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Chapter 20 - O Homem Louco Na Cidade Pequena (2/3).

Diana estava pronta, mas eu não estou.

Poderia dar a ordem agora, mas tenho certeza que ela não vai conseguir pegar o idiota de surpresa. Vou ter que dar mais trabalho para ele, o deixar tão focado em mim, que ele vai esquecer tudo ao seu redor dando uma chance dela aparecer dando um golpe surpresa. Não deve ser muito difícil, um idiota como ele deve pensar que uma mulher não pode o surpreender, ou algum tipo de pensamento ridículo desses.

"Vrumm!"

O idiota usou sua telecinese para levantar um banco de pedra que ficava no alto da prefeitura e o jogou contra mim, giro meu corpo para o lado e deixo ele passar por mim, foi um erro, o banco agora estava quase acertando um dos controlados abaixo no rosto. Com a velocidade de um pensamento, apareço na frente dele e acerto o banco de pedra com meu escudo o explodindo em pequenos pedaços que são disparados para frente, e o maior deles parou a alguns centímetros do corpo do anão que está agora flutuando, ele é claro, voltou a jogar o pedaço em mim.

Estava prestes a fazer a mesma coisa que fiz com o banco inteiro usando meu escudo, quando sou agarrado por trás pelo pescoço, aquele que salvei a poucos segundos atrás, estava agora me dando problemas. Vendo a pedra vindo na minha direção rápida como uma bola, movo meu corpo para trás e a chuto como uma bola de futebol o mandando para o alto. Também dou uma cabeçada para trás e me liberto, me viro e acerto aquele que salvei e feri quebrando seu nariz no peito com um chute o mandando de volta para baixo.

"Um herói ferindo pessoas comuns, que triste." Diz o Anão.

"Qual é seu nome mesmo?" Pergunto mandando mais dois civis escadaria abaixo.

"Ah, é verdade, não me apresentei formalmente, eu sou o Doutor Edgar Cizko." Respondeu ele com orgulho em sua voz.

Com a estatura, poder e o fato dele ser um misógino, me lembrei quem ele é.

"Vai te chamar de Dr. Psycho." Digo em voz alta olhando para ele.

A reação dele é esperada, fazendo força na mandíbula e uma veia aparece na sua testa pulsando, depois ele fechou os punhos, e com força gritou.

"NÃO ME CHAME ASSIM!"

Talvez não foi uma boa ideia deixar ele irritado, mas eu não me lembrava que ele tenha algum problema com o nome que foi dado para ele nos HQs, normalmente não me importo de deixar meu inimigo com raiva, mas esse idiota agora, liberou uma onda de telecinesia que destruiu as escadas criando um caminho por elas, e antes de poder pensar em escapar, a onda invisível acertou meu corpo.

Ser acertado por uma força telecinetica desse tipo é uma sensação única, se eu fosse comparar com algo real, seria o mesmo que correr em uma certa direção na sua velocidade máxima e do nada, uma parede aparecesse na sua frente, com a telecinese, e como se a parede estivesse em movimento e seu corpo parado no momento do choque.

Meu corpo da algumas piruetas no ar até atingir algo.

"BLAMMMMM!"

Cai de costas numa caminhonete amassando o teto.

"Haaa."

Levanto-me e sinto toda a parte da frente do meu corpo doer, algo desce pelo meu rosto, e quando o limpo, vejo que é meu próprio sangue saindo do meu nariz.

"Tragam ele para mim, quero o ensinar respeito!" Escuto a voz do Dr. Psycho, um pouco distante agora.

Fui lançado para o outro lado da rua que fica à frente da prefeitura, local terrível para se estar no momento, ele está começando a ficar cheio de controlados.

Vendo a onda de pessoas vindo da direita e esquerda, minha paciência diminui.

"Já chega disso!" Grito saindo de cima do carro voltando para o chão.

No meio da rua, enfio minha espada no chão e coloco minha mão no seu pomo, fecho meus olhos e digo as palavras.

