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Chapter 6 - Minha espada está estranha, sou um condutor?!

A Coroa Perdida

Capítulo 5:

"Se você deseja proteger todos a sua volta, abandone sua humanidade."

No dia seguinte, voltamos para a organização e pegar minha recompensa, a recompensa eram quinhentas mil unidades.

— Oqueeee?! Isso tudo? — perguntei boquiaberto com o valor.

— É claro seu doido, você completou uma missão Rank S — respondeu Arthuro.

— Nossa, com isso da pra eu comprar até uma casa imensa.

— Exatamente.

— Com o que você gasta suas unidades Arthuro?

— Ah, bem eu dou parte das minhas unidades para o orfanato de onde fui criado.

— Nossa, você realmente é uma boa pessoa, tome fique com isso.

— Você está doido? Eu não posso aceitar duzentas mil unidades, o dinheiro é seu que conseguiu com sacrifício.

— Não se preocupe, se for assim eu consigo muito mais, mas por enquanto aceite isso, por favor — implorei para ele aceitar.

— T-ta bom, eu vou doar tudo mesmo, e muito obrigado! Nunca vi uma pessoa como você, dar unidades desse jeito para alguém.

— Relaxa, não tenho muito com o que gastar, acho que vou comprar apenas uma nova armadura.

Eu fui com a Sílvia para fazer comprar na cidade, e era muito grande a capital, eu vou comprar umas coisas para ela, enquanto eu andava pela capital vi que muitas espécies estavam em harmonia, geral não era assim de onde venho, fico feliz que aqui seja assim, então fomos a uma loja com bastantes coisas, mas andei pensando em uma coisa, já que estou com a Silvia, acho melhor comprar uma casa, não posso deixá-la na organização.

Enquanto isso, em um lugar distante...

— É verdade que um mercenário completou uma missão Rank S? — perguntou um ser desconhecido.

— Parece que sim — respondeu outro ser.

— Não é interessante? — perguntou Sylas

— Parece que um humano interessante apareceu — disse outro ser desconhecido.

— Acho melhor eu ir me apresentar a ele, e também preciso cuidar de umas coisas — disse Sylas.

Na capital de Tera...

Fui comprar coisas de que a Sílvia gostava, então comprei pelúcias e bonecos, ao entardecer fui ao lugar onde vendia casas, tinha casas com preços de 80 mim unidades a 3 milhões de unidades, então conversei com um promotor de vendas e ele me indicou uma casa no preço de 150 mil para duas pessoas poderem viver confortavelmente, eu vi o interior da casa e era linda, tinha dois quartos e tinha dois andares, com varanda no andar de cima com uma vista para toda a cidade, além de ser um local onde só há moradores, então não seria muito barulhento.

— Então Silvia, gostou dessa?

Ela acenou a cabeça dizendo que sim.

— Então vamos ficar com essa — falei para o promotor.

— Certo, então a partir de hoje vocês são proprietários desta maravilhosa casa — disse o promotor — Aqui estão as chaves — me ofereceu logo em seguida.

Assim que peguei as chaves, meus olhos brilharam, era a primeira vez que tive minha própria casa, parecia que Silvia estava muito contente também, então por mim sem problemas nenhum, ao entrarmos na casa Silvia correu logo para seu quarto e eu fiquei visualizando enquanto ando, era tudo lindo.

Não me arrependi mesmo gastando essas unidades, além disso sobrou 148 mil unidades, sobrou bastante coisa, vou guardar para poder comprar coisas que estivermos precisando, ao anoitecer fui a organização pegar minhas coisas.

— Silvia, tranque a porta e não abra pra ninguém, eu tenho outra chave então não vou precisar bater, consegue ficar tudo bem?

— Sim irmãozão, não se preocupe, não irei abrir a porta.

— Volto logo.

Então fui a organização pegar minhas coisas do alojamento, mas por um acaso eu me perdi. Eu estava andando pela cidade, até a noite tinha bastante gente, e era bastante iluminada, fiquei muito tempo procurando a organização, até que vi Arthuro saindo de um local.

— Ei! Arthuro! O que você está fazendo aqui? — perguntei.

— Ah, eu fui dar as unidades ao orfanato e já estava voltando para a organização.

