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Chapter 18 - Fazendo Um Novo Amigo.

"Eu não quero perde muito tempo com isso, então me deixe perguntar, qual é o seu problema comigo?"

Roy não respondeu minha pergunta imediatamente, apenas ficou olhando para mim fixamente, como se estive-se tentando encontrar as palavras corretas ou ele realmente não sabe por que não gosta de mim.

"Então?" Pergunto tentando apresar uma resposta.

Já estava bem tarde, não havia muita iluminação no local onde estávamos, mas isso não era um problema para nenhum de nós, posso ver melhor no escuro e Roy, era treinado para lutar em situações assim, só que quanto mais tempo passarmos aqui, maiores são as chances de que o Dick interrompa a nossa conversa, e ele vai fazer isso rapidamente, já que ele está nós observando na janela do primeiro andar.

Eu não posso detectar ele usando seu traje de herói, mas como ele está usando roupas comuns, posso escutar o som da sua respiração, e se focar um pouco mais, seu coração que bate num ritmo controlado sem se alterar, não sei que treinamento o morcego deu para ele, mas o garoto era assustador ao ponto de conseguir diminuir seus batimentos quando estava seguindo ou vigiando um alvo.

Finalmente vejo os lábios de Roy se abrindo, e então ele responde minha pergunta.

"Tem tantos problemas em você, que passei esse tempo todo os resumindo."

"Me poupe dessa idiote-se, apena fale, ou será que você nem mesmo sabe por que fica agindo como um idiota?" Falei ficando um pouco com raiva.

Se realmente não houver um problema real, o idiota estava agindo como uma criança comigo, e isso é pior do que ele ter um motivo para me odiar.

"Esse também é um dos seus problemas, a forma como você age, sem nenhum respeito pelos membros desse grupo."

"O único que não tem nenhum respeito aqui é você, todas suas ações desde o primeiro dia que me juntei a vocês foram grossas, ignorantes e sem sentido."

A cada palavra, me aproximo um pouco do Roy, que não se move e continua olhando para mim.

Que os deuses o deem uma boa resposta, por que senão, vou descontar tudo que escutei dele nesse tempo todo aqui e agora.

"Oque você vai fazer, começar uma luta?" Perguntou Roy.

Ele corajosamente também andou até minha frente e ficou com o rosto alguns centímetros do meu.

"Vamos lá, garanto que mesmo com todos esses poderes, você vai acabar beijando o chão!" Ameaçou ele.

Espera, parece que finalmente entende os motivos desse idiota.

"Então é isso, toda essa atitude idiota é porque você está inseguro comigo e meus dons?" Pergunto com um sorriso zombador no rosto.

"Que merda você está falando!" Gritou ele, sem se afastar.

Bingo.

"Isso é tão ridículo." Digo me afastando dele.

"Do que você me chamou!" Gritou ele de novo, colocando sua mão em no meu ombro.

A segurei e o joguei por cima do meu ombro, mas Roy torceu seu corpo no ar e me deu um chute que desviei dando um pequeno pulo para trás.

Roy caio no chão em pé, e eu fiquei na posição em que ele estava antes.

"Nem pense em ir embora, vamos resolver isso agora!" Falou ele olhando com raiva para mim.

"Não a oque resolver, vim aqui por um motivo, mas devo dizer que estou tão decepcionado, que toda essa conversa se tornou sem motivo." Digo.

"Do que diabos você está falando, Novato?" Perguntou ele ainda sem entender.

"Ficou bem claro agora que o motivo de você agir como idiota comigo, é porque você está com ciúmes." Respondo ele.

"Ciúmes?" Ele gritou, agora parecendo mais confuso do que com raiva.

"Ciúmes dos meus poderes, ciúmes daquela que me treinou ou até mesmo ciúmes por eu ter me juntado aos Titãs tão facilmente."

E pela primeira vez desde que o conheço, Roy fica sem palavras olhando para mim sem entender.

"Eu posso entender isso sabe, você é um humano sem habilidades sobre-humanos que luta ao lado de seres superpoderosos usando apenas sua inteligência, acessórios e treinamento."

Começo a explicar, e vendo que ele ainda estava calado, continuei.

"Então um moleque mais novo que você, com superpoderes que treinou com uma das maiores lutadoras e heroína do mundo, aparece fazendo tudo o que você faz, só que de uma forma que você nunca vai poder fazer."

Quando mais falo, mas Roy leva dano, o fazendo dar alguns passos para trás, mas ele tem de ouvir tudo.