"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}

Como já falei várias vezes antes, é um grande desperdício de energia convocar um esqueleto inteiro para lutar comigo, fora o custo de energia para os invocar, eles ainda continuam consumindo energia enquanto estão nesse plano, e fora que eles não eram tão inteligentes apenas podendo realizar ordens simples, só que mesmo com tantas desvantagens, pratiquei e melhorei meu feitiço de invocação sabendo que algum dia e em alguma situação, ele seria útil, fora que essas desvantagens só acontecem porque minha energia é muito pouca, mas isso vai mudar com o tempo, então tecnicamente, estou jogando um jogo longo.

O asfalto e tomado por uma fumaça preta que saio da minha espada no chão, então da fumaça que se expandiu quatro metros ao meu redor, seis esqueletos se erguem. Os esqueletos eram brancos e intocados, e o único indício de vida neles é a energia vermelha que arde como chamas brilhando em seus olhos.

Os esqueletos estão desarmados, mas não devem ser subestimados, a dureza dos seus ossos era muito superior que de um humano comum, mas sua fraqueza nas juntas ainda é algo sério, sua força também se equipara a de um adulto.

"Os parem, mas não os machuquem." Dou a ordem.

Eles se separam em dois grupos de três, e vão cada um numa direção diferente.

"BLAM!"

Logo escuto barulho de tiros, os civis abriram fogo contra meus esqueletos, mas as balas não os acertaram, é muito difícil acertar algo que não tem carne, e esses civis não receberam nenhum treinamento de tiro, e mesmo que os esqueletos sejam acertados, os ossos são muito mais duros, fora que os esqueletos não sentem dor, então a única maneira de os deter e destruindo seu crânio ou espalhando seus ossos, infelizmente os controlados não sabem disso.

Assim os esqueletos chegam até o grupos de pessoas controladas, eles abrem seus braços e se chocam contra eles, o fazendo vários deles cair no chão, eles também arrancam as armas das pessoas e as acertam com elas, mas nenhum deles passa do limite, mesmo assim, vou ter que ficar prestando atenção a eles caso um acidente aconteça, não quero me tornar um assassino indiretamente por causa deles.

"Oque diabos são essas coisas?" Grita o Doutor, olhando para minhas invocações.

Distraído olhando para meus esqueleto claramente, aproveito que minha espada de lâmina negra ainda está no chão, deixo a nevoa negra continuar se expandido até ficar abaixo do corpo do Dr. Psycho, da névoa, quatro braços de esqueleto brancos atacam ele acima, diferente dos braços comuns que não são muito longos, esses braços se esticam até atingir seu alvo, as quatro mãos seguram o pequeno corpo do Dr. Psycho no ar, que começa a se remexer.

"Me largue!" Gritou ele.

O idiota ficou tão surpreso que esqueceu de usar seus poderes, aproveitando isso, salto com toda minha força na direção dele após retirar minha espada do chão. Vendo eu me aproximando dele, o Doutor infelizmente se lembrou que tem poderes, e então com uma repulsão, todos os braços são destruídos e eu sou mandado para trás, mais uma vez.

Só que já estava esperando isso, então no ar me afastando dele, mas ainda em linha reta para ele, giro meu corpo, e quando estou quase jogando meu escudo, falo em voz baixa.

"Επικαλούμαι τη Βασιλιά του Βασιλιά Λήθ!" "Eu Invoco o Esquecimento do Rei Lethe!"

Uma energia branca leitosa cobre meu escudo o apagando da existência, e quando o jogo, o meu ataque que não existe para ninguém por apenas um segundo, cruza todo o caminho até a cabeça do Dr. Psycho, então o efeito da magia passa, e no ponto de vista dele, o escudo deve ter simplesmente aparecido na frente da sua cabeça, ele em pânico, não conseguiu se defender e o meu escudo acertou precisamente a tiara prateada do Dr. Psycho.

"TRUMM!"

Inesperadamente, fagulhas explodem do equipamento e o Dr. Psycho e ainda no ar. Nesse momento, olho para o teto da prefeitura mais na frente e aceno com minha cabeça sutilmente. Diana não perdeu a deixa, voando como um foguete, ela chegou até nós e com seu laço dourado brilhante, envolveu o corpo do Dr. Psycho, pousando alguns metros de distância dele.