— A é? Que bom! Eu tinha me perdido, porque eu precisava ir lá pegar minhas coisas.

— Ué, você não estava lá e cadê aquela criança?

— Eu decidi comprar uma pequena casa, porque não posso viver com ela na organização.

— Ah, entendo, realmente seria complicado.

Chegamos a organização, então fui no alojamento pegar minha bolsa, hoje estava menos barulhento, isso é bom, acho que o Arthuro é um dos moradores da organização, então logo saí, desta vez não tinha como eu me perder.

Ao me aproximar de minha casa senti um cheiro de queimado, então corri de uma forma em que cheguei em instantes, ao abrir a porta Silvia estava na cozinha tentando fazer comida, foi um alivio não ver minha casa incendiada, então fui a cozinha e a Silvia saiu correndo para cima de mim logo me abraçando.

— Irmãozão! Olha eu fiz comida, é a primeira vez que fiz comida — disse Silvia toda feliz.

— Oh, é sério? Então que tal a gente provar?

— Sim! — balançou a cabeça Silvia.

Então nos sentamos na mesa e coloquei nossas comidas no prato, assim que colocamos a comida na boca, o gosto estava horrível.

— Mee, hahahahah! — comecei a rir.

— Kakakaka — riu Silvia da sua própria comida.

Por mais que a comida estivesse ruim, nós comemos mesmo assim fazendo caretas, aliás foi uma comida muito especial para mim, mesmo que não fosse boa, nós rimos bastante, ao levantarmos escovamos os dentes e fomos dormir, ao levar Silvia para seu quarto ela me disse:

— Irmão, posso dormir com você hoje? Eu tenho medo de dormir sozinha.

— Ah, claro.

Então ela dormiu do meu lado em minha cama, ela dormiu agarrada em mim, antes de me dar conta logo amanheceu, eu acordei primeiro para treinar um pouco, e logo entrei para preparar o café, enquanto estava fazendo café a Silvia acordou e veio cheia de sono com apenas uma camisa minha que ficou enorme nela.

— Bom dia irmão.

— Bom dia irmãzinha, está com fome?

— Sim! — disse Silvia feliz.

Então tomamos o café da manhã e juntos fomos para a organização de mercenários, hoje não vi quase ninguém na organização e decidi perguntar ao Arthuro.

— O que houve? Cadê todo mundo? — perguntei confuso.

— Hoje teve uma reunião no conselho dos mercenários e a maioria foi.

— Entendi... Mas por que, o que houve?

— Teve um problema no continente Markind, dizem que as bestas do continente sombrio avançaram e destruíram muitas cidades lá.

— O continente sombrio?

— É você não sabia? Dizem que é governado por um rei lich que ficou louco após sua esposa ser levada por alguma coisa, então ele enlouqueceu e matou a todos do seu reino, em sua morte uma maldição foi posta em seu túmulo e ele ressuscitou como um esqueleto gigante, e agora governa as bestas daquele continente, mas até hoje nunca se sabe como chegar lá — explicou Arthuro que estava com calafrios, ele estava bem tenso e mencionar sobre o conselho.

— Nossa, mas que doideira, espero que nada aconteça aqui, aliás por que você não foi? — perguntei.

— Ah, apenas pessoas com mais de 5 anos como mercenário pode participar.

— Entendi.

— Estou com medo — disse Silvia me segurando forte.

— Não se preocupe, seu irmão está aqui para te proteger, eu sou forte — falei com um enorme sorriso no rosto.

Eu fui aí painel de missões e tinha algumas interessantes, mas hoje vou fazer uma mais fácil e rápida, eu não posso deixar Silvia sozinha então preciso de uma que eu possa terminar rápido.

— Esta aqui é perfeita — disse enquanto pegava o panfleto.

A missão era Rank C e também era bem perto, assim que vi a Sheyla saindo de sua sala eu lhe perguntei:

— Sheyla, você pode tomar conta da Silvia por favor?

— Hum... Mas não demore, pode deixar comigo — disse Sheyla com a cara meio emborrada.

O que eu precisava era derrotar um Trunko[1], será bem fácil, seu habitat é em uma área rochosa perto do portão da cidade, eles são bem fortes mas não será um problema para mim, então peguei minha espada e parti para a missão.

