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Chapter 14 - Eles Chegaram Na Festa

─ Paulo, eu não sei quem são eles, mas se o Brasil os colocar nas olimpíadas, acredito que nós levaremos a medalha de ouro! ─ Fábio admirado ao ver a velocidade constante que eles conseguem correr.

─ Me dá aqui Paulo. ─ o delegado pega o rádio. ─ Vamos acelerar bastante e pegá-los mais à frente.

─ Por que eles não tentam fugir? Isso não faz sentido! ─ Fábio está preocupado.

─ Só vamos seguir o plano, é justamente por eles não estarem desviando que vamos pegá-los à frente.

Os policiais ganharam 1 minuto de vantagem e pararam suas viaturas fechando completamente a calçada. Eles se posicionaram de joelhos a frente dos carros em linha.

─ Já vai dar meia-noite. ─ Paulo olhando as horas no celular. ─ Ainda bem que isso não aconteceu de dia!

─ Lá vem eles! ─ Fábio, olhando pela mira do seu fuzil.

─ PAREM OU VAMOS ATIRAR! ─ diz o delegado pelo alto-falante.

─ Meus amigos eles não são humanos! ─ Fábio aterrorizado, olhando bem para a face deles.

─ ATIRAR. ─ grita o delegado.

As criaturas espalham-se, algumas delas pulam o canal ao lado da calçada da Avenida Brasil.

─ Vocês viram isso?! Ninguém consegue pular esta distância! ─ Paulo atirando sem parar com seu fuzil.

─ Meu Deus! Eles vão nos pegar! ─ Fábio ao vê-los vindo muito rápido, ele consegue estourar os miolos de dois deles e seus corpos caem no canal. Os outros, mesmo sendo alvejados por vários tiros em seus corpos, continuam a toda velocidade.

Inevitavelmente os mortos-vivos alcançam os três. Eles brigam por suas vidas, mas os monstros são muitos. O líder deles fica só observando de braços cruzados.

─ Aham! Vê se gosta disto valentão! ─ um morto com a voz fanha, pega o Fábio pelas costas.

─ SOCORRO! ─ grita o policial, que luta com o morto pendurado em seu pescoço, enquanto os outros cinco batem nele, até ele cair no chão.

─ Você destruiu dois dos meus amigos, agora vou comer a sua orelha, nhack. ─ ele arranca a orelha direita do policial no dente enquanto ele grita de dor, e depois a engole inteira. ─ Odeio carne de porco! ─ ele cospe no chão fazendo caretas horríveis.

─ MINHA ORELHAAAA! ─ Fábio chora com as mãos no ferimento, logo os mortos o imobilizam e o seguram em pé. Os outros policiais também foram imobilizados.

─ O que vão fazer conosco? ─ o delegado pergunta. Ele está muito cansado e com a cara toda arrebentada cheia de sangue.

─ Está faltando três de nós. ─ diz o líder.

─ Eles estouraram suas cabeças, com aquelas coisas que cospem ferro. ─ o morto fanho.

O líder dos mortos olha com raiva para os três policiais e bate seu punho direito fechado na palma da mão esquerda aberta. Imediatamente os três policiais são espancados até apagarem, eles ainda tentaram brigar, mas tinha cinco com cada um deles, foi um massacre.

─ Chega! Furem todas as rodas de borracha e vamos, quero sair deste mundo fedorento! Mundo de fracos e covardes! ─ o líder vai caminhando em direção do seu alvo, enquanto espera os outros se juntar a ele.

Em questão de segundos todas as rodas das duas viaturas são estouradas pelas garras negras deles, e assim, eles correm novamente a toda velocidade.

─ Eu… preciso avisar… ─ Paulo está consciente, mas está muito ferido, ele se arrasta até a viatura mais próxima e abre a porta. ─ Central na escuta. ─ fala no rádio com muito sacrifício.

Na Casa dos Marinheiros…

─ Chefe, estou pensando seriamente em virar bruxo também! ─ o policial Francisco admirado com as bruxas dançando envolta da fogueira, algumas com a idade já avançada igual a ele.

─ Putz! ─ o inspetor não esperava por esta e ao tentar segurar o riso, quase se engasgou com a bebida, cuspindo e sujando um pouco suas roupas, ele havia acabado de levar o copo a boca. ─ Porra Francisco! ─ resmunga, enquanto passa a mão na calça que sujou.

─ Estou falando sério chefe. Olhando para este grupo que prega a bondade, ao contrário do que muitos falam por aí sobre os bruxos, é até difícil de imaginar que dentre eles, exista um assassino sangue-frio!

─ Francisco, eu devo admitir que também mudei um pouco dos meus conceitos, mas existem pessoas doentes da cabeça que conseguem enganar e iludir, em qualquer meio, em qualquer lugar… basta ter o ser humano envolvido e tudo pode acontecer. Além disso, existe uma ligação com esta gente e se ele aparecer por aqui hoje, eu o pego com isto! ─ batendo do lado esquerdo do blazer branco que usa, com a sua mão direita. ─ Com licença Francisco. ─ atende o celular.

