triste, já sei, semana que vem o que acha de vir para Themyscira?"

Tá aí uma boa compensação.

Koriand'r, pareceu aceitar, e sorriu feliz para Diana, e após agradecer, saio do teto só deixando nos dois sozinhos.

"Agora sou eu que fiquei com inveja." Digo para ela.

"Não fique assim, você sabe que eu estou de braços cruzados sobre isso."

Themyscira é uma terra magica, a muito o que aprender nela, infelizmente, a uma maldita antiga lei que diz que nenhum homem é bem-vindo nela, devo agradecer a Hércules por isso quando o encontrar. Claro que a exceções, se um dos olimpianos fazer um convite por exemplo, a rainha amazona tem que o aceitar, só que nenhum dos olimpianos é muito fan do meu pai, fora Hermes que o encontra muito, já que ele é o responsável por levar as almas até o Submundo. A outra exceção, é se Themyscira for atacada e correr perigo, então a rainha pode rever a regra se um homem vier ajudar.

"Eu sei Diana, só estou brincando." Digo para ela a tranquilizando.

"Eu sei disso, mas eu realmente gostaria de mostrar a você o lugar aonde nasci." Dez ela se virando e olhando para a vista da cidade no horizonte.

A ilha em que a nossa Torre foi construída não é muito grande, apenas alguns quilômetros de extensão. Havia um caminho criado do rio, até a entrada na Torre, e em volta disso apenas grama aparada, algumas árvores, armadilhas escondidas abaixo do solo e outras medidas de segurança. Mesmo sendo uma pequena ilha, não quer dizer que seja imensamente divertido morar nela, eu até mesmo estou com alguns planos para fazer um local só para mim no subsolo dela, mas isso vai ficar para o futuro.

"Destino, está muito longe?" Pergunto ainda olhando para vista do pôr-do-sol banhando os edifícios da cidade no horizonte.

A torre dele deve poder se mover como a casa de Zatanna, então é uma pergunta importante.

"Não muito na minha velocidade máxima." Responde ela, e depois olhou para mim sorrindo.

"Carregar você não é muito difícil, mas me atrasa um pouco, infelizmente você não pode voar por si mesmo." Falou ela brincando comigo.

Ela sabe muito bem que eu amo voar, e que estou tentando fazer isso por mim mesmo, sem ter muito sucesso no momento.

"Um dia desses Diana, eu vou te vencer numa corrida aérea, então vamos ver quem vai sorrir por último." Contra-ataco a fazendo rir.

Sem mais brincadeiras, Diana colocou o braço em volta do meu corpo e voou em alta velocidade deixando a Torre para trás, ele voou muito acima das nuvens para me dar a visão que eu amo, então, começou aumentar a velocidade logo quebrando a barreira do som, indo cada vez mais rápido, e depois de alguns minutos, ela mergulhou.

Pousamos num vasto terreno plano e vazio, quase pensei ser um campo de golfe por conta do gramado aparado, até que vi uma cidade no horizonte, uma cidade com casas bem antigas e tradicionais, não consegui reconhecer o local.

"Bem-vindo a Salem, Dio." Diz Diana, ficando do meu lado.

Bem, esse com certeza é o local perfeito colocar uma torre mágica.

"A torre está muito bem escondida." Digo olhando para o espaço vazio a minha frente.

Meus olhos podem ver através de ilusões magicas, assim como eu podia ver a casa da Zatanna, eu devia poder ver a torre, mas Destino, é muito mais poderoso e tem muito mais conhecimento que Zatanna, com seus milhares de anos acumulados de experiência sobre magia, não é errado pensar que ele tem um feitiço específico para impedir que pessoas com meus olhos possam ver sua torre.

"Não está escondida, na verdade, ela não está nem mesmo aqui ainda." Falou Diana, me deixando confuso.

"A torre fica em outra dimensão, aqui é que ela aparece quando chamada, isso se seu mestre quiser nós receber." Explicou ela.

"Acha que ele vai nos ajudar?" Pergunto.

"Não sei, eu costumava falar com o Kent regulamente no passado, mas depois que sua esposa morreu, ele se fechou para o mundo, escolhendo ficar cada vez mais tempo usando seu elmo, Destino nunca foi muito próximo do antigo grupo, ele fazia parte dele por conveniência, então é difícil saber se ele vai ou não nós ajudar."

