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Chapter 7 - Esperança

BERENICE VOLUME 01 - Esperança

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...ESPERANÇA...

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Depois daquele dia, fomos para nosso avô. Ele já tava velho e esquecia das coisas, sua mão tremia, minha mãe falava que era uma doença, eu sentia era dias bons ficar com o vovô, minha irmã ajuda mais minha mãe, mas eu gostava de cultivar flores e andar com o vovô pela cidade, minha mãe tinha medo dele esquecer de onde morava ou de coisas importantes, e por isso eu sempre ficava com ele.

A vila não era tão bonita como a minha antiga vila, era menos colorida, e tinha uma ar mais seco, eu via muitos ratos nas ruas, eu ficava horrorizada, e naquela época eu comecei a gostar de gatos, pois eles eram que matavam os ratos daquela cidade, pela primeira vez eu entendi o motivo do cachorro correr atrás dos passarinhos e caçar, porém minha mãe nunca deixava eu ter gatos, diziam que eles traziam doenças e morte para casa, eu não achava, queria ser livres e poderosos como eles. Andando pelos muros não tendo limite, e matando pragas.

Um dia no jantar vi meu avô reclamando com minha mãe, eles diziam que as coisas estavam ficando mais caro, que talvez teriam que ir para a capital, que devido a guerra estava dificil vir vendedores e fornecedores, e se continuasse assim o vilarejo teria dificuldades comerciais e de comida,cos soldados também estava diminuindo diariamente e a pratica de roubo estava tornando mais comum. Ao ver que minha mãe estava novamente regrando comida e estocando alimentos e outros itens, percebi que a mesma coisa que ocorreu na minha vila estava perto de ocorrer. Naquela mesma semana meu avô morreu.

Eu queria sumir dali, eu estava desesperada e em choque, eu e minha irmã chorava. Minha mãe começou a fumar e tentava nos dizer que tudo ia ficar bem.

Ela reclamava que não estava dando e que estava tudo ficando caro e difícil. Até que minha mãe perdeu seu trabalho pois, os mais ricos daquela região começou a ir embora um seguido por outro, ficando apenas aqueles que eram pobres e fracos.

A minha mãe estava a chorar, eu lembro que não teve janta naquela noite, e eu reclamava de fome, ela disse ir sair para resolver o problemas, mas sentíamos medo e não deixamos ela.

Eu. "Mãe, não deixa nós! E se você não voltar igual o papai!"

Lágrimas se encheu no rosto dela, ela tentou sorrir e passou a mão em meus cabelos.

Mãe. "Eu nunca vou abandonar vocês!"

Irmã. "Você vai buscar pão na floresta?"

Mãe. "Não! Claro que não!"

Ela ficou pensativa, e nos dormimos com fome naquele dia. Pela manhã ela saiu cedo, se arrumou bem e foi andar nas ruas do vilarejo.

Ela trouxe pão e dinheiro, ficamos felizes, e não questionamos de onde veio o pão.

Eu. "Quando crescer quero ser igual a senhora!"

Mãe. "Quero que seja melhor que eu!"

Eu. "Você e corajosa, os homens tem medo de ir até a floresta, disseram que lá tem ladrões e monstros mágicos!"

Mãe. "Sim, é verdade!"

Irmã. "Mas você entra lá e busca pão para nós quando precisa, quando crescer eu quero ajudar você também!"

Eu. "A ideia foi minha!" (Mostrei língua para ela.)

Sem entendermos minha mãe começou a chorar, enquanto comemos.

Mãe. "Não vai ser nescessário, vocês sempre vão ser minhas mocinhas! Eu nunca vou deixar que façam isso."

Porém as coisas foram ficando estranhas com o decorrer dos dias e das semanas, percebemos que ela trazia homens estranhos todas as noites para nossa casa, as vezes eram três, as vezes menos. Isso era algo que nos deixava retraidas, não gostavamos daqueles homens, durante o dia ela dormia, e eu junto com minha irmã arrumamos as coisas.

Minha irmã era mais velha questão de poucos meses de vida, para ser exato um ano e dois meses, ela aprendeu a fazer comida e me deixava brincar enquanto ela tomava a frente das coisas, eu nem se quer entendia.

Durante o dia alguns homens vinham e batia na porta, minha mãe vendia alguns cigarros prontos e pílulas que ela falava para nunca mexer, minha irmã pegava e passava para eles em troca de uma moeda ou comida.

A guarda do rei não patrulhava mais a cidade, e devido isto ela virou domínio de uma máfia, minha mãe vendia seus produtos para manter os impostos e comida, porém apesar de serem terriveis era melhor do que nada. Depois que os ricos sairam da cidade tudo virou complicado, e a guarda não resolvia nada, eles também abandonaram nós.

A máfia era boa, mas se devesse eles ou fizesse algo errado eles batiam e matavam.

Um dia um cara não pagou minha mãe, e eles foram atrás do homem, minha irmã viu e me disse, que habiam batido tanto nele que o homem ficou caido igual bêbado no chão todo cheio de sangue.

O pior e que minha mãe comecou a usar os cigarros deles e drogas, além de beber muito, ela trabalha a noite trazendo aqueles homens, não faltava nada em casa, mas quando ela ficou assim as coisas começou a faltar.