Capítulo 1 a lagoa azul
Ruas e favelas. Um cachorro caramelo caminha em direção à sua casa, percorrendo uma rua de barro suja. Dandara acorda com seu cachorro Pingo lambendo seu rosto. Ela pede que ele saia da cama. Ao se levantar, lembra que sua mãe está há dois dias no hospital e não deixou comida. A geladeira está vazia. Ela então vai até a casa ao lado, onde mora seu amigo Joaquim, e o acorda.
"Oi, Dandara! Você por aqui tão cedo?"
"É que estou com fome, e minha mãe ainda está no hospital com meu padrasto por conta do bebê."
"Certo, então vamos comer algo."
Eles se sentam à mesa e tomam café juntos, enquanto Joaquim não consegue deixar de pensar como Dandara é linda enquanto come. Dandara olha para Joaquim e pergunta:
"Onde está seu pai?"
"Foi visitar meu irmão, que está morando com nossa tia. E minha avó está dormindo, tomou muitos remédios."
"Imaginei," afirma Dandara.
Após o café, eles se sentam para assistir TV. Dandara adormece com a cabeça no colo de Joaquim, que percebe manchas e feridas em seus braços. Ele a acorda para planejarem o que fazer no resto do dia, e decidem encontrar o resto do grupo. Ao chegar na rua, veem Cupim, filho de um policial e cristão, sentado em frente à sua casa, mexendo no celular e comendo biscoitos. Logo atrás chegam Maria e Hermanito. Maria traz uma sacola de mangás da venda de sua mãe, que vende na feira do bairro aos fins de semana.
Joaquim pega uma sacola e pede para Cupim esperar para comer.
Ele então abraça seu amigo, colocando a mão em seu ombro, enquanto Dandara dá um puxão no rosto de Joaquim.
"Você só quer ser o líder do grupo porque é o mais inteligente, então, senhor gênio, diz aí o que faremos hoje?"
Maria olha para as sacolas de frutas e fala: "Minha mãe quer que eu volte pra casa cedo hoje, então não podemos ir muito longe, ok?"
Hermanito interrompe:
"Não sei qual é pior, Maria ou Cupim. Vocês dois são muito controlados, seus pais não deixam vocês fazerem nada."
Cupim responde com irritação:
"Você, há dois dias, provocou uma briga no jogo e eu tive que segurar três caras sozinho. Se não fosse pela nossa capitã, você estaria ferrado."
Dandara sorri e Hermanito retruca:
"Cala a boca, gordo."
Joaquim intervém:
"Parem os dois… "
Dandara então diz:
Lá vem o nosso chefinho de novo querendo parar, vamos vê esses dois brigarem
-Desde que hermanito começou a usar saia ele está mais irritado.
Hermanito não gostou do que Dandara falou olha para dandara e fala
Agora você está defendendo o gordinho ?
Maria olha para todos e fala
galera já sei onde a gente pode ir, porque não vamos para o lago lá na mata ?
Do nada passa um vizinho o seu izaias
Com sua filha Marcela a garota que gostava de Joaquim e era muito amiga dele, mas seu izaias não deixa eles terem amizade por causa de sua mãe que é alcoólatra
o mesmo fez a Marcela se afastar de Joaquim, Joaquim ainda nutre sentimentos por ela, será ?
Pensa cupim. Gosto de Joaquim mas… ele não é para Marcela.
Joaquim da um tchau para ela.
Dandara olha aquilo e vê com ciúmes.
Num domingo ensolarado de fevereiro de 2035, os jovens se aventuraram pela trilha na mata em direção ao lago, na cidade de Mauríceia. O caminho sinuoso serpenteava entre árvores altas, criando uma cortina verde que filtrava os raios de sol, enquanto o chilrear dos pássaros ecoava pela floresta. Cupim e Dandara encontraram um penhasco na beira do lago, onde se acomodaram, desfrutando da vista panorâmica enquanto Cupim abria uma sacola de mangás.