1 – [Notas do autor: Trunko são umas criaturas inventada por nós, eles são basicamente um touro gigante bípede com dois chifres, eles podem chegar de 3 á 6 metros, eles tem uma arma parecido com espadas mas são feitos de pedras, e também eles seguem o instinto invés de pensar racionalmente.]

Ao sair do portão da capital virei à esquerda, e fui seguindo um rio que ligava a uma floresta, mais adentro tinha uma pequena vila, pareciam serem os Fraukets[2], eles são bem amigáveis, talvez eu deva ir lá pedir informações, assim que cheguei na vila todos os Fraukets que haviam lá correram em direção a uma cabana que tinha no meio da vila, assim que me aproximei saiu uma Frauket e parecia ser a anciã, em todas as vilas Fraukets eles tem um ancião da vila, ela veio em minha direção enquanto eu andava em direção a ela.

2 - [Notas do autor: Fraukets são seres mágicas humanoides, eles tem uma pele parecida com um réptil e são bípedes, geral não são agressivos, mas tem casos que alguns Fraukets ficam loucos e acabam ficando agressivo, os Fraukets creem nos anciões de suas vilas, que acreditam ter o poder de ver o futuro.]

Assim que cheguei perto da anciã ela disse com sua bengala apontada para mim.

— Me acompanhe até a cabana meu jovem, eu estava lhe aguardando este tempo todo.

— A-ah, tudo bem.

Ao entrar dentro de sua cabana, havia um tipo de lenha no meio e outras coisas mágicas em volta, os Fraukets moradores ficaram aguardando do lado de fora, parece que ela quer me dizer alguma profecia, já que esse é o dom dos anciões Fraukets.

— Muito prazer meu jovem, eu me chamo Marauda, meu jovem.

— Eu me chamo Raynard, como assim você estava me esperando? — perguntei.

— Na profecia eu vi que você viria até nós, isso foi a 2 anos atrás.

— 2 anos atrás?! Foi quando eu cai no templo — pensei comigo mesmo — Entendi, mas o que tem de especial em me esperar? — perguntei logo em seguida.

Um ar de mistério foi deixado no ar, enquanto a lenha estava acesa, ela olhava nos meus olhos refletindo as chamas verdes da lenha, então ela segurou em minha mão e fechou os olhos, até que ela abriu os olhos arregalados olhando para mim, como se eu fosse algo valioso e perigoso.

— Meu jovem, eu vejo o seu destino, manchado de sangue e desastre, também vejo valiosos amigos que o seguirão até o fim do mundo se preciso, mas também enxergo o que você é e o perigo que lhe aguarda.

— Perigo que me aguarda?

— Sim, não posso lhe dar a resposta, você terá que procurar sua resposta meu jovem, mas tome cuidado para não ir em direção a escuridão, eu vejo uma grande luz em você, mas também enxergo um mar escuro calmo, ele poderá se agitar um dia.

Neste momento comecei a suar frio, o suor estava caindo de minha testa, mas eu não estava com medo de mim mesmo ou algo do tipo, a primeira coisa que pensei foi em machucar pessoas inocentes.

— Não se preocupe senhora anciã, eu jamais irei me corromper, mas eu não entendo, por que eu tenho um destino assim, desde que quase morri as coisas mudaram completamente.

— Meu jovem, você reencarnou como um dos aspectos que existem neste mundo, você é o aspecto da paz, você um dia encontrará a resposta, mas não será aqui, eu também não sei te dar a resposta, mas digo-lhe uma coisa, não se corrompa meu jovem, eu enxergo você sobre uma pilha de corpos.

— Aspectos? Então aquele velho chamado Izigon também era um? — perguntei.

— Ooh, meu jovem, você conheceu Izigon? Ele é o aspecto da mente, ele é um ser muito poderoso e se compara até com uma divindade, você parece ser muito especial para ele mesmo aparecer para você.

— Humm, aspecto da mente... Eu conheci também o aspecto da proteção, ele salvou minha vida uma vez.

— Ah, então você conheceu o senhor Sig Wald, nos conhecemos uma vez, ele era uma pessoa bem carismática.

Por um momento me esqueci completamente do que eu tenho que fazer. Preciso voltar logo para a Silvia, senão ela vai ficar muito chateada porque demorei.

