Eram dois bandidos que avançaram na direção de Zuri e Alex. Um empunhando uma adaga e outro empunhando uma espada.
Eles usavam uma máscara no rosto para não serem identificados. Eles tinham o tamanho mediano, o bandido das adagas tinha um corpo mais fraco, enquanto o que estava com a espada tinha um corpo mais atlético.
Zuri volta a estrada correndo, e o bandido das adagas o persegue até não conseguir mais fugir, portanto tinha que arriscar e enfrentar o bandido.
Alex fica preocupado, mas a sua frente bandido o ataca com, mas se defende com sua espada curta. Este bandido é bastante experiente, presume Alex, que resolve ir com mais agressividade para tentar ajudar Zuri.
Zuri saca sua espada curta e o bandido da adaga sai do cavalo e fica de frente com ele, e então o bandido responde:
—Tem algo de valor aí moleque? É melhor não reagir, só quero as coisas que estão na bolsa.
Zuri não quis entregar a bolsa, pois era do Alex, poderia ter algo ali que fosse valioso. Zuri lembra que viu uma bússola dourada na sua mão enquanto estavam na cabana, poderia ser feito de ouro, realmente é algo que não se pode entregar facilmente, e assim ele decide resistir e não entregar a bolsa.
—Não vou entregar, diz o garoto encarando com uma seriedade desmedida.
—Você é burro por um acaso, não está vendo sua desvantagem, não vou te matar, não sou de matar uma criança, mas vou te derrubar —O bandido diz com dentes rangendo.
—Não vou deixar.
—Ok, então! Foi você que pediu.
Ele avança com suas adagas, e banha elas em chamas, um encantamento de arma ele utilizou. Zuri defende com sua espada a adaga, o bandido tinha mais peso por isto a adaga arranha seu rosto e queima de leve a bochecha.
Com o rosto quase sendo queimado e cortado ao mesmo tempo, Zuri usa magia gravitacional para pular escapando do bandido, ele coloca a mão no rosto e sente a queimadura, antes de chegar ao chão, ele conjura a magia "Ignis Pila" (bola de fogo).
O bandido fica impressionado em saber que aquele garoto sabia lutar e então avança, de forma descuidada, pois achava que a magia "bola de fogo" fosse fácil de ser defendida.
Mas, tolo como foi, recebe de Zuri a magia, O poder mágico de Zuri é bastante alto para uma criança, e foi um erro subestimar aquela criança, o bandido tenta esquivar mas já era tarde.
Não tendo tempo para esquivar, o bandido levanta uma muralha de pedra no suto, com as mãos no chão ele executa a magia da terra e uma muralha é erguida, mas não foi rápido o suficiente e é atingida com extrema potencia e o impacto das chamas fez uma explosão e arremessando o homem para trás.
O bandido levanta com dores e segurando o peito, pois foi atingido por um dos pedaços de pedra, exclamou:
—Ser derrotado por uma criança!? É sério isto, se ficarem sabendo não irão me chamar mais para fazer emboscadas. Agora vou sério garoto, se prepare.
O problema de Zuri era que ele só sabia usar dois magias ainda "bola de fogo" e o salto gravitacional.
— Se o criminoso usar magias como me defenderei, não sei usar magia de pedra. Vou ter que esquivar e esperar Alex aparecer. Em ansiosos pensamentos se desespera o pequeno Zuri.
Ahhh! Com extrema velocidade o bandido avança até Zuri, para se proteger o pequeno começa a lançar magia de fogo, uma a uma, mas a atenção dobrada do sujeito fez com que as magias imprecisas de Zuri não o atingisse. Não conseguiu acertar mais nenhum. Para poder fugir, Zuri pega a mochila e começa a dar saltos para trás usando magia gravitacional, e a única forma de escapar era indo para floresta pulando de galho em galho até o bandido desistir de persegui-lo.
Ele não sabia fazer este movimento dos saltos em galhos, mas teve que arriscar. Chegando na floresta ele tenta se desviar do bandido, mas não aumentou o bastante a distância entre os dois. Zuri sobe numa árvore, e tenta concentrar a mana nos pés e em seguida dá o salto.
Ele executa com maestria a primeira vez, porém ele vai muito alto e se assusta com altura, caindo ele, desesperadamente usa antigravidade para aterrissar, foi um pouco violento, mas com sucesso.
E novamente faz o movimento. E então ouve-se um galho quebrando, assim Zuri aterrissa com dificuldade, teve leves ferimentos no corpo. Mas conseguiu fugir, foi fácil despistar aquele homem que o perseguia.
Tentando achar um senso de direção, ele sobe numa árvore, de longe ele vê a estrada novamente, então ele decide pular de galho em galho, mas pula com cautela, para ele não ficar a vista do bandido.
(…)
Enquanto Zuri lutava contra o bandido da adaga, Alex enfrenta o outro marginal. Alex salta para trás e fica de olho no seu adversário. Colocando sua espada de volta na bainha Alex planeja lutar usando somente magia, sua especialidade.
O bandido tira de sua jaqueta pequenas adagas envenenada que era usadas como dardo contra o adversário.
Alex começa usando "Fogo Infernal" e espera para ver a reação do bandido, Alex quer ver até quanto este homem é forte.
O bandido executa a magia da terra, "Muralha de Pedra", porém não era uma muralha qualquer mas ele encantou-a no mesmo momento em que conjurava para ser resistente a qualquer magia que Alex fosse executar.