"Vivendo nessa vida, convivendo e lutando contra deuses e monstros deve ser uma pressão inimaginável que nunca vou compreender como você, mas me escute agora Roy."

Aproximo-me dele e seguro sua camisa o puxando para próximo de meus olhos.

"Pare de agir como uma criança é comece a agir como um homem."

Solto a camisa dele e Roy, cai de bunda no chão.

"Você acha que apenas você senti assim? Por todos os deuses Roy, nosso líder é tão humano quanto você, a Liga tem como seu líder estratégico alguém como você, e eu não vejo nenhum dos dois agindo como você, não porque eles não entendem as desvantagens deles comparados a os outros, mas porque eles as reconhecem e lutam para as compensar."

Passo por Roy e vou até entrada, não olho para trás, Roy tem que resolver suas ***** sozinho, não posso mudar a forma como ele se vê, nem como ele vê o mundo, tudo que posso fazer é dar minha opinião, e rezar para que isso seja o bastante para o tirar dessa mare de insegurança.

Atravesso o lobby e vou na direção do elevador, está tarde, e já tive agitação demais por um dia, talvez consiga dormir uma hora e depois finalmente posso voltar para minha pesquisa sobre a criação do meu feitiço ou meus planos para ir para o submundo.

"Isso foi um pouco duro." Falou Dick atrás de mim.

"Alguém precisava falar, e ele precisa ouvir." Respondo sem me virar, olhando para a porta do elevador que se abriu.

"Mesmo assim, foi um pouco duro ouvir sabe, sendo um daqueles que luta entre e contra deuses e monstros." Continuou Robin.

Entrei no elevador e me virei e olho para Robin, e quando as portas estavam fechando, digo.

"É por esse motivo, que vocês têm meu total respeito e admiração."

Aperto o botão do andar dos quartos e suspiro em voz alta.

Esse dia realmente tem que acabar.

A porta do elevador se abre e quando estou prestes a subir, percebo que a Ravena, está na varanda do andar olhando para a lua. Sei que provavelmente ela quer ficar sozinha, mas vou mesmo assim até ela, abro a porta de vidro e fico do lado dela olhando para lua nova.

"Como você conseguiu escapar da Koriand'r?" Pergunto realmente curioso.

"Eu pedi espaço para meditar um pouco." Respondeu ela, ainda não olhando para mim.

"Não me intenda mal, realmente gosto dela, só que."

"Ela é muito, muito animada." Completo.

"Sim."

"Você é a primeira irmã de armas dele nessa planeta, como ela diria, então ela está em êxtase, mas isso vai se acalmar com o tempo."

Então ficamos em silêncio.

"Porque você não contou a eles?" Perguntou ela, num tom mais sério.

"Como assim?" pergunto confuso.

"Sobre quem é meu pai." Continuou ela olhando para o céu.

Como em nome de todas as divindades ela descobriu isso? Ela é uma telepata nessa realidade?

Então ela olha para mim e responde.

"Não precisa ficar tão assustado, não posso ler sua mente ou algo assim."

"Então como você sabia, que eu sabia?" Pergunto.

"Batman e Lanterna Verde tenham informações sobre ele, então deduzi com isso e pelas emoções que senti de você no nosso primeiro encontro."

"Emoções?"

"Eu sou empata, posso sentir emoções dos outros." Explico ela melhor.

"Entendo."

Então como responder agora, mentir me faria me sentir mal assim a fazendo duvidar de mim, então é melhor falar a verdade, mas não toda ela, pelo menos não por enquanto.

"Eu sabia por conta do ritual, para que Trigron entre numa dimensão diferente da sua com poder total, ele precisa ser convidado voluntariamente por alguém do seu sangue."

"E você nunca duvidou de mim, mesmo sabendo que eu sou filha de um demônio?" Perguntou ela voltando a olhar para a lua.

"Sua situação de donzela prestes a ser sacrificada contribuiu muito nessa confiança, e se você tivesse qualquer intenção de fazer isso, já teria feito, você é literalmente uma chave viva que pode ser usada a qualquer momento."

"Você vai contar para eles?"

"Acho que é você quem deve fazer isso, no momento que você decidir."

Então ficamos apenas em silêncio olhando para a lua por vários e vários minutos, até que Ravena fala mais uma vez.

"Obrigado."

Para não deixar mais constrangedor, não respondo e mudo de assunto.

