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Chapter 15 - Prelúdio

Aquela era uma linda manhã.

Amelia estava com as crianças na varanda. A pequena Erika se sentava em seu colo.

Amelia, sentada no chão via o filho brincando no quintal. Jake adorava flores.

Como aqueles anos passaram rápido. Erika agora, aos 5 anos era ciente das coisas, ela adorava conversar com todos. Com a mãe, com o pai, com o irmão...

E aquela era a magia que fazia dela uma criança especial. Jake, aos 11, era tão amigável quanto. O garoto adorava a irmã. A defenderia independente da circunstância.

Amelia sorriu.

-O quê foi, minha filha?

Erika olhou para ela e depois para Jake.

-Mamãe, por que o Jake não arruma uma namorada?

Amelia riu.

-Porquê Jake é criança. Crianças não namoram.

Erika apenas concordou.

-Entendi. -Ela olhou para a casa atrás delas. A casa velha de concreto tinha as paredes de dentro avermelhadas e sujas. Os tons de bordô, vermelho escuro e púrpura cercavam as paredes da sala. Ela se lembrava como se fosse ontem. -Um dia, eu vou ter uma casa bonita.

Amelia passou a mão na cabeça da filha.

-Sim, querida. Eu quero ver você conquistar tudo. Quero ver você com um filho, com uma casa bonita, com um marido inteligente. Quero também poder tomar café com você.

-Ui! -Erika gritou. -Café é ruim! A gente vai tomar chocolate!

Elas riram juntas.

Amelia suspirou.

Erika abraçou a mãe e ficou ali. Ela sabia que estava apenas sonhando com um momento do passado.

-Mamãe... -Ela chorou. -Eu não quero acordar... Eu não quero acordar nunca mais...

Amelia agora segurava uma mulher adulta no colo.

Erika olhou em volta e viu o jardim de sua nova casa. O garoto parado brincando com as flores se virou.

Ele era grande e tinha apenas o olho esquerdo, que brilhava com um azul inesquecível.

-Eu nunca vou deixar de te cuidar, minha linda. -Jake riu. Seu cabelo castanho claro balançava com o vento.

Erika viu ele se desfazer com o vento.

-Minha filha... -Disse Amelia. -Você não pode dizer isso. Joe não quer ver você assim. Jake não quer ver você assim. Mas tudo, bem, a mamãe está aqui. Você pode chorar sempre que quiser, e eu vou te ouvir sempre...

Erika chorou mais e mais.

-Um dia, eu quero ser feliz... -Ela chorou de novo.

-Se quer ser feliz, então vá lá e seja. Encontre tudo de novo, lute por tudo, conquiste tudo.

Erika se lembrou de quando ouviu a mãe dizendo isso para Jake. Ela se sentou e respirou fundo.

Ela olhou para a mãe e viu a pequena Erika deitada no colo dela, dormindo.

Jake chegou, sorrindo, com várias flores.

-Olha mãe, eu peguei pra você!

-São lindas, querido. -Ela pegou uma rosa. -Sabe, Jake, eu vou precisar ir no mercado. Pode cuidar da Erika?

-Claro! Eu vou ser um herói um dia!

-Incrível! Meu herói! -Amelia riu. -Você precisa ser nosso herói antes de ser herói do mundo!

Jake riu.

-Sim! Eu serei o herói mais forte! Eu vou proteger todo mundo de tudo!

Amelia afagou o cabelo de Jake quando ele começou a fazer poses de luta com as flores na mão.

-Meu querido, me escute. -Ela sorriu, com dor no fundo dos olhos. -Sabe por que existem muitos heróis? Porquê uma pessoa sozinha jamais dará conta de ser um herói perfeito. Você vai precisar de muitos heróis lutando juntos com você. Você me entende?

-Sim! Todos os meninos querem ser heróis. Eu quero ser também.

-Exato. Todos querem. Mas ser o maior, você teria que provar para todos que eles não conseguem. Ninguém quer ouvir que não consegue fazer algo. Por isso você tem que lutar junto de todos, porquê unidos todos podem fazer qualquer coisa!

Jake olhou para ela, e sorriu.

