─ Veja, até ontem ela estava com você e hoje ela fica com o chato do Felipe, ela é muito fácil! ─ Samantha olhando para Amanda com um olhar de nojo.
─ É… ─ Cláudio desolado, não consegue nem olhar para eles.
─ Que tal um copo de vinho, só para alegrarmos um pouco? Juninho olhando para Cláudio e Samantha.
─ Sim, vai me fazer bem. ─ Cláudio.
─ Deixa que eu vou pegar. ─ Juninho segura sua amiga que já ia se dirigindo a mesa. Ele vai caminhando lentamente e passa pela enorme fogueira acesa no centro da festa.
─ TRAZ UM PARA MIM TAMBÉM. ─ ela pede a ele, que arregala os olhos e franze as sobrancelhas como se não acreditasse no que acabou de ouvir.
─ O pior não é o fato dela estar com outro e sim o fato de estar com um dos meus amigos! Sinto-me duplamente traído, apesar de não ter firmado nem um compromisso com ela. ─ Cláudio observando o chamego da Amanda com o Felipe, que está todo cheio de autoestima. Como se ele já não tivesse o bastante.
─ Como vocês homens são tolos! Prezam tanto a amizade que nem se dão conta de quem é ou não o seu verdadeiro amigo. Cláudio, Felipe nunca foi nosso amigo, no máximo podemos chamá-lo de colega e só. ─ ela diz olhando bem nos olhos dele.
─ Sim, agora percebo isso. Você é minha amiga de verdade. ─ ele pega as duas mãos dela e as eleva até a altura de sua boca, depois com os dois se olhando nos olhos, ele beija suas mãos. Para ela este gesto se passou em câmera lenta, como se o mundo tivesse parado a sua volta.
─ Olhe, a fogueira ficou mesmo linda! ─ ela com a face avermelhada de vergonha, desconversa.
─ Tem razão, ficou muito bonita e o tempo ajudou também não é mesmo? ─ Cláudio volta a sorrir, ele não consegue tirar os olhos dela.
─ Você está me deixando sem graça, por que está me olhando assim?
─ Eu nunca havia percebido como você é bonita!
─ Sério?! ─ ela ri, com um sorriso espontâneo e seus olhos brilham. É como se ela estivesse esperando para ouvir isso por muito tempo.
─ Que bom que o nosso amigo não ficou com raiva de mim. ─ Felipe, que se dirigiu a mesa para pegar um salgado e um refrigerante.
─ Você é muito sem-vergonha! ─ Juninho ia saindo da mesa sem dizer nada, mas não aguentou, voltou e disse colocando o dedo indicador na cara dele, enquanto segurava os três copos com a mão esquerda.
─ Você não entende, foi ela quem deu em cima de mim, ela disse que se não ficasse comigo, ficaria com outro. A verdade é que ela não resistiu a mim, desde que me viu! ─ Felipe sorrindo com deboche, olhando para ele.
─ Conta outra, quem não te conhece que te compra! ─ ele olha na direção do Cláudio. ─ Eu aposto que você deu em cima dela, tirando vantagens sobre a fortuna do seu pai. Isto é típico de você! ─ falando bem perto da face dele, rangendo os dentes, como se fosse agredi-lo.
─ Qual é Juninho? Ela é "chave de cadeia" cara, Cláudio ia se machucar mais cedo ou mais tarde, foi melhor agora enquanto ele não está apegado a ela. Além disso… Eu suponho que está rolando algo entre eles. ─ Felipe gesticula com a cabeça, apontando na direção de Cláudio e Samantha.
─ É tem razão, há males que vem para o bem mesmo. Ainda bem que ele e Samantha estão se descobrindo. ─ observando os dois amigos conversando, sem se quer tirar os olhos um do outro.
─ É, até que eles formam um belo casal, a "pirralha" e o bobo! Ah, ah, ah! ─ caindo na gargalhada olhando para o Juninho.
─ Acho melhor você se cuidar, por que se não, vocês vão ser chamados de a vaca e o touro chifrudo! ─ Juninho sai rindo, porque tem dois homens que não tiram os olhos da Amanda, que parece gostar. Ela está visivelmente alterada devido ao consumo de álcool.
─ Vocês estão olhando o quê?! Ela está comigo porra! ─ Felipe puxa Amanda e a leva para outro lugar. ─ Olha o que eu peguei para você. ─ ele dá o refrigerante para ela beber.
─ Quem ele pensa que é? ─ um dos homens que olhava para a Amanda, ele veste uma camisa de time de futebol, listrada de vermelho e preto.
─ Calma primo, só porque ele namora a filha do dono da festa ele pensa que está protegido. Mas nós saberemos o momento certo de dar o troco, não é mesmo? ─ eles brindam.
