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O destino de Zuri - Entre o Profano e a Salvação

🇧🇷Daoist9rSDzm
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Synopsis
A história de um homem que morre por uma doença e reencarna em um mundo de magia e monstros. Ele nasce carregando o destino do seu povo nas costas, o destino de salvar o seu povo dos governantes que oprimem o continente de Epíria, lugar em que habita seu povo. São 12 cidades estados controlados por governantes usuários de magia das trevas. O personagem tem lembrança do seu antigo mundo, um mundo comum, em que há somente tecnologia. Mas em seu novo corpo, que desperta aos 4 anos de idade, ele tem a consciência de ter reencarnado neste novo mundo, havendo mesclagem de memórias. Depois que desperta a memória e descobre que este novo mundo possui magias, ele fica empolgado e se esforça para poder usar magia e quem sabe, ser um guerreiro que defenda seu povo. Mas ás vezes se questiona: Será que eu consigo? Baseado em Mitologia, Religião, Universos Múltiplos e fantasia RPG. Based in Mitology, Religion, Multiple universes and Fantasy RPG. Observação: Escrita em Português/Brasil, por um brasileiro de Minas Gerais. Se precisar só traduzir. PS: This novel was write in Portuguese/Brazil. Want to read it, use the translation tool. Thanks.
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Chapter 1 - A Reencarnação

O alarme toca. São 6 horas, Theodoro levanta, se arruma, sem ânimo, para ir ao médico. Era exame de rotina e o médico pediu alguns exames extras, pois estava desconfiando de algo.

Theodoro não mostra muita disposição e olha para os resultados dos exames, sempre cabisbaixo.

A secretária o chama, e ele vai até a sala do médico. Após analisar os resultados, o médico confirma o que deixava-o abatido. Um tumor no cérebro, e já começava a entrar no estágio avançado.

Ele deveria fazer o tratamento, esclareceu o médico, mas as chances não eram altas.

Ele adere ao tratamento, e assim inicia a luta dele para sobreviver.

Sua família era do interior e somente sua irmã poderia acompanhá-lo. Seu tratamento não estava dando muito certo e precisou ser internado.

Após algumas semanas, ele já não aguentava mais os tratamentos, e precisou ir pra UTI. Seus pensamentos foram:

—Que vida miserável, fiz tudo para conseguir estar bem e estável, e no momento que já havia conseguido um ótimo emprego, me vem essa desgraça. Fui um tolo ao não aproveitar a vida.

Ele fecha os olhos, e entra numa profunda escuridão, quando surge uma luz, ele abre os olhos e ouve:

—Zeno… Zeno, acorde. Está na hora de levantar.

Theodoro olha assustado para os lados e olha para si, percebe que está em um corpo de criança, e estava com ele uma mulher dentro de uma cabana, ela diz:

—Você deve ter tido outro pesadelo, depois vamos levá-lo para o ancião, para ele orar por você.

Um homem entra na cabana e beija a mulher e depois cumprimenta Theodoro:

—Dormiu bem, meu filho?

O nome do homem era Marduk, seu pai, um homem de cabelo louro e barba curta, alto, aparentando ter 1,80m, e idade que deveria ser uns 40 anos. E o nome da mulher era Semiramis, sua mãe, uma mulher de cabelos longos louros, que aparenta ter 30 anos, os olhos são azuis e o tamanho mediano, chega aos 1,70 m.

Neste momento, Theodoro entende que ele está em outro corpo. Ele sai da cabana e se depara com uma tribo vivendo em um assentamento. Ele percebe que todos são louros, mas o que mais o impressionou foi ver água surgindo por meio das mãos estendidas das pessoas. Seria magia isto? Ele desconfia que estava em outra dimensão, como algumas histórias que lera no seu antigo mundo.

—Vem Zeno! Disse sua mãe, chamando-o para sair com ela segurando a sua mão.

Theodoro observa tudo ao seu redor. Ele conclui, pela falta de ferramentas mais desenvolvidas, que naquele lugar não havia tecnologia, diferente do mundo que conhecia.

Ele passa o dia com as outras crianças, não se envolvendo muito, apenas observando. Olhava para os cabelos deles, para a túnica deles, para as magias, mas uma coisa era familiar, a aparência de um humano comum do seu antigo mundo.

Ele entendia palavras que as pessoas diziam, e tem lembranças de que já estava com eles há um tempo. Aos poucos as memórias da sua infância, como Zeno, mescla com as de Theodoro.