-Entendi, mãe. -Ele soltou as flores e pegou Erika no colo. -Então eu vou juntar muitos heróis, e juntos nós vamos deixar o mundo seguro para sempre!

Amelia riu bem alto.

-Sim! Esse é o meu herói!

Erika chorava vendo aquela cena se desmanchar enquanto ela acordava.

A realidade parecia um pesadelo.

Ela se levantou. Desejou estar morta. Desejou voltar para aquele sonho. Para o passado. Ela desesperadamente desejou.

Mas no fim, ela precisava levantar.

"Esqueçam de mim."

Aquele foi o último pedido de Joe. E ela jamais o realizaria.

Aquele sábado era cinzento e frio. Ela vestiu o vestido preto que comprou para aquele dia.

Suas amigas todas passaram horas ligando para ela e conversando com ela pelo telefone. Mas ainda assim, nada mudou.

A dor não passava. Ela sentia um vazio inexplicável. Era como se ela não existisse mais.

Depois de algum tempo, a se levantou. A rotina foi dolorosa também. Banho, comer, se trocar.

Totalmente vestida de preto, ela estava finalmente pronta para o enterro.

O dia permaneceu cinzento. Gerard a levou até o cemitério. Ela não conversou com ele o caminho todo. Ele chorava também. O relacionamento que eles mal começaram a desenvolver estava por um fio. Mas ainda assim, Gerard via Joe como seu filho.

"É como se Joe fosse meu próprio filho." Ele a disse na noite da cirurgia.

Quando chegaram ao cemitério, tudo estava vazio. Ela não conseguia mais chorar. Não sentia nada.

Ela saiu do carro e foi caminhando até o túmulo. Dois homens magros conversavam ali.

-Olá, senhorita. -Um deles disse. Este primeiro era um homem negro com roupas surradas e sujas. -Nós podemos te ajudar?

Ela olhou para o túmulo. "Joe Ardenbrough. 1997 – 2013"

-Não. Ninguém pode. -Ela respondeu.

-Perdão, senhorita. -O outro homem disse. Este era branco, e se vestia da mesma forma que o colega. -Nós lhe daremos uma licença.

Os dois iam se afastando qua do Gerard chegou.

-Olá, senhores. -Ele cumprimentou. -Agradeço pelos seus serviços.

Os dois pararam para conversar com Gerard.

E ali, Erika perdeu a noção do tempo. Ela se lembrou das vidas deles.

Joe correndo pela casa e rindo e brincando com seus brinquedos.

Joe quando começou a falar de Linus pela primeira vez. "Ele é muito legal, mãe!"

Quando ele chorava de medo ao descobrir do câncer de Linus.

A forma como ele ficou distante quando Linus faleceu.

Mas então, o jovem Joe apareceu com um brilho nos olhos e esperançoso.

"Mamãe! A Erine da minha sala virou minha amiga!"

Como ele cresceu feliz e alegre com aquilo. Ele acompanhava ela em todos os lugares. E um dos momentos que mais aqueceu o coração de Erika.

Ela se lembrava de um homem a assaltando, e a ameaçando com uma arma, e Joe apareceu e o atacou. Ela viu pasma Joe, aos 12 anos dando uma surra em um homem.

"ELA É MINHA MÃE! VOCÊ NÃO PODE ASSUSTAR UMA MÃE ASSIM! VAI PRA SUA CASA E PARA DE APRONTAR, SUA MÃE VAI CHORAR SE VOCÊ CONTINUAR FAZENDO ISSO!"

Um comportamento que ela jamais esperaria de Joe. Ele cresceu forte e protetor, assim como Jake.

Ela se lembrou de Joe, aos 14 anos dizendo que queria presentear Erine com flores porquê ela amava flores. Da mesma forma que Jake presenteou a garota que gostava com flores.

Ela deu uma risadinha, pois se lembrou de Jake chegando em casa triste, pois a garota era uma lutadora e sem querer destruiu as flores.

Ela chorou quando se lembrou de Joe chegando sorridente e feliz como nunca em casa quando disse "A Erine disse que me ama!"

Ela chorou e chorou. O cemitério encheu, várias pessoas estavam naquele lugar sujo e cinzento.

Todo aquele cemitério era bem feito, vasto e aberto, as lápides eram todas bem detalhadas.