Sem dizer mais, Diana andou alguns passos a minha frente e falou em alto e bom som.

"Senhor Destino, precisamos falar com você!"

Não houve mudanças imediatas, então esperamos um pouco.

E literalmente, num passe de mágica, uma enorme torre apareceu na nossa frente, não houve qualquer efeito luminoso ou até mesmo um pequeno movimento nós ventos, ela simplesmente apareceu, como sempre estivesse lá.

Não sei bem uma forma melhor para descrever a torre do Destino, a não ser como rustica. Era literalmente uma torre de pedra cinza no estilo medieval incrivelmente larga, algo bem estranho de ser ver numa torre de mais de quinze andares de altura. Também não haviam janelas ou portas que eu pode-se ver.

O mais inquietante, é a sensação que ela me dá, é como se eu estivesse de frente para uma montanha, algo que nunca vai se mover a força.

"Acho melhor você babar após entrar na torre." Diz Diana, enquanto anda em direção da parede da torre.

Quando ela estava poucos centímetros de bater de frente na parede de pedra cinza bruta, um o sinal ankh dourado apareceu na parede na frente dela. O sinal ankh, é uma cruz dourada com um arco na parte de cima, o simbolo usado pelo mestre desse lugar.

Diana, já sabendo o que vai acontecer, não se surpreendeu e andou na direção do sinal desaparecendo.

Eu a sigo é claro, e quando atravesso o ankh, sinto uma sensação semelhante à de quando caminho nas sombras, teletransporte. Durou menos que um segundo para a luz dourada desaparecer, e eu me deparar com a visão mais confusa de toda minha vida.

"Agora, você pode babar garoto." Escuto a voz dela, quase não escuto, ela está tão distante, estou muito focado tentando colocar alguma ordem no que estou vendo agora.

Tudo que vejo na minha frente agora são escadas, escadas a esquerda, escadas a direita, escadas em cima e de cabeça para baixo, uma infinidade de escadas em todos os ângulos e posições possíveis, cada escada ligada a um cômodo diferente, mais do mesmo tamanho. E essa visão se estende infinitamente, realmente não conseguia ver a parede da torre, em vez disso, havia um enorme buraco negro que prendeu totalmente minha concentração.

Minha total atenção ficou focada no pequeno ponto azul bem no centro do buraco negro, e quando mais eu o olhava, mais minha mente ficou vazia, então...

"Diomedes?" Escuto então a voz de Diana, cheia de preocupação, um pouco mais alta dessa vez.

E como se eu tivesse acordado depois de uma longa noite de sono, pisco várias vezes para acordar.

"O que aconteceu?" Pergunto esfregando meus dedos nós meus olhos.

"Isso foi culpa do Destino, eu não sabia que es agraciado com a visão da verdade, então viste mais que qualquer mortal que visitou essa torre deveria ou viu até agora, e não estavas pronto para isso."

A segunda voz que escuto era estranha, uma junção entre duas vozes diferentes, uma antiga, e outra ancestral.

Tirei a mão do meu rosto e olhei ao redor, vejo que não estou mais na frente das escadas, e sim numa espaçosa sala, o chão estava forrado com um tapete vermelho, e havia até mesmo uma lareira acessa na parede norte do lugar, várias messas e cadeiras espalhadas por todo local como num restaurante, e também vários quadros antigos nas paredes, tudo no estilo medieval.

Olho para o outro lado e vejo a Diana, olhando para mim com preocupação. Ela não estava sozinha, do lado dela, estava o homem que falou comigo antes, o Senhor Destino.

Ele é um pouco menor que a Diana, mas com certeza imponente, está usando o elmo dourado sem muitos detalhes característico dele e sua capa dourada segurada por um amuleto um pouco abaixo de seu pescoço, usando luvas, cinto e botas douradas também, o resto de sua roupa é toda azul.

É um traje incrível, mas não se compara a mana que ele exala, muito mais que Zatanna já me mostrou, é como se ele fosse literalmente feito de mana, ou como se estivesse conectado a ela. Zatanna, também me dava essa impressão, mas num nível muito menor.