─ Como vai meu amigo? É o Mario, está tudo bem por aí?

─ Ele atacou a terceira vítima?

─ Não. Olha se prepare… acabaram de me informar que um grupo de mais ou menos uns vinte mortos-vivos, estão seguindo direto na direção da Casa do… ─ interrompido.

─ Como assim mortos-vivos? ─ Almir coça a cabeça.

─ Você assistiu àquele filme famoso; A volta dos que não foram? Pois, eles já devem estar chegando por aí a qualquer momento.

─ Para com isso, você não ligou só para me sacanear não é mesmo? ─ o inspetor pensa que o seu amigo está querendo fazer uma piada com ele.

─ Eu acredito que sejam moleques fantasiados, mas o policial que pediu socorro pelo rádio, disse que os corpos estão podres e que eles correm a mais de 50 km/h. Eles aterrorizaram a Avenida Brasil e duas viaturas que passavam na hora, entraram em perseguição. Os policiais ao darem a voz de prisão, acabaram atacados por eles e apanharam muito, inclusive um delegado amigo meu da 21 DP que estava junto, está em coma agora sendo levado ao hospital.

─ Se isso for uma brincadeira! ─ Almir escuta um grito.

─ HAAAAA! ─ um grito de mulher ao longe, na direção da entrada do clube. Todos pararam de dançar e a música foi desligada.

─ É tarde demais meu amigo tente proteger as pessoas, o reforço está a caminho. ─ o delegado Mario desliga.

Ele guarda o celular, saca sua linda magno do coldre e corre para o local do grito junto de Francisco. Todos ali próximos à fogueira ficam se perguntando o que está acontecendo.

─ Atenção. ─ o líder dos mortos fala e todos param. ─ Em linha. ─ ele ergue seus dois braços como se fizesse a cruz com o corpo, olha para o seu braço direito e depois para o esquerdo. Eles se dividem, ficam apostos em linha a sua esquerda e direita, após isso ele vai caminhando e eles o seguem.

─ Meu Deus! Será o final dos tempos?! ─ ele atira e espedaça a barriga de um dos mortos, com um tiro. ─ Não acredito, ele continua de pé! ─ Almir surpreso ao ver que as coisas não se intimidam, nem mesmo quando atingidos pelas balas.

O grupo dos mortos para.

─ Nossa! Dá para ver o que sobrou da sua última refeição. ─ diz o morto fanho. Os mortos riem sem parar, menos o líder.

─ Aí fanho, você e ele… vão pelos flancos e matem aqueles dois. ─ o líder dá a ordem e fica apontando.

Assim que os dois dividem-se do grupo, o restante deles continuam avançando. Agora eles vão correndo devagar, enquanto os dois que tem de matar os policiais correm bem rápido pelo lado esquerdo e direito.

─ Veja Francisco, aqueles dois estão fugindo! ─ Almir continua atirando neles e ignora os dois que saíram da formação.

Um dos tiros de Almir acerta um morto e o deixa sem uma perna. Ele ainda tentou pular em uma perna só, mas sem prática cai no chão e segue se movendo rastejando igual se faz no exército. A munição de Almir acaba e quando ele recarrega a arma, o defunto fanho o agarra por trás pelo pescoço.

─ Droga, me larga! ─ se debate, mas o defunto o sufoca pela garganta, ele aplica um Mata-Leão.

─ Jiu-jítsu brasileiro seu idiota! Ah! ah! ah! ─ o morto fanho brincando com ele.

─ Solta ele desgraça, não entendi nada que você falou aí! ─ Francisco corre para ajudar o inspetor, mas o outro morto-vivo agora tentou pegá-lo pela garganta e derrubou a sua arma, no fim ele não conseguiu e os dois ficam com os punhos cerrados, como se estivessem em posição para uma luta de boxe.

O exército de mortos chega próximo aos tronos de Dimitri e Márcia, param próximo a enorme fogueira que está literalmente entre eles. Muitas pessoas fogem do local, entre elas alguns mestres mágicos. Os poucos jovens que ficaram estão em formação em linha, formando um paredão bem a frente do palanque de madeira.

─ Nós precisamos ajudá-los! ─ Josias falando aos outros mestres; Cassandra, Wadramór, Saulo, Eldrich e Haldrim.

─ Não precisava nem falar, eu adoro uma boa briga. ─ Wadramór apesar da idade avançada demonstra muita disposição.

─ Aí meu irmão, nunca enfrentamos nada parecido. ─ Eldrich.

─ Tem razão meu irmão, vamos bater muito neles. ─ Haldrim.

─ Por Deus o todo-poderoso, não podemos deixar que eles peguem Dimitri e muito menos que machuquem os jovens! ─ Saulo, ele e os outros mestres correm na direção do palanque.