— Senhora, eu preciso ir em frente, tenho que completar uma missão importante.

— Você precisa derrotar o Trunko não é? Só ir em frente e você verá um campo sem arvores, é lá onde ficam.

Então eu me apressei e me despedi da anciã, fui em direção ao campo que ela falou.

— "Este jovem é realmente muito interessante." — pensou Marauda.

Assim que cheguei no campo, haviam vários Trunkos, eu teria que matar um Trunko especial, ele era tipo um chefe deles, para eu poder identificá-lo e ele tinha que ter uma pedra igual um cristal no meio dos peitos, então eu tive que lutar com eles que estavam lá até o chefe aparecer, não teria muito trabalho mas o problema é ele não aparecer, então apenas com meus punhos aumentei um pouco a minha aula e lutei contra eles, incrivelmente cada soco meu o jogava longe fazendo os desmaiar imediatamente, muitos vieram em minha direção eu esquivava de todos os seus ataques com suas espadas de pedra, então peguei a espada de um deles e partir muitos deles ao meio. Dizem que ao matar muitos deles o chefe acaba aparecendo com o cheiro do sangue deles, passei 10 minutos os matando-o, então o chefe apareceu.

Neste que o chefe apareceu, sente a mesma presença de dois anos atrás no meio das árvores, mas eu não conseguia ver ninguém, antes que eu pudesse me dar conta o chefe Trunko veio em minha direção, rapidamente tive que me esquivar.

— Humf, ele quase me pegou com seus chifres — pensei.

Por algum motivo esta criatura tinha uma coloração diferente dos chefes, ele era roxo que parecia ser maior do que todos os que eu já vi, ele parecia medir por volta de 8 metros, ele também tinha chifres nos ombros, enquanto eu estava perdido em meu pensamento ele rugiu.

"GROOOOOORRRR!"

A aura que antes eu sentia parecia que tinha um resquício dela no chefe Trunko, eu não conhecia aquela aura, então logo saquei minha espada, eu sentia um poder medonho daquela criatura, parecia que ele estava sendo manipulado, os olhos dele ficaram puramente negros, então ele partiu para cima de mim com sua arma de pedra, ele era tão rápido que só deu tempo de eu defender, enquanto estava bloqueando o seu ataque parecia que sua força estava aumentando assim me jogando para longe.

— Ainda bem que estamos em um campo aberto, se não teria problemas em me locomover, eu não posso usar minha magia aqui, se não iria incendiar toda a floresta, vou ter que lutar na força bruta — pensei.

— Podemos fazer isso juntos parceiro — disse uma voz estranha do nada.

— Não lembro de ter vindo com alguém...

— Olhe pra sua mão idiota!

Espere! essa voz está vindo da minha espada? Nananão já tem muita coisa acontecendo, agora uma espada falar é pedir demais. Eu me recuso a acreditar que uma espada consiga se comunicar comigo.

— Eu não tenho tempo para brincadeiras! Quem tiver fazendo isso se revele — Se bem que eu não sinto a aura de ninguém.

— Não se faça de burro garoto, sou a sua espada seu lunático!

Naquele momento olhei lentamente para minhas mãos e escutei minha espada falando comigo, soltei ela no chão num estante, e me afastei.

— O que você está fazendo seu mané? Se você me largar você vai morrer, vem aqui agora e vamos lutar juntos, como você sempre fez.

— NÃOOO EU ME RECUSO! — disse em voz alta com os olhos fechados.

— Mané vem logo, ele está vindo. Rápido!

— Merda!

Como previsto corri e peguei a espada que já estava comigo a muitos anos, eu não podia imaginar que ela falava, então eu e o Trunko roxo travamos nossa luta, por algum motivo ele estava fora de controle e eu não conseguia entender o porquê disso, eu sabia que algo estava errado e que tudo isso tem algo a ver com aquela aura diferente que senti, mas precisei focar em minha missão, aliás não posso deixar Silvia esperando.

— Mané, faz aquela técnica, você sabe qual estou falando.

— Certo — respondi — Por algum motivo, eu entendo o que ela está pensando e sentindo — pensei comigo mesmo.

— "Corte Lunar!"