Sentados ali, observavam Joaquim, Maria e Hermanito se divertirem na água com o cachorro Pingo. Cupim, percebendo a tensão no ar, quebrou o silêncio.
— Você gosta dele, não é? - Cupim perguntou, fitando Dandara com curiosidade.
Dandara suspirou, expressando sua incerteza. "É bastante óbvio, não é? Mas não tenho certeza se ele sente o mesmo."
Um sorriso brincou nos lábios de Cupim. "Posso garantir que ele gosta de você. Conhecemos Joaquim desde a infância... Quanto à Marcela, bem, é comigo que ela gosta de passar o tempo. Faço questão de sentar ao lado dela na igreja todos os dias... Ele estava me ajudando nisso, mas, sabe como é, deu tudo errado... Nossos pais e os da Marcela são parecidos; não querem que nos aproximemos de Joaquim desde que o pai dele se foi e a mãe dele passou a afogar as mágoas em álcool e brigas de rua. E quando ele se desentendeu com seu pai, Isaías... todos começaram a temer que ele seguisse os mesmos passos..."
De repente, a tranquilidade foi interrompida por dois homens frenéticos, espumando pela boca e brandindo facões. Determinados a atacar, correram em direção a Cupim e Dandara. Num instante de puro instinto, Cupim recolheu suas coisas enquanto Joaquim ordenava que todos saltassem no lago para escapar. Maria e o cachorro Pingo insistiam para que Dandara os seguisse na água.
Hermanito e Joaquim tentavam alcançar Dandara, mas quando ela afundou na água, um terror ainda maior se revelou. Sob a superfície do lago, corpos e carros submersos testemunhavam um passado sombrio e sinistro, enquanto uma correnteza invisível os arrastava para uma caverna subaquática.
cada vez mais, dentro do lago se ver corpos de pessoas mortas e carros desovados, todos tentam ir atrás dela debaixo da água e são puxados para uma correnteza até uma caverna.. um escuro completo Joaquim acorda mijado e assustado mas o resto de seu corpo está seco, hermanito, fica olhando para a parede em choque… Joaquim chega perto dele e ele está falando umas palavras em sussurros e seus olhos brancos e sua boca saindo sangue..
Que porra é essa ? Acorda hermanito
Joaquim olha para seus braços e ele não sente os movimentos dele, e cospe penas de aves de sua boca,
Mais que caralho, que está acontecendo aqui.
Joaquim encontra cupim mais a frente na caverna e o acorda cupim acorda todo assustado com medo e se protegendo, acordando desorientado e vomitando,
Que pesadelo é esse que eu tive… meu deus do céu
Hermanito Tá ali parado olhando para a parede falando algo que eu não consigo entender,
-preciso encontrar dandara.
No mesmo momento Maria a retira de um buraco da água, Maria olha puxando dandara e a levando para o canto,
Ao lado de Joaquim hermanito começa a abrir os olhos e dá um grito.
-sangue!!!
Sangue !!!
Tripas
E merda !!!
Nesse instante hermanito cai ao chão
Cupim corre para segurar o hermanito que começa a bater a cabeça nas paredes húmidas da caverna subterrânea.
Pessoal estamos aqui grita Maria carregando dandara Joaquim corre e abraça ela com força
- pensei que tinha perdido você.
Joaquim senta dandara ao lado dele na caverna cupim trás hermanito que se recomponhe.
Cupim fala
Cupim corre para segurar Hermanito, que começa a bater a cabeça nas paredes úmidas da caverna subterrânea, criando um eco perturbador que ressoa no ambiente. O ar pesado da caverna parece se fechar ao redor deles, enchendo-os de uma sensação sufocante de desespero.
"Pessoal, estamos todos aqui!" Maria grita, enquanto carrega Dandara. Joaquim corre para abraçá-la com força. "Pensei que tivesse perdido você."
Joaquim cuidadosamente ajeita Dandara ao seu lado na caverna enquanto Cupim traz Hermanito, que lentamente se recompõe. Cupim quebra o silêncio.