Ela ainda não tinha acabado, segurando o laço com as duas mãos, ela faz força puxando o pequeno homem o forçando a fazer voltas de trezentos e sessenta graus ao redor dela, até que Diana, puxou o laço para cima, e depois para baixo.

"Blommm!"

Quando o pequeno corpo do Dr. Psycho acertou o chão, quase me fez ter pena dele, mas a sensação passou rapidamente.

"Bom trabalho!" Me parabenizou Diana, se aproximado de mim ainda segurando seu laço.

"Obrigado." Respondo, mas não olhando para ela, e sim para aqueles que estavam sendo controlados.

No momento que acertei o aparelho, todos eles parecem ter caído no chão desacordados, preciso ver sua situação. Antes disso, com um pensamento, todos os quatro esqueletos restantes são sugados para a névoa negra que aparece em seus pés desaparecendo desse plano.

"Como eles estão?" Pergunta Diana, agora do lado do Doutor, que parece estar desacordado.

Aproximo-me de um dos controlados que está no chão e me abaixo, coloco meus dedos no seu pescoço, após confirma seu pulso, faço uma pequena checagem nele, não sou nenhum especialista, mas ele claramente está respondendo a estímulos, só que por algum motivo, não está acordando.

"Por algum motivo, ele não acorda." Digo para Diana me levantando.

"Vou voar para fora do alcance do bloqueador e pedir ajuda da Liga, J'onzz vai saber o que fazer com eles." Falou ela.

"Acho que não deveria ter destruído o aparelho." Digo me culpando.

"Eu teria feito o mesmo." Tranquiliza-me ela.

Não aceito é claro, mas olho para o Doutor, ainda inconsciente no chão.

"Antes de pedir ajuda do Caçador de Marte, por que não perguntamos para o responsável diretamente?" Digo me aproximando dele.

"Ξύπνα!" {Acorde!}

Efeito imediato.

"Oque? Onde? Oque?" Gritou Dr. Psycho, se contorcendo no chão.

Diana, vendo isso, puxou seu laço o forçando a ficar sentado no chão.

"É você!" Gritou ele notando ela.

"Sim, sou eu." Respondeu Diana.

"Dr. Psycho." Começo.

"Já falei para não me chamar assim, seu idiota!" Gritou ele olhando para mim.

"Então apenas, Doutor." Tento mais uma vez.

"Doutor é aceitável." Falou ele, e depois olhou para Diana.

"Bem, parece que falhei, mas não importa, no futuro, vou ter mais chances de a pôr no seu lugar."

"Snap!"

"AI!" Gritou o Doutor, quando dei um tapa no seu rosto.

Acho que coloquei força demais, já que meus dedos estão marcados em vermelho na sua face.

"Kírix!" Gritou Diana comigo.

"Desculpe Mulher Maravilha, perdi a paciência por alguns segundos."

"Você ainda diz que não está pegando os maus hábitos do Batman, nós não torturamos, não foi assim que o ensinei!" Voltou ela a gritar comigo, essa foi uma das poucas vezes que ela ficou com raiva de mim.

"Desculpe, dou minha palavra que não vou fazer de novo." Peço desculpas mais uma vez, dessa vez com sinceridade.

"Mais um homem domado por uma mulher, que triste." Logico que o Dr. Psycho, não ajudou em nada com suas palavras, mas dessa vez não o acertei.

"Já chega!" Agora que ficou com raiva dele foi ela.

"O Laço de Héstia o obriga a dizer a verdade, responda nossas perguntas!" Gritou ela dando outro puxão no Laço.

Como se entende-se o que a Diana falou, o laço já dourado brilhante, brilhou com mais intensidade.

"Essas pessoas estão machucadas seriamente?" Diana perguntou, olhando para os civis no chão.

O Doutor agora está fazendo força para não me responder, mas a cada segundo que ele passa resistindo, o laço brilha com mais força, e no final, ele cede.

"Não!" Respondeu ele com um grito então.

"Então, porque eles não acordam?" Ela voltou a pergunta.

"Eles tiveram suas mentes "desligadas", é preciso um telepata decente para acordar todos." Respondeu ele dessa vez mais rápido.