Desta vez infelizmente não poderei acrescentar com o fogo, mas certeza que isso já é o suficiente para mata-lo, a silhueta da lua foi em direção ao Trunko, ele tentou defender com sua arma, mas ele não foi forte o suficiente para parar meu ataque.

1 ano atrás...

— Certo, acho que depois de várias tentativas acho que consigo cortar este metal fácil com o Corte Lunar que aprimorei.

Quando realizei meu ataque, o pilar de metal que havia em minha frente desapareceu, eu finalmente senti que realmente poderia progredir mais e mais e ficar muito mais forte, assim poderei alcançar meus objetivos.

Presente...

Quando olhei o Trunko foi partido ao meio, junto com toda a área frontal que tinha em minha frente, ao me aproximar do corpo do Trunko peguei sua pedra que havia em seu peito, aquele item era o que eu poderia trocar pela recompensa, mas ao tocar na pedra, ela brilhou intensamente uma luz vermelha, eu não consegui enxergar o clarão mas quando abri os olhos a pedra havia sumido.

— Queeeeeeeeee!! Como vou pegar a recompensa da missão!!! — gritei tão alto que os passáros em volta saíram voando das árvores — Estou fodido agora — disse inspirando fundo e expirando.

Eu vou voltar e vou me explicar na organização.

— Ei mané, eu estou sentindo algo diferente dentro de você — disse a espada.

— Como assim?

— Não sei, alguma coisa em você mudou.

— Hum... Eu não sinto nada de diferente, e NÃO FALE ASSIM DO NADA VOCÊ AINDA ME ASSUSTA!

— Ta bom... Tanto faz.

Enquanto andava pela floresta voltando pelo mesmo caminho, atrás de uma cachoeira vi um ser jamais visto, parecia ser uma forma translucido, mas era verde e brilhava em volta, ele veio voando até mim e me disse:

— Paz, não danifique minha floresta assim... Você tem capacidade para lutar sem causar destruição... — disse o ser com um eco.

Assim que ele falou isso fiquei paralisado, e do nada sumiu como uma fumaça.

— Cada dia coisas mais estranhas vêm acontecendo, e como ele sabia que eu era um aspecto? — falei em voz baixa.

Neste momento eu me toquei, eu era um dos aspectos, e não saia da minha cabeça tudo que a anciã Marauda me disse, assim que fui até a vila para voltar pelo meu caminho, não tinha nada lá além de árvores, eu fiquei sem entender nada.

— Como isso é possível, aqui tinha uma pequena vila, como sumiu assim do nada? Eu tenho certeza que era aqui.

— Calma mané, você não sabe de nada mesmo né? Certamente eles estavam aqui, mas assim que eles completam seu objetivo desaparecem como fantasmas, os Fraukets tem essa coisa de jornada e espiritualismo, talvez o objetivo deles fossem te dizer aquelas coisas.

— Agora eu entendi, agora tudo faz sentido, mas espada, como você sabe de tudo isso?

— Eu existo a gerações, e já passei por isso muitas vezes...

A espada falou isso bem claro, e parece que estava triste, do nada ele parou de falar e não deu mais um "piu" quando cheguei a capital de volta.

— Aaah, agora como vou me explicar para eles? — me perguntei.

Ao chegar na organização, fui ao salão para entregar a recompensa da missão, mas eu teria que me explicar para o chefe da organização Ron, a pedra para entregar e coletar a recompensa desapareceu.

— Assim que eu toquei na pedra ela brilhou intensamente, quando abri meus olhos ela sumiu.

— Interessante... Você sente alguma diferença em seu corpo? — perguntou o Ron.

— Eu não sei, eu acho que não sinto nada.

— Faça algum movimento, corre, pula, bate, faça alguma coisa.

Então eu fiz eu pulei e foi um salto normal para mim, também corri e minha velocidade estava normal, então decidi dar um soco no ar, quando dei o soco senti meu soco fazendo uma pressão enorme no ar, assim fazendo criar uma atmosfera diferente na sala.

— Ham? Mas o que será que foi isso? — pensei.

— Então notou algo diferente? — perguntou o velho Ron.

— Sim, parece que minha força está diferente, mais forte?

— Como eu pensava, você é um condutor garoto.

— Condutor?

