A noite parecia eterna no deserto de Hueco Mundo. As estrelas, ocultas pela poeira e destruição que permeavam o ar, brilhavam apenas como uma memória distante daquilo que um dia seria. A batalha se estendia por toda a vasta dimensão, onde a areia da morte engolia os passos de cada guerreiro. A tensão estava no ar, opressiva, à medida que se aproximava o clímax da luta contra Aizen Sosuke e sua legião de Arrancars.
No horizonte, o imponente castelo de Aizen continuava de pé, uma fortaleza de sombras e poder. Orihime Inoue, a chave para a transformação do destino, estava lá dentro, cercada pela escuridão e pelos olhos atentos dos Arrancars, enquanto seus amigos, liderados por Ichigo Kurosaki e Keiyon, se aproximavam para resgatá-la.
Após derrotar o Arrancar com sua Bankai, Keiyon se afastou, sentindo o peso de suas energias já consumidas. Sua espada, Burado Tenshi, ainda irradiava um brilho suave, seus anjos de sangue protegendo-o, mas ele sabia que não podia perder mais tempo. O resgate de Orihime estava em jogo, e havia outras ameaças esperando por ele.
Enquanto Keiyon avançava para se reunir ao restante do grupo, ele sentiu uma sensação de familiaridade na corrente de vento que passava por ele. Uma presença. Grimmjow, embora ferido, ainda estava de pé, e a fúria em seus olhos era palpável. Ele não estava disposto a deixar seus oponentes saírem de Hueco Mundo tão facilmente.
— "Não é assim que vai acabar, Shinigami!" — gritou Grimmjow, em um último esforço para detê-lo. Ele ativou novamente o Resurrección, seu Pantera, e sua aura se expandiu, ameaçando explodir a areia ao redor.
Keiyon parou e se virou, sentindo a força do Arrancar aumentar, mas em sua mente, ele já havia decidido. Não era uma batalha que ele queria prolongar. Ele se concentrou e reuniu toda a energia de seus anjos de sangue, criando uma grande onda de poder que cortou o espaço entre eles como uma lâmina afiada.
"Hiruko Tenshikei", ele invocou, a lâmina de luz que destruiu a areia e rasgou o próprio espaço. Grimmjow tentou bloquear, mas foi atingido de cheio pela energia da Bankai de Keiyon. A explosão do impacto levantou uma cortina de poeira, e o Arrancar caiu no chão, sua última tentativa de resistência falhando miseravelmente. Agora, Keiyon podia avançar sem ser interrompido.
Enquanto Keiyon lidava com seus inimigos, Ichigo Kurosaki e seus amigos, Rukia, Renji, e Chad, corriam pelo deserto de Hueco Mundo, seguindo as trilhas deixadas pelos Arrancars. O espírito de determinação que permeava o grupo era palpável, mas o peso de saber que estavam se aproximando de Aizen os tornava ainda mais conscientes de que precisariam estar prontos para o que estivesse por vir.
— "Estamos perto, não é?" — perguntou Ichigo, seus olhos estreitos e concentrados enquanto ele olhava para o horizonte.
Rukia, com a mão na espada, sorriu com um brilho de confiança. — "Sim. Vamos trazer Orihime de volta. Não importa o que aconteça."
Mas a verdade era que, apesar da confiança no grupo, a sombra de Aizen pairava sobre todos eles. Os olhos frios e calculistas de Aizen observavam cada movimento do grupo com precisão. Ele sabia que eles viriam. E ele estava pronto para recebê-los com a força de um rei.
Dentro do castelo de Aizen, a atmosfera era densa, opressiva. Orihime, em sua câmara, estava cercada de sombras. Ela havia sido colocada sob a guarda de Ulquiorra Cifer, que a vigiava silenciosamente. Ele não falava muito, mas seu olhar de interesse contradizia o desinteresse que os Arrancars frequentemente demonstravam.
Orihime sentia uma pressão esmagadora, como se estivesse isolada de todos os seus amigos e do mundo em si. Ela sabia que Ichigo estava vindo, mas também sabia que o confronto com Aizen não seria fácil. Seus olhos se focaram na figura de Ulquiorra, e algo nas palavras dele ecoou em sua mente.
— "Não tenho o que dizer, Orihime. Você é importante para ele, não é?" — Ulquiorra disse, quebrando o silêncio.
Ela não sabia como responder. Sua mente estava em conflito, e sua vontade de ajudar seus amigos e de ser livre lutava contra a responsabilidade que sentia diante do papel que Aizen queria que ela desempenhasse.
— "Por que você está me ajudando?" — Orihime perguntou, tentando entender suas próprias emoções.
Ulquiorra ficou em silêncio por um momento, o que parecia ser um breve dilema para ele. — "Não estou ajudando. Estou observando. Não sou tão diferente de você, Orihime. Mas meus motivos... são meus."
Essas palavras pairaram no ar. Era claro que havia mais em Ulquiorra do que ele deixava transparecer. Mas Orihime não tinha tempo para decifrar isso agora. Ela sentia, em seu coração, que a batalha final estava prestes a começar.
Ao chegar no salão principal do castelo, Ichigo e seus amigos sentiram a pressão do ambiente como se o próprio Aizen estivesse ali, pronto para esmagá-los a qualquer momento. Aizen Sosuke estava em sua posição de comando, um sorriso tranquilo e confiante nos lábios. Ele não se movia, não fazia nada além de esperar que os intrusos chegassem até ele.
— "Acho que vocês chegaram na hora certa", — Aizen disse calmamente, observando-os com um olhar penetrante. — "Mas me parece que suas expectativas são... altas."
Ichigo gritou, avançando com Zangetsu em mãos, sua vontade inabalável de salvar Orihime pulsando através de cada movimento. Mas Aizen permaneceu impassível, como se tudo estivesse acontecendo conforme seu design perfeito.
Keiyon se juntou ao grupo, sentindo o ambiente se intensificar à medida que ele se aproximava de Aizen. Ele sabia que a batalha final estava prestes a começar, e o destino de Orihime estava nas mãos deles.
Era hora de lutar.