Sua idade agora era de 4 anos, e já sabia quem era seu povo. Eles eram chamados de Níbiras, um povo nômade do continente de Epíria. Eles precisavam viver como nômades pelo fato de que governantes desta terra os caçam e os escravizavam.

Zeno lembra das pessoas o chamando de "Dádiva de Deus". Colocando a mão nos cabelos ele murmura:

—Meu cabelo é cinza, diferente dos deles.

Ele sai de perto das crianças, para observar mais e tentar lembrar de mais coisas deste lugar.

Havia bastante cabanas no assentamento, ele deduziu ter mais de 1000 pessoas ali, ele andava tentando entender melhor esse novo mundo.

Ele parou para ver uma cabana enorme, usada para refeição dos caçadores e guerreiros, mas não havia ninguém no momento. E atrás da cabana, um grupo de adolescentes estavam tendo aulas, percebeu ele.

O instrutor dizia:

—A vossa geração será aquela que terá uma ótima oportunidade de livrar o nosso infortúnio de andar como errantes na terra. Lembre-se que temos em nossa tribo algo que nenhuma tribo antes teve, que é gerar uma estrela. Portanto, esforçai-vos e lutem com garra e bravura pelo nosso povo.

Um aluno levanta a mão e comenta:

—Senhor, será mesmo que Zeno é alguém tão especial assim? Porquanto ainda não executou Magia da Luz alguma. Pensava que ele já viria com habilidades extraordinárias.

Respondeu, — Tudo em seu tempo, Baltar. Isso é um pequeno detalhe na jornada de um mago da Luz. A hora dele chegará.

—Isso mesmo, eu devo lutar pelo meu povo. Diz Zeno ao recordar das palavras de seus pais e dos demais da tribo. —Será que consigo? Indaga ele.

Mais a frente Zeno encontra uma mulher, uma senhora de idade avançada, com os cabelos ainda louros e não branco, comum para uma senhora nesta idade no seu antigo mundo. Ela estava secando panos com ventos que saíam de um círculo com símbolos geométricos perto de suas mãos estendidas.

Zeno aproxima dela e pergunta:

—Olá, senhora.

—Olha se não é o nosso querido Zeno, em que posso te ajudar?

—Como faz para poder usar magia? Eu queria saber para tentar executar também.

—Olha, isto é responsabilidade dos tutores, mas como você está me pedindo vou te dizer somente isto, que nós mentalizamos a fórmula na nossa mente e dizemos o nome da magia para ativar.

Então, Zeno lembra de seu pai tentando instruí-lo algumas fórmulas e que já tentou antes. Ele agradece ela: —Ah, ta! Obrigado. E se despede.

Voltando para onde as crianças estavam, Zeno viu alguns usando magia do vento, uma pequena bola de vento era formada nas mãos dos pequenos, aqueles que ainda não aprenderam a usar magia ficava olhando admirados, e perguntavam, para os que divertiam com a magia, como eles faziam. Uns tentavam, mas nem todos conseguiam. Zeno olhava pensando: Minha hora vai chegar, eu tenho certeza.

Já estava anoitecendo e Zeno volta para sua cabana com seus pais. Sua mãe o havia banhado, usando magia, como forma de purificação antes de deitar.

Seu pai, chama Zeno e sua mulher para a oração, e diz:

— Filho, quero que saiba que estarei sempre aqui para te dar força. Como enviado de Eassed, você precisa estar focado em derrotar todos os que são discípulos de Dev-rah.

—Discípulo de Dev-rah você diz a respeito dos governantes, certo? Zeno começa a lembrar da religião do seu povo que diz que há um deus da luz e um deus das trevas, Eassed e Dev-rah.

—Sim, aos poucos você irá aprender coisas mais importantes, mas você ainda é novo, portanto foque em conseguir executar magia, tudo bem?

—Sim, farei o meu melhor.

Depois disto, Marduk faz a oração:

—Eassed, portador da luz e criador. Desfaça todas as trevas que assolam a sua criação, e que o povo escolhido por Tu, os Nibiras, nunca percam a sua luz.

Que seja breve a chegada da sua salvação, aquele que irá redimir as dores causadas por Dev-Rah. Vários são os que nos perseguem, mas seremos bem-aventurados por meio do seu poder.

Dev-rah não mais espalhará sua escuridão e a destruição. Nós exaltaremos a vitória de Eassed e a queda de Dev-rah.