Um problema resolvido.

"Onde está Steve Trevor?" Perguntou Diana em seguida.

"Ele não está mais aqui!" Respondeu ele gritando.

Interessante.

"Aonde ele está?" Volta Diana a perguntar.

Mais uma vez, Dr. Psycho não responde e resolve tentar resistir a magia do Laço, e pela quantidade de suor que está escorrendo pelo seu rosto, sua resistência não vai durar muito.

"Responda!" Gritou Diana, dando outro puxão no Laço ao redor do seu corpo.

"Eu o entreguei para cumprir o acordo!" Dr. Psycho desistiu.

"Que acordo?" Quem pergunta agora sou eu confuso.

"O acordo que fiz para conseguir a droga que usei na bala para enfraquecer ela, dar Trevor a eles após conseguir o controlar foi o preço!"

"Mas agora que quebrei seu aparelho, Steve já deve estar fora do seu controle deitado em algum lugar." Digo.

"Não, eu não o dei sendo controlado para eles, em vez disso, usei hipnose para manter sobre controle, foi uma das condições do acordo." Explicou Dr. Psycho.

Isso foi esperto, quem quer que seja, previu a derrota dele.

"Quem são "Eles"? Perguntou Diana.

"Eu não sei, só sei que eles fazem parte de uma organização que desconheço o nome, eles se apresentaram com o nome de Equipe Veneno!"

"Bang-bang!" "Bang-bang!" "Bang-bang!" "Bang-bang!"

Assim que ele terminou a frase, quatro disparos foram realizados de quatro direções diferentes, mas foi estranho, quase silenciosos comparados aos disparos comuns, silenciadores. Eles estavam prontos para nossa super audição, infelizmente para eles, a cidade está em total silêncio por conta que toda sua população agora dormi no chão.

Assim que as balas saíram do cano das armas fazendo barulho, nós dois já estávamos os localizando, os disparos vieram da esquerda, direita, frente e das costas do Dr. Psycho, todos mirando em algum ponto vital dele. Eu estou mais próximo do disparo mirando sua testa, então saco minha espada e mudo a posição da bala antes que ela o atinja, defendo a bala vindo pela esquerda levantando meu escudo na frente dela.

Diana, teve mais facilidade ainda, a bala vindo da direita acertou seu bracelete e sua posição mudou acertando a bala que veio pelas costas, assim acabando com duas ameaças que sobraram facilmente.

"Você pega dois, e eu pegos os outros dois." Digo me levantando querendo caçar os atiradores.

"Espere!" Gritou ela, e quando me viro para saber o porquê, vejo Dr. Psycho no chão.

"O que aconteceu?" Pergunto sem entender.

"Veja o pescoço dele." Responde Diana.

Movo seu corpo para o lado e vejo um pequeno dardo enfiado no seu pescoço, o retiro e nem mesmo preciso o cheirar de perto para saber que ele foi envenenado.

Quem quer que tenha feito isso, realizou um movimento genial, os quatro disparos foram disfarces, o verdadeiro ataque veio através de uma zarabatana, uma arma arcaica dessas não emite nenhum som, e uma zarabatana comum pode ser disparada a vinte e cinco metros de distância, um profissional poderia disparar de mais longe ainda aumenta ainda.

"Você pode o curar?" Pergunta Diana, se abaixando e o colocando virado para cima de costas no chão.

Nos poucos segundos em que foi atingido, seu estado piorou muito rapidamente, ele agora está espumando pela boca.

"O coloque de lado para ele não engasgar." Digo primeiro e Diana faz.

"Eu tenho tecnicamente um feitiço de cura, mas ele é muito desagradável, também nunca o testei em ninguém." Falo então.

"Se não fizermos nada, ele vai morrer com certeza, tente agora." Falou ela.

"Tudo bem." Respondo.

Seguro o queixo do Dr. Psycho e o fazendo ficar reto, depois faço um pouco de força o para deixar a boca dele aberta, então coloco minha mão livre um pouco acima da boca, mirando sua garganta.