Ela achava que a época mais difícil de sua vida foi quando Joe nasceu, e ela, sozinha e órfã teve que cuidar do garoto. Lembrou dos 4 anos que passou naquele centro de cuidados. Lembrou de quando recebeu a quantidade exorbitante de dinheiro que Jake a mandou, dinheiro que acumulou durante 3 anos, e ela continuou recebendo aquele dinheiro todos os meses. Ali ela saiu da dificuldade. Ali ela viu a esperança outra vez.

Mas então, veio a notícia.

"Joe está no hospital."

Erine recebeu a notícia antes dela. Assim que chegou no hospital, a polícia estava lá, interrogando Olívia.

Olívia os explicou que era uma invocadora, e que uma de suas invocações era um animal copiador de aparência, e explicou como o usou para se passar pelo prefeito de Gardeville e isolar a área sobre o pretexto de um mutante liberando gás tóxico lá perto.

Olívia chorava, inconsolável por Niccolo. O mesmo Niccolo que salvou a pequena Erika das garras do pai e a guiou até o centro de cuidados infantis. Foi doloroso ver aquela mulher se culpar pelas mortes de Niccolo e Joe.

E ela veio até o cemitério. Olívia e Erine abraçaram Erika várias vezes. Veio então um mestre de cerimônias e fez um pequeno discurso sobre Joe. O qual Erika não deu a mínima.

Ela viu os amigos de Joe. Viu Matt, Paul, Martha, Anne, Karen.

Viu os cinco garotos. Os Mirai.

"Mãe, eu já sei o quê vou fazer! Vou ajudar os cinco a ser heróis!"

Ela se lembra de chorar quando o garoto completou a frase:

"Vou criar um grupo para a gente! Assim, eles vão fazer parte disto! Nós vamos ser o futuro, e eu nem preciso perguntar pra eles agora, porquê sei que todos os garotos querem ser heróis!"

E se lembrou das reações de todos no momento em que a notícia da morte de Joe chegou.

Viu Erine cair no chão, em prantos, viu Paul se sentar e deixar a cabeça baixa por horas. Viu Hector gritar com os médicos, viu David perder toda a esperança. E ela viu também Scott ranger os dentes, furioso.

Ela entendia o que aqueles meninos pensavam. Ela se lembrou daquele olhar no rosto do irmão quando soube do abuso que sofreu. Sede de sangue. Sede de vingança.

Max repetiu para ela o quê Joe disse a eles.

"Vingança não leva a nada."

E ela também se lembrou de sua mãe.

-Senhorita Erika! -O mestre a chamava. -Perdão, eu perguntei se a senhora quer dizer algo.

Erika olhou em volta. Todos que ali estavam vieram por Joe. Professores, amigos, alguns poucos familiares, amigas de Erika...

Ela pensou no quê sua mãe diria.

Ela se virou para a multidão.

-Olá, para todos. Eu acho que... -Ela sentiu uma dor na garganta que a incomodou por alguns segundos. -Eu acho que todos que vieram aqui vieram por algo em comum.

"Joe era um menino incrível, amigável, agradável e bondoso. Joe sempre estará vivo nas nossas lembranças. Sempre viverá em meu coração. Eu sei que ninguém aqui quer aceitar o quê aconteceu, mas aconteceu."

Ela olhou para todos. Ela olhou para Hector e sua família por alguns segundos.

"Eu, em primeiro lugar, digo isto. Eu perdi meu filho. Ele era um jovem cheio de potencial, com objetivos que ele nunca vai conseguir cumprir. Joe teve sua vida tirada de uma forma horrível."

Todos ali abaixaram as cabeças.

"Mas, Joe era um bom menino. Ele não iria querer ninguém com a cabeça baixa assim. Não iria querer ninguém remoendo isto para sempre. Eu perdi toda a minha família. Mas eu lutei. Lutei contra essa perda. Nós humanos não podemos apenas nos render à dor e deixar tudo assim. Devemos seguir em frente, superar a dor. Eu digo isso por tudo o quê vivenciei. Eu vi meu pai se tornar um monstro. Vi minha mãe morrer."

Ela suspiro.