"Me perdoe Dio, eu não sabia que você seria afetado de tal forma." Diana, veio até mim e olhou para todo meu corpo procurando qualquer coisa errada.

"Estou bem Diana, mas você pode explicar como eu fiquei?" Pergunto curioso, para mim, não havia passado tempo nenhum, só fiquei olhando para um ponto.

"Você só ficou lá, olhando para as escadas sem se mover até que Destino, nós teleporto até ele e fez alguma coisa em você." Respondeu ela.

"Os olhos da verdade podem ver a verdadeira natureza das coisas, quando entraste na torre, tivestes teu nível de habilidade aumentado por conta da grande concentração de mana pressente aqui, então seus olhos viram a verdadeira forma da torre." Explicou Destino.

"A verdadeira natureza ou forma, você está falando daquele buraco negro?" Pergunto lembrando da minha última visão.

"Foi que viste? bem, a visão do nexos do poder da Ordem se mostra diferente para cada um que tem a honrar de a vislumbrar."

Bem, nunca coloquei muita atenção nessa minha habilidade ocular, Até agora, eu achava que os olhos da verdade só serviam para ver espíritos e através de ilusões, mas Destino, deu a entender que eles são muito mais que só isso. Zatanna, também não parece saber disso, já que ela nunca me falou nada, e eu também não procurei ativamente sobre esse assunto na biblioteca dela, e ela também não deve ter lido todos os livros de sua casa, foi um erro não procurar mais sobre isso.

Com o assunto acabado por enquanto, Destino se vira para Diana e pergunta.

"Então, porque vieste procurar a presença do Senhor Destino?"

"Precisamos de sua ajuda para nós dizer se você já ouviu falar sobre um artefato magico chamado de Amuleto de Arion" Respondeu ela.

"E como não conseguiste achar o verdadeiro dono dele, vieste até mim."

"Espere, Arion está vivo?" Pergunta ela surpresa.

Destino, não responde imediatamente, ele andou até as três cadeiras que estavam perto da lareira e se sentou em uma delas, depois fez um sinal para nós também nos sentarmos.

Sento-me ao lado da Diana, e então ele finalmente responde a pergunta dela.

"Arion é um Deus, sua vida é infinita a não ser que sua fonte de poder ou seu corpo seja destruído."

"Você sabe aonde o encontrar?" Diana, voltou a perguntar.

"Até mesmo Destino, não pode encontrar um mago que está dentro do seu Local de Poder, pelo menos um do nível dele." Respondeu ele.

"Local de Poder?" Perguntou ela confusa, e sou eu quem responde essa pergunta.

"Um Local de Poder para um mago é como um domínio só dele, nesse local, seus poderes são aumentados, e ele têm total controle sobre todos os aspectos nele." Explico de forma resumida e simples para ela entender.

"Como a ilha da Circe?" Pergunta ela.

"Correto." Afirmo.

Criar um Local de Poder não é uma tarefa fácil, a minha habilidade atual não é o suficiente para nem mesmo tentar. Fora que o local também é muito importante, não tenho ideia de qual lugar usar, poderia usar a ilha dos Titãs, mas não vou ficar naquele lugar para sempre, e mover um Local de Poder de um lugar para outro é mais difícil do que criar um do zero.

"O aprendiz resumiu bem, tudo que posso fazer no momento é os dizer o que sei sobre o amuleto." Confirmou Destino.

Destino, moveu suas mãos na frente do seu corpo, e um pequeno ankh dourado aparece na sua frente, ele se dissolve em névoa dourada que toma a forma do amuleto de Arion.

"O amuleto é não é nada mais do que um pequeno pedaço de algo muito maior, a Pedra Preciosa Negativa, que se encontra na dimensão do Mundo Negro, esse pequeno pedaço pode abrir uma conexão com essa pedra a tornando um condutor para a inesgotável energia daquele plano, mas só um mago qualificado poderia fazer isso." Explicou ele.

E com mais um movimento de suas mãos, a fumaça dourada e imagem se dissipa.

"O amuleto é inútil se não for usado por um mestre nas artes místicas?" Pergunta Diana, querendo confirma o que foi falado.