"Επικαλέστηκα την τιμωρία του ποταμού Φλέγηθων!" {Invoco a Punição do Rio Flegetonte!}

Como falei antes, não tenho nenhum talento para as artes místicas de cura, mas esse feitiço chega perto disso.

Rio Flegetonte, é um dos rios que existe no submundo, como todos os outros, ele possui sua própria peculiaridade, tendo um poder absurdo de cura que pode restaurar até mesmo almas danificadas a seu estado original, mas como tudo no submundo, ele foi criado para punir, a pegadinha do rio Flegetone, é que suas águas são fogo liquido.

Ele é literalmente um rio de fogo.

A ideia é bem simples, vamos curar os condenados para que eles possam sofrer ainda mais, só que porque não os machucar enquanto estão sendo curados?

As águas do rio Flegetone com certeza vão curar qualquer um, mas a dor vai ser tão intensa quando ser queimado vivo. A quem diga que as almas que caem nele vão ser queimadas e curadas para sempre sem poder escapar.

É por esse motivo que a Zatanna, classificou esse feitiço como cura/ataque, o primeiro do seu tipo, já que os dois ramos estão muito separados, logico que um feitiço do tipo cura de luz pode ser usado para causar danos num morto vivo por exemplo, mas o meu não precisa você seja um tipo especifico de ser para o machucar.

Uma gota aparece abaixo da minha mão, a gota era vermelha como sangue e brilhava como o magma, ela caio na boca aberta do bom Doutor.

O resultado não foi outro, Dr. Psycho tentou gritar de dor, mas fechei sua boca para que ele não cuspir a gota, conjurar uma já era um imenso trabalho. A dor no rosto dele era claramente visível, e seu corpo se sacudia como louco no chão e suas pernas chutavam sem parar.

Acho que o castiguei o suficiente pelas suas palavras anteriores agora, a dor de ter fogo liquido descendo pela sua garganta e depois se espalhando por seu sangue é punição suficiente, tanto que já estou ficando com pena do pequeno homem que agora está chorando.

Depois de um minuto de tormento, que para ele devém ter parecido horas, Dr. Psycho finalmente desmaia. Outro fato interessante, é que o rio Flegetonte também não permite que aqueles que o usem fiquem desacordados, se não for assim, como eles poderiam sentir a dor.

"Isso pareceu pior que imaginei." Falou Diana, ela ficou calada todo o processo de "cura".

"Eu falei, é desagradável."

"Ele está curado agora?"

Faço um pequeno exame no Doutor e respondo.

"Sua respiração está estável, ele vai ficar bem."

"Ótimo, faça ele acordar, temos que saber aonde Steve foi levado."

"Você não vai caçar os assassinos?" Pergunto.

"Não, eles começaram a fugir segundos depois que disparam." Respondeu ela.

Entendendo isso, mais uma vez digo para o Doutor.

"Ξύπνα!" {Acorde!}

"HAAAAAAAAAAAAA!" quando ele acorda, o bom Doutor grita com todos seus pulmões até não poder mais.

"Você está se sentido bem?" Pergunto.

"Por favor, não me machuquem mais, vou contar tudo que sei, eu vou ser um bom menino." Diz ele olhando para mim com medo nos olhos.

Agora estou me sentido um vilão que torturou uma vítima inocente.

"Aonde Steve Trevor foi levado?" Pergunta Diana, não comovida com as lagrimas do Doutor.

"Eu não sei ao certo, a pessoa que veio até mim para fazer o trato estava usando uma armadura estranha com abafadores psíquicos." Explicou ele com lagrimas descendo por seu rosto.

"O aparelho que você usou para aumentar seus poderes e a droga que você colocou na bala que atingiu Diana, vieram da mesma pessoa?" Continuou ela.

"Sim, eles dizerem que eu representava o ideal que eles defendem, e queriam me ajudar a conseguir a grandeza."

Ele claramente foi um peça de xadrez usada num mirabolante plano para conseguir sequestrar Steve, o problema é saber o porquê.

Sejam quem for que está fazendo isso, com certeza já está longe, então procurar eles vai ser um inferno de difícil.

