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Chapter 7 - A Espada Sagrada

Antes de entrar no portal o pequeno vira-se para trás.

─ Um dia… um dia vou voltar e todos aqueles que me humilharam e maltrataram minha família, irão se arrepender eu juro! ─ com os olhos cheios d'água se despede com ódio do seu planeta e após, entra no portal.

César interrompe Dimitri…

─ Você vingou-se de alguém?

─ Não, eu era apenas uma criança destroçada pela crueldade humana naquela época. Passei por muita coisa, naquele mesmo dia, o portal não me levou direto para o palácio de Lúcifer. Acabei caindo na Floresta de Denna e conheci um guerreiro que me deu um fragmento de um cristal muito especial.

─ Nossa! Esse medalhão é feito com o cristal? ─ olhando fixamente para ele.

─ Sim, ele é feito. ─ apontando-o na direção do sol que está nascendo. ─ Já são quase 6 horas, Alan e os outros devem estar me esperando. ─ levantando-se e arrumando a roupa.

─ O meu mestre e os meus amigos também. ─ levanta-se.

─ Esta espada é muito especial, ela é feita de um minério que não existe neste planeta e esta pedra na ponta do cabo é um diamante. Eu sinto na energia dela, que ela foi muito importante para a história da humanidade, porém agora não tenho tempo de buscar mais informações, quem sabe um dia. Só tome muito cuidado ao andar com ela por aí, pois esse diamante é grande o bastante para torná-lo milionário. ─ Dimitri caminhando ao lado dele.

─ Então esse minério pode ter caído do espaço? Como um meteoro?

─ Sim, é possível.

─ Como posso segurá-la com tanta facilidade? ─ o jovem admira a bela espada.

─ Eu consigo controlar a matéria através da magia, talvez inconscientemente você esteja fazendo o mesmo. Na verdade, eu crio uma barreira magnética que torna a espada leve. ─ ele pega a espada das mãos dele.

─ Dimitri e se ele voltar, o que será de mim sem o medalhão?! ─ demonstrando toda a sua preocupação.

─ Fique sabendo que este medalhão não fez nada sozinho, de nada adianta possuí-lo e não ter o conhecimento, sabedoria e nem o poder necessário para controlá-lo. Lembre-se; seu subconsciente agiu sobre ele para que seu poder fosse ativado. Você com toda certeza possui um dom natural para a magia, tudo o que tem a fazer é não parar de estudar e praticar a grande arte, não pare jamais de praticar!

O inimigo vai voltar com certeza e quando isso acontecer…

Dimitri pega o medalhão, passa na espada prateada do cabo ao fim da lâmina lentamente. Enquanto a espada se enche de energia azulada, ele sussurra algumas palavras bem baixo e surgem símbolos misteriosos em toda a lâmina.

─ Quando eles voltarem, você terá esta espada que agora é também sagrada. Com ela todos os espíritos bons ou maus terão medo de se levantar contra você, mas terá de enfrentar e conjurar os espíritos para que os mesmos o temam e fujam. ─ entregando-a para ele.

─ Que letras são essas? ─ César passando a mão por cima da lâmina e as palavras vão brilhando por alguns segundos.

─ Este é o alfabeto secreto dos anjos. Aqui está escrito uma conjuração muito poderosa com a assinatura dos arcanjos Metraton e de Tetragramaton. Com isso nenhum espírito se atreverá a cruzar o teu caminho, não ao vê-lo com esta espada.

─ E se isso não for o bastante, se o próprio Mestre das Sombras vier atrás de mim?

─ Sim, tem razão. ÔMMM ZARAM DU ZARAM ÔMMMMM. ─ ele diz fixando o medalhão no diamante que está no cabo. ─ Pronto, agora basta me chamar três vezes quando estiver em perigo e o diamante da tua espada se ativará, me trazendo até você. Mas só faça isso em extrema necessidade, ouviu? Em caso de vida ou morte! ─ ele afaga os cabelos do jovem e os dois seguem caminhando em direção as tendas do evento.

─ Olhe Dimitri, estão todos do lado de fora.

─ Minha filha chegou, finalmente! ─ eles apertam os passos.

Enquanto isso Cláudio e Amanda se beijam ardentemente.

─ É, parece que o documentário acabou! ─ Cláudio coçando a cabeça meio sem graça, já ia se levantando quando ela dá um puxão em seu braço.

─ Deixa para lá, olha para mim. ─ Amanda fica de pé, com o seu corpo colado ao dele. Os dois são da mesma altura e os seus olhos ficam emparelhados. Pode-se ouvir a respiração de ambos acelerando e Cláudio a pega em seus braços, a beijando em seguida.