"Já que você está sem sono, que tal me ajudar?"

"Com o que?" Pergunta ela demonstrando um pouco de curiosidade.

"Estou trabalhando num feitiço, mas estou ficando sem ideias, um novo ponto de vista pode realmente me ajudar, o que acha?"

"Eu gostaria muito."

"Vamos chamar Koriand'r também, ela não intende nada de magia, mas vai aceitar apenas para ficar perto de você."

Voltamos para dentro, subo para meu quarto para pegar minhas anotações, depois desço e nós três nos reunimos na mesa da pequena cozinha do andar abaixo e começamos a conversa até o amanhecer.

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Um mês se passou, gostaria de dizer que foi um mês muito emocionante, com super vilões tentando conquistar o mundo ou demônios tentando vir para essa realidade, isso realmente aconteceu, mas não no nosso território, então esse mês foi muito tranquilo, só tivemos que lidar com dois assaltos que foram facilmente resolvidos, alguns incêndios e acidentes.

Vanessa como prometido, veio me visitar, passamos o final de semana inteiro andando pela cidade, e quando perguntei para todos se ela poderia visitar a Torre, todos aceitaram, ela conheceu a equipe, a reunião foi bem tranquila, Vanessa se tornou amiga da Koriand'r, as duas trocam mensagens e se falam regulamente, fiquei feliz com isso, minha irmã precisa de uma amiga forte para dar apoio para ela.

Também consegui informações sobre o atual namorado dela, após pedir um favor ao Robin, ganhei uma pasta com todas as informações sobre o alvo e sua família, infelizmente, não encontrei nenhum sinal para agir contra ele, até mesmo o Robin, concordou que o menino é um bom garoto, mesmo assim, estou de olho nele, um passo em falso, e eu vou arrancar o coração dele e prender a sua alma num banheiro público, realmente não sei como fazer isso, mas vou aprender só por ele.

Nesse mês, também tive algum progresso nos meus planos , o que mais avançou foi o método para viajar até o submundo, isso foi mais fácil que pensei que seria, até que me lembrei que é fácil entrar no submundo, o problema é sair, mesmo assim, consegui encontrar uma solução, e estou me preparando para minha primeira viagem que vai acontecer daqui a dez dias no máximo.

Agora sobre o feitiço para voar, estou um pouco parado sem conseguir nenhum avanço nele, espero pacientemente que minhas conversas com a Ravena, possam me dar alguma inspiração.

Meu pequeno problema com o Roy também foi resolvido, depois de nossa conversa, ele parou de me atormentar e até mesmo falar comigo, vai demorar um pouco para as coisas ficarem normais entre nós, mas pelos menos tivemos progresso.

A nova integrante da equipe está indo muito bem, como uma maga treinada em outra realidade, Ravena é incrivelmente boa no que faz, mesmo não tento experiencia em ser uma heroína, infelizmente a interação dela com o grupo não avançou muito, grande parte do tempo ela fica no seu quarto ou meditando no telhado, a única pessoa que consegui a retirar de sua toca é a Koriand'r, que a arrasta para sair pela cidade ou apenas para ficar juntas.

Eu interajo bastante com ela, mas não falamos de qualquer outro assunto que não seja magia, algo que nós dois amamos. Como a magia de Ravena foi ensinada em outra dimensão, ela é um pouco diferente da que temos na Terra, então a troca de informações entre nós está sendo muito produtiva, só que ela nunca falou explicadamente como sua magia funcionava, não até hoje.

"Resumindo, os feitiços que você usa para lutar são versões avançadas da projeção astral?" Pergunto.

Estávamos no andar academia sentados um na frente do outro no chão conversando sobre magia quando ela explicou um pouco sobre como funciona seus feitiços.

"Sim, essa é o principal ramo de magia de Azarath." Respondeu ela.

Ravena estava usando um vestido longo preto no momento, e eu estava de jeans e camisa branca.

"Eu sempre pensei que a projeção só pode-se ser utilizada para espiar ou viajar para outros planos."

"Esses são os usos comuns da projeção astral, o que faço é convocar a forma verdadeira da minha alma, assim posso a usar para interagir com o mundo físico e utilizar outros feitiços." Explicou ela.

"Então qualquer um pode aprender a usar seu corvo?"

Nunca soube como funcionava os poderes dela nas HQs, então estou aprendendo isso agora.

"Não é tão simples, para usar esse feitiço é preciso entender e saber qual é a forma da sua alma, e isso não é uma tarefa fácil, a pessoas que passaram décadas tentando ser ter sucesso."