A magia de Alex atinge a Muralha, e enquanto a poeira estava no ar, várias adagas eram lançadas contra, percebendo a estratégia do indivíduo, Alex correu para a esquerda e deu um salto para atacar por trás o bandido e tentar rendê-lo. Mas o bandido o ignora e corre em direção de Zuri e o outro comparsa. Alex foi enganado facilmente, o bandido deve ter percebido que não podia enfrentá-lo e decidiu fugir.
Alex resmunga —Como pude eu cair nessa, eu sou mestre de magia das trevas, é claro que ele poderia ter me reconhecido.
Alex imagina que o bandido queria usar Zuri como refém, e então ele usa magia gravitacional para ir em socorro a Zuri.
(...)
Zuri não estava mais lá para a infelicidade do bandido, ele procura por seu amigo, sem dizer seu nome, para que não os coloquem como procurando nas cidades.
Zuri pulava de galho em galho, parando conforme a necessidade para saber a direção correta e não se perder na floresta.
O outro bandido de adaga, volta para estrada, e pensa em falar uma mentira para o seu parceiro, a fim de escapar da humilhação de ter perdido para uma criança.
Os dois bandidos se encontram, eles se falam:
—Cadê a criança e a mochila dela, precisamos dela.
—Ela correu para a floresta e fui atrás para pegar a mochila, só que uma salamandra apareceu e tive que me defender e deixar o menino ir embora.
—Você… Você deixou uma criança escapar, não acredito. Precisamos dela para fazer de refém.
—Usar de refém contra aquele homem? Por quê não esqueçamos da criança e matemos o guardião dela e fugimos com os pertences dele e da carruagem juntos dos outros (Ele diz isto referindo aos outros dois bandidos que ficaram olhando a carruagem).
—Seu idiota enfretar aquele homem, impossível, se você não sabe mas ele é Alex, o mestre de magia das trevas de Epaimir.
—O quê! Que faremos?
No alto Alex grita —Cadê o Zuriiiii? Caindo em cima dos bandidos em uma velocidade estrondosa e, quando aterrissa, uma pequena cratera se forma, e os dois bandidos são atingidos e ficam inconscientes.
Alex olha ao seu redor, e sem pistas de seu pupilo, ele acorda aquele que foi atrás de Zuri primeiro e pergunta para ele onde está o garoto, e com a voz rouca ele diz:
—Ele.. foi.. para a floresta. E desmaia novamente.
Alex fica pensativo, tenta ver como resolver esta questão, ele resolve voltar para carruagem, talvez Zuri voltará para o local do encontro. Rapidamente segue o mestre em busca de seu pupilo, e com atenção focada na floresta, para qualquer movimento estranho, e quando estava na margem da floresta, perto da carruagem ele ouve um barulho, e era Zuri se aproximando.
Aliviado, Alex pergunta para Zuri se estava machucado e pede perdão por não protegê-lo desta vez. Zuri, sorridente, diz:
—Não se preocupe, foi legal, senti meu sangue correndo pelo corpo todo, minha vontade era derrubá-lo, mas não consegui.
—Idiota!!! Grita Alex. Você tem que pensar que não há outra chance para quem vai para o além, lembre que isto a sua vida não é um conto de um poeta de bar, é a vida real.
—Ele poderia ter te matado. Quer destaque, sobreviva a qualquer custo, para que a lembrança dos seus feitos sejam longas. Sobreviva, é o que nos faz continuar existindo.
Ouvindo a bronca, Zuri abaixa a cabeça e sente a preocupação de Alex para com ele. —Desculpe. Diz com uma voz fraca Zuri.
—Vamos agora até a carruagem enfrentar os outros dois bandidos, sabendo que nós derrotamos aqueles que nos atacaram, talvez eles devem acovardar e fugir.
Os dois, o garoto e o mestre, são vistos ao longe pelos outros bandidos, os dois assaltantes restantes entendem que seu chefe e o assassino da adaga foram derrotados, e fogem.
O dono da carruagem vendo os bandidos fugirem entende que Alex e Zuri derrotaram os bandidos mais fortes, e confia que eram cidadãos de bem, ele se aproxima e pergunta para eles:
—Vocês são cidadãos de alguma cidade? pergunta o velho, tremendo.
—Sim, eu sou de Epaimir e ele é meu púpilo de Demitris. Responde Alex com confiança para aquele senhor.
—Foram vocês que afastaram os bandidos?
—Exatamente.
—Obrigado! Muito Obrigado! Se eu puder fazer qualquer coisa por vocês. Se vierem comigo posso dar umas moedas como agradecimento. Diz com lágrimas nos olhos o dono da carruagem.
—Você está indo para onde?
—Demitris.
—Então apenas nos forneça a viagem que seria ótima recompensa.
—Obrigado, será bom ter vocês aqui, pois assim posso me defender caso outros tentem roubar.
Alex e Zuri entram na carroça e em aproximadamente dois dias chegam em Demitris.
Olhando para o céu Alex elogia Zuri:
—Zuri!
—Sim!
—Me desculpe por ter gritado contigo. Você foi bem enfrentando aquele bandido. Eu vi antes de derrubá-los que ele estava ferido. Creio que você o enfrentou com sabedoria, e fugiu quando necessitou. Isto é sobreviver, eu reconheço seus esforços.
—Ah! hum.. Coçando a cabeça e com um sorriso sem graça. —Obrigado.
O desejo de Zuri é ser forte, e ter valor para as pessoas.
—Esse mundo é lindo, mas há pessoas que estão acorrentadas, e não tem a liberdade que todos nós merecemos, eu queria que todos pudessem apreciar este mundo como eu.
Com ambos olhando para o céu, Alex concorda:
—Sim, esse seu desejo é uma virtude em você, Zuri — "Estou contando com você". Não completando a frase, ele adormece, mas em pensamentos ele mostra confiança no seu pupilo.