— Sim, um condutor são aqueles que nascem com o dom de poder adquirir magias através de outra pessoa, assim pegando a magia daquela pessoa, como aconteceu com você, um condutor ele não nasce com magias e parece que eles tem uma restrição de poder usar apenas aquele atributo que ele pegou, ou ele descarta e pega outro atributo de outra pessoa.

— O que? Eles não nascem com magias? Mas como? Eu nasci puramente mágico, então não teria como eu ser um condutor.

— Você é puramente mágico? Se condutores já são raros, então como você existe? Nunca ouvi falar de um condutor puramente mágico.

Assim que ele falou isso, eu realmente senti algo diferente dentro de mim, mas o que era? Não faço ideia.

— Garoto, você é um caso raro, é uma pessoa formidável, é incrível como alguém como você exista, fico feliz de tê-lo na Mercenarie's End, esqueça de me entregar o item, tome aqui sua recompensa. —

Ele me deu 50 mil unidades e uma pedra para reforçar um item no ferreiro, ao sair da sala fui até a Sheyla para ver como a Silvia estava.

— Olha o avião — disse Sheyla a Silvia.

Ao abrir a porta vi as duas brincando com bonecas, então só fiquei olhando aquela cena eu sabia que a Sheyla era uma mulher legal, mas talvez ela não seja de se mostrar muito, então fui até o Arthuro para conversar com ele, quando fui ao salão principal o Arthuro estava bebendo demais, então decidi lhe perguntar:

— Arthuro, o chefe não deveria participar da reunião também?

— Aaah, não iziquenta a cabeza, ele é sempre azim, nunca comparese a reuniaum — disse Arthuro com a língua enrolada e alcoolizado.

— Acho que entendi.

Então me sentei ao seu lado e comecei a beber junto com ele, não como mercenários, mas sim como dois amigos.

— Raynardji... Sabe voze é um grande parcero, eu zabia que vose era expecial cara — disse Arthuro enquanto estava com as mãos em meus ombros.

— Você também é um grande amigo Arthuro, você me encontrou num tempo onde eu estava com a cabeça perdida.

— Não há de que parze-ro.

Enquanto estávamos bebendo eu olhei para a minha espada e vi que ela estava um pouco diferente, eu não havia percebido antes mas ela estava mais polida e nova, eu acho que aconteceu algum evento e não percebi, quando ela quiser falar comigo de novo lhe perguntarei bastantes coisas, ao entardecer vi que Arthuro não conseguia nem andar direito, então resolvi carrega-lo até seu quarto para ele descansar.

— Ei, Raynardji, vamos ser bons amigos cara.

— Claro... Tenho certeza que já somos grandes amigos Arthuro — disse enquanto sorria para ele.

Antes que eu pudesse me dar conta Arthuro apagou do nada, então sai de fininho e fui até o quarto onde a Silvia estava com a Sheyla.

— Irmãooo! — disse Silvia correndo me abraçando.

— Sheyla, muito obrigado mesmo, por cuidar da Silvia.

— Não há de que, sempre que precisar eu cuidarei dela — disse Sheyla com um leve riso meia boca — E você está um trapo trata-se de se trocar — disse logo em seguida.

— Ah, isso, pois é eu enfrentei alguém problemático — falei sorrindo com a mão coçando a nuca.

Então fomos até nossa casa e tomei um banho, depois da Silvia tomar o dela, preparei nossa comida e jantamos, a pia estava uma bagunça então pedi para a Silvia ir deitar enquanto eu lavava a louça, aliás já estava bem tardezinha, assim que terminei de lavar a louça, fui para o quarto mas quando cheguei lá não vi a Silvia – Ah sua pestinha, volta aqui – ela tinha se escondido atrás da porta e me bateu com o travesseiro, então peguei outro e começamos a brigar com os travesseiros até nos cansarmos e cair na cama exaustos, rimos bastante deitados, ficamos contando piadas até o sono vir.

— Irmãozão, eu não quero que isso acabe nunca.

— É eu também não, eu vou te proteger para sempre, então não se preocupe.

— Eu sei, eu... Te... Amo... Irmãozão... — disse Silvia fechando os olhos vagamente.

— Eu também te amo irmãzinha. — disse quando Silvia caiu no sono.