Batendo em seu ombro, após a oração, orgulhoso diz Marduk — Acreditamos em você, Zeno.

Os dias passam, e Zeno continua sem usar magia. As pessoas comentavam umas com as outras o que poderia estar acontecendo com Zeno, desconfiando que ele possivelmente era uma pessoa vã.

Ele começa se indagar o porquê de não estar conseguindo usar magia:

—Por um acaso sou eu uma pessoa vã? Estes são aqueles que nasciam neste mundo sem mana e portanto, sem a capacidade de executar magias.

—"Talvez eu não consiga mentalizar as magias? Será que, por ter reencarnado, não tenho capacidade de realizar magia?"

—É cedo para eu desistir, vou continuar tentando, talvez as memórias do outro mundo estão atrapalhando, devo tentar encaixar a minha mente neste universo em que estou.

A cada dia Zeno ficava olhando as pessoas usando magia, e ele focava no círculo de magia que aparecia diante delas. Como era difícil de se obter pergaminho para Zeno anotar, ele, repetidas vezes, desenhava no chão os símbolos e tentava imaginar.

Mentalizar a magia é fundamental para que ela possa ser executada. E dia após dia, Zeno medita criando imagens dos símbolos em mente. E na hora de executar, nada acontecia. Concluiu ele:

—Algo está errado, talvez eu esteja usando magia errada, se eu pudesse ler algo sobre magia seria melhor.

Após anos sem sucesso, Zeno estava ficando velho o bastante para ter aulas como uma criança qualquer da tribo.

Enfim Zeno já possuia idade para obter instruções com os tutores da tribo, sua idade era de 7 anos.

Assim como seu cabelo era misterioso, o fato de Zeno não conseguir executar magia era algo que ninguém entendia. A ocorrência de um Níbira nascer como uma pessoa vã eram muito baixo, mais que de um Epírio.

Um certo dia, Zeno foi até a cabana do líder da tribo, Bell, um senhor de barba e cabelo longos e louros, que andava com uma bengala, um artefato para indicar que ele era o ancião líder da tribo. Zeno soube que seus pais foram convocados para uma reunião. A cabana do líder se destacava dentre as outras, uma cabana enorme feita de materiais nobres, desde a madeira até o pano que a cobria. Lá estavam seus pais, o ancião Bell, e os mais excelentes magos da tribo.

Zeno ficou atrás da cabana, para evitar que fosse descoberto por alguém.

—Mardok, a respeito do seu filho, nós estamos com o pé atrás, é raro ter alguém que chegue a idade de 7 anos sem que execute magia, todas as crianças da mesma idade que a dele já estão prontos para as aulas que iniciará em breve, mas seu filho não poderá participar das aulas se ainda não despertou seu poder mágico. Espero que entenda. Discursa com pesar o líder da tribo.

—Eu sei, não forçarei que coloquem Zeno na turma, mas ainda não desisti dele, nem minha mulher. Ele deve ser especial até neste requisito, talvez não deveria ser tratado com uma criança qualquer. Peço, se for da sua graça, que seja posto um pouco mais de confiança na capacidade do meu filho, eu sei que Eassed fez isto por um propósito, não desistamos. Mardok defende seu filho com firmeza.

—Certo! Nós tentaremos o possível, mas não vamos nos alongar sobre esse assunto, há outras coisas a ser feito e não podemos ficar perdendo tempo. Então não crie muitas esperança, se tiver de esperar é que seu filho desperte o mais breve.

—Obrigado pela consideração. Com um pouco de alívio, Mardok agradece Bell.

Depois de ouvir um pouco da conversa, Zeno vai para sua cabana, ajoelha e ora para Eassed, pedindo que atenda as expectativas da sua tribo e conceda-o o poder para enfrentar seus inimigos.

No inicio das aulas, Zeno seria treinado mais um pouco para conseguir executar magias.

Sua mãe o orienta:

—Filho, eu sei que está sendo difícil para você ter que lidar com os comentários das pessoas sobre o fato de não usar magia ainda, mas eu estou orando para Eassed te abençoar, eu acredito que no final vai tudo dar certo.

—Mãe, não se preocupe, vou me esforçar bastante e vou conseguir usar magia. Se eu treinar o suficiente, vai dar certo. Vou tentar até o último recurso antes de desistir.

Começa as aulas de Zeno e ele está preparado para ouvir os comentários dos alunos, até na descrença do instrutor, mas nada disso tira o foco dele de conseguir usar magia. Zeno vai para aula determinado.