"Não inteiramente, mesmo não podendo acessar a energia da dimensão negra, o amuleto possui algumas habilidades que podem ser acessadas por um mago medíocre."

"Então de qualquer forma, quem estiver em pose dele vai com certeza dar trabalho." Disse Ela.

"A alguma forma de o localizar, Senhor Destino?" Pergunto.

"Destino pode tentar, artefatos místicos que possuem magia antiga atlante são muito raros, é isso é o que vai nos ajudar."

Toda a sala desaparece deixando apenas as cadeiras aonde estávamos sentados, ficamos flutuando num espaço totalmente vazio, até que estrelas começam a brilhar em cima de nossas cabeças, centenas delas, formando constelações muito claramente, mas nenhuma deles me lembrou as que à Terra tem.

Destino, moveu sua mão como se o céu fosse um quadro negro e ele estivesse o limpando, no centro do céu, as estrelas quebraram sua formação e se reagruparam formando a imagem do mapa-múndi, marcando uma posição, estava a maior e mais brilhante de todas as estrelas daquele grupo.

"O Local se revela!" Fala ele dramaticamente.

O cara parece amar dar um show, não me importo com isso, foi realmente bem surpreendente.

Depois disso, as estrelas se apagaram deixando tudo na escuridão, as luzes voltaram e estávamos mais uma vez na sala medieval próximo a lareira acessa.

"Isso responde todas as suas perguntas?" Pergunta ele, já querendo nós ver fora de sua torre.

"Sim, obrigado Kent." Respondeu Diana, se levantando.

Não foi nada sutil ela o chamar de Kent agora, talvez Diana, quisesse ver a reação do Destino, e talvez, encontrar o seu velho amigo.

Kent Nelson, pode ser o Senhor Destino, mas quando ele coloca o elmo, é a entidade Nabu, quem controla seu corpo.

"Kent Nelson, sempre fica feliz com suas visitas Diana de Themyscira, ele quer que você saiba disso." Respondeu ele, também se levantando e andando até a lareira e ficando de frente para nós.

"Gostaria que ele pode-se falar isso pessoalmente um dia." Diana, tentou mais uma vez.

"Esse dia deverá ser decidido por ele próprio." Ele levantou a mão mais uma vez, e eu sabia que ele estava prestes a nós teleportar, então levantei e falei antes dele fazer isso.

"Um momento Senhor Destino!" Ele parou com a mão apontada para nós, esperando-me continuar.

"O Senhor tem alguma dica para me ajudar no meu caminho?"

Zatanna, é uma incrível professora, mas ela não podia me ajudar no meu próprio caminho, já que não houve nenhum mago semideus filho de Hades, ou um mago conectado com o submundo. Então, se uma chance apareceu para pedir conselhos a um mago com milhares de anos, eu tenho que aproveitar.

"Destino não pode o guiar no seu próprio caminho aprendiz, mas escute isso, como podes usar uma energia de outra dimensão, sem conheceres sua fonte?"

Antes deu poder falar qualquer coisa, tudo desaparece, e mais uma vez estamos no gramado do lado de fora da torre, até que ela desaparece da nossa frente também.

"Dio, você é meu pupilo, então me prometa uma coisa." Diana, olhou para mim seriamente.

"Claro, o que?." Pergunto curioso.

"No futuro, quando você crescer mais como um feiticeiro, não fique falando em códigos como Destino, isso realmente me irrita." Fala ela, claramente não brincando.

"Dou minha palavra."

"Ótimo, agora vamos voltar para Torre dos Titãs."

Diana, me segura voa na direção de casa. Enquanto estávamos voando, passo o tempo pensando nas palavras de Destino, não foi uma mensagem tão complicada, ele claramente quer dizer que devo visitar o submundo, ele está certo. Como eu posso usar os aspectos do submundo perfeitamente, sem mesmo sequer os tenha visto.

Então estou decidido a colocar todos meus esforços em poder visitar o local aonde meu pai reina quando esse assunto acabar. Algo que vai ser preciso muito preparo, já que eu estou indo literalmente para o inferno.

Primeiro, tenho que criar um portal que possa ser aberto na Terra como também no submundo, só assim vou poder transitar mais facilmente entre os dois planos. Isso pode ser relativamente fácil, já que possuo uma forte conexão com o Submundo.