"O que foi aquilo? E onde nós estamos? Aqueles caras iriam fazer algo terrível conosco. Agradeçamos a Deus por termos escapado."
Joaquim deita Dandara em seu colo, sentindo o frio que parece penetrar seus ossos na escuridão úmida da caverna.
"Não sei onde estamos. Parece que fomos sugados para algum tipo de caverna no lago", murmura Joaquim, enquanto olha ao redor, tentando encontrar qualquer indício de uma saída.
Maria se junta ao grupo, tremendo de frio e preocupação. "Estou congelando, e não fazemos ideia de que horas são. Minha mãe vai me matar se eu não chegar a tempo do jantar. E o que aconteceu com Hermanito? Ele está tão estranho, calado, e não diz uma palavra."
Cupim dá um tapa no rosto de Hermanito, que lentamente começa a retornar à realidade.
"Eu tive um pesadelo muito estranho", murmura Hermanito, olhando ao redor da caverna com olhos arregalados de medo.
Joaquim se levanta, sentindo uma inquietação crescente. "Precisamos continuar e encontrar uma saída", diz ele, decidido, enquanto troca um olhar significativo com Dandara. "Obrigado por sempre estar comigo, Dandara. Eu... Sabe, meio que arrastei vocês para essa situação."
Enquanto se preparam para explorar mais a caverna em busca de uma saída, eles notam uma estranha cabana no meio do mato, não muito longe dali. Intrigados, decidem investigar. Porém, ao se aproximarem, uma entidade sombria, um Preto Velho, emerge dos arredores e adverte-os a não se aproximarem da casa. Desesperados, eles correm para escapar, mas raízes sinistras emergem do chão, tentando puxar seus pés para dentro da terra escura e faminta. O medo os envolve enquanto lutam para se libertar das garras da natureza que parece viva e maligna.
Cap3
Após escaparem da cabana sinistra e das garras da entidade sombria, todos retornaram para suas casas, cada um mergulhado em seus próprios pensamentos e questionamentos sobre o que haviam testemunhado naquele dia fatídico.
Dias se passaram, e a agitação daquele evento ainda ecoava em suas mentes. Maria, preocupada com a ausência repentina de Dandara, esperava ansiosamente pelo seu retorno enquanto se questionava sobre o significado daquela experiência na caverna e na cabana misteriosa.
Enquanto isso, a mãe de Dandara voltou do hospital com seu novo irmão, trazendo uma mistura de alegria e preocupação para a família. Porém, a felicidade foi rapidamente obscurecida pela ausência inexplicável de Dandara.
Desesperado, Joaquim foi até a casa dela em busca de respostas, mas encontrou apenas o vazio. Sua inquietação atingiu o ápice quando, ao sair da mata certa noite, viu o padrasto de Dandara, suspeito e segurando uma pá, vindo de uma direção sombria da floresta. Escondendo-se, Joaquim observou em silêncio, temendo o pior.
Ao compartilhar suas preocupações com Cupim, Maria e Hermanito, Maria justificou sua hesitação em procurar Dandara, explicando que ela estava "com medo de voltar para a mata", evocando memórias do terror que experimentaram anteriormente.
Determinado a descobrir o paradeiro de Dandara e desvendar o mistério que a envolvia, Cupim tomou uma decisão arriscada.
"Vou pegar a arma do meu pai e alguns comprimidos da minha avó. Precisamos descobrir o que aconteceu com Dandara", anunciou Cupim, com uma expressão determinada em seu rosto.
"Isso é muito perigoso, Cupim", disse Maria, preocupada. "Mas precisamos fazer algo. Não podemos deixar Dandara desaparecida assim."
Hermanito, que permanecera em silêncio até então, finalmente falou com uma voz trêmula: "E se algo terrível aconteceu com ela por nossa causa? Não posso suportar essa culpa."
Joaquim, olhando para o horizonte sombrio, apertou os punhos com determinação. "Não podemos deixar o medo nos paralisar. Precisamos encontrar Dandara e descobrir a verdade, custe o que custar."
