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Chapter 10 - vendida pt2

BERENICE VOLUME 01 - VENDIDA

Minha mãe sempre falava que aquele homem era bom, e que nunca teve filhos, e que desejava filhas, ela ria, e perguntava o que eu achava se ele virasse meu pai.

Eu odiava aquilo, e nossos esforços de mim com minha irmã era perdido, minha irmã começou a beber os whisky escondidos, é revelou que alguns homens queriam pagar ela para fazer o mesmo que mamãe fazia, e que pagaria mais caro, pois ela era nova, é tinha que aceitar longe do bordel.

Porém ela sentia medo e queria que eu fosse junto, dizia que ganhariamos 3 meses de salário por uma noite, eu sempre negava aquilo, a minha vida estava a ficar difícil e triste.

Naquele dia que minha mãe, estava bêbada se apoiando nas paredes da casa, eu após ver ela decidi ajudar, era dolorido para mim, aquilo me entristecia muito, mas minha irmã parecia já estar acostumada, ela não sofria tanto igual eu sofria, ela sempre aprendia mais rápido as coisas e eu admirava ela.

Queriamos sair dali é irmos para a capital, porém descobrimos que ninguém entrava mais lá, devido a guerra, é que para morar lá deveria pagar uma taxa de 500 moedas de prata na fronteira. Isto era equivalente a um anos de trabalho, era impossível irmos juntas é o mais rápido possível, meus dias cada vez se tornaram angustiantes.

Foi então que o velho veio e se aproximou.

"Então, a sua filha é linda, eu sempre quis ter uma filha tão linda como a sua. Você poderia me vender ela?"

Minha mãe bêbada e cambaleando, e falando de forma difícil de entender. "Leva! Eu tenho outra! Pode levar! Assim ficamos quites, eu com uma filha e você com outra!"

Após a fala dela, saiu uma risada, aquilo não era engraçado e muito menos bom, causava-me medo e entrei em Pânico imobilizada com tanto medo que não conseguia reagir.

"Okay, eu sei onde mora, passarei lá depois!" Ele saiu e foi embora, isso deu-me alívio, porém eu sabia que ele ia voltar.

"Mãe! Você sabe o que fez!"

Ela olhou para mim toda dopada, e quase sorrindo falou cuspindo.

"Sei! Sexo!"

"Você me vendeu! Acabou de me mandar para alguém desconhecido!"

"Eu conheço ele! E gente boa."

"E qual e o nome dele?"

Ela pensativa, ficou parada rindo.

"Nao sei! Quem é você? Cadê a minha filha! leva-me pra casa."

Eu sai chorando e correndo indo embora.

A dona estava na recepção, me viu passar chorando.

"Ei, ei, ei! Conhece as regras mocinhas, sem choro, sem correria!"

"Minha mãe me vendeu!"

Ela olhou para a sua assistente.

"Demorou muito isso acontecer, as meninas são belas demais, morando nesse fim de mundo!"

Eu chorando passava a mão no rosto tentando enxugar as lágrimas.

Ela fumava um cigarro e me ofereceu.

"Toma Berenice, fume! Vai te acalmar."

"não quero isso, quero fugir daqui!"

Dona. "Entenda, se quiser eu vou negociar com este homem é resolver o problema."

Eu fiquei feliz, achei que ela ia me ajudar a me livrar daquilo.

Assistente. "Por que não compra ela, não acho certo, ela fez oito anos semana passada, falta quatro anos para ela ser maior de idade!"

Dona. "Ficou maluca, se eu sair comprando toda a garota só porque e bonita ficarei pobre é falida!"

Assistente. "Sim, mas tem muitos casarões que compraram e esperam elas ter a idade certa, tendo o lucro e só ter paciência!"

Dona. "Vê se cala a boca, eu sou dona não mãe de putas, não quero que elas fiquem no futuro me chamando de mãe! Aliás cedo ou tarde ia ser o destino dela, tal mãe tal filha."

Assistente. "Nao acho certo!"

Dona. "Então compre ela!"

Assistente. "Quase não sobro com dinheiro, se eu pudesse faria!"

Dona. "Então não dá idéia errada, se você não tem nem o mínimo para fazer o certo!"

Eu não entendia o motivo da briga só queria ir embora.

Dona. "Tome garota! E melhor você fumar um pouco, vai por mim, eu vou negociar com o homem e terá uma vida melhor, quando tiver condições pode vir e salvar o resto de sua familia!"

Eu tremendo fiquei ainda chorando, peguei o cigarro e puxei, comecei a tossir e quis devolver, mas a dona insistiu que eu fumasse tudo.

Então eu fiquei em paz e sentindo algo leve, era estranho, a dona me levou para casa, ela cuidou de mim, me deu banho, me colocou para dormir, parecia a velha mãe que se perdeu. Eu queria ser filha dela, ela me fez dormir, eu senti-me feliz naquele dia.

Até que acordei numa carruagem preta, estava bem trajada com roupas de luxo, era confortável o banco de couro, e havia um homem velho conduzindo a carruagem.

Quando ele me olhou eu assustei e fiquei em choque, era o homem que velho que me queria.

"Olá, minha filha! Estamos chegando perto de casa, ainda bem que acordou, temos muito o que conversar foi uma longa jornada! Mais saiba que você será bem cuidada!"

Um sorriso malicioso saiu de seu rosto, ele me causava medo, eu sentia que estava longe de casa, esse foi o dia que fui vendida.