Ela levanta sua mão e aponta para um grupo de halteres que ficam do outro lado da sala, e então sua mão ficou envolvida por uma aura negra assim como um dos halteres que levitam no ar.

"É só após descobrir a forma de sua alma, que você pode começar a praticar os feitiços iniciais até chegar no nível em que consegui invocar essa forma para o mundo físico." Continuou a explicação.

Ela abaixou sua mão e o haltere voltou para seu lugar, então se levantou., e seu corpo ficou envolvido pela energia negra brilhante e um corvo negro apareceu atrás dela com as asas abertas.

"Você entendeu?" Pergunto ela voltando a se sentar.

"Sim, você está no nível mais alto de sua prática já que você pode convocar o corvo?" Pergunto.

"Longe disso, os verdadeiros mestres não apenas conseguem invocar as formas verdadeiras de suas almas, como também podem usar feitiços avançados com elas, viagem pelo tempo ou pelas dimensões por exemplo."

Isso me fez ficar com um pouco de medo de Trigon, sei que ele é poderoso, mas derrotar uma civilização magica tão poderosa como o povo de Azarath, foi um feito assustador.

"Sei que posso estar passando dos limites aqui, mas você poderia me ensinar?" Pergunto esperançoso.

Ravena fica calada por um momento considerando, até me dar uma resposta.

"O povo que me ensinou isso está perdido, mas eles nunca negaram aprendizes." Falou ela mostrando grande dor em seu rosto.

Fui um idiota, esquece que ela se culpa pelo fim de Azarath, e aqui estou eu a forçando se lembrar de sua casa destruída.

"Então eu vou ter o prazer de te ensinar, mesmo não sendo uma mestra." Continuou ela.

"Como começamos?" Pergunto para tentar a fazer esquecer de Azarath pelo menos por enquanto.

"Primeiro você tem que saber projeção astral." Começou ela.

"Já pratiquei com minha professora, mas confesso que não a utilizo muito ou possuo muita prática com ela."

"Então vamos começar adquirindo pratica." Diz ela fechando os olhos.

Não demorou nem um segundo, a forma astral da Ravena apareceu flutuando em cima da sua cabeça, a forma era como seu corpo físico, a única mudança é que a forma astral, é quase transparente.

"O que você está esperando?" Perguntou a forma astral dela.

Isso mostrou o grande controle da projeção astral dela, separar a alma do corpo tão rápido é uma tarefa que demanda muito controle adquirido com prática.

Sigo o exemplo dela e fecho os olhos, então repasso os ensinamentos de como separar minha alma do meu corpo, alguns minutos depois, minha alma flutua para fora do meu corpo e eu fico de frente para a projeção da Ravena no ar, que ainda está com as pernas cruzadas flutuando e olhando para mim.

"Dez minutos, nada mal." Falou sua voz astral.

"E agora?" Pergunto.

"Você vai passar o máximo de tempo possível nessa forma todos os dias, você tem que adquirir facilidade em entrar e sair do seu corpo."

"Intendo."

"Então vamos dar uma volta por aí." Diz ela.

Ravena voou para o alto e atravessou o teto do andar, a sigo flutuando lentamente e também chego no próximo andar, nele eu vejo Dick e Roy, mexendo em alguns equipamentos, os dois não nós percebem, a forma astral é invisível para aqueles sem habilidades místicas ou que tenham percepção espiritual natural.

Ravena não para de subir e atravessa o próximo andar, e depois o próximo e assim até chegar até o teto, então ela para e fica a vários metros de altura do teto olhando para o pôr-do-sol.

"Durante minha prática, passei a maior parte dos meus dias nessa forma que dentro do meu corpo, agora ficar assim é mais familiar para mim do que meu corpo físico." Falou ela.

"Isso não parece coisa boa." Digo para ela.

"Sim, mas é bem atrativo, já que nessa forma não é possível sentir dor física e não ficamos com fome ou cansados, e também não podemos causar destruição para o plano físico facilmente." A última parte da frase dela, tenha mais do que ela quis dizer.

Estava prestes a tentar falar mais, só que no horizonte, vi um helicóptero se aproximando da Torre.

"Inimigos?" Perguntou Ravena, olhando para o pequeno ponto se aproximando.

"Não, são aliados." Respondo.

Com minha visão aumentada, posso facilmente ver que é um helicóptero da A.R.G.U.S se aproximando em alta velocidade, talvez seja uma visita.