Com os corações pesados e os nervos à flor da pele, eles se prepararam para a perigosa jornada que tinham pela frente, conscientes de que estavam prestes a enfrentar os horrores desconhecidos que os esperavam na escuridão da noite.
Cupim, determinado a descobrir a verdade sobre o desaparecimento de Dandara, pegou os remédios para dormir de sua avó e a arma de seu pai, preparando-se para uma ação decidida. Chegaram de surpresa e pegaram o padrasto de Dandara, dopando sua cerveja.
Joaquim, com a raiva fervendo dentro de si, deu um soco no rosto do padrasto, exigindo: "Onde está Dandara?"
O padrasto, atordoado e amedrontado, olhou para Joaquim em silêncio.
Joaquim olhou para Cupim, frustrado. "Ele não vai dizer nada."
Cupim, com mãos trêmulas, engatilhou a arma e a apontou para o rosto do padrasto, mesmo sabendo que estava descarregada. O padrasto, horrorizado, encarou a arma com olhos arregalados de terror.
"Bora, fala logo!" Cupim ordenou com voz firme, pressionando a arma contra a testa do padrasto.
O padrasto, com a boca machucada pelo soco de Joaquim, finalmente cedeu. "Eu a enterrei", admitiu em um sussurro tenso.
Hermanito, cuja sensibilidade e compaixão eram traços marcantes de sua personalidade, encarou o padrasto com uma expressão de desgosto e tristeza. "Como pôde fazer isso? Ela era sua enteada..."
A indignação e a decepção de Hermanito eram palpáveis. Com um misto de fúria e tristeza, ele derrubou o padrasto da cadeira, incapaz de conter sua revolta diante da traição chocante e brutal.
Joaquim, com os olhos cheios de determinação e uma pitada de desespero, olhou para os outros dois meninos e gritou: "Vamos logo!"
No caminho para a mata escura, o cachorro Pingo os seguia, mas mesmo sua presença reconfortante não conseguia dissipar a sensação de inquietação que pairava no ar.
Entre as sombras densas da floresta, os galhos retorcidos pareciam se contorcer como dedos esqueléticos, enquanto os ruídos noturnos ecoavam ao redor deles de maneira sinistra, como se a própria mata estivesse viva, observando e esperando.
Eles encontraram Isaías, o irmão da igreja , emergindo das sombras da noite. "Para onde vocês vão?", ele perguntou com uma voz fria e desconhecida.
Sem perceber que estavam sendo seguidos, os meninos continuaram adentrando na mata escura, guiados apenas pela fraca luz de suas lanternas e celulares.
De repente, um golpe brutal atingiu Joaquim por trás, fazendo-o cair ao chão em meio à escuridão. Hermanito, incapaz de reagir a tempo, foi surpreendido por um soco que o fez cambalear e se perder de Cupim na confusão.
Isaías emergiu das sombras como um predador, agindo com uma crueldade que ultrapassava qualquer compreensão humana. Ele amarrou Joaquim e Hermanito em uma árvore, enquanto o pobre Pingo, incapaz de defender seus amigos, era chutado sem piedade.
A escuridão da noite parecia se intensificar ao redor deles, transformando a mata em um cenário macabro digno dos piores pesadelos. Isaías, com uma expressão demoníaca, começou a agredir os meninos, revelando uma faceta de terror que nenhum deles poderia ter imaginado em seus piores pesadelos. O eco dos gritos de dor e desespero se misturava ao som dos galhos quebrando, criando uma sinfonia de terror que ecoava pela noite, anunciando o início de um pesadelo sem fim.
Machucado e atordoado pelos gritos de dor, Cupim corre em direção ao som desesperado, seu coração batendo forte no peito enquanto sua mente luta para processar a terrível cena diante de seus olhos. Ao chegar lá, ele testemunha Isaías, o respeitável irmão da igreja, pai da garota que ele secretamente gosta, agredindo seus amigos de uma maneira brutal e impiedosa.