"Podemos sair da zona aonde o sinal está bloqueado, então pedir ajuda da Liga e dos Titãs, vamos realizar uma busca global, com dois velocistas conosco, não deve ser impossível." Sugiro para Diana.

"Flash com certeza podem procurar pelo globo inteiro em segundos, mas por experiência própria, organizações que agem dessa forma são imensamente boas em se esconder, as chances de o encontrar assim são muito pequenas." Explicou Diana, negando meu plano e ficando um pouco fria.

Se isso não vai dá certo, então vamos para o plano B.

"Tem outra forma, um feitiço de localização, mas para isso eu preciso de materiais únicos." Sugiro.

"Que materiais?" Pergunta Diana mais animada.

"Algo pessoal do Steve, quando mais pessoal melhor, pode ser um item muito sentimental, ou melhor ainda, algo de seu corpo." Explico.

Já usei esse feitiço antes para localizar Vanessa, quando ela foi quase atacada por aqueles desgraçados, só de pensar nisso me dá vontade de ir atrás deles de novo e os amaldiçoar mais uma vez.

Quanto a minha sugestão, não estava confiante nela, tive sorte em morar junto da Vanessa para conseguir algo dela, no caso seu cabelo, mas quando acabei de falar, Diana sorrio feliz e colocou sua mão dentro do seu decote.

"Ohh."

Dr. Psycho, que eu já tenha esquecido estar aqui, olhou para essa cena com olhos de um pervertido nojento.

"Eu posso escutar seu coração acelerando, talvez o veneno não tenha saído totalmente do seu sistema, é melhor fazer outra rodada de cura, só pra garantir." Falo sorrindo.

E no mesmo momento, o rosto do Dr. Psycho ficou branco e ele começou a suar de novo.

"Não, por favor, eu imploro, já estou totalmente curado, por favor!"

"Aqui!" Exclama Diana em felicidade estendendo sua palma aberta para mim.

Ignorei Dr. Psycho, e olhei para o item, era uma plaqueta militar prateada padrão do exército, quando pego da mão dela, vejo o nome do Steve gravado junto de outras informações dele.

"Steve usou essa plaqueta todos os anos que esteve na guerra, até me dar como um amuleto de boa sorte, carrego comigo desde então." Explica Diana.

"Isso pode servir." Respondo para animação dela.

Itens carregados por muitos anos pelo usuário tem um grande valor falando pelo lado místico, é como se o item se transformasse numa parte do corpo daquele que o carrega, e o item se torna mais importante ainda, se o usuário sentir que aquele item, é especial de alguma forma, o dando sorte por exemplo.

"Agora só precisamos de um mapa-múndi."

Diana rapidamente invadiu uma loja de conveniência próxima e trouxe um mapa, o colocando no chão aberto, fui até ele e segurando a placa de identificação em cima dele, disse as palavras.

"Στο όνομα όλων των θεών, δείξε μου τι ψάχνω!" (Em nome de todos os deuses, mostre-me o que procuro!)

Minha mão se ascende em chamas queimando a placa até ela desaparecer, então, no mapa, um ponto também se ascende e se apagou rapidamente, deixando apenas um ponto negro no mapa.

"Diana, esse local...."

"Sim, é o quartel-general da A.R.G.U.S!" Confirmou ela.

O mapa-múndi é mais amplo que um mapa de uma cidade, e como só tenho um item usado por Steve, o resultado poderia ser no meio dos Estados Unidos, uma zona de busca tão grande não seria de grande ajuda, por sorte, o quartel-general da A.R.G.U.S fica numa das extremidades do mapa.

"Temos que ir lá, agora!" Digo com urgência.

Diana concorda e se levanta, ela fica do meu lado e segura meu corpo pronta para voar.

"Espera, e ele?" Pergunto olhando para o Doutor, que ainda está no chão amarrado com o laço.

"Vamos o levar é claro." Respondeu ela e depois voo para o alto.

Quando Diana disse levar, ela na verdade queria dizer arrastar, por que é isso que está acontecendo, uma das pontas do seu laço estava amarrado a sua cintura, a outra estava esticada com o Dr. Psycho preso nela, não foi algo confortável, já que ele estava gritando e gritando como um louco no ar sendo puxado.