Poucos segundos depois, o helicóptero pousa no topo da Torre e minha amiga, Etta Candy, pula imediatamente para fora dele e corre em direção do elevador, pelas ações dela, algo claramente aconteceu.

"Tenho que ir, algo deve ter acontecido com Diana." Não espero uma resposta de Ravena, e mergulho em direção do prédio indo até o meu corpo.

Volto para dentro dele e corro na direção do elevador, quando aperto o botão do andar, a voz do Dick e transmitida para mim pelo elevador.

{Dio, venha para sala agora!}

Quando as portas se abrem vejo Etta Candy junto da turma, ela estava usando o uniforme militar com um colete por cima dele e parecia bem cansada, mas não havia ferimentos visíveis no seu corpo.

"Você está crescendo tão rápido Diomedes." Cumprimenta-me ela com um sorriso gentil.

Interessante.

"Algum problema, Etta?" Pergunto preocupado com Diana.

"Ela precisa de ajuda, os detalhes vão ficar para o caminho." Responde ela.

"Então vamos."

"Espere, nós também podemos ajudar!" Robin, em seu uniforme grita nós impedindo de entrar no elevador.

"Desculpa Menino-prodígio, mas é assunto pessoal, e Diana falou claramente que só queria ajuda do Diomedes." Etta nega ajuda, e nós dois entramos no elevador.

"Se as coisas saírem de controle, chamo vocês." Digo antes da porta do elevador fechar.

Andamos sem nós falar até o jato da A.R.G.U.S, era uma pequena aeronave de dois lugares, transporte perfeito para se mover rapidamente e sem deixar rastros, já que a nave tenha tecnologia furtiva.

Etta sentou na cadeira do piloto e eu no copiloto, ela começou a mexer nos botões ligando o jato e se preparando para a decolagem, enquanto isso, olhei pala janela e vi a Ravena, andando apressadamente na minha direção, fiz um sinal com a mão para ela parar, e depois fiz um simples sinal com minha cabeça, ela entendeu e recuou.

Etta decolou e foi para oeste aumentando a velocidade até o máximo, depois de alguns minutos de voo, pergunto.

"Oque aconteceu Etta?"

Ela estava concentrada nos controles, mas começou a falar sem olhar para mim.

"Começou com uma missão simples, até que Trevor ficou offline e perdeu a hora de entrar em contato com a sede, isso não é algo incomum, já as missões as vezes acabam ficando um pouco frenéticas, mas já que Trevor é o líder da A.R.G.U.S, avisamos Diana e ela foi checar também."

"Ela também não deu sinal." Adivinho.

"Sim, ficamos preocupados, então com eu no comando de uma esquadrão inteiro de soldados fomos até o local, conseguimos encontrar a Diana, mas as coisas ficaram fora de controle, depois de muito trabalho, ela só conseguiu me tirar daquele inferno."

Ainda bem que Diana ainda está viva e bem, mas não posso confiar em todos esses relatos.

"Qual era a missão do Steve?" Pergunto.

"Era investigar eventos estranhos numa pequena cidade, tenhamos motivos para acreditar que os eventos estranhos tenham ligação com um novo meta-humano."

O resto do voo foi bem tranquilo e feito em silêncio, Etta claramente não queria conversa e focou toda sua atenção na pilotagem, no meio do caminho, conjurei minha armadura e espada ficando pronto para ação, então no anoitecer, finalmente pousamos no meio de uma plantação de trigo, saímos das nossas poltronas e andamos até a saída da nave.

Do lado de fora pisando no campo, olho para o meu redor tomado de trigo que cresceu até ficar um pouco acima da minha cintura. Não havia nada mais, e o céu hoje estava lindo, tomado de estrelas numa noite sem nuvens.

"Agora que chegamos." Começo a dizer para Etta, que acabou de sair.

"Por que você não me diz quem é você?" Minha pergunta faz ela ficar congelada por um segundo, até finalmente se mover me dando um sorriso forçado.

"Oque você está falando Diomedes, sou eu, sua amiga." Falou ela se aproximando.

"Você agiu razoavelmente bem, o único problema foi sua falta de atenção nos detalhes."

Etta, vendo que eu não cai na sua tentativa, sacou sua pistola prateada da sua cintura, mas eu já estava pronto, segurei seu pulso para o alto e chutei suas penas a fazendo cair no chão, arranquei a pistola da mão dela e coloquei meu pé no centro do seu peito a imobilizando no chão.