"E vi meu amado irmão ceder ao ódio. Ele desejou vingança. Ele teve ódio de tudo e buscou com as próprias mãos. A solidão dele o fez tomar decisões horríveis. Mas minha mãe nos ensinou muitas coisas preciosas. Ela nos ensinou a amar, a perdoar e a acolher."

Ela sorriu para Olívia.

"Joe não queria que as pessoas odiassem umas às outras. Nem eu. Eu não desejo vingança. Eu desejo justiça, desejo que o culpado por isto seja encontrado e que ele tome seu rumo. Mortes não geram nada além de mais mortes."

Ela olhou para o céu nublado.

"A vingança... A Vingança existe apenas no caminho para a autodestruição. Todos vocês aqui, sigam suas vidas, amem e aprendam, conquistem seus sonhos e objetivos. É isto que Joe desejaria para vocês."

Muitas pessoas ali choraram. Mas Erika não. Ela respirou fundo, e observou enquanto o caixão ali descia para o túmulo.

Em silêncio, ela viu a maior parte de seu coração ser enterrado ali naquele túmulo.

E ali ela ficou. As pessoas foram embora. Mas os amigos de Joe não.

Ela viu os recém formados Mirai.

Ela chegou até eles.

-Olá, vocês cinco. -Ela abriu um caloroso sorriso. O mesmo que sua mãe. O mesmo que Jake. O mesmo que Joe. -Fiquem bem, por favor.

Hector suspirou.

-Eu não entendo. Como alguém pode simplesmente acabar.

Ela passou a mão na cabeça dele.

-Tudo bem. Vamos lá, eu vou pagar algo para vocês comerem. Não quero vocês com fome.

-Dona Erika... -Max disse. -Estamos bem.

-Todos estamos. -Ela respondeu. -Mas não se preocupem, eu irei dar suporte para vocês Mirai. Venham comer em algum restaurante aqui perto.

Os meninos a observaram.

-Venham, garotos! -Gerard apareceu, sorrindo. -Vamos lá, nós estamos do lado de vocês. Eu mesmo faço questão de pagar o quê vocês quiserem comer!

Ele gesticulava quando falava.

Erika deu um abraço nele. Era estranho ver um casal como aquele. Gerard não era alto. Erika era gigante.

Ela não disse nada, apenas foi indo em direção à saída do cemitério. Erine chorava lá, e Erika parou para falar com ela.

Hector olhou para os quatro.

-E então, gente... -Ele olhou em volta. -Agora precisamos escolher algum líder... Eu acho que a Martha ou o Paul talvez sejam ótimos. Talvez a Erine, mas...

-Idiota. -Scott disse. -É claro que é você.

Gerard ainda estava ali. Ele riu.

-O menino com uma aura de grande vontade pergunta a opinião de todos antes. Acredito que você vai ser um líder e tanto. Qual seu nome?

-Hector Draakins.

Gerard piscou.

-Draakins!? Incrível! -Ele olhou para eles todos. -Certo, decidam-se, eu vou dar licença.

Ele partiu. Novamente, ele foi conversar com os dois coveiros.

-Gente... -Hector não conseguia falar.

-Hector, você é o nosso líder agora. -Max se pronunciou. -Eu voto em você.

-Verdade, -Disse Zack. -Sem você, a gente só vai apanhar dos valentões sem nada poder fazer nada!

-Mas...

-Pensa só! -David colocou a mão no ombro dele. -Hector Draakins, o líder dos Mirai!

-Vocês têm certeza? -Ele sorria. -Scott, se não quiser...

-Olha pra gente. -Scott disse. -Acha que alguém aqui serve pra liderar alguma coisa?

-Sim! Todos...

-Então somos todos líderes. -Disse Scott. -Mas você quem lidera a gente.

Os meninos riram pela primeira vez naquela semana.

Zack, ainda rindo, disse:

-E agora, líder, o quê vamos fazer?

Hector parou e pensou.

-Fazer o quê Joe iria querer que nós fizessemos...

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Naquele dia, em um prédio qualquer, um homem alto de capa vermelha fumava um cigarro e esperava por sua próxima missão.