─ Tem razão Rodrigo, vamos pegar este verme no momento certo! ─ eles bebem as suas doses de uísque de uma só vez.
─ Poxa, até que enfim! ─ Samantha pega um dos copos das mãos do Juninho.
─ Vem cá, quantos anos você tem mesmo? ─ Juninho sacaneando por que ela é bem baixa e aparenta ter bem menos idade.
─ Engraçado! Tenho quinze anos.
─ Estávamos pensando que você tinha ido fabricar o vinho. ─ Cláudio pegando o seu copo.
─ Vamos brindar? Que o universo inteiro, conspire ao nosso favor! ─ Juninho ergue o copo.
─ TIM, TIM! ─ Gritam os três jovens enquanto brindam, eles bebem o primeiro gole em seguida.
─ Não é o César que gosta de falar isso antes de brindar? ─ Samantha.
─ Por falar nele, é melhor ver onde ele está. ─ Juninho saindo rapidamente.
No belíssimo altar construído para Dimitri e a sua esposa, que estão sentados em seus belos tronos como rei e rainha…
─ Até agora não vi o jovem César. ─ Dimitri olha a sua volta lentamente.
─ Quem é este tal César? ─ a esposa dele pergunta mentalmente.
─ É um amigo novo que eu fiz Márcia, ele me parece muito promissor! ─ segurando com a sua mão esquerda a mão da sua mulher.
─ Você não está bebendo nada meu amor. Não está feliz? Olhe estes jovens adorando a Mãe Natureza! ─ após falar mentalmente com o seu marido, ela gesticula para o garçom trazer uma dose de bebida para ele.
─ Sim, estou muito feliz, nunca pensei em ver coisa tão linda aqui no Brasil! ─ ele observa os jovens dançando envolta da fogueira uma linda música celta. Em sua mente eles estão em câmera lenta bebendo, sorrindo, cantando, dançando, saltando… como se estivessem em transe, em total comunhão com a natureza e uns com os outros. ─ Algo me diz para não beber! ─ ele tem uma intuição de que algo ruim pode acontecer.
─ Meu amor, você está feliz e quando você está feliz, eu sei que você gosta de beber um bom uísque. ─ diz mentalmente enquanto pega um copo da bebida na bandeja, e dispensa com gestos o garçom.
─ Tudo bem, mas só esta dose. Venha, vamos nos levantar e conversar com os nossos irmãos. ─ ele puxa a sua mulher com a mão direita, lentamente ela se levanta demonstrando suas curvas perfeitas. O seu vestido é vermelho decotado, de mangas longas até o pulso e colado no corpo, o que realça bastante a sua beleza corporal. Seus cabelos negros cacheados vão até à altura da cintura e seu rosto possui uma essência jovial, e para completar, ela está usando botas pretas cano médio.
─ Chefe, a mulher do Dimitri é muito bonita o senhor não acha? ─ Francisco o policial, vestindo um belo blazer azul. Ele come uns salgados na mesa.
─ Realmente ela é muito bonita. É meu amigo, eu só gostaria de saber de onde vem tanto dinheiro. Há pouco conversei com um capitão da marinha, sabe o que ele disse? Que Dimitri ligou hoje cedo e fez um depósito bancário na mesma hora, para pagar pelo aluguel do clube. ─ bebendo uma taça de vinho.
─ Ouvi dizer que ele pagou o equivalente a uma semana de aluguel e fez algumas exigências. ─ Francisco de olhos arregalados, enquanto come um salgado.
─ Isso mesmo, uma delas era para deixar o clube vazio, pois o pessoal dele cuidaria de tudo. ─ vendo o anfitrião da festa vindo em sua direção. ─ Por falar no diabo, aparece o rabo. ─ cochicha para o seu colega de trabalho.
─ É muito bom vê-los novamente! Sinto-me mais seguro sabendo que temos a polícia por perto. ─ ele aperta a mão dos dois. ─ Esta é a minha esposa, o seu nome é Márcia.
─ Muito prazer. ─ Almir.
─ Prazer, madame. ─ Francisco.
─ … ─ Márcia faz gestos de reverência com a cabeça e curva levemente o corpo.
─ Não estranhem os gestos, é que a minha esposa é muda, a muda mais linda do mundo! ─ ele beija a sua linda esposa, enquanto a segura pela cintura.
─ Muda? Não parece nem um pouco! ─ o inspetor fica muito surpreso ao saber.
─ Com licença senhores, mas vou falar com os meus amigos, fiquem à vontade. ─ Dimitri e Márcia vão em direção do mestre Josias, Wadramór e Cassandra.