Ela tenta se livrar de mim, segurando minha perna com às duas mãos e tentando me empurrar, mas nem mesmo me movo.

"Como eu estava falando, faltou atenção nos detalhes, Etta nunca me chama pelo meu nome completo e tem muito medo de voar, mesmo sendo uma boa piloto, ela sempre treme um pouco quando está voando."

Eu já estava achando estranho o comportamento dela na Torre, mas ignorei isso até que Ravena veio correndo, então tive minha resposta para o meu pressentimento.

Normalmente em casos assim, é normal pedir ajuda, mas Diana realmente pode estar com problemas, e havia uma pequena chance de que Etta quando fosse capturada na Torre não revela-se a localização atual dela, então tive que entrar no jogo até chegar aqui.

"Agora que contei como, que tal você me dizer quem é você?" Pergunto mais uma vez, e não consigo uma resposta.

Etta só ficou olhando para meus olhos sem dizer nada.

"Revele-se." {Αποκαλύψτε τον εαυτό σας.}

Digo em voz alta, mas não houve mudanças visíveis em Etta, isso quer dizer que o disfarce dela é muito poderoso ou ela é mesmo Etta, só que está sendo controlada por alguém.

Se fosse a primeira opção seria fácil conseguir respostas, já que não preciso me preocupar em machucar sua carne, a segunda opção é problemática, agora tenho que continuar sem mais informações, já que alguém controlado ela nunca vai me revelar nada, a não ser que eu tenha uma forma de quebrar o controle, o que não tenho.

"Durma!" {Υπνος!}

O segundo feitiço deu certo, Etta caio no sono instantaneamente, levantei ela do chão e voltei para dentro do jato, lá dentro fui até a poltrona e a coloquei nela, fechei o cinto em volta do seu corpo e depois arranquei o da cadeira ao lado o usando para prender as mãos e pernas dela, depois só para garantir, procurei no seu bolso e encontrei a cartão prateado com a logo da A.R.G.U.S, esse cartão é usado para dar partida na aeronave.

Deixei ela assim e fui mais uma vez para saída, fechei a porta de trás e então peguei a arma da Etta no chão e fiz um pouco de força amassando o metal, joguei a arma que virou agora um peso de papel fora, então finalmente dou mais uma olhada no local onde estou enquanto penso na minha situação.

Não posso contar com a ajuda dos Titãs, Ravena com certeza os avisou, mas a aeronave que nós trouxe até aqui não é facilmente rastreada, então vai demorar um pouco até que eles cheguem aqui, e Diana pode não ter tempo.

Posso enviar uma mensagem usando o rádio da aeronave para eles, só que eu não sei qual é a frequência da Torre, mais uma coisa para mudar quando voltar para casa.

Então sozinho, começo a me mover pela plantação de trigo com minha espada e escudo em mãos.

Ficou obvio, quem controlou a Etta, queria minha presença aqui, então pensei inicialmente que essa plantação estaria tomada de inimigos esperando me capturar, mas após caminhar lentamente e como não fui atacado nenhuma vez, isso pode significar que o meu inimigo é convencido demais para me ver como uma ameaça ou ele estava totalmente confiante em me controlar com seus poderes no momento que pousei.

De qualquer forma, não posso ficar andando assim tão lentamente sem um destino, então guardo meu escudo e levanto a palma da minha mão e digo.

Έλα, και γίνε τα μάτια μου!" {Venha, e se torne meus olhos!}

Um crânio apareceu em cima da minha mão de os olhos acesos com uma energia vermelha, o crânio flutuou no ar me dando uma visão aérea de todo o local onde estou. Não foi preciso procurar muito para encontrar uma cidade no horizonte, parecia uma cidade pequena, a poucas luz acessas.

Agora com um destino, continuo andando lentamente pela plantação, mas não desativo meu feitiço e continuo com a visão compartilhada do crânio no alto que vem seguindo meu avanço.

Devo agradecer aquele que me trouxe aqui, esse lugar realmente é muito calmamente. A brisa fria e o campo todo apenas iluminado pela luz da lua e das estrelas. Acho que estou me tornando um amante da natureza.

Então após caminhar por meia hora, paro em frente na entrada da pequena cidade totalmente tomada de pessoas de todos gêneros e idades segurando armas.

Todos devem estar sobre o controle do meta-humano.

Isso vai ser uma grande dor de cabeça.