Depois eu tenho que preparar alguns itens necessários para sobreviver contra os inimigos que, com certeza, vou encontrar. Não é que porque o Submundo é o domínio do meu pai que eu vou ter proteção nele, na verdade, é provável que eu seja mais ainda perseguido por ser filho dele, já que muitos inimigos dos Deuses foram mandados para cumprir pena no submundo.

Mesmo com todos esses perigos, ainda estou um pouco animado com a ideia de ir para o Submundo, sinto como se fosse algo correto a se fazer.

"Chegamos." Diz Diana, pousando no telhado da Torre dos Titãs.

Fiquei o resto da curta viagem pensando no que fazer, então nem mesmo notei o tempo passar.

Não havia ninguém nós esperando no telhado, já era noite, então aqueles desocupados devem estar jantando ou em seus quartos.

Nós dois então andamos até o elevador.

{Venham nós encontrar na sala do computador.} Diz a voz de Batman, pelo console na parede ao lado do elevador do telhado.

Quando a porta abriu, entramos e eu apertei o botão do andar abaixo, aonde fica a Caverna do Robin. A porta do elevador se abre e eu vejo Batman, sentado na poltrona na frente das várias telas que mostram vários dados e documentos em várias línguas, consigo reconhecer alemão, italiano e russo, mas com o meu pouco conhecimento, não consigo os traduzir perfeitamente.

"Ele ajudou?" Perguntou o Cavaleiros das Trevas, sem mesmo olhar para nós.

"O Senhor Destino, nós ajudou mais do que esperado, até mesmo conseguimos a localização do artefato." Respondeu Diana.

"Ótimo, porque conseguimos descobrir quem foi que o roubou." Ele apertou uma tecla no teclado, e todas as telas mudaram para a mesma imagem.

A imagem não mostrava muito do cômodo aonde a foto foi tirada, o foco dela estava nas várias figuras usando roupas que me lembravam os monges medievais de cor sangue, todos estavam de joelhos, adorando alguma coisa na frente da foto que não foi mostrado.

"Um culto?" Pergunta Diana.

"Eles se chamam de a Igreja de Sangue." Contou ele.

Merda.

A muitas, muitas sociedades secretas no universo DC. E a grande maioria delas são como a Igreja de Sangue, um bando de loucos fanáticos. Pelo menos tenho que agradecer por ter algum conhecimento dela, senão eu não saberia a gravidade que ela representa.

"Eles estão no seu radar?" Pergunta Diana.

"Sim, mas eu não consegui nenhuma prova os ligando a qualquer ato criminoso até agora, na verdade, eles possuem uma fama de benevolência."

"Isso complica as coisas."

"De fato, para piorar, eles são uma organização global com influência ampla, vários de seus membros tem cargos importantes em governos, empresas, universidades e mídia de notícias, todos eles agem de forma discreta escondendo isso." Continuou o Batman.

"Assim que fomos para cima deles, a opinião pública vai ficar contra nós, e se a influência deles for tão poderosa como você diz, eles podem fazer o governo nós ordenar a sair de seu país." Falou ela.

A Liga não trabalha para nem um governo ou país, mas eles obedecem a suas leis.

"Por isso vamos furtivamente." Contou então o Batman, se levantando e olhando para mim.

"Você quer que nós entremos no culto como espiões para roubar o amuleto não é?" Pergunto, já entendendo aonde isso vai.

"Robin e eu rastreamos todos os modos de transporte utilizados pela igreja de sangue, tanto os legítimos como aqueles usados por seus associados ocultos, temos até agora dez lugares por todo o globo, com um pouco de pesquisa poderíamos reduzir para quatro." Continuou ele.

"Mas agora que sabemos onde está o amuleto, não precisamos mais dividir a equipe para investigar cada um." Deduziu Diana o resto.

"Correto." Confirmou Batman.

"Onde está Robin?" Pergunto.

"Informando a equipe e a preparando, você deveria fazer o mesmo." Contou ele.

Minha primeira missão oficial, e tenho que lidar com um culto cheio de loucos fanáticos para conseguir recuperar um artefato magico.

Eu estou tão animado.