O desespero consome Cupim enquanto ele vê seus amigos sendo atacados diante de seus olhos. Sem hesitar, movido pelo instinto de proteger aqueles que ama, ele descarrega rajadas de balas em Isaías, cujo corpo cai pesadamente no chão, envolto em um silêncio mortal.
Cupim solta Joaquim e Hermanito, sua expressão uma mistura de choque e descrença diante do que acabou de acontecer. Hermanito, segurando Pingo nos braços, leva todos os feridos consigo, enquanto Cupim se senta ao lado do corpo de Isaías, incapaz de conter a tempestade de emoções que o consome.
"Mas... matar é um pecado", murmura Cupim, sua voz trêmula com uma mistura de angústia e perplexidade diante do que ele acabou de fazer.
Joaquim se aproxima e, com uma mão firme no ombro de Cupim, diz com gratidão: "Você nos salvou. Ele iria nos violentar, não havia outra escolha."
Hermanito, com os olhos fixos em uma luz forte que brilha entre as árvores, guia o grupo na direção daquela luminosidade misteriosa. Todos seguem, guiados pela esperança de encontrar respostas para o que aconteceu.
Ao chegarem ao local onde Dandara foi enterrada, um arrepio percorre a espinha deles ao descobrirem que o corpo não está lá. Em vez disso, raízes se erguem da vala, como se a terra estivesse viva.
"O que está acontecendo? Dandara está viva?", questiona Joaquim, sua voz ecoando a esperança e o medo que consomem seus pensamentos.
Em meio ao drama, à tristeza e à dor, os amigos são envolvidos por um véu de mistério e incerteza, enquanto lutam para compreender os eventos aterrorizantes que os cercam.
Dandara acorda na cabana ao lado de uma menina, confusa e assustada. "Onde estou?" ela pergunta, seus olhos varrendo o ambiente com temor.
Em seguida, surge uma idosa vestida de branco, como se fosse uma noiva. Ela a banha em uma bacia de água limpa, enquanto a outra garota sorri e sussurra no ouvido da velha: "Ela é mamãe?"
Dandara cospe sementes de plantas, e flores brotam da terra, deixando-a em choque. A velha a induz a dormir, envolvendo-a em um manto de tranquilidade forçada.
Maria chega, preocupada, e questiona: "Está tudo certo?" do lado de fora da cabana. A velha responde: "Salvamos ela a tempo. Ela vai ajudar a salvar a todos?"
"Todos vocês têm um papel importante", a velha responde enigmaticamente. "Mas preciso preparar ela." Ela se refere a Maria como "lá ursa", revelando um título desconcertante.
"Dias depois, encontraram o corpo de Isaías, com balas usadas para investigação", relata o delegado Zé Pereira, com um cigarro pendurado nos lábios.
Na igreja, no domingo seguinte, Cupim observa a filha de Isaías com tristeza, consciente de sua impotência diante dos eventos recentes e do peso de seus pecados.
Hermanito, limpando suas feridas e se maquiando, parte para encontrar sua namorada Marcela, mas fica intrigado ao ver Pingo caminhando em direção à mata, lembrando-se de como o cachorro ficou aleijado.
Maria confronta a velha, questionando suas manipulações no lago. "Por que você nos colocou em perigo?" ela pergunta, revelando sua suspeita sobre o portal.
A velha sorri enigmaticamente. "Aquilo foi apenas um teste. A caverna prova o valor de vocês", ela responde, deixando Maria ainda mais confusa e perturbada.
Joaquim adentra a mata de forma suspeita e encontra um galo gigante após horas de caminhada. "E agora? O que devo fazer?" ele pergunta, angustiado com a responsabilidade que lhe é imposta.
O galo olha fixamente para ele e revela: "O rei está aqui. Ele vai destruir a cidade, e precisamos impedir." Mostrando-lhe figuras misteriosas no mato, ele continua: "Você não está sozinho, Meia-Noite. Ele quer destruir tudo o que temos."
Joaquim, abalado pelas perdas que sofreu, responde: "Eu não tenho mais nada. Perdi meu pai, Dandara... Até Pingo morreu."