─ Não acredito! O que ela viu nesse mané?! ─ Felipe com a cara emburrada, ele e os outros entravam na tenda naquele momento, inclusive Dimitri Dormen.

─ O que é isso?! ─ Alan fala baixo.

─ COF, COF! ─ Dimitri dando aquela tradicional tossidela bem alto.

Os dois nem se abalam, porque naquele momento o resto do mundo parece não existir.

─ AMANDA! ─ grita bem sério.

Ela leva um grande susto e vira-se. Ao ver todos ali parados olhando, ela fica furiosa.

─ Droga! Eles estavam observando agente, inclusive meu pai! ─ enquanto isso, Cláudio não se deu conta do que acontecia ainda a sua volta, parece estar pisando em ovos, flutuando e com a imaginação bem longe.

─ Hei rapaz, quem pensa que é para beijar minha filha? ─ apontando para ele.

Cláudio volta a si…

─ FILHA? ─ ficou congelado. ─ Por que não me disse que era a filha dele?! ─ disse baixo enquanto se escondia atrás dela.

─ Não faça isso Cláudio, se o meu pai pensar que é um covarde não vai consentir nosso namoro! ─ falando baixo com ele.

─ César, me faz um favor? ─ Dimitri se aproximando de Amanda.

─ Claro, diga em que posso ajudar.

─ Veja se alguém consegue chamar um táxi, o mais rápido possível. ─ olhando fixamente para sua filha, caminhando em sua direção. ─ Enquanto a você… ─ ele a pega pelo braço.

─ Sim, se eu tivesse credito eu mesmo chamava. ─ César vai saindo.

─ César, pode deixar que eu chamo. ─ Josias pegando o seu celular.

─ Sua irresponsável, conversaremos no hotel! Em quanto isso, pegue suas coisas e vamos lá para fora esperar o táxi. ─ ele vira-se e caminha em direção a saída, junto da sua filha.

Pouco tempo depois o táxi chega. Todos já foram embora, menos o coven de Josias e Dimitri.

─ Meus pupilos estão exaustos e eu também, vou agora para o meu apartamento tomar um banho e dormir um pouco. Gostaria de convidá-los para a festa que darei lá na Casa do Marinheiro, hoje às 22 horas. ─ eles ficaram conversando.

─ O que foi que você disse há pouco, sobre as garotas Felipe? Parece que você estava enganado, porque o Cláudio saiu na sua frente! Ah, ah, ah!

─ Cale-se Juninho! Veremos quando ela descobrir que ele é um completo miserável, sem pai, nem mãe e que vive com dois alcoólatras. Uma pessoa que vive sem perspectiva de vida alguma. ─ Felipe ficou revoltado.

─ Olha como fala do Cláudio, seu ridículo! ─ Samantha pondo o dedo na cara dele.

─ Não liga para ele não Samantha, no fundo, ele sempre teve inveja do Cláudio ser mais bonito do que ele. Vamos para a van. ─ Juninho pega no braço dela e a leva para o carro.

─ Atenção meus pupilos, vamos embora. O João já está nos esperando há muito tempo, não é amigão? ─ Josias dá uma batidinha nas costas do motorista, enquanto eles caminham até o carro.

─ Que nada, eu cheguei aqui há uns quinze minutos. Eu suponho que você e essa turma toda devem estar loucos para tirar uma soneca. ─ João olha para trás pouco antes de chegar ao carro e conta o pessoal.

─ Está tudo certo? ─ Josias.

─ Sim, vamos para casa pessoal. ─ ele liga o carro.

─ Cara, você beijou a filha do Dimitri! Como é beijar uma beldade daquelas? ─ César empolgado e feliz pelo seu amigo.

─ Como é? É como estar no paraíso! ─ se lembrando dos beijos, enquanto um largo sorriso brota em sua boca.

─ Nossa, ele se apaixonou com o primeiro beijo! ─ Felipe fica rindo sem parar. ─ Eu só quero ver quando ela te der um pé na bunda!

─ Por que ela faria isso? ─ Cláudio olhando fixamente para ele.

─ É meu pupilo, devo concordar com o Felipe. A filha do Dimitri me parece ser meio… "pipa avoada" ou "chave de cadeia" como vocês dizem às vezes. E se ela só estiver brincando com você, já pensou nisso? Ela foi uma menina muito mimada, sempre teve tudo o que desejou, por isso não sabe dar valor a nada nessa vida. ─ Josias não resiste e temendo pelo coração do seu aluno, tenta lhe dar conselhos preciosos.

─ É mestre, em momento algum pensei dessa forma. Obrigado pelos conselhos, mas eu estou acostumado com as perdas, desde a minha infância. Havia faltado luz naquele dia…