Após saímos da cidade, o sinal voltou e Diana, pode entrar em contado com a Liga, como sempre, a maioria dos membros estava ocupada com seus próprios assuntos, mas por sorte, o Caçador Marciano estava livre, e já estava a caminho da cidade para ajudar a acordar todos.

A Torre também foi avisada, eles vão se juntar ao Caçador de Marciano.

A.R.G.U.S não é uma organização secreta, mas também não é muito conhecida, e por conta das coisas perigosas que ela possui e lida em suas missões, o nível de segurança do local aonde está localizado seu QG é muito rígido, Diana tem acesso livre que se estende a mim, e o motivo para que ela não queira reforço é político, no momento, alguém quer tomar o lugar de diretor do Steve, esse alguém, está fazendo várias manobras no escuro contra ele, e se alguém não autorizado entrar na A.R.G.U.S, isso vai dar munição para essa pessoa, na minha opinião, já passamos desse ponto, mas sei que ela com certeza vai pedir ajuda se as coisas ficarem fora do nosso controle, Diana é responsável e altruísta demais para não fazer isso.

Quando nos aproximamos do nosso destino, Diana subitamente aumentou a velocidade, não posso culpar ela, já que também posso ver a fumaça negra no horizonte.

Chegamos finalmente ao enorme edifício de mais de dez andares de aparência militar construído num precipício com vista para o mar. No telhado dele, onde fica o pequeno hangar, está uma bagunça.

Diana pousou e eu olhei para todos os lados procurando sobreviventes. Esse lugar antes ficava cheio de jatos e helicópteros da A.R.G.U.S, todos eles agora estão destruídos em chamas.

"Grande Hera!" Exclamou Diana, um pouco triste.

"Sem fatalidades aqui em cima Diana." Falo para animar ela.

No hangar normalmente ficam vários mecânicos e soldados que cuidavam dessas naves, não posso ver ou sentir nenhum deles aqui, tanto vivos quantos mortos, isso é um bom sinal.

"Eles devem ter recuado quando o ataque começou." Adivinhou ela.

"Por favor!" Gritou outra voz atrás de nós.

Dr. Psycho. Esqueci ele de novo momento que vi a fumaça, Diana também, por que a aterrisagem dele não foi nada gentil, todo seu corpo estava sujo de poeira e seu rosto machucado sangrando, nada muito sério.

"Por favor, me soltem." Continuou ele.

"Você quer que eu cure seus ferimentos?" Pergunto zombando.

A face do Doutor imediatamente ficou mais branca, e ele calou a boca.

"Vamos deixar ele preso aqui, vai dar muito trabalho levar ele conosco." Digo para Diana que concorda.

Diana o arrastou pelo chão segurando seu laço até um poste de iluminação, ela o colocou de costas no poste e pegou um pedaço de metal que estava no chão, após retirar o seu laço do corpo dele, ela torceu o pedaço de metal em volta dele o prendendo ao poste.

"Isso deve ser o bastante." Falou ela olhando para sua obra, e depois se virando sem se importa com o Dr. Psycho.

"Vamos." Diz ela tirando sua espada e escudo das suas costas e cintura.

Ela está com muita raiva, alguém vai se dar mal.

Diana, usa suas armas quando é necessário, e isso dependendo da situação, agora ela está literalmente dizendo que vai as usar não importando a situação que está acontecendo lá dentro.

Sabendo que não era hora de falar, a sigo até a entrada, as portas de três metros de metal puro estavam fechadas, assim aumentando as chances que os soldados da A.R.G.U.S, se isolaram no prédio no momento em que o ataque começou.

"BLOMMM!"

"BLOMMM!"

"BLOMMM!"

Diana precisou de três golpes com seu punho para que as portas de metal incrivelmente resistentes fosse amassada e derrubada revelando o interior da instalação.

Ela não avançou com a porta, ela ficou olhando para a entrada, não entendendo o porquê, me aproximei e olhei por cima do seu ombro para ver uma cena assustadora.

Os corpos de vários soldados da A.R.G.U.S, todos espalhados pelo chão.