Crash estava cansado de trabalhar naquela equipe de incompetentes. Ele desejava logo que alguém do alto escalão aparecesse para dar ordens a eles.

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Cataclismo andava pela calçada sem prestar muita atenção ao redor. Mas ele parou quando ouviu alguém gritar por ele.

-Cataclismo! -Um homem acenava de uma mesa em uma cafeteria ao ar livre. -Sou eu!

Cataclismo se aproximou de seu velho amigo.

-Ninguém. -O homem em sua frente riu. -O quê faz aqui?

-Tomando café. Quer um também?

Ele riu. Ninguém era um homem bobo e alegre. Ele era alto, com um ótimo físico. Seu cabelo castanho enorme descia até os ombros em ondas, e a barba escura e não conseguia esconde seu sorriso e seu constante bom humor.

-Quero.

Cataclismo ordenou um café. Ele se viu no espelho e novamente estranhou a própria aparência. Ele era forte, mas estranhamente branco. Um albino, como diriam. Seu cabelo e olhos eram pretos como a noite.

-Oiê! TRAZ UM CAFÉ AQUI! -Ninguém gritou. A moça na cafeteria ficou olhando constrangida para ele. Seu olho direito era realmente hipnotizante, pois era de um belíssimo amarelo vivo.

Ele realmente atraía qualquer uma. Cataclismo tentou apenas ignorar os gritos do homem. E também a forma como ele dava gorjetas deliberadamente.

Eles tomaram juntos o café e conversaram por horas.

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Em um laboratório da Gyazom, um velho com olhos brancos e vazios mexia em suas bugigangas, preparando mais uma construção. Ele estava extremamente curioso com os próximos resultados de suas construções. Ele até mesmo pensou em contatar Atlas para que ela o ajudasse a moldar algumas das peças, mas temia que a força monstruosa da mulher destruísse sua criação outra vez.

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E bem longe de tudo, o assassino da Gyazom chegava finalmente à base de comando. O comandante provavelmente iria dar uma bronca nele.

Ele entrou pela porta da frente. As câmeras de segurança o acompanhavam. Ele carregava as capas de Niccolo e Olívia com ele.

Ele entrou na sala e o viu.

Um homem negro se aproximadamente 2,20 de altura andava pela base, com um copo de chocolate quente na mão.

-Ah, olá. Você trouxe as capas, pelo visto cumpriu a missão.

O homem tinha um olho prateado. O olho esquero, o braço esquerdo e a perna esquerda, do joelho para baixo, eram feitas de aço. Um ciborgue assustador estava ali.

-Senhor Oblivion, houve um contratempo. Parece que Niccolo contatou algumas crianças durante a fuga dele. Eu tive mais problemas que o esperado...

Oblivion o interrompeu.

-Ataque em Shopping em Gardeville deixa dois mortos. Vítimas eram um homem de 68 anos e a outra um jovem de 16.

-Senhor, eu não queria ter matado o jovem...

-Mas matou. Um jovem de 16 anos, ainda...

O assassino se ajoelhou.

Oblivion se aproximou.

-Me dê essa máscara. Você nunca mais irá em uma missão solo. Quero as capas de Niccolo e Olívia também. E me entregue o documento roubado.

-Documento?

Oblivion encarou o homem quando o mesmo tirou a máscara.

-Inferno... -Ele suspirou. A íris de seu olho mecânico girou. -Niccolo estava sendo caçado por um único motivo. Ele possuía um documento com uma detalhada descrição da organização. Você não encontrou?

-N-não senhor...

Oblivion balançou a cabeça.

-Entendo. Teremos então que esperar que quem encontrou esse documento venha até nós. O chefe não vai gostar de saber disso. Mas tudo bem, não se pode esperar tanto de um assassino. Dispensado.

O assassino se virou e foi embora.

Oblivion se virou para o chocolate. Ele sorriu. Ao menos podia aproveitar aquele doce delicioso.

-Olívia, Olívia... Onde será que você está? -Ele pensou alto.

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Hector ergueu a mão e sentiu Glória. Mesmo estando a quilômetros de distância, ela era parte dele. Ele sorriu, se voltou para os meninos e então terminou de falar.

-... vamos seguir em frente!

Arco 1 